Como percebemos nos textos sobre Antropologia Gnóstica, a Evolução de
uma Alma-Planetária, ou seja, o conjunto de todas as Essências
espirituais que se manifestam em um planeta, é de certa maneira
semelhante à Evolução de um indivíduo. Uma alma individual se reencarna,
passa de um corpo a outro. A Alma-Planetária passa de um planeta a
outro de acordo com Leis predeterminadas pelos Deuses siderais.
E como se processa a Evolução de uma humanidade em um planeta? Como a da Terra, por exemplo?
Uma humanidade planetária nasce, evolui e se desenvolve, evoluindo e
involuindo em sete etapas planetárias definidas com grande precisão
matemática. Essas sete etapas são didaticamente chamadas de Sete
Raças-Raízes, ou Raças Planetárias.
A vida que evoluiu e involuiu em um antiquíssimo planeta, que hoje é a
nossa desolada Lua (chamada também de Terra-Lua ou Terra-Selene),
reencarnou-se no planeta Terra. Aqui, numa nova etapa, deverá evoluir e
involuir, formando ao todo sete expressões civilizatórias, chamadas
esotericamente de “7 Raças”, que, sob o ponto de vista teosófico e
gnóstico, são:
PRIMEIRA RAÇA-RAIZ OU PROTOPLASMÁTICA
Habitou o que hoje conhecemos como a Calota
Polar Norte, a Terra de Asgard, citada em antiquíssimas tradições como a
distante Thule paradisíaca dos nórdicos e dos astecas, a Ilha de
Cristal.
A Raça Polar (como também é chamada esta
poderosa Raça) se desenvolveu em um ambiente totalmente distinto ao
atual. Naquela época a Terra era propriamente semi-etérica, semifísica,
las montanhas conservavam sua transparência e a Terra toda resplandecia
gloriosamente com uma belíssima color azul-etérica intensa.
Produto maravilhoso de incessantes
evoluções e transformações que outrora se iniciaram desde o estado
germinal primitivo, a primeira Raça surgiu das dimensões superiores
completa e perfeita.
Inquestionavelmente a primeira Raça jamais
possuiu elementos rudimentares nem fogos incipientes. Para o bem da
Grande Causa, lançaremos em forma enfática o seguinte enunciado: “Antes
que a primeira Raça humana saísse da quarta coordenada para se fazer
viível e tangível no mundo tridimensional, esta teve que gestar-se
completamente dentro do Jagad-Yoni, a “matriz do mundo”.
Extraordinária humanidade primigênia, andróginos sublimes totalmente divinos, seres inefáveis mais além do bem e do mal.
Protótipos de perfeição eterna para todos
os tempos, seres excelentes semifísicos, semietéricos, com corpos
protoplasmáticos indestrutíveis de bela cor negra, elásticos e dúcteis,
capazes de flutuar na atmosfera.
Com o material plástico e etéreo desta
Terra primigênia foram construídos cidades, palácios e templos
grandiosos. Resultam interessantíssimos os Rituais Cósmicos dessa época.
A construção dos Templos era perfeita. Nas vestiduras se combinavam as
cores branca e preta para representar a luta entre o espírito e a
matéria. Os símbolos e objetos de trabalho eram usados invertidos para
representar o Drama que se projeta nos séculos: o descenso do espírito
até a matéria. A vida estava até agora materializando-se e deveria a
isso dar-se uma expressão simbólica. Sua escritura gráfica foram os
caracteres rúnicos, de grande poder esotérico.
É ostensível que todos esses seres ingentes eram os fogos sagrados personificados dos poderes mais ocultos da Natureza.
Essa foi a Idade o fissiparismo, aquelas
criaturas se reproduziam mediante o ato sexual fissíparo, “segundo se
tem visto na divisão da célula nucleada, onde o núcleo se divide en dos
subnúcleos, os quais se multiplicam como entidades independentes”.
Naqueles seres andróginos (elementos
masculino e feminino perfeitamente integrados) a energia sexual operava
de forma diferente à atual, e em determinado momento o organismo
original do pai-mãe se dividia em duas metades exatas, multiplicando-se
para o exterior como entidades independentes, processo similar à
multiplicação por bipartição ou divisão celular. O filho andrógino
sustentava-se por um tempo de seu pai-mãe. Cada um desses acontecimentos
da reprodução original, primeva, era celebrado com rituais e festas.
Inquestionavelmente, a Ilha Sagrada, morada
do primeiro homem do último mortal divino, ainda existe na quarta
dimensão como insólita morada dos Filhos do Crepúsculo, Pais Preceptores
da humanidade.
Terra do amanhecer, mansão imperecedoura, celeste paraíso de clima primaveral por ali, nos mares ignotos do Polo Norte.
Magnífico luzeiro no Setentrião, esse Éden da quarta coordenada, continente firme em meio ao grande oceano.
“Nem por terra nem por mar se consegue
chegar à Terra Sagrada”, repete veementemente a tradição helênica. “Só o
voo do espírito pode conduzir a ela”, dizem com grande solenidade os
velhos sábios do mundo oriental.
SEGUNDA RAÇA-RAIZ OU HIPERBÓREA
Essa raça apareceu no cenário terrestre
como resultado das incessantes transformaçoes que, através do tempo a 1ª
Gran Raça Raíz experimentou. Habitou as regiões boreais que como
ferradura continental circundam a Calota Polar Norte, ocupando o atual
norte da Ásia, Groenlândia, Suécia, Noruega etc., estendendo-se até as
Ilhas Britânicas.
Essa foi uma época de variadíssimas
mutações na Natureza. Grande diversidade de espécies foi gestada no tubo
de ensaio da Natureza, cujos 3 Reinos ainda não estavam de todo
diferenciadas. O clima era tropical e a terra coberta de grande
vegetação.
O ser humano continuava sendo andrógino, reproduzindo-se por brotação, sistema que continua ativo nos vegetais.
É impossível encontrarem-se restos das
primeiras Raças primevas porque a Terra estava constituída de
protomatéria, semietérica e semifísica. Só nas Memórias da Natureza os
grandes clarividentes podem estudar a história dessas Raças.
TERCEIRA RAÇA-RAIZ OU LEMURIANA
Dessa segunda classe de andróginos divinos
procedeu-se por sua vez a terceira Raça-raiz, os Duplos, gigantes
hermafroditas, colossais, imponentes. A civilização lemúrica floresceu
maravilhosa no Continente Mu ou Lemúria, vulcânica terra no Oceano
Pacífico.
O planeta chegou a um alto grau de
materialidade, próprio desta Ronda físico-química. Como todas as formas
de então existentes na Terra, o homem era de estatura gigantesca.
A reprodução era por geração ovípara,
produzindo como seres hermafroditas, e, mais tarde, com o predomínio de
um só sexo, até que por fim nasceram nasceram do ovo machos e fêmeas. Na
quinta sub-raça lemuriana [pois cada grande Raça é formada de 7 sub-raças],
começa o ovo a queda e retida no seio materno, e a criatura nasce débil
e desvalida. Por último, na sexta e sétima sub-raças já é geral a
geração por ajuntamento de sexos.
A reprodução sexual se fazia então sob a
direção dos Kummaras, seres divinais que regiam os templos. Porém, na
segunda metade do período lemúrico, começaram a fornicar, ou seja, a
desperdiçar o esperma sagrado, ainda que tão só o faziam para dar
continuação da espécie. Então, os Deuses castigaram a humanidade
pecadora (Adão-Eva), expulsando-os para fora do Éden paradisíaco, a
Terra Prometida, onde os rios de água pura de vida manam leite e mel.
O ser humano expressava-se na Linguagem
Universal, o seu Verbo tendo poder sobre o fogo, o ar, a água e a terra.
Podia perceber a aura dos mundos no espaço infinito, e dispunha de
maravilhosas faculdades espirituais que foi perdendo, como consequência
do Pecado Original.
Esta foi uma época de instabilidade na
superfície terrestre, devido à constante formação de vulcõs e de novas
terras. Ao final, por meio de 10 mil anos de gigantescos terremotos e
maremotos, o gigantesco continente Mu foi se desmembrando e fundindo-se
nas ondas do Oceano Pacífico. Encontramos seus vestígios na Ilha da
Páscoa, Austrália, a Oceania etc.
“Muito se tem discutido sobre o Paraíso Terrenal”.
“Realmente, esse Paraíso existiu e foi o
continente da Lemúria, situado no Oceano Pacífico. Essa foi a primeira
terra seca que houve no mundo. A temperatura era extremadamente quente.”
“O intensíssimo calor e o vapor das águas nublavam a atmosfera e os homens respiravam por guelras, como os peixes.”
“Os Homens da Época Polar e da Época
Hiperbórea e princípios da Época Lemúrica eram hermafroditas e se
reproduziam como se reproduzem os micróbios hermafroditas. Nos primeiros
tempos da Lemúria, a espécie humana quase não se distinguia das
espécies animais; porém, através de 150 mil anos de evolução os
lemurianos chegaram a um grau de civilização tão grandiosa que nós, os
Ários, estamos ainda muito distantes de alcançar.
Essa era a Idade de Ouro, essa era a idade
dos Titãs. Esses foram os tempos deliciosos da Arcádia. Os tempos em que
não existia o meu ou o teu, porque tudo era de todos. Esses foram os
tempos em que os rios manavam leite e mel.
A imaginação dos homens era um espelho
inefável onde se refletia solenemente o panorama dos céus estrelados de
Urânia. O homem sabia que sua vida era vida dos Deuses, e ele que sabia
dedilhar a Lira estremecia os âmbitos divinos com suas deliciosas
melodias. O artista que manejava o cinzel se inspirava na sabedoria
eterna e dava a suas delicadas esculturas a terrível majestade de Deus.
Oh! A Época dos Titãs, a época em que os rios manavam leite e mel…
Os lemures foram de grande estatura e
tinham ampla fronte, usavam simbólicas túnicas, branca à frente e preta
atrás, tiveram naves voadoras e aparelhos propulsionados a energia
atômica, iluminavam-se com energia atômica, e chegaram a um altíssimo
grau de cultura. (Em nosso livro O Matrimônio Perfeito falamos amplamente sobre este particular.)
Esses eram os tempos da Arcádia: o homem
sabia escutar, nas sete vogais da Natureza, a voz dos Deuses, e essas
sete vogais (I-E-O-U-A-M-S) ressoavam no corpo dos lemures, com toda a
música inefável dos compassados Ritmos do Fogo.
“O corpo dos lemurianos era uma harpa milagrosa onde soavam as sete vogais da Natureza com essa tremenda euforia do Cosmo.
Quando chegava a noite, todos os seres
humanos adormeciam como inocentes criaturas no seio da Mãe Natureza,
afagados pelo canto dulcíssimo e comovedor dos Deuses, e quando a aurora
raiava, o Sol trazia diáfanas alegrias e não tenebrosas penas.”
“Os casais da Arcádia eram matrimônios
gnósticos. O homem só efetuava o conúbio sexual sob as ordens dos
Elohim, e como num sacrifício no Altar do matrimônio para brindar corpos
às almas que necessitavam reencarnar-se. Desconhecia-se por completo a
fornicação e não existia a dor no parto.
Através de muitos milhares de anos de
constantes terremotos e erupções vulcânicas, a Lemúria foi fundindo-se
nas embravecidas ondas do Pacífico. Em tempo, surgia do fundo do oceano o
Continente Atlante.”
QUARTA RAÇA-RAIZ OU ATLANTE
Depois que a humanidade hermafrodita se
dividiu em sexos opostos, transformados pela Natureza em máquinas
portadoras de criaturas, surgiu a quarta Raça-Raíz sobre o geológico
cenário atlante localizado no oceano que leva seu nome.
Foi engendrada pela terceira Raça há uns 8
milhões de anos, cujo fim o Manu da quarta Raça escolheu dentre a
anterior os tipos mais adequados, a quem conduziu à imperecedoura Terra
Sagrada para livrá-los do cataclismo lemuriano.
A Atlântida ocupava quase toda a área
atualmente coberta pela parte setentrional do Oceano Atlântico, chegando
pelo NE até a Escócia, pelo NO até o Labrador e cobrindo pelo Sul a
maior parte do Brasil.
Os atlantes – de estatura superior à atual –
possuíram uma alta tecnologia, a que combinaram com a magia, porém, ao
final degeneraram-se e foram destruídos.
H. P. Blavatsky, referindo-se à Atlântida, diz textualmente em suas estâncias antropológicas:
“Construíram templos para o corpo humano, renderam culto a homens e mulheres. Então, cessou de funcionar o terceiro olho (o olho da intuição e da dupla visão). Construíram enormes cidades, lavrando suas próprias imagens segundo seu tamanho e semelhança, e as adoraram…”
“Fogos internos já haviam destruído a terra de seus pais (la Lemúria) e a água ameaçava a Quarta Raça (a Atlântida).
Sucessivos cataclismos acabaram com a
Atlântida, cujo final foi reconstituído em todas as tradições antigas
como o Dilúvio Universal.
A época da submersão da Atlântida foi
realmente uma era de câmbios geológicos. Emergiram do seio profundo dos
mares outras terras firmes que formaram novas ilhas e novos continentes.
QUINTA RAÇA-RAIZ OU ÁRIA
Já há 1 milhão de anos que o Manu
Vaivasvata (o Noé bíblico) selecionou de entre a sub-Raça proto-semítica
da Raça Atlante as sementes da quinta Raça-Mãe e as conduziu à
imperecedoura Terra Sagrada. Idade após idade, foi modelando o núcleo da
humanidade futura. Aqueles que lograram cristalizar as virtudes da Alma
acompanharam o Manu em seu êxodo à Ásia Central, onde morou por longo
tempo, fixando ali a residência da Raça, cujos galhos haveriam de
ramificar-se em diversa direções.
Eis agora as sete sub-raças ou galhos do tronco ário-atlante:
A primeira sub-raça se
desenvolveu no Planalto Central da Ásia, de forma mais concreta na
região do Tibet, e teve uma poderosa civilização esotérica.
A segunda sub-raça
floresceu no sul da Ásia, na época pré-védica, e então foi conhecida a
sabedoria dos Rishis do Hindustão, os esplendores do antigo Império
Chinês etc.
A terceira sub-raça se desenvolveu maravilhosamente no Egito (de direta ascendência atlante), Pérsia, Caldeia etc.
A quarta sub-raça resplandeceu com as civilizações da Grécia e de Roma.
A quinta sub-raça foi perfeitamente manifestada na Alemanha, Inglaterra e outros países.
A sexta sub-raça resultou da mescla dos espanhóis e portugueses com as raças autóctones da América.
A sétima sub-raça está
perfeitamente manifestada no resultado de todas essas mesclas de
diversas raças, tal como hoje o podemos evidenciar no território dos
Estados Unidos.
Nossa atual Raça terminará com um grande
cataclismo. A Sexta Raça (Raça Koradhi) viverá em uma Terra transformada
(a Quinta Ronda, ou Etérica; veja o texto sobre as Rondas Planetárias) e
a sétima será a última.
Depois dessas Sete Raças, a Terra se converterá
em uma nova lua.
Fonte:gnosisonline.org