quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Jesus e o Perdão





Ensinando o amor para com os inimigos, vejamos como procedia Jesus diante daqueles que lhe hostilizavam a causa e lhe feriam o coração.

Em circunstância alguma o vemos a derramar-se, louvaminheiro, encorajando os que se mantinham no erro deliberado, mas sim renovando sempre o processo de auxiliar com esquecimento de toda injúria.

Diante da turba que o preferia a Barrabás, o delinquente confesso, não se entrega ao elogio da multidão, mas guarda dignidade e silêncio, tolerando lhe a afronta.

Perante Pilatos, o juiz inseguro, não lhe beija as mãos lavadas, mas sim, pela conduta de vítima irreprochável, lhe devolve ao espírito inconsequente a noção da responsabilidade precisa.

Em plena rua, cambaleante sob o madeiro, não se volta para sorrir aos ingratos que lhe cospem no rosto, mas ora por todos eles, confiando-os ao tempo que é o julgador invisível da Humanidade.

 
 
 
 
Na cruz infamante, não toma a palavra para agradecer a inconstância de Pedro ou a fraqueza de Judas, nem faz voto festivo aos sacerdotes que lhe insultam a Doutrina de Amor, mas a todos contempla, sem mágoa, pedindo o perdão celeste para a ignorância de quantos lhe impunham a humilhação e a morte...

E olvidando os verdugos e adversários, ei-lo que torna ao convívio das criaturas, em pleno terceiro dia depois do túmulo em trevas, a fazer ressurgir para a Terra enoitada a divina mensagem de eterna luz."

Desculpar os que nos ofendem não será, portanto, comungar-lhes a sombra, mas sim esquecer-lhes os golpes e seguir para a frente, trabalhando e aprendendo, ajudando e servindo sempre, na exaltação do bem, para que o mundo em nós outros se liberte do mal.

 

Emmanuel (por Chico Xavier)

Reformador (FEB) Março 1959
Fonte: http://elucidacoesespiritas.blogspot.com.br/

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