sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O mistico Sri Lanka




Antiguidade

Os registros mais antigos da história do Sri Lanka datam do século VI a.C. quando o povo cingalês (ou sinhala) migrou para a ilha a partir de Bengala, no subcontinente indiano. Antes da invasão cingalesa, a ilha era ocupada pelo povo hoje conhecido como Vedas, que se acredita serem de origem malaia. Ainda hoje, pessoas de origem Veda vivem no leste da ilha de Ceilão.

A crônica cingalesa de Mahavamsa relata a chegada de Vijaya, o primeiro rei cingalês, em 543 a.C.. Acredita-se que o povo cingalês tenha migrado a partir de algum ponto do norte da Índia: não são povos dravídicos, tais como os povos do vizinho sul da Índia. A língua cingalesa (sinhala) é relacionada ao sânscrito, tal como ocorre com o hindi

O primeiro reino do Sri Lanka tinha sua capital em Anuradhapura. No século III a.C., os cingaleses se converteram ao budismo e a ilha se converteu em um centro de estudos budistas e de trabalho missionário. Isto separou o Sri Lanka da cultura hindu do sul da Índia.
Anuradhapura permaneceu como capital do reino cingalês até o século VIII, quando foi substituída por Polonnaruwa. 

Os tamis, do sul da Índia, começaram a chegar à ilha no início do século III, e houve seguidas guerras entre cingaleses e os invasores do sul da Índia. Durante boa parte do primeiro milênio d.C., a ilha foi controlada por vários príncipes de origem tamil.

O período áureo do reino do Sri Lanka ocorreu no século XII, quando o rei cingalês Prakrama Bahu derrotou os tamis, unificou a ilha sob o seu governo, e ainda invadiu a Índia e Burma. No século XV a ilha foi atacada pela China, e por 30 anos os reis locais prestaram tributo ao imperador chinês.Miileený Leeaný.

 

 

 

Ocupação européia

O Sri Lanka era conhecido dos gregos e dos romanos, que o chamavam de Taprobana. Depois da conquista do Oriente Médio pelos árabes, mercadores frequentemente visitavam a ilha, e existia uma comunidade árabe no Sri Lanka desde o século X.

Os primeiros europeus a visitarem o Sri Lanka foram os portugueses: Dom Lourenço de Almeida chegou à ilha em 1505, e encontrou-a dividida em sete reinos que guerreavam entre si, incapazes de derrotar um invasor. 

Os portugueses fundaram a cidade de Colombo em 1517, e gradualmente estenderam seu controle pelas áreas costeiras. Em 1592 os cingaleses mudaram sua capital para a cidade interior de Kandy, local mais seguro contra o ataque de invasores. Guerras intermitentes prosseguiram durante o século XVI.

Muitos cingaleses se converteram ao cristianismo, porém a maioria budista odiava os portugueses, e apoiariam qualquer um que os enfrentasse. Então, em 1602, quando o capitão holandês Joris Spilberg chegou à ilha, o rei de Kandy pediu-lhe auxílio. Porém, somente em 1638 os holandeses atacaram pela primeira vez, e apenas em 1656 Colombo foi tomada. Por volta de 1660 os holandeses controlavam toda a ilha, exceto o reino de Kandy. 

Os holandeses perseguiram os católicos, porém deixaram os budistas, os hindus e os islâmicos professarem suas religiões. No entanto, cobravam impostos mais pesados que os portugueses. Como resultado do domínio holandês, mestiços de holandeses e cingaleses, conhecidos como burghers existem até hoje no país; existem ainda hoje muitas famílias com nomes de família (apelidos) de origem portuguesa.






Durante as Guerras Napoleônicas o Reino Unido da Grã-Bretanha, temendo que o controle da França sobre os Países Baixos fizesse com que o Sri Lanka passasse ao controle francês, ocuparam a ilha (a qual chamavam de Ceilão (Ceylon)) com pouca dificuldade, em 1796. Em 1802 a ilha foi formalmente cedida à Grã-Bretanha e tornou-se uma colônia real. Em 1815 Kandy foi ocupada, pondo fim à independência do reino do Sri Lanka. Um tratado em 1818 preservou a monarquia de Kandy, porém como dependência britânica.

Os ingleses introduziram o cultivo do chá, café e borracha nas montanhas da ilha. Em meados do século XIX o Ceilão já trouxera fortuna a uma pequena classe de plantadores de chá. Para trabalhar nas fazendas, os proprietários importaram grande quantidade de trabalhadores tamis do sul da Índia, que logo chegaram a 10% da população.
Carta do Ceilão, século XIX
 
Os britânicos, seguindo sua prática comum de "dividir para governar", favoreciam ora um grupo ora outro para fomentar a rivalidade. Também favoreceram os "burghers" e também alguns cingaleses de castas mais altas, fomentando divisões e inimizades que sobrevivem desde então. Os "burghers" receberam um certo grau de auto-governo no início de 1833. Somente em 1909 é que um desenvolvimento constitucional ocorreu, com uma assembléia parcialmente eleita. O sufrágio universal só foi introduzido em 1931 sob o protesto dos cingaleses, que rejeitavam o direito a voto para os tamis.




Independência


Os Tigres de Liberação do Tamil Eelam buscavam a independência de sua etnia e optaram por conquistar os territórios localizados no Sri Lanka habitados por etnias tamil, utilizando as lutas armadas, já que tentaram todas as formas democráticas que conheciam para que a independência destes territórios fossem pacíficas, mas não obtiveram sucesso.

Os Tigres começaram a luta contra o governo em 1983 e combatem pelos direitos da minoria étnica tâmil por causa dos maus-tratos de sucessivos governos liderados pela maioria de etnia cingalesa desde que o Sri Lanka se tornou independente da Grã-Bretanha.
Fonte:wikipedia

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