Pode até soar estranho quando citamos a terminologia crucifixo de
Caravaca. Muitas pessoas acham estranha a nominação e indagam do que se
trata. Caravaca é uma antiga cidade espanhola. Até aí tudo normal, mas
quando citamos o festival dos cavalos do vinho, algo se torna mais
curioso.
O que tem este crucifixo de especial. Certa vez entramos em uma
loja que vende produtos religiosos e falamos sobre este crucifixo e o
atendente disse espantado: “aqui não vendemos essas coisas”. Na
realidade é um crucifixo com dois braços, no centro temos a figura de
Jesus e nas laterais encontram-se dois anjos ajoelhados em postura de
oração.
“Todos os anos, a dois de maio, a cidade medieval espanhola de
Caravaca de La Cruz, no Sul da Espanha, revive uma fascinante história
medieval cheia de luzes, cores, combates, milagres e vinho a rodo.
A Santa Cruz apareceu no Castelo Alcázar de Caravaca em três de maio de
1232, desde então a sucessão de inúmeros milagres, fizeram a devoção a
Cruz de Caravaca conquistar fiéis no mundo inteiro. Existem muitas
histórias sobre a festa e o crucifixo que se tornou conhecido no mundo
inteiro. O Brasil é um país onde tudo que está relacionado a crenças e
religiões aqui aportam e não seria a Cruz de caraça que não aportasse
por aqui. A cruz de Caravaca chegou ao Brasil. E foi trazida pelos
primeiros colonizadores na esquadra de Martin Afonso de Souza.
De acordo com a cultura popular e influências diversas, a Cruz de
Caravaca pode adquirir outros nomes: Cruz das Missões; Cruz de Lorena;
Cruz de Borgonha; Cruz de São Miguel; Cruz Missioneira e Wishing Cross
(cultura afro-americana). O significado continua sendo de proteção e é
usada em forma de relíquia peitoral ou pedestal. Os dois braços
representam a distinção arquiepiscopal ou patriarcal.
Popularmente os
dois braços significam fé redobrada. Conta à lenda que o Príncipe Mouro
Ibn-Hud conhecido por Muhammad Ben Yaquib (os mouros dominavam a região
na época) desejava conhecer a fé cristã. Quando soube que um de seus
prisioneiros era o pároco Gines Perez Chirinos, ordenou lhe que
celebrasse uma missa. Seus servos limparam uma sala do castelo de
Alcázar e montaram um altar de acordo com a lista e especificações do
sacerdote preso.
No dia escolhido para a celebração estavam presentes não só o príncipe
mulçumano, mas toda a sua família, seus servos e alguns soldados. Logo
de início Perez Chirinos sentiu falta da cruz, por seu esquecimento ela
não foi colocada na lista. Apreensivo, teve que explicar a todos que não
poderia continuar o rito. Ibn-Hud ficou muito decepcionado e frustrado.
Diante desta situação um milagre aconteceu: Surgiram pela janela dois
anjos que trouxeram uma cruz até o altar.
O Príncipe Ibn-Hud, sua família e todos os mulçumanos que estavam no
local se converteram ao cristianismo. O pároco e os prisioneiros foram
libertados. Este poderoso amuleto passou a ser adotada também pelos
cruzados, templários e missionários como símbolo de proteção. Esotéricos
e bruxos também a usam em seus rituais. O significado continua sendo de
proteção e é usada em forma de relíquia peitoral ou pedestal. Os dois
braços representam a distinção arquiepiscopal ou patriarcal.
Popularmente os dois braços significam fé redobrada. A cidade é
considerada uma das cinco cidades santas do mundo, ao lado de Roma,
Santiago de Compostela e Santo Toríbio de Lìébana. Caravaca tem muitas
histórias para contar.
Na Revista Planeta edição 443 /ano 37 de agosto de 2009, os senhores
poderão encontrar mais detalhes. “Em Caravaca, quando anunciavam pelo
alto-falante “Atención, caballos em Carrera!”“, abre-se uma brecha na
multidão. Todos se acotovelam, espremendo-se contra os muros laterais,
tentando não ser atingidos pelos cavalos que passam de raspão e seus
cavaleiros em disparada. Tudo acontece rapidíssimo. Numa dessas
“Carreras”, ao nosso lado, logo na linha de chegada, quando o cavalo
atinge mais velocidade e força, o cavalo bateu de frente com um
fotógrafo que não tirou o corpo de frente na hora.
O fotógrafo e um dos caballistas literalmente voaram e desabaram sobre
muitas pessoas, que, de cabelos em pé, entraram em pânico. O impacto foi
tão grande que o cavalo desviou de seu trajeto e investiu na direção
dos espectadores. Foi um deus nos acuda. Imaginamos que alguém teria
partido para o outro mundo, mas, surpresos, vimos que todos estavam
ilesos. Depois de rolar feito um palhaço de circo, o fotógrafo logo
ficou de pé, sem nenhum arranhão, tomou o devido fôlego e avisou: “Estou
bem”.
Este episódio de mau gosto aconteceu no dia dedicado a padroeira do
lugar, a sua virgem patrona. Há quase 800 anos, não houve dúvidas quando
a Igreja proclamou Caravaca como cidade santa.
Contamos com a colaboração de Mr.Tlaloc para darmos andamento a esta
matéria. Existem muitas crenças que são verdadeiros misticismos e aqui
enunciamos os que fazem parte da simbologia novaerana (a) Borboleta,
significando a Nova Era que se liberta da era de Peixes; (b) Pirâmide,
utilizada como captadora de energia cósmica; (c) Pomba com ramo no bico,
simboliza a luta dos aquarianos pela paz; (d) Cruz da Âncora, Cruz
Patriarcal, A Rosa-Cruz, Cruz de Caravaca, Cruz Ansata, Cruz de Ponta
Cabeça, A Interrogação da Cruz, O Olho da Pirâmide, O dragão fugindo do
inferno, etc., todos de conteúdo místico. Na realidade o misticismo não
pode ser condenado e nem outra crença, pois devemos respeitar a vontade
do ser humano, ele está relacionado ou refere-se ao que é próprio do
misticismo (ritual místico).
Característico de ambiente religioso (atmosfera mística). Diz-se do
caráter misterioso, alegórico ou figurado das coisas religiosas, que
leva em conta somente os fatores sobrenaturais na explicação das coisas,
desprezando as causas físicas, científicas, diz-se também de indivíduo
que possui grande fervor religioso, acreditando somente nos preceitos
divinos; Devoto e ainda relaciona-se à vida espiritual e contemplativa.
Palavra de derivação grega mystikós, e do latim mysticus. Pessoa
mística, pessoa que leva vida religiosa contemplativa. Apesar de seu um
objeto de devoção originalmente católico, este poderoso amuleto passou a
ser adotado também pelos cruzados, templários, missionários, esotéricos
e bruxos como símbolo de proteção.
O significado é de proteção e devoção, ela é usada em forma de relíquia
peitoral ou pedestal, segundo afirma José Arjones Maiquez. Os dois
braços representam a distinção arquiepiscopal ou patriarcal.
Popularmente os dois braços significam fé redobrada. Para encerrarmos
esta matéria polemizada resolvemos inserir esses detalhes para
abrilhantar e tornar ainda mais compreensível a história da cruz de
Caravaca. Muitos afirmam que a cruz representa a segunda crucificação de
Jesus. A Cruz de Caravaca apareceu, segundo a lenda, pelas mãos de
anjos, numa cerimônia oficiada perante um Rei mouro.
Corria o ano de 1232 e Dom Ginés Pérez Chirinos, sacerdote, era
prisioneiro do Rei mouro Ceit Albuceli, por pretender levar a sua fé,
aos “infiéis”. Curioso o Rei pretendeu que cada um dos seus prisioneiros
lhe mostrasse como desempenhava o seu ofício. Ginés disse-lhe que era
sacerdote e o Rei quis que, perante ele e os seus vassalos, demonstrasse
como difundia a sua fé. O sacerdote, então, pediu-lhe as vestes
cerimoniais para celebrar a missa, que lhe foram trazidas por emissários
do Rei.
Ao começar a rezá-la, Ginés alterou-se e não conseguia dizer palavra.
Quando lhe perguntou o Rei o que se passava, respondeu-lhe que lhe
faltava a Cruz e que, sem ela, não poderia continuar a oficiar. Para
espanto de todos, quando o Rei levanta os olhos, vê baixar dois anjos
que transportam nas mãos um objeto e pergunta-lhe se era esse objeto, a
Cruz que lhe fazia falta. Ao ver o milagre, o sacerdote ajoelhou-se em
sinal de respeito e continuou a rezar a missa.
Este episódio marcou a vida do Rei mouro, que pouco tempo depois se
converteu ao cristianismo, com toda a sua família. Diz também à lenda
que a cruz é feita com o madeiro em que Jesus foi crucificado. O
significado esotérico da Cruz é: a cruz do espírito (a linha vertical) e
o plano material (linha horizontal), tendo como resultado o Homem, que é
um ser que se move no plano material com opção para ascender ou
descender espiritualmente. Isto implica que, em muitas ocasiões,
necessite proteção e, uma das melhores formas é levando a cruz, que lhe
recordará a sua posição na escala evolutiva e, desta maneira faz com que
se centre no cruzamento do espírito com a matéria.
O ritual de preparação da Cruz para lhe conferir todo o seu poder faz-se
do seguinte modo: Durante três dias, três vezes ao dia unge-se a cruz
com algum tipo de óleo próprio para rituais. Nos quatro dias seguintes
far-se-á o seguinte: Com a Cruz deitada coloca-se todos os dias uma vela
vermelha, junto de cada um dos extremos verticais da cruz; uma vela
azul, nos extremos horizontais do pau menor e, uma vela amarela nos
extremos do pau horizontal maior.
As velas devem acender-se diariamente e, queimar-se um sahumério “Cruz
de Caravaca” e depois recitar a litania, além disto, no sétimo dia
dir-se-á em voz alta: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, eu
consagro a minha cruz para que me traga felicidade, amor, abundância e
me proteja de todo o mal”.
Depois de devidamente preparada pela pessoa
que a vai usar e de efectuados os rituais correspondentes, pode
começar-se a usar a cruz. O seu poder aumenta à medida que se preparem
cruzes para oferecer a outras pessoas. A veracidade não nos cabe julgar,
mas deixamos este trabalho à disposição dos leitores como mais uma
curiosidade da religião católica que surgiu em terreno espanhol. Pensem
Nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE
Fonte: artigos.com