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domingo, 28 de abril de 2013

O Budismo de Nitiren Daishonin





O Budismo de Nitiren Daishonin fundamenta-se na afirmação de que todas as pessoas têm o potencial de atingir a iluminação. 

Esta idéia é a epítome do Budismo Mahayana, uma das duas principais divisões do Budismo. Surgiu na Índia após a morte de Sakyamuni, através de um movimento de popularização dos ensinos do Buda. 

Seus discípulos não se isolaram da sociedade como alguns grupos budistas anteriores. Ao invés disso, lutaram para a propagação em meio ao povo e para auxiliar as outras pessoas no caminho da iluminação.

 Portanto, Mahayana é caracterizado pelo espírito de benevolência e altruísmo. 

O Budismo Mahayana foi introduzido na China, onde deu origem a várias seitas. Uma das mais importantes foi fundada por Tientai (538- 597), conhecida como seita Tendai. 

Esta ensina que o Sutra de Lótus é o mais alto de todos os sutras Mahayana e que todas as coisas, tanto animadas como inanimadas, possuem um potencial dormente para a iluminação.





Esta doutrina resultou na teoria conhecida como "Itinen Sanzen". As doutrinas da seita Tendai foram mais tarde desenvolvidas e sistematizadas por Miao-lo (711-782), o nono chefe religioso da seita. 

O Budismo de Tientai foi introduzido no Japão no Século IX por Dengyo Daishi que havia estudado sua doutrinas na China. Mais tarde, no século XIII, Nitiren Daishonin estudou no Monte Hiei. o centro da seita Tendai no Japão, e veio a entender que o Sutra de Lótus constitui a essência de todo o Budismo. Logo depois, começou a pregar o conteúdo do que havia descoberto. 

De acordo com seu ensinamento, as funções de todo o universo estão sujeitas a um único princípio ou lei. Através da compreensão desta lei, a pessoa é capaz de libertar o potencial oculto de sua própria vida e atingir a harmonia perfeita com o seu ambiente. 

Nitiren Daishonin definiu a lei universal como Nam-myoho-rengue-kyo, uma fórmula que representa o fundamento do Sutra de Lótus e é conhecida como Daimoku. 

Além disso, ele deu concreção à lei, inscrevendo-a num pergaminho – Gohonzon – para que as pessoas pudessem colocar a essência da sabedoria budista em prática e desta forma atingir a iluminação.






 No tratado intitulado "O Verdadeiro Objeto de Adoração", ele concluiu que crendo e orando Nam-myoho-rengue-kyo ao Gohonzon, que é a cristalização da lei universal, revelar-se-á a natureza de Buda inerente em todos os indivíduos. 

Todos os fenômenos estão sob a infalível lei de causa e efeito. Conseqüentemente, o estado de vida de um ser – seu destino, em outras palavras é a consequência de todas as causas prévias. 

Através da oração do Nam-myoho-rengue-kyo, a pessoa está criando a causa suprema, que pode compensar os efeitos negativos do passado. 

A iluminação não é mística nem transcendental como muitos supõem. Antes, é uma condição de máxima sabedoria, vitalidade e boa sorte, na qual o indivíduo pode moldar o seu próprio destino, encontrando plenitude nas atividades diárias e entendendo a missão de sua vida.

Texto retirados do livro "As escrituras de Nitiren Daishonin"
págs. 37 e 38 – Editora Brasil Seikyo 

 

A Companhia de Jesus





A Companhia de Jesus (em latim: Societas Iesu, S. J.), cujos membros são conhecidos como jesuítas, é uma congregação religiosa fundada em 1534 por um grupo de estudantes da Universidade de Paris, liderados pelo basco Íñigo López de Loyola, conhecido posteriormente como Inácio de Loyola. A Congregação foi reconhecida por bula papal em 1540.É hoje conhecida principalmente por seu trabalho missionário e educacional.


História

Inácio de Loyola, de origem nobre, foi ferido em combate na defesa da fortaleza de Pamplona contra os franceses em 1521. Durante o período de convalescença dedicou-se à leitura do "Flos Sanctorum", após o que decidiu-se a desprezar os bens terrenos em busca dos sobrenaturais.

 No santuário de Monserrat fez a sua 'vigília d'armas' e submeteu-se a uma confissão geral. Abandonou a indumentária fidalga substituindo-a pela dos mendicantes. Retirando-se para a gruta de Manresa ali entregou-se a rigorosas penitências e escreveu a sua principal obra o Livro de Exercícios Espirituais, admirável sobretudo por não ter ainda o autor conhecimentos teológicos acadêmicos.

Em 15 de agosto de 1534, Inácio e seis outros estudantes (o francês Pedro Fabro, os espanhóis Francisco Xavier, Alfonso Salmerón, Diego Laynez, e Nicolau de Bobadilla e o português Simão Rodrigues) encontraram-se na Capela dos Mártires, na colina de Montmartre, e fundaram a Companhia de Jesus - para "desenvolver trabalho de acompanhamento hospitalar e missionário em Jerusalém, ou para ir aonde o papa nos enviar, sem questionar". Nesta ocasião fizeram os votos de pobreza e castidade.





Inácio de Loyola escreveu as constituições jesuítas, adotadas em 1554, que deram origem a uma organização rigidamente disciplinada, enfatizando a absoluta abnegação e a obediência ao Papa e aos superiores hierárquicos (perinde ac cadaver, "disciplinado como um cadáver", nas palavras de Inácio). O seu grande princípio tornou-se o lema dos jesuítas: "Ad maiorem Dei gloriam" ("Para a maior glória de Deus")

Na companhia de Fabro e Laynez, Inácio viajou até Roma, em outubro de 1538, para pedir ao papa a aprovação da ordem. O plano das Constituições da Companhia de Jesus foi examinado por Tomás Badia, mestre do Sacro Palácio, e mereceu sua aprovação.

A congregação de cardeais, depois de algumas resistências, deu parecer positivo à constituição apresentada. Em 27 de setembro de 1540 Paulo III confirmou a nova ordem através da Bula "Regimini militantis Ecclesiae", que integra a "Fórmula do Instituto", onde está contida a legislação substancial da Ordem, cujo número de membros foi limitado a 60. A limitação foi porém posteriormente abolida pela bula Injunctum nobis de 14 de março de 1543.

O Papa Paulo III autorizou que fossem ordenados padres, o que sucedeu em Veneza, pelo bispo de Arbe, em 24 de junho. Devotaram-se inicialmente a pregar e em obras de caridade em Itália. A guerra reatada entre o imperador, Veneza, o papa e os turcos seljuk, tornava qualquer viagem até Jerusalém pouco aconselhável. Inácio de Loyola foi escolhido para servir como primeiro superior geral. Enviou os seus companheiros e missionários para vários países europeus, com o fim de criar escolas, liceus e seminários.






Organização

São membros da Ordem os professos, os escolásticos e os coadjutores. Os professos devem ser doutores e, além dos três votos comuns têm o de obediência ao Papa, quanto às missões. O Geral, os provinciais, assistentes e os professores de teologia devem ser professos.

 O Geral, além dos assistentes, tem ainda o Admoestador. O órgão superior de administração é a Congregação Geral na qual tomam parte todos os professos eleitos por suas províncias. Os assistentes são eleitos pelas províncias e o Geral é vitalício.

A Companhia possui casas de professos, colégios, residências e missões. O vestuário depende do lugar onde moram, não têm hábito próprio. Não há a obrigação do ofício de côro. Após quinze anos de vida religiosa proferem os últimos votos; devem passar dois anos de noviciado, três de filosofia, alguns de magistério, quatro de teologia, e um segundo noviciado que é chamado de terceiro ano de aprovação.Como em todas as ordens religiosas da Igreja Católica, os jesuítas também têm a prática do retiro espiritual, mas de modo especial praticam os Exercícios Espirituais de Santo Inácio.






Obra inicial


A Companhia de Jesus foi fundada no contexto da Reforma Católica (também chamada de Contrarreforma), os jesuítas fazem votos de obediência total à doutrina da Igreja Católica, tendo Inácio de Loyola declarado:

Cquote1.svg Acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver determinado. Cquote2.svg

A Companhia logo se espalhou muito. Em Portugal D. João III pediu missionários e lhe foram enviados Simão Rodrigues, que fundou a província, e S. Francisco Xavier, que foi enviado ao Oriente. Na França tiveram a proteção do Cardeal de Guise. Na Alemanha os primeiros foram Pedro Faber e Pedro Canísio e outros, que foram apoiados pela casa da Baviera, logo dirigiram colégios, ensinaram em universidades e fundaram congregações.

A causa das perseguições contra a Companhia costuma ser sua íntima união com a Santa Sé, a universalidade do apostolado e a firmeza de princípios.Os jesuítas alcançaram grande influência na sociedade nos períodos iniciais da Idade Moderna (séculos XVI e XVII), frequentemente eram educadores e confessores dos reis dessa altura - D. Sebastião de Portugal, por exemplo.

A Companhia de Jesus teve atuação de destaque na Reforma Católica, em parte devido à sua estrutura relativamente livre (sem os requerimentos da vida na comunidade nem do ofício sagrado), o que lhes permitiu uma certa flexibilidade de ação. Em algumas cidades alemãs os jesuítas tiveram relevante papel.

Algumas cidades, como Munique e Bona, por exemplo, que inicialmente tiveram simpatia por Lutero, ao final permaneceram como bastiões católicos - em grande parte, graças ao empenho e vigor apostólico de padres jesuítas.
 Fonte:wikipedia

O Rio Ganges





Em novembro de 2008, o governo da Índia decidiu declarar o rio Ganges como o rio Nacional da Índia.

O Ganga é mencionado no Rig-Veda, a primeira das escrituras hindus. Ele aparece na nadistuti, que enumera os rios de leste a oeste. Em RV 6.45.31, a palavra Ganga também é mencionada, mas não está claro se essa referência é para o rio.

Para os hindus, o Ganga não é apenas um rio, mas uma mãe, uma deusa, uma tradição, uma cultura e muito mais.

As antigas escrituras mencionam que a água do Ganges exerce as bênçãos do deus Vishnu's pés; daí Mãe Ganges também é conhecido como Vishnupadi, que significa "emanantes dos pés de Lotus do Senhor Supremo Sri Vishnu."
 

A mitologia indiana afirma que Ganga, filha de Himavan, o Rei das Montanhas, tinha o poder de purificar tudo o que tocou nela. Ganga fluiu a partir do céu e purificou o povo da Índia. 






Após a morte, os indianos muitas vezes levam os corpos de seus mortos para imergir no Ganga, a quem creditam ter o poder para purificar-los de seus pecados.

Alguns hindus também acreditam que a vida é incompleta sem banhares no Ganga pelo menos uma vez em sua vida. Muitas famílias hindus mantem um frasco de água do Ganga na sua casa. 
 
Isto é feito porque é importante para eles ter água do Santo Ganga em casa, e também para que se alguém está morrendo, essa pessoa possa beber a água.
 
 Muitos hindus acreditam que a água do Ganga pode purificar a alma das pessoas de todos os pecados passados, e que também podem curar o doente.
 
Alguns dos mais importantes festivais hindu e Congregação religiosa (culto) são celebrados nas margens do rio Ganga.
 
Situado às margens do rio Ganges, Varanasi é considerada por alguns como a maior cidade santa no Hinduísmo, tem centenas de templos ao longo das margens do Ganges, que muitas vezes se tornam alagadas durante as chuvas.
 
 
 
 
 
Esta cidade, especialmente ao longo das margens do Ganges, é um importante lugar de culto para os hindus, bem como um terreno para cremação.

Os muitos significados simbólicos do rio foram descritos por Jawaharlal Nehru, em sua descoberta da Índia:


O Ganges, acima de tudo é o rio da Índia, que já declarou da Índia coração cativeiro e chamou inúmero milhões para ele desde o início da história. 


A história do Ganges, desde a sua nascente até o mar, desde tempos antigos para os novos, é a história da civilização e da cultura da Índia, da ascensão e queda de impérios, de grande orgulho e cidades, das aventuras do homem ...
Fonte: http://planetadobem.blogspot.com.br

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O Credo da Grande Fraternidade Branca Universal




Creio na onipresente, onipotente e onisciente Presença Divina Eu Sou, Fonte de toda a Vida, e na substância verdadeira do Amor Celestial existente em seu pulsante Coração.

Creio na inseparável e individualizada Presença Divina Eu Sou e em seu irradiante Foco de Luz em cada coração humano – o Santo Ser Crístico, que se manifesta na forma externa como a ação da Vontade Divina.

Creio na imortalidade da Chama Trina da Vida, no perfeito equilíbrio do Amor, Sabedoria e Poder do Espírito Santo – sacrossanta origem de toda Inteligência Divina existente em cada coração humano.

Creio na Paternidade e Maternidade Divina Universal, na fraternidade total dos homens, e na comunhão consciente de toda Humanidade com a Grande Legião de Luz dos Mestres Ascensionados e na Grande Fraternidade Branca.

Creio no eterno perdão e esquecimento de toda transgressão humana à lei da Vida, da Misericórdia e do Amor; na purificação da Alma por meio do uso constante da transformadora Chama Violeta e de outras forças do Fogo Sagrado.






Creio no poder do puro Amor Divino da Fraternidade consciente que está acima de toda substância e de toda energia do pensamento, sentimento, palavra e ação.

Creio na Ascensão na Luz quando tiver alcançado a máxima perfeição do Cristo.

Creio em uma Vida Eterna através da Ascensão à Vitoriosa Conclusão na Luz Divina.

Esta é a realização do Plano Divino, o sentido e a razão de minha existência.

Eu Sou, Eu Sou, Eu Sou!

Autor desconhecido
Fonte:
animamundhy.com.br

O Amor de Cupido e Psique






Psique era uma jovem tão linda que Vênus passou a ter ciúmes dela. A deusa deu ordens a Cupido para induzir Psique a apaixonar-se por alguma criatura de má aparência, porém o próprio Cupido tornou-se seu amante.

 Cupido a pôs num palácio, mas somente a visitava na escuridão e a proibiu de tentar vê-lo. Movidas pelo ciúme as irmãs de Psique disseram-lhe que ele era um monstro e iria devorá-la.

Certa noite Psique pegou uma lamparina e iluminou o quarto para ver Cupido adormecido. Excitada diante da visão de sua beleza ela deixou cair sobre Cupido uma gota do óleo da lamparina, e o despertou.






 Por causa disso o deus abandonou-a, ressentido pela sua desobediência. 

Sozinha e cheia de remorsos Psique procurou o amante por toda a terra, e várias tarefas difíceis lhe foram impostas por Vênus. 

 A primeira delas foi separar na escuridão da noite as impurezas de um monte enorme de várias espécies de grãos, porém as formigas apiedaram-se de Psique e vieram em grande número para realizar a tarefa por ela.






E assim, por um meio ou por outro, todas as tarefas foram executadas, exceto a última, que consistia em descer ao Hades e trazer o cofre da beleza usado por Perséfone.

 Psique havia praticamente conseguido realizar a proeza, quando teve a curiosidade de abrir o cofre; este continha não a beleza, e sim um sono mortal que a dominou.

 Entretanto Júpiter, pressionado por Cupido, consentiu finalmente em seu casamento com a amante, e Psique subiu ao céu.











"Embora sem um templo, embora sem altar!"



A história de Cupido e Psique é, geralmente, considerada alegórica. Psique em grego significa borboleta como alma.

 Não há alegoria mais notável e bela da imortalidade da alma como a borboleta, que, depois de estender as asas, do túmulo em que se achava, depois de uma vida mesquinha e rastejante como lagarta, flutua na brisa do dia e torna-se um dos mais belos e delicados aspectos da primavera.

 Psique é, portanto, a alma humana, purificada pelos sofrimentos e infortúnios, e preparada, assim, para gozar a pura e verdadeira felicidade.

Nas obras de arte, Psique é representada como uma jovem com asas de borboleta, juntamente com Cupido, nas diferentes situações descritas pela fábula.
Fonte:starnews2001.com.br

A Lenda do Girassol



Diz a lenda que existia no céu uma estrelinha tão apaixonada pelo sol que era a primeira a aparecer a tardinha, no céu, antes que o sol se escondesse.

E toda vez que o sol se punha ela chorava lágrimas de chuva.


 A lua falava com a estrelinha que assim não podia ser, que estrela nasceu para brilhar de noite, para acompanhar a lua pelo céu, e que não tinha sentido este amor tão desmedido!







Mas a estrelinha amava cada raio do sol como se fosse a única luz da sua vida, esquecia até a sua própria luzinha.

Um dia ela foi falar com o rei dos ventos para pedir a sua ajuda, pois queria ficar olhando o sol, sentindo o seu calor, eternamente, por todos os séculos.


O rei do vento, cheio de brisas, disse à estrelinha que o seu sonho era impossível, a não ser que ela abandonasse o céu e fosse morar na Terra, deixando de ser estrela.


 A estrelinha não pensou duas vezes, virou estrela cadente e caiu na terra, em forma de uma semente.





 



O rei dos ventos plantou esta sementinha com todo o carinho, numa terra bem macia. E regou com as mais lindas chuvas da sua vida. A sementinha virou planta.

Cresceu sempre procurando ficar perto do sol.


As suas pétalas foram se abrindo, girando devagarinho, seguindo o giro do sol no céu. E, assim, ficaram pintadas de dourado, da cor do sol.


É por isso que os girassóis até hoje explodem o seu amor em lindas pétalas amarelas, inventando verdadeiras estrelas de flores aqui na Terra.

Autor do texto desconhecido

Fonte:lendasdobrasil.blogspot.com

sexta-feira, 19 de abril de 2013

As Mil e uma Noites




Não foi um único autor e sim uma legião de narradores anônimos, cujas histórias foram reunidas durante séculos até formarem a coletânea que é clássico da literatura fantástica. Alguns estudiosos acreditam que boa parte desses contos teria surgido na Índia por volta do século 3 - o que explicaria a presença de tantas metamorfoses animais, semideuses e gênios lembrando o populoso panteão hinduísta. 

Dessa origem indiana, as histórias viajaram até a Pérsia (atual Irã), transmitidas pelas conversas entre mercadores que viajavam de um lugar para outro. Na Pérsia, então, uma obra intitulada Hezar Afsaneh ("Os Mil Contos") teria constituído a primeira compilação dessas lendas, já apresentando personagens importantes da versão definitiva de As Mil e Uma Noites, como o sultão Chahriar e sua esposa Cheherazade, que fazem a amarração entre as histórias.








Por volta do século 8, os povos árabes já tinham traduzido o Hezar Afsaneh, acrescentando valores islâmicos, forte carga erótica e citações pejorativas a cristãos e judeus. O título As Mil e Uma Noites também teria sido adotado nessa época por causa de uma superstição árabe em relação a números redondos, que trariam azar. 

Nos séculos seguintes, a essência da obra como a conhecemos hoje apareceu em diferentes manuscritos, cada um com sua própria variação na seleção de histórias. Os pesquisadores dividem os manuscritos em ramos como o sírio, o egípcio antigo e o egípcio tardio. 





"Nas primeiras 280 histórias do ramo sírio é possível observar uma unidade estilística e temática que aponta para um único autor-escriba", afirma o lingüista Mamede Mustafa Jarouche, da Universidade de São Paulo (USP). As Mil e Uma Noites só ficariam conhecidas no Ocidente após 1702, quando o francês Antoine Galland traduziu um manuscrito do ramo sírio do século 13.

Galland eliminou trechos eróticos, ofensas a cristãos e judeus e há quem acredite que tenha acrescentado novos contos árabes - entre eles, Ali Babá e os Quarenta Ladrões, Aladim e As Viagens de Simbá. Para quem deseja uma versão adulta e fiel ao original, enriquecida por incontáveis notas de rodapé sobre as culturas persa e árabe, a tradução mais respeitada é a do explorador inglês Sir Richard Burton, composta de 16 volumes lançados entre 1885 e 1888.






Personagens imortais 
 Histórias reunidas no Oriente ao longo dos séculos tornaram-se patrimônio universal
  1 - A SENHA DE ALI BABÁ

Numa cidade na Pérsia, viviam dois irmãos, Cassim e Ali Babá. O primeiro havia se casado com uma mulher rica, enquanto o segundo arrumou uma esposa muito pobre, passando a viver quase na miséria. Um dia, ao cortar lenha num bosque, Ali Babá ouve um estrondo. Amedrontado, sobe no topo de uma árvore e vê 40 homens chegando a cavalo. O chefe do grupo olha para uma montanha e diz: "Abre-te, Sésamo". De repente, uma rocha se move, abrindo uma passagem pela qual o bando some dentro de uma caverna oculta. Ali Babá repete, então, as palavras mágicas e entra na caverna, que se revela um covil de ladrões, incluindo um fabuloso tesouro.


2 - CHERAZADE, RAINHA DO SUSPENSE

Um fio condutor amarra as histórias da coletânea: a personagem Cheherazade, filha do grão-vizir (equivalente a primeiro-ministro) de um reino na Pérsia. Ela resolve se casar com o sultão local, Chahriar, para acabar com uma desgraça que ocorria em seu reino. Ao descobrir que sua antiga esposa era infiel, o tal sultão mandara matá-la. Depois disso, ele passou a se casar cada noite com uma nova jovem, que mandava estrangular ao raiar do dia, para evitar novas traições. Para pôr fim à sucessão de mortes, Cheherazade se casa com ele e, na alcova, começa a contar uma história, que ela interrompe antes de seu desfecho, bem quando o dia vai nascer. O sultão poupa, então, sua vida para poder, na noite seguinte, conhecer o final - e Cheherazade repete sua estratégia noite após noite, 1 001 vezes







3 - O GÊNIO DA LÂMPADA

O jovem Aladim vivia num reino da China. Após a morte de seu pai, um tio distante promete ajudá-lo. Um dia, acompanhando o tio em um passeio, Aladim é incumbido de buscar uma lâmpada dentro de um túnel. Quando Aladim acha o objeto, o tio pede que ele a entregue antes de sair do lugar sombrio, mas o sobrinho se recusa. Irado, o vilão, dotado de poderes mágicos, ordena que a terra se feche sobre o rapaz. Depois de três dias no subterrâneo, Aladim consegue escapar e, faminto, resolve vender a lâmpada. Ao esfregá-la, porém, surge um gênio capaz de realizar desejos... e a aventura está apenas começando


4 - MARUJO INVEJADO

Na cidade de Bagdá, um carregador chamado Hindbá descansa ao lado de uma bela casa, quando descobre que ela pertence a um marinheiro chamado Simbá. Hindbá ergue os olhos aos céus e pergunta a Deus o que Simbá havia feito para merecer um destino tão bom, enquanto ele vivia na miséria. Simbá ouve o lamento e convida o carregador a ouvir a história de suas viagens, repletas de aventuras e sofrimentos no Golfo Pérsico.
Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br

A Dança Cigana





Criada com passos que misturam, a alegria da Rumba, o molejo da Salsa, a força do Flamenco e o mistério da dança do ventre, a Dança Cigana tem como prioridade despertar a sensualidade e a feminilidade na dançarina.

A Dança Cigana não só faz bem ao corpo, mas também a alma...
formada por vários ritmos e coreografias diferentes, cada qual com seu significado, num composto de leveza, alegria e sentimentos...

A melhor forma de expressão da cultura e magia desse povo.
Cada movimento e coreografia contam a história dos ciganos e possuem sempre um significado místico e espiritual.

Seus movimentos podem expressar sensualidade, amor, raiva, alegria, ou tristeza com a graça de uma dança bonita, atrativa e muito exótica.
Desenvolve ao dançarino a coordenação motora e pode alongar e fortalecer os músculos.
Também evita o estresse, aumenta a alto-estima e a sensualidade.

Não se sabe ao certo a sua origem, podendo-se dizer assim, que é uma dança mundial, devido ao seu ecletismo nos ritmos e movimentos. Que envolvem gêneros musicais e coreografias de vários países e regiões, como o Flamenco, originário da Espanha, ritmos latinos como a salsa, o merengue, rumba, etc.





Ritmos mais clássicos como os húngaros, russos e italianos. E também os do Oriente Médio e Egito.

 

Cada coreografia tem seu significado mágico e cultural em que é usado alguns instrumentos para essa representação, por exemplo:

Dança do leque: dança do elemento ar que representa o amor, a sensualidade e a limpeza.

Dança do xale: representa o mistério e a magia do elemento fogo.

Dança da rosa: Elemento terra. Representa o amor, a beleza, a conquista e a sensualidade.

Dança das fitas coloridas: Elemento água representa as lágrimas de alegria e tristeza derrubadas pelo povo Cigano. Não lamento, mas também a comemoração.

Dança do véu: representa o elemento ar e expressa a leveza do corpo e a sensualidade.

Dança das tochas: Mostra a fúria e o poder do fogo através das tochas acesas que reverenciam este elemento.







Dança do pandeiro: Dança dos quatro elementos, denota a alegria e sugere uma festa. Serve também para purificar o ambiente.

Dança dos sete véus: Para os ciganos essa dança representa uma despedida de solteiro. E os véus coloridos representam as sete cores do arco-íris e simbolizam o amor e a sensualidade. As cores dos véus representam os quatro elementos.

Dança do punhal: Elementos ar e terra. Significa lutas, disputas, fúria e pode simbolizar a limpeza do ambiente e do corpo.

Dança dos quatro elementos: Feita com representações dos quatro elementos como: Vela, incenso, jarro d'água e sal. Significa magia e limpeza do ambiente. 


Essas são algumas das representações da Dança Cigana ,porem pode ser realizada livremente, manifestando assim, a criatividade e intuição de cada um.
Fonte: http://www.visaocigana.com.br

O Cristo místico



A narrativa da descida do Verbo ao seio da matéria é tão perfeita, tão verdadeira quanto a descida do Eu Sou ao Meu Corpo.

Jesus identificou-se com o Cristo, “O Verbo por quem todas as coisas foram feitas”. Para as igrejas, esse fato divino tornou-se em data histórica de quem consideram a divindade encarnada (o Cristo Místico). 

 Assim como o Cristo dos Mistérios, O Logos, a Segunda Pessoas da Trindade, é o Macrocosmos, assim também o Microcosmos encerra e representa o segundo aspecto do Espírito Divino, chamado, por isso, Cristo.

O segundo aspecto do Cristo dos Mistérios é, portanto, a vida do Iniciado, a vida do Segundo Nascimento no Reino Interno. Durante esta Iniciação Interna, o Cristo nasce no homem e, mais tarde, exalta-se, para tornar mais intelectual ao Iniciado a natureza do Espírito nele.

Somente por meio do Amor pode o homem aspirar à Iniciação. Pelo amor verdadeiro o homem pode tornar-se “puro, santo, sem mancha e viver sem transgressão”, chegando assim a ser Iniciado, a SER Cristo CONSCIENTEMENTE. Esse é o caminho das provas que levam à “Porta Estreita”, ao “Caminho da Santidade” e, pois, ao”Gólgota com a Cruz às Costas”.

O Cristo-Sol no homem é o Fogo Divino da Alma, que se deve “converter em Luz”; “O nosso Deus é Fogo”, disse Moisés. É o Menino que nasce como o homem no presépio, na casa de carne (Belém), o corpo físico.

O candidato deve desenvolver estas qualidades de maneira perfeita, antes que o Cristo possa nascer nele. Deve preparar a morada para esse Menino Divino que vai crescer dentro dele. Os preceitos necessários para desenvolver essas qualidades estão perfeitamente traçados no Sermão da Montanha, e nada mais temos a dizer sobre esse particular.








O maior Mistério do Cristianismo está encerrado nos 14 versículos do primeiro capítulo do Evangelho de São João:

1. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

2. Ele estava no princípio com Deus.

3. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.

4. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens;

5. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.

6. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.

7. Este veio para testemunho para que testificasse da luz; para que todos cressem por ele.

8. Não era a luz; mas para que testificasse da luz,

9. Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo.

10 . Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu.

11. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

12. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos Filhos de Deus; aos que crêem no seu nome;

13. Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.

14. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.


Todas as religiões, antigas e modernas, colocaram e colocam sobre altares a imagem de um homem ou de uma mulher para simbolizar o poder Divino e o Adorá-lo. A Arca de Noé, a Terra Prometida, o Presépio de Belém, o Santo Sepulcro, o Tabernáculo, Jerusalém, o Templo de Salomão etc. não são mais do que o mesmíssimo corpo humano onde arde o Fogo Crístico.

O homem é um sistema universal composto de astros, planetas, sóis, luas, cometas, vias-lácteas e constelações. Deve seguir as mesmas LEIS DO SISTEMA MAIOR. Quanto mais perfeito é o homem, tanto maior cumprimento dá a essas leis, como o fez Jesus Cristo. Nós também “devemos chegar, algum dia, à estatura do Cristo”.







Há uma só religião com muitas instituições religiosas, assim como há uma única humanidade com muitas raças e costumes. O Grande Arcano das religiões, como o temos visto, está no poder do Fogo Crístico e da Luz Inefável. O Sol, sempre o Sol, era adorado como o Grande Fogo que ardia no meio do Universo, ao passo que o Fogo Divino está mais além do Sol físico. 

Por esse Fogo Divino Interno, que foi adorado no princípio, o homem nos deixou um símbolo no archote, na espada flamígera e na coroa de ouro cujas pontas se assemelhavam aos raios solares.
Todos os Homens Deuses tinham nomes que significavam Fogo-Luz: Júpiter, Apolo, Hermes, Mitra, Baco, Odin, Buda, Krishna, Zoroastro, Fo-Hi, Agni, Hiram Abiff, Sansão, Josué, Vulcano, Alá, Bel, Baal, Serápis, Salomão, Jeshua (Jesus) e muitas outras divindades cujos nomes significam manifestações de Luz.

A fábula de Prometeu é um véu da Verdade: a alma humana, ao possuir o fogo divino da humanidade, empregou-o para a destruição. Foi encadeada à rocha (o corpo) e devorada pelo abutre (dos desejos) até que um homem conseguisse dominar o fogo e se tornasse perfeito. Essa profecia foi cumprida por Hércules (o Cristo), que (nascendo como Luz no mesmo fogo da alma) libertou a que, havia tantos anos, estava submetida ao tormento (nascendo no seu coração pelo segundo nascimento ou Iniciação).

A luz que brilha no sistema nervoso é o mediador entre o Deus Íntimo e o homem externo. É a ponte que une o Espírito à Matéria. Por causa dessa Luz o Filho do Homem é chamado Filho de Deus. Os filhos da Luz conseguiram ver o Sol Interno Invisível. As antigas religiões buscavam a maneira de captar o fogo cósmico que circulava no éter; por isso, valiam-se os sacerdotes de plantas, de animais e de metais com propriedades absorventes dessa Luz Invisível.

O cristianismo emprega o fogo em seus ritos com o incenso para simbolizar que, assim como o fogo queima o incenso e este se converte em fumo perfumador, assim também o Fogo Divino, no homem, consome tudo quanto há de grosseiro da alma, para convertê-la em fragrante perfume. Os campanários, as torres, os obeliscos e as pirâmides são símbolos nativos do Fogo.

O ouro dos templos tem a cor da luz solar. Os círios acesos nos altares representam o Fogo Divino. A pequena lâmpada vermelha alimentada com azeite, que ilumina o altar, é o mais importante; é o símbolo de IEVE, Adão-Eva, O Senhor Construtor das Formas.

O azeite é o símbolo do sangue: este mantém a chama sagrada do homem, assim como o outro sustenta as chamas físicas.








O sangue é o veículo da chispa divina. Esta chispa move-se com a corrente sanguínea e não se encontra em qualquer ponto particular do organismo. A vibração desta chispa pode ser dirigida e localizada em qualquer parte do corpo, por meio da vontade concentrada. O sangue incendeia-se nas veias e manifesta o Fogo Divino Interno.

O Iniciado participa do Divino Poder Solar. Transfigura-se. Esse poder manifesta-se em forma de auréola de luz ao redor de sua cabeça, porque o Fogo do Espírito Santo no Sacro se converte em luz no cérebro, e o Iiniciado se converte em Onisciente sem necessidade do intelecto. Essa auréola de luz, com o tempo, converte-se em diadema para o rei, mitra para o bispo, disco de luz para a cabeça dos santos.

O Fogo Criador, ao subir pela espinha dorsal e, finalmente, chegar ao terceiro ventrículo do cérebro, toma uma formosíssima cor dourada, irradia-a em todas as direções, formando uma coroa sobre o osso occipital, em forma de leque. Essa luz significa a regeneração do homem que alcançou a “estatura de Cristo”.

 Ela muda de cor conforme o pensamento: a pureza converte-se em branca; a espiritualidade, em azul; o saber, em amarelo; o amor, em cor-de-rosa etc. Temos hoje muitos meios de demonstrar esses fenômenos e muitos homens de ciência estão ocupados no estudo da aura humana.

Temos já dito que o homem deve ter dois nascimentos: um físico e um espiritual. Tem de ser homem e Cristo ao mesmo tempo. Vamos agora tratar de decifrar o Mistério do Cristo no homem físico assim como deciframos o significado do Cristo Solar.

O grânulo de vida está depositado no útero materno, porta da vida, durante nove meses; após esse tempo, nasce, e a Alma Cristo permanece no casebre do coração, no corpo (casa de carne). O Menino-Cristo no homem está rodeado de animais: a ignorância do burro, a debilidade do cordeiro e a brutalidade do touro. O rei das trevas, no corpo, com a ambição e o orgulho, quer matar o novo Rei nascente, para livrar-se do remorso e ter ampla liberdade de seguir os desejos da carne.

O neófito é atacado pelo fantasma do umbral no segundo nascimento e é perseguido por todas as hostes do inferno (mundo inferior). Foge, então, para o Egito, isto é, refugia-se no mundo interno, abandonando as tentações do corpo e suas paixões, a fim de crescer espiritualmente e voltar, depois, ao cumprimento de sua missão na vida. Assim como o Sol percorre aparentemente os 12 signos zodiacais, também o Espírito Crístico tem de percorrer todas as dependências do seu sistema no corpo, que é a miniatura do Universo.

A cabeça é o Oriente do homem, de onde sai o Sol-Cristo. O Iniciado deve dirigir sempre os seus pensamentos e suas práticas para o cérebro, onde tem a raiz de sua trindade. A porta para o Oriente é o coração, por onde deve entrar o neófito.







Por essa porta o neófito ou recém-nascido é conduzido para as piras do batismo (que se acham no fígado, órgão que forma, por suas emoções e desejos, o corpo astral ou de desejo); ali ele é batizado e submetido à Prova da Água, que significa o domínio do desejo. O recém-nascido jura ante o altar no coração, onde brilham um Sol e seis luminares. (O Sol foi depois representado pela custódia, símbolo do Sol resplandecente, ou símbolo do Fogo Divino; os seus centros magnéticos ou planetas são simbolizados pelos seis círios.)

O Cresthos (em grego significa “Bom”) é uma qualidade que deve ser adquirida antes de poder se tornar um Cristo, um Ungido. Após haver chegado a viver uma vida virtuosamente exotérica, poder-se-á começar a viagem ou o caminho para a Iniciação, a Senda da Provação – a senda que conduz à porta estreita – o caminho da Santidade, o caminho da Cruz. O aspirante deve adquirir as sete virtudes para sentir o ardor pela felicidade de ver Deus e de unir-se a Ele (Mateus 5: 8: Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus).

O Espírito que mora no corpo é um fragmento invisível de Deus. É trino, por ser Deus. É Poder, Amor e Saber. O Pai é o Poder; o Filho é o Amor e o Espírito Santo é o Saber. A Iniciação consiste em dar completa liberdade ao Íntimo para que obre por meio dos seus três atributos. O Cristo Místico, pois, é o Ser Interno do homem e, por conseguinte, é Duplo.

É o Logos, Verbo ou Segunda Pessoa da Trindade, que desce à Matéria. Em seguida, o Amor, segundo aspecto do Espírito Divino, faz evoluir o homem. Um representa os processos cósmicos no Mito Solar, o outro representa o processo que se passa no indivíduo. Ambas as fases, a Solar e a Individual, encontram-se na narrativa dos Evangelhos; sua união nos apresenta uma imagem do Cristo Místico.

O Cristo Cósmico, a divindade que se envolve com a Matéria, é a encarnação do Logos ou Deus feito carne. Esta Matéria-Mãe recebe da Terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo, a vida que a anima e lhe permite tomar forma.

A Matéria condensada é modelada em seguida pelo Filho, o Segundo Logos, que se sacrifica encerrando-se ou crucificando-se, a fim de tornar ao “Homem Celeste”.
Do seu corpo fazem parte todas as formas. Tal é o processo cósmico dramaticamente representado nos Mistérios.

“O Espírito de Deus pairava sobre as Águas. E as trevas estavam sobre a fece do Abismo”, disse o Gênese.







Logo, lhe foi dada a Forma pelo Logos: “Todas as coisas foram feitas por Ele e nada foi feito sem Ele”, disse São João no seu Evangelho.

Uma vez terminado o trabalho do Espírito, o Cristo Cósmico e Místico pode revestir-se de Matéria, entrando no seio da Virgem Matéria. Esta Matéria foi vivificada pelo Espírito Santo a fim de receber o Segundo Logos e, assim, o Cristo se encarna e se faz carne; a vida e a matéria O envolvem com uma vestimenta dupla.

É a descida do Logos na Matéria, descrita com o nascimento do Cristo por uma Virgem. Isso se torna Mito Solar, esse é o nascimento de Deus-Sol no momento em que o signo de Virgo ou Virgem se levanta no horizonte. Começam aqui os símbolos e as lendas. 

O Menino nascido está sujeito a todas as debilidades infantis. Ele, então, representa “a alma frágil que nasce para a Evolução”. A Matéria O aprisiona para matá-lo. Ele, porém, lentamente triunfa e modela o corpo para um destino sublime.
Consegue a maturação do corpo e se crucifica nessa matéria com a finalidade de derramar da cruz todas as energias de sua vida, sacrificada em benefício do progresso da criação.

Padece, depois morre para os sentidos e é sepultado; mas levanta-se com o corpo astral radiante que torna veículo ou vestimenta (da alma) e vive através das idades. A crucificação de Cristo é uma parte do grande sacrifício cósmico. Todas essas alegorias da crucificação nos mistérios se materializavam até o ponto de tornar-se morte verdadeira de uma pessoa, sofrida na Cruz e num crucifixo levado por um ser humano que expira.

Toda esta história é hoje a história de um homem; foi aplicada ao Instrutor Divino, Jesus, e transformou-se na história de sua morte física, assim como o seu nascimento de uma Virgem e a infância rodeada de perigos. Sua Ressurreição e Ascensão chegaram a ser assim como incidentes de sua vida. Os Mistérios desaparecem, mas as lendas chegam a ser a vestimenta do Instrutor da Judéia.

O Cristo Cósmico desaparece no Cristo Histórico. “Para os Iniciados, porém, o Cristo era, é e será sempre o dos Mistérios, que está intimamente ligado ao coração humano – o Cristo do Espírito Humano – o Cristo que vive em cada um de nós, que aí vive, é crucificado, ressuscita dentre os mortos e sobe ao céus, em meio dos sofrimentos e dos triunfos de todo “Filho do Homem.

 A vida de todo Iniciado nos Mistérios celestes está traçada em grandes linhas na biografia dos Evangelhos. Por isso São Paulo fala do nascimento, da Evolução e da maturação completa de Cristo no discípulo.
Todo homem é potencialmente um Cristo e segue de um modo geral a narrativa dos Evangelhos nos incidentes principais. Mas, como já dissemos, esses têm um caráter Universal e não Partcular.
Cinco grandes Iniciações esperam o aspirante a Cristo. 

A primeira É O SEGUNDO NASCIMENTO DO CRISTO NO CORAÇÃO, POIS O DISCÍPULO NASCE NO REINO DE DEUS INTERNO, COMO UM MENINO. “SE NÃO VOS TORNARDES COMO MENINOS, NÃO ENTRAREIS NO REINO DOS CÉUS” DISSE JESUS. Jesus nasceu na caverna. (É a gruta da Iniciação conhecida pelos antigos como a “Caverna da Iniciação”.) Em cima da gruta brilha a ESTRELA DA INICIAÇÃO, cuja luz resplandece pelo nascimento da LUZ INEFÁVEL.

Sua vida está em perigo por causa das tenebrosas potências do mal. Apesar de todo o perigo, alcança o estado viril, porque, uma vez nascido, não pode o Cristo morrer, tem de terminar sua evolução no homem. Sua vida se expande em beleza e força, crescendo em sabedoria e espiritualidade até alcançar a Segunda Iniciação.







A Segunda Iniciação é o batismo da água ou o domínio de todos os desejos, o qual lhe confere os poderes necessários a um Instrutor. Então, descendo o Espírito Divino sobre Ele com a glória do Pai Invisível, ilumina-o e assim chega a ser “O FILHO BEM-AMADO”, A ELE SE DEVE ESCUTAR.
Logo Ele é levado ao deserto da Matéria para ser tentado.

 O inimigo secreto, que reside no baixo-ventre ou no inferno (parte inferior do corpo), esforça-se por lhe mostrar a dificuldade de seguir a senda, e convida-o a servi-lo, para a sua própria tranqüilidade e proveito pessoal. Ele, porém, vence o Tentador e a Tentação e volta aos homens, a fim de alimentá-los com o pão da vida e curá-los das doenças.

Depois de tantos serviços impessoais e sofrimentos internos, galga a montanha sagrada da Terceira Iniciação, onde se transfigura, tornando-se tão radioso quanto o Sol.

Estará, então, preparado para o BATISMO DE FOGO ou o BATISMO DO ESPÍRITO SANTO e a entrada na última etapa do caminho da Cruz. É, então, perseguido e vituperado; contudo, não deixa de crescer a vida do amor. Bebe o cálice amargo da traição, do abandono, e é negado por todos os seus. Anda desapreciado pelos homens, carregando a cruz na qual deve morrer, renunciando à vida do mundo inferior.

Cercado de inimigos triunfantes, o seu heróico coração lança um grito ao Pai que parece tê-lo abandonado, e então abandona o corpo de desejos. Ele, o iniciado, desce aos infernos para poder salvar os que pedem auxílio e os átomos que desejam trabalhar sob o estandarte do Ser Interno. Volta depois à luz, abandonando as trevas inferiores, com o sentimento de que é o Filho Inseparável do Pai.
Uma vez terminados os seus deveres na vida terrestre, Ele sobe ao Pai por meio da Quinta Iniciação, porque já está unido ao Deus Íntimo.

É esta a história dos Cristos e dos mistérios, ou do Cristo dos Mistérios, sob o duplo aspecto – Logos e homem –, cósmico e individual.
Jesus é considerado como o Cristo Místico e Humano, que luta, sofre e, finalmente, triunfa: é o homem em quem a humanidade se vê crucificada e ressuscitada, cuja história promete uma vitória a todos os que, como Ele, forem fiéis até a morte, e até mais além da morte.
Fonte: gnosisonline.org
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