segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
O Império Bizantino
O Império Bizantino (ou Bizâncio) foi o Império Romano do Oriente durante a Antiguidade Tardia e a Idade Média, centrado na sua capital, Constantinopla. Conhecido simplesmente como Império Romano (em grego: Βασιλεία Ῥωμαίων, Basileia Rhōmaiōn) ou Romania (Ῥωμανία, Rhōmanía).por seus habitantes e vizinhos, o império foi a continuação direta do antigo Estado Romano.
É hoje distinguido da Roma Antiga na medida em que o império era orientado pela cultura grega, caracterizado por uma igreja cristã do Estado, e predominância da língua grega em contraste a língua latina.
Como a distinção entre o Império Romano e o Império Bizantino é em grande parte uma convenção moderna, não é possível atribuir uma data de separação, embora um ponto importante é a transferência, em 324, pelo imperador Constantino I da capital da Nicomédia (na Anatólia) para Bizâncio no Bósforo, que tornou-se Constantinopla, "Cidade de Constantino" (alternativamente "Nova Roma").
O Império Romano foi finalmente dividido em 395, após a morte do imperador Teodósio I (379-395), sendo então esta data muito importante para o Império Bizantino, vista que tornou-se completamente separado do Ocidente.
O império existiu por mais de mil anos, a partir do século IV até 1453. Durante a maior parte de sua existência, manteve-se como a mais poderosa força militar, econômica e cultural da Europa, apesar de contratempos e perdas territoriais, especialmente durante as guerras contra persas e árabes. O império recuperou-se durante a dinastia macedônica, crescendo novamente, acabando por tornar-se um poder proeminente no Mediterrâneo Oriental no século X, rivalizando com o Califado Fatímida.
Após 1071, contudo, muito da Ásia Menor, o coração do império, foi perdido para os turcos seljúcidas. A restauração Comnena recuperou parte do território perdido e restabeleceu a dominância do império no século XII, no entanto após a morte de Andrônico I Comneno e o fim da dinastia Comnena no final do século XII o império entrou em declínio novamente.
O império recebeu um golpe fatal em 1204 no contexto da Quarta Cruzada, quando foi dissolvido e dividido em reinos latinos e gregos concorrentes.
Apesar da eventual reconquista de Constantinopla e do restabelecimento do império em 1261, sob os imperadores paleólogos, Bizâncio manteve-se diante de diversos estados vizinhos rivais por mais 200 anos.
Contudo, este período foi o período mais culturalmente produtivo do império.
Sucessivas guerras civis no século XIV minaram ainda mais a força do já enfraquecido império, e mais dos territórios restantes foram perdidos nas Guerras bizantino-otomanas, que culminaram na Queda de Constantinopla e na conquista dos territórios remanescentes pelo Império Otomano no século XV.
O Império Bizantino pode ser definido como um império formado por várias nações da Eurásia que emergiu como império cristão e terminou seus mais de mil anos de história em 1453 como um Estado grego ortodoxo: o império se tornou nação.
Nos séculos que seguiram às conquistas árabes e lombardas do século VII, esta natureza inter-cultural permaneceu ainda nos Bálcãs e Ásia Menor, onde residia uma poderosa e superior população grega. Sua religião, língua e cultura, eram essencialmente gregas, e não romanas, no entanto, para os bizantinos a palavra "grego" significava, de maneira injuriosa, "pagão".
O nacionalismo se refletia na literatura, particularmente nas canções e em poemas como o Akritias, em que as populações fronteiriças (de combatentes chamados akritai) se orgulhavam de defender seu país contra os invasores.
A dissolução do estado bizantino no século XV não desfez imediatamente a sociedade bizantina. Durante a ocupação otomana, os gregos continuaram identificando-se como romanos e helenos, identificação que sobreviveu até princípios do século XX e que ainda persiste na Grécia moderna.
Fonte:wikipedia
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