terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Mahavatar Babaji


Mahavatar Babaji foi revelado ao mundo pela primeira vez em 1946, na Autobiografia de um Iogue, por Paramahansa Yogananda. Segundo relatado nesse livro e em obras de outros autores que estiveram com Babaji entre 1861 e 1935, ele é um mestre espiritual e um avatar. Sua idade e o local de nascimento são desconhecidos.

Mahavatar Babaji transcendeu os limites temporais do corpo há séculos (talvez milênios), mantém-se no anonimato, acessível apenas a um seleto grupo de discípulos, e vive nas recônditas montanhas dos Himalaias, entre o Nepal e a Índia.

A sua missão tem sido a de dar assistência aos profetas na execução de tarefas específicas. Ele afirmou na presença de vários discípulos, ter dado a iniciação yogue a Shânkara, reorganizador da Ordem dos Swâmís, e a Kabir, famoso mestre medieval.

Seu principal discípulo no século XIX foi Lahiri Mahasaya, (1828-1895), a quem Babaji legou a responsabilidade de ressuscitar uma antiga e perdida técnica de elevação espiritual, a Kriya Yoga.
Um avatar não está sujeito à economia universal; seu corpo puro, visível como imagem de luz, acha-se livre de qualquer dívida com a natureza. O olhar casual talvez não veja nada de extraordinário na forma de um avatar, mas este não projeta sombra nem deixa qualquer pegada no chão. 


Estas são provas externas, simbólicas, de se haver liberado interiormente da escravidão à matéria. O estado espiritual de Babaji está além da compreensão humana.
A raquítica visão do homem não pode penetrar através de sua estrela transcendental. Procura-se em vão imaginar o alcance de um avatar. É inconcebível. Babaji vive sempre em comunhão com Cristo; juntos enviam vibrações redentoras à humanidade, inspirando as nações a renunciarem às guerras, aos ódios de raça, ao sectarismo religioso e ao materialismo, cujos males atuam como bumerangues.

A falta de referências históricas a Bábají não nos deve surpreender. O grande guru jamais apareceu ostensivamente em qualquer século; o equívoco brilho da publicidade não tem lugar em seus planos milenares.
Semelhante ao Criador, único mas silencioso Poder, Babají opera em humilde anonimato. Grandes profetas como Cristo e Krishna vêm ao mundo com um objetivo específico e espetacular; e partem, assim que o realizam.

Outros avatares, como Babaji, incumbem-se de obras relacionadas com o lento progresso evolutivo do homem através dos séculos, em vez de se ligarem a algum fato histórico excepcional. Tais mestres sempre se ocultam ao olhar grosseiro do público e têm o poder de se tornar invisíveis à vontade.
Por estas razões, e porque geralmente instruem seus discípulos para que mantenham silêncio a respeito de si, algumas figuras espirituais do mais alto porte permanecem desconhecidas para o mundo. Jamais se descobriram quaisquer dados delimitadores da família e do lugar de nascimento de Babaji - tão caros ao coração do cronista histórico.



Nestas páginas sobre Babaji, faço simplesmente uma alusão à sua vida - só refiro alguns fatos que ele considera convenientes e úteis à divulgação pública.

O imperecível guru não mostra sinais de idade em seu corpo; parece um jovem de vinte e cinco anos, não mais. De epiderme clara, constituição e estatura medianas, o belo e vigoroso corpo de Babaji irradia um brilho perceptível. Seus olhos são pretos, serenos e ternos; seu longo e lustroso cabelo é cor de cobre.

Às vezes, a face de Babaji se parece muito à de Lahiri Mahásaya. Tão notável era a semelhança que Lahiri Mahásaya, em sua velhice, poderia ocasionalmente ter passado por pai de Babaji, cuja aparência é sempre a da juventude.

Quem quer que alcance a consciência e a experiência de filho de Deus, como Babaji, pode atingir qualquer objetivo com os infinitos poderes ocultos dentro de si. Uma pedra contém secretas e estupendas energias atômicas; assim também o mais ínfimo dos mortais é uma central elétrica de divindade.

Num diálogo entre Lahiri Mahasaya e seu discípulo Ram Gopal, "Babaji foi escolhido por Deus para permanecer em seu corpo, enquanto durar este ciclo do mundo. As eras hão de vir e de findar. O mestre imortal, porém, contemplando o drama dos séculos, sempre estará presente no palco terrestre."

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