Inspirador da Antiga Idade de Ouro, o
Planeta dos Anéis é Co-Regente da Era de Aquário
No
último parágrafo de um dos seus livros, Helena P. Blavatsky previu que,
caso o movimento teosófico permanecesse fiel à sua missão e projeto
originais, a Terra seria “um paraíso” em algum momento do século 21, se
comparada com a situação do século 19.
“(...)
O erro é poderoso apenas na superfície, porque a Natureza Oculta o
impede de tornar-se profundo. A Natureza Oculta rodeia o globo inteiro
em todas as direções, e não deixa sem vigilância nem sequer o canto mais
escuro. Seja por fenômeno ou por milagre, seja desta ou daquela
maneira, de um jeito ou de outro o Ocultismo irá vencer a batalha antes
que a era atual complete o tríplice setenário de Sani (Saturno) no ciclo
ocidental europeu; em outras palavras - antes do final do século 21, da
‘era cristã’.”
Esta
visão do futuro pode surpreender ou até soar como inaceitável para quem
está acostumado ao conteúdo dominante na mídia, na primeira parte do
século 21. No entanto, os fatos mostram que a vida é mais estranha que a
ficção, e mais surpreendente que o jornalismo convencional.
Escrevendo
em 1887, Blavatsky deu as datas e a duração das eras astrológicas
recentes, segundo a sabedoria esotérica oriental. Ela indicou que o ano
de 1900 marcaria o final da era de Peixes e o início da era de Aquário.
Blavatsky
viu que o alvorecer da era aquariana produziria uma expansão da mente
superior e abstrata em nossa humanidade, e que o processo seria
inicialmente desastroso. Estruturas viriam abaixo. No mesmo parágrafo
em que indicava a data da nova era, Blavatsky acrescentou, referindo-se
ao equinócio:
“Quando ele ingressar dentro de alguns anos no signo de Aquário, os psicólogos terão mais trabalho e as características psíquicas da humanidade iniciarão uma grande mudança”.
O Mestre Mais Severo Anuncia a Vitória
A
transição de eras astrológicas é um processo complexo e
multidimensional. Os seus efeitos se desdobram durante centenas de anos.
O século 21 é forte do ponto de vista oculto e numerológico, porque
equivale a três vezes sete, e tudo na natureza é tríplice e setenário.
H. P. Blavatsky fez uma segunda afirmação profética em relação ao
conteúdo cármico do século 21. Antes de reproduzir suas palavras, porém,
cabe esclarecer algo em relação ao vocabulário clássico usado por ela:
“natureza oculta” significa a “natureza essencial”, que é invisível aos
olhos; e “ocultismo” é a filosofia que permite perceber esta essência
existente e ativa sob as aparências externas do mundo.
Levando em conta o significado destas expressões, vejamos o que H. P. B. escreveu:
Estas são palavras fortes, e o fato de que nelas H. P. B. menciona Saturno está longe de ser casual.
Desde um ponto de vista astrológico, Saturno é o severo mestre do quaternário inferior ou eu básico dos seres humanos. O fato de que a ação deste planeta parece dirigir-se aos aspectos concretos da vida não é um problema. A tríade superior ou alma imortal
não é prejudicada, mas sim beneficiada, pela influência lenta e
decisiva do espírito planetário cujo globo físico foi qualificado por
Camille Flammarion como “a maravilha do sistema solar”.
Quando
pensamos neste planeta - que possui um complexo sistema de anéis e
dezenas de luas - devemos lembrar que há uma diferença entre o seu
aspecto material e o seu espírito. H. P. B. escreveu:
“Saturno,
o ‘pai dos Deuses’, não deve ser confundido com o seu homônimo - o
planeta que tem o mesmo nome (....). Os dois - embora em certo sentido
sejam idênticos, como são idênticos, por exemplo, o homem físico e a sua
alma - devem ser separados quando se trata de questões devocionais.”
Para a teosofia, portanto, o planeta físico Saturno é o veículo
ou instrumento do Saturno mitológico. Embora haja uma diferença entre o
plano material e o plano espiritual deste corpo celeste, a interação
entre eles é bastante semelhante à relação entre o ser humano físico e a
sua alma.
Saturno
é o Mestre do Carma, do Tempo, e das Estruturas (físicas e sutis). Ele
preside a colheita cármica dos seres humanos, e ajuda a orientar o modo
como eles agem diante do carma maduro. Mas também é regente do Carma Kriyamana
, o novo carma que nós decidimos plantar a cada momento da vida.
Saturno orienta o foco central dos nossos esforços. Ele ensina os seres
humanos a aproveitar as oportunidades positivas de que estão rodeados o
tempo todo, de modo a construir uma felicidade duradoura.
Um Degrau na Escada para o Céu
Mestre
da disciplina e da concentração, rigoroso em relação a distrações ou
desperdício de energia, Saturno desempenha um papel fundamental no
simbolismo da escada para o céu que faz parte dos Mistérios
Mitráicos, da antiga Roma. Dos sete degraus daquela escada, o primeiro
corresponde ao “céu de Saturno”, e está a cargo da influência exercida
pelo espírito deste planeta.
Em
qualquer escada sagrada, o primeiro passo para cima preside a transição
entre o plano inferior e o caminho para o céu. De certo modo, o degrau
inaugural contém a chave do esforço inteiro. É ele que nos faz
confrontar e ultrapassar o limite entre a dimensão material e a caminhada na direção do mundo divino.
Astronomicamente,
os anéis de Saturno marcam a linha média ou limite entre o seu próprio
hemisfério superior e seu hemisfério inferior. Saturno é também o
planeta que estabelece o limite ou fronteira entre a região “doméstica” e
a região “galáctica” do nosso sistema solar.
Mitologicamente, o espírito do planeta dos anéis corresponde ao deus judaico-cristão Jeová. E vice-versa.
Cronos-Saturno,
o rigoroso Deus do Paraíso e que preside a Idade de Ouro, tenta
preservar a vida espiritual evitando que o eu inferior humano ou
personalidade se separe prematuramente da alma imortal. Quando chega o
momento da separação e da diferenciação, no final das primeiras raças da
atual humanidade, o Senhor Saturniano manda Adão (a humanidade da
terceira raça-raiz) para fora do Jardim. Ele ordena que os seres humanos
caiam, como requer a evolução, no duro mundo da vida dual e cheia de
contrastes (Genesis, 3). Não há castigo, exceto como um símbolo. No
momento certo, o reerguimento humano virá como uma necessidade natural
da evolução.
Saturno mitológico
é o Tempo e o Carma. Ele “devora” os seus filhos (os eus pessoais ou
almas mortais). Ao devorá-los, ele os absorve de volta para o descanso
na unidade indiferenciada, até que chegue o momento certo para o
renascimento. O tempo e o universo são cíclicos. Tudo o que o tempo
oferece, ele retira, apenas para oferecer novamente no momento adequado,
com melhoras.
O planeta dos anéis tem muitos nomes, e em “Ísis Sem Véu” podemos ler:
“Ilda-Baoth,
o ‘Filho da Escuridão’ e criador do mundo material, foi apresentado
como morando no planeta Saturno, o que o identifica ainda mais com o
Jeová judeu, e era o próprio Saturno, segundo os ofitas, que não lhe
atribuíam o nome sinaítico. De Ilda-Baoth emanam seis
espíritos, que vivem respectivamente com seu pai os sete planetas.”
No
mesmo parágrafo, Blavatsky explica que estes sete planetas e luminares
sagrados são Saturno, Marte, o Sol, a Lua, Júpiter, Mercúrio e Vênus.
Eles são exatamente os mesmos corpos celestes que formam a escada
mitráica para o céu.
H.P. Blavatsky reconheceu o fato de que Saturno é o rei da idade de ouro.Em várias e diferentes tradições, existe uma relação direta entre o
despertar da mente mais elevada e o surgimento de eras douradas. No
budismo, no Taoísmo e em outras religiões, o ouro (assim como o Sol e a
cor amarela) simboliza a consciência divina da alma espiritual. A era
de ouro é marcada pela atividade de buddhi-manas, ou inteligência universal, e há uma ligação direta entre Saturno e esta mente mais elevada.
Leia mais na Fonte: filosofiaesoterica.com
Marte Regente de 2015
Acesse o conteúdo completo em: http://www.stum.com.br/conteudo/c.asp?id=14117&onde=1
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