quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Andrew Jackson Davis


Andrew Jackson Davis deve figurar entre nós como um dos maiores médiuns da sua época, não só pelos fenômenos que produzia, como também pela sua obra no campo da literatura.

Nasceu no dia 11 de agosto de 1826, nas margens do rio Hudson, nos Estados Unidos da América do Norte, e desencarnou em 1910, com a idade de 84 anos.

Jackson Davis descendia de família humilde. Sua faculdade mediúnica desabrochou quando tinha apenas 17 anos. Primeiro, desenvolveu a audiência. Ouvia vozes que lhe davam bons conselhos. Depois, surgiu a clarividência, tendo notável visão, quando sua mãe morreu.



 Viu ele uma belíssima região muito brilhante, que supôs fosse o lugar para onde teria ido sua mãe. Mais tarde, manifestou-se outra faculdade muito interessante e muito rara: a de ver e descrever o corpo humano, que se tornava transparente aos seus olhos espirituais. Dizia ele que cada órgão do corpo parecia claro e transparente, mas se tornava escuro quando apresentava enfermidade.

Não é de se admirar que Davis descrevesse a constituição anatômica do ser humano, pois já Hipócrates, o pai da Medicina, dizia: "A alma vê de olhos fechados as afecções sofridas pelo corpo".

Na tarde de 6 de março de 1844, deu-se, com Davis, um dos mais extraordinários fenômenos, o do transporte. Foi ele tomado por uma força estranha que o fez voar da cidade de Poughkeepsie a Catskill, cerca de quarenta milhas de distância.

Naquela época, não se sabia explicar esse fenômeno, porquanto os fatos dessa natureza ainda eram desconhecidos.

 
Para nós, espíritas, o papel representado por Jackson Davis é de grande importância, pois começou a preparar o terreno para os grandes acontecimentos da Terceira Revelação.

Em suas visões espirituais viu quase tudo o que Swedenborg descreveu sobre o plano espiritual (abramos aqui um parêntese para dizer que, por ocasião do seu transporte às montanhas de Catskill, identificou Galeno e Swedenborg como seus mentores espirituais).

Em seu caderno de notas, encontrou-se a seguinte passagem datada de 31 de março de 1848:

"Esta madrugada, um sopro quente passou pela minha face e ouvi uma voz, suave e forte, a dizer: irmão, um bom trabalho foi começado - olha! surgiu uma demonstração viva. Fiquei pensando o que queria dizer aquela mensagem."

Ao que parece, este aviso fazia menção aos fenômenos de Hydesville, pois foi exatamente nessa data, numa sexta-feira, que se estabeleceu o início da telegrafia espiritual, através da menina Kate Fox.


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