quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A Inveja





Existe um clichê popular que diz: “A inveja Deus condena”. Será que Deus condena a inveja humana? Se o próprio Deus deu ao invejoso o livre-arbítrio! Um caso a pensar e a refletir. A palavra inveja se reveste de um significado como todas as palavras da língua mãe. Derivação latina invidia tem como apoio maior no desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem, desejo violento de possuir o bem alheio. Existe também o jargão popular de “matar de inveja” que é causar grande inveja a determinadas pessoas. Pesquisa mostra como este sentimento é processado no cérebro e as melhores maneiras de domá-lo. Você seria capaz de dominar seu cérebro? Fica a indagação no ar. 

A inveja é definida nos léxicos como “desgosto, mortificação, pesar causado pela vista da alegria, propriedade ou êxito de outrem, acompanhado do desejo violento de possuir os mesmos bens”. “O ser humano costuma admirar e desejar tudo aquilo que não tem. Sendo assim, para muitas pessoas o que chamamos de inveja acaba soando de forma pejorativa. Já para outras, invejar pode significar admiração, um exemplo a ser seguido. Por isso, é importante analisar os dois lados desse tipo de sentimento, seja com um ato de contemplação, seja de cobiça. “A inveja desvendada” (Isto É 2064) – conotação de Fábio Moreira da Silva de Belo Horizonte-MG. Concordamos com a afirmação do leitor, mas podemos dar uma conotação maior à palavra já que ela deriva do verbo invejar e sabemos que o verbo pode trazer variantes de dimensões indefinidas. Vendo pelo lado espiritual, o Espiritismo (e todas as religiões) aponta a inveja como sentimento antagônico ao amor, esclarecendo-nos ser preciso bani-la de nossos corações, sem o que não conseguiremos ser felizes. 

A inveja pode ser a víbora que espreita a sua futura vítima há todos os instantes, até encontrar ensejo favorável de inocular-lhe o seu vírus letal. Falamos no verbo invejar e sua sinonímia está ligada ao ter inveja de, olhar invejosamente, desejar vivamente, apetecer, cobiçar (o que é de outrem), ter ou sentir inveja, bem como, tem (ao contrário da quase totalidade dos verbos em - ejar) o e aberto nas formas rizotônicas: invejo (é), invejas (é), invejam (é); inveje (é), invejes (é), invejem (é), etc. Pret. imperf. ind.: invejava,... invejáveis, invejavam. Com forma invejáveis plural de invejável. Quando o hominal só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que predomina em sua órbita chama-se “inveja”. Como assinante da Revista “Isto É” gosta de ler com mais acuidade as matérias mais polêmicas e que causam mais impacto aos leitores. 



A inveja é uma delas. “O cérebro de invejoso na visão de Claudia Jordão e Carina Rabelo jornalistas responsáveis pela matéria. Dor – Ao sentir inveja, a região do córtex singulado anterior do cérebro, a mesma onde é processada a dor física, é ativada. Quanto mais intenso o sentimento, maior a atividade registrada no local. Prazer – Ao experimentar o shaden-freude, palavra alemã para o sentimento de prazer que o invejoso tem ao notar o infortúnio do invejado, a região do estriado ventral do cérebro é ativada. É nessa área que os sentimentos prazerosos são processados. Faltou em nossa opinião uma descriminação completa de quais sentimentos prazerosos o shaden-freude proporciona. “Insultos, provocações, não retenhas na memória. A inveja é sempre um tributo que a mesquinhez rende à glória. 


Tem perdão para a inveja? Irmão é todo aquele que perdoa setenta vezes sete a dor da ofensa, para quem não há mal que o bem não vença, pelas mãos da humildade atenta e boa. A inveja pode causar sensações de irritação como a impaciência, a irritação, as imperfeições morais respondem pelos danos de demorado curso, que se instalam nas criaturas. São eles agentes fecundos da morte, arrebatando mais vida do que o câncer, a tuberculose e as enfermidades cardíacas somados, pois que são responsáveis pelo desencadeamento da maioria delas. A inveja doentia causa irritações sem controle e podem se associar ao que enumeramos acima. Tudo que é doentio pode levar a consequência da imprevisão. O ator Roberto Birindelli, 46 anos diz que: “A minha inveja se repetia em tantos palcos quanto houvesse situações de comparações”. 




Já Claudia Neves, designer, 28 anos diz que: “O ex-marido da minha colega me disse que ela tinha ódio mortal de mim e queria me destruir”. Vejam como a inveja toma conotações diferenciadas quando passamos a estudá-la mais fundo. O psiquiatra José Thomé, da associação Brasileira de Psiquiatria revela que salvo os casos patológicos, as pessoas têm livre-arbítrio para viver ou eliminar a inveja. “É um sentimento muito primitivo, que deve ser trabalhado”. A revista coloca alguns personagens que conviviam com a inveja do outro. Antonio Saliere (1750-1825). Seis anos mais velho que Mozart, o compositor italiano não suportava a precocidade do concorrente. Anos após a morte do rival, Salieri corroía-se pela imortalidade da sua obra. Charles Saint-Beuve (1804-1869). Considerado um dos maiores críticos literários da França, Saint-Beuve agonizava diante do brilhantismo do escritor Victor Hugo. 


Chegando a cobiçar a esposa e invejava o status do rival, bonito famoso e rico aos 20 anos. Bertolt Brecht (1898-1956) Ao se mudar para os estados unidos da América do Norte (EUA), o dramaturgo alemão ficou indignado ao perceber que ninguém sabia escrever seu nome, enquanto Thomas Mann era o escritor imigrante mais aplaudido do país. Michelangelo (1475-1564) sentiu-se ameaçado pelo brilho de Rafael Sanzio, oito anos mais novo. Insistia que o garoto o plagiava e criava dificuldades na sua relação com o papa. O ambiente de trabalho, por sua vez, é terreno fértil para os invejosos. Para os invejosos não tem lugar ruim, mas talvez o único lugar que ele não tenha inveja é de estar no lugar de um morto ou falecido. A inveja pode ser um mal ou doença do espírito humano. Pensem nisso1

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-DA ALOMERCE E DA AOUVIR/CE

Fonte:espiritismoredivivo.blogspot.com.br

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