As musas eram
entidades mitológicas a quem era atribuída, na Grécia Antiga, a
capacidade de inspirar a criação artística ou científica. Na mitologia
grega, eram as nove filhas de Mnemosine e Zeus. O templo das musas era
o Museion, termo que deu origem à palavra museu nas diversas línguas indo-europeias como local de cultivo e preservação das artes e ciências.
Conta o Mito que, após a vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano, conhecidos como titãs, foi solicitado a Zeus que se criassem divindades capazes de cantar a vitória e perpetuar a glória dos Olímpicos.
Zeus então partilhou o leito com Mnemósine, a deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, um ano depois, Mnemósine deu à luz nove filhas em um lugar próximo ao monte Olimpo. Criou-as ali o caçador Croto, que depois da morte foi transportado, pelo céu, até a constelação de Sagitário. As musas cantavam o presente, o passado e o futuro, acompanhados pela lira de Apolo, para deleite das divindades do panteão.
Eram, originalmente, ninfas dos rios e lagos. Seu culto era originário da Trácia ou em Pieria, região a leste do Olimpo, de cujas encostas escarpadas desciam vários córregos produzindo sons que sugeriam uma música natural, levando a crer que a montanha era habitada por deusas amantes da música. Nos primórdios, eram apenas deusas da música, formando um maravilhoso coro feminino.
Posteriormente, suas funções e atributos se diversificaram.
Suas moradas, normalmente situadas próximas à fontes e riachos, ficavam na Pieria, leste do Olimpo (musas pierias), no monte Helicon, na Beócia (musas beócias) e nomonte Parnaso em Delfos (musas délficas). Nesses locais dançavam e cantavam, acompanhadas muitas vezes de Apolo Musagetes (líder das musas - epíteto de Apolo). Eram bastante zelosas de sua honra e puniam os mortais que ousassem presumir igualdade com elas na arte da música.
O
coro das musas tornou o seu lugar de nascimento um santuário e um local
de danças especiais. Também frequentavam o monte Hélicon, onde duas
fontes, Aganipe e Hipocrene, tinham a virtude de conferir inspiração
poética a quem bebesse suas águas. Ao lado das fontes, faziam gracioso
movimentos de uma dança, com seus pés incansáveis, enquanto exibiam a
harmonia de suas vozes cristalinas.
Na mitologia grega, as musas (em grego Μοῦσαι)
eram, segundo os escritores mais antigos, as deusas inspiradoras da
música e, segundo as noções posteriores, divindades que presidiam os
diferentes tipos de poesia, assim como as artes e as ciências.
Originalmente foram consideradas
Ninfas inspiradoras das fontes,
próximas das quais eram adoradas, e levaram nomes diferentes em
distintos lugares, até que a adoração tracio-beócia das nove musas se
estendeu desde Beócia ao resto das regiões da Grécia e ao final
permaneceria geralmente estabelecida.
Ainda
que na mitologia romana terminaram sendo identificadas com as Camenas,
Ninfas inspiradoras das fontes, na realidade pouco tinham a ver com
elas.
Fonte: http://circuluspaganus.blogspot.com.br
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