Elisabeth D'Esperérance, ou Madame D'Espérance, cujo verdadeiro nome era Mrs. Hope, foi médium de
grande projeção, tendo servido de instrumento para as pesquisas encetadas por muitos sábios de sua
época.
Sua carreira no campo mediúnico
alcançou grande notoriedade, abrangendo o continente europeu e principalmente a Inglaterra.
Apareceu em público pela
primeira vez, graças à interferência de T. P. Barkas, cidadão bastante relacionado na cidade de New
Castle. Nessa época a médium era uma mocinha de educação média, entretanto, quando em transe
mediúnico, demonstrava bastante discernimento das coisas, revelando um grau elevado de sabedoria,
muito acima do consenso geral.
Extensas listas de perguntas
eram elaboradas por Barkas, abrangendo vários aspectos da Ciência, e as respostas eram obtidas com
incrível rapidez, e geralmente em inglês, porém, algumas vezes em alemão ou em latim.
A médium viveu em meio dos casos
mais estranhos, desde a mais tenra idade, pois, em suas memórias, ela descreve as suas aventuras com
Espíritos de aparência infantil, que com ela brincavam, altercavam-se e logo após se reconciliavam.
Suas faculdades mediúnicas foram das mais portentosas e se intensificaram com o decorrer dos anos,
especialmente no campo das materializações, onde conseguiu resultados verdadeiramente
impressionantes.
Na obscuridade escrevia
respostas as mais sofisticadas às questões formuladas por pessoas que as buscavam em uma biblioteca
inteira. Tais indagações eram formuladas de forma aleatória, em inglês, alemão ou latim e mereciam
respostas no mesmo idioma, sem qualquer espécie de erro de estilo ou de gramática.
Por seu intermédio encetaram-se
várias e freqüentes experiências com o Espírito de belíssima jovem árabe, de negra e ondulada
cabeleira, de pele morena e muito graciosa.
Demonstrou notável capacidade
nos fenômenos de materializações, principalmente na formação de plantas que passavam a ter
prolongada duração e que eram colocadas em jardins.
Afirmou o Dr. William Oxley que
conseguiu, através da médium, a materialização de 27 rosas e outras plantas em uma só sessão. Dentre
essas plantas salientava-se uma cujo nome científico era "Ixora Crocata", que foi colocada numa
estufa, e ali viveu cerca de três meses, quando então se secou.
Oxley também presenciou a
materialização, com grande nitidez, de uma jovem de rara beleza, a qual, após apresentar-se em toda
a sua magnitude começou a desmaterializar-se, a começar pelos pés, como se fora uma estátua de cera
colocada sobre uma placa quente. Vários outros comentários de Oxley estão contidos em sua obra
"Revelações Evangélicas".
O Conde Alexander Aksakof também
realizou várias pesquisas com a famosa médium, obtendo resultados os mais positivos, o mesmo
sucedendo com o professor Butlerof, catedrático de Química da Universidade de Petersburgo.
Certa manhã, a médium, estando
ocupada em escrever algumas cartas comerciais, em dado momento verificou, com espanto, que sua mão
havia escrito automaticamente o nome "Swen Stromberg". Ninguém soube explicar de quem se tratava.
Algum tempo após, quando Aksakof
e Buttlerof faziam experimentações no sentido de fotografar Espíritos materializados, atrás da
médium apareceu também a figura de um homem. Consultado, o mentor espiritual explicou tratar-se de
um personagem cujo nome era exatamente Swen Stromberg, o qual havia desencarnado no dia 13 de março
daquele ano, em New Stockholm, e pedia que seus pais fossem avisados sobre o seu decesso.
Os pais, quando viram a
fotografia reconheceram de pronto o filho que havia desencarnado, deixando esposa, filhos e sendo
pranteado por muita gente.
Fontes: Paulo Alves de
Godoy e Antonio de Souza Lucena
Personagens do Espiritismo
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