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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Olá,meu Irmão!



— A disposição amiga — acentuava Cipriano Neto — é verdadeiro tônico espiritual. Não raro, envenenamos o coração, à força de insistir na máscara sombria. Má catadura é moléstia perigosa, porquanto as enfermidades não se circunscrevem ao corpo físico.

Quantos negócios de muletas, quantas atividades nobres interrompidas, em virtude do mau humor dos responsáveis? Claro que ninguém se deixe absorver pelos malandros de esquina, mas o respeito e a afabilidade para com as criaturas honestas, seja onde for, constituem alguma coisa de sagrado, que não esqueceremos sem ferir a nós mesmos.

À frente da pequena assembléia, toda ouvidos, Cipriano, com a graça de sua privilegiada inteligência, continuou, após leve pausa:

— Na Terra, o preconceito fala muito alto, abafando vozes sublimes da realidade superior.

Nesse capítulo, tenho a minha experiência pessoal, bastante significativa.

Meu amigo calou-se, por alguns momentos, vagueou o olhar muito lúcido, através do horizonte longínquo, como a vasculhar o passado, e prosseguiu:

— É quase inacreditável, mas o meu fracasso em Espiritismo não teve outra causa. Não ignoram vocês que meu coração de pai, dilacerado pela morte do filho querido, fora convocado à Doutrina dos Espíritos, ansioso de esclarecimento e consolação. Banhado de conforto sublime, senti que minhas lágrimas de desesperação se transformaram em orvalho de agradecimento à bondade de Deus. Meu filho não morrera. Mais vivo que nunca, endereçava-me carinhosas palavras de amor. Identificara-se de mil modos. Não havia lugar à dúvida. Inclinei-me, então, à Doutrina renovadora. Saciado pela água viva de santas consolações, não sabia como agradecer à fonte. Foi aí que recordei as minhas possibilidades intelectuais. Não seria justo servir ao Espiritismo, através da palavra ou da
pena? Poderia escrever para os jornais ou falar em público. Profundamente reconhecido à nova fé, atendi à primeira sugestão de um amigo e dispus-me a fazer uma conferência.

Anunciou-se o feito e, no dia aprazado, compacta assistência esperou-me a confissão.

Seduzido pela beleza do Espiritismo Evangélico, discorri longamente sobre a caridade.

Aplausos, abraços, sorrisos e felicitações. No círculo dos meus companheiros de literatura, porém, o assunto fizera-se obrigatório. Voltando à Avenida, no dia imediato ao acontecimento, meu esforço foi árduo para convencer os confrades de letras de que não me achava louco. Infelizmente, porém, minha decisão não se filiava senão à vaidade.

Pronunciara a conferência como se o Espiritismo necessitasse de mim. Admitia, no fundo, que minha presença honrara, sobremaneira, o auditório e que a codificação kardequiana em mim encontrara prestigioso protetor. Desse modo, alardeava suma importância em minhas palestras novas. Citava a antigüidade clássica, recorria aos grandes filósofos, mencionava cientistas modernos. Quando nos encontrávamos, meus colegas e eu, no ápice das discussões preciosas, eis que surge o Elpídio, velho conhecido meu e antigo tintureiro em Jacarepaguá. Sapatos rotos, calças remendadas, cabelos despenteados, rosto suarento, abeirou-se de mim e estendeu-me a destra, exclamando alegre:

— Olá, meu irmão! Meus parabéns!... Fiquei muito satisfeito com a sua conferência!

Entreolharam-se os meus amigos, admirados.

E confesso que respondi à saudação efusiva, secamente, meneando levemente a cabeça e sentindo-me deveras humilhado.

Em vista do meu silêncio, o tintureiro despediu-se, mostrando enorme desapontamento.

— “É de sua família?” — indagou um companheiro mais irônico.

— “Estes senhores espiritistas são os campeões da ingenuidade!” — exclamou outro circunstante.

Enraiveci-me. Não era desaforo semelhante homem do povo chamar-me “irmão”, ali, em plena Avenida, diante dos colegas de tertúlias acadêmicas? Estaria, então, obrigado a relacionar-me com toda espécie de vagabundos? Não seria aquilo irmanar-me a rebotalhos de gente, na via pública?

O incidente criou em mim vasto complexo de inferioridade.

Cegavam-me, ainda, velhos preconceitos sociais e a ironia dos companheiros calou-me fundo, no espírito. A ausência de afabilidade e a incompreensão grosseira dominaram-me por completo. O fermento da negação trabalhou-me o íntimo, levedando a massa de minhas disposições mentais. Resultado? Voltei à aspereza antiga e, se cuidava de doutrina, confinava-me a reduzido círculo doméstico. Não estimava a companhia ou a intimidade daqueles que considerava inferiores. Os anos, todavia, correm metodicamente, alheios à nossa vaidade e ignorância, e impuseram-me a restituição do organismo cansado ao seio acolhedor da terra. Sabem vocês, por experiência própria, o que nos acontece a essa altura da existência humana. Gritos estentóricos de familiares, pavor de afeiçoados, ataúde a
recender aromas de flores das convenções sociais. Em meio da perturbação geral, senti que sono brando se apoderava de mim. Nunca pude saber quantos dias gastei no repouso compulsório. Despertando, porém, debalde clamei por meu filho bem-amado. Sabia perfeitamente que abandonara a esfera carnal e ansiava por reencontrar-lhe o carinho.

Deixei a residência antiga, ferido de amargosas preocupações. Atravessei ruas e praças, de alma opressa. Atingi a Avenida, onde me dava ao luxo de palestrar sobre ciência e literatura.

E ali mesmo, junto ao aristocrático Café, divisei alguém que não me era estranho às relações individuais. Não tive dificuldades no reconhecimento. Era o Elpídio, integralmente transformado, evidenciando nobre posição espiritual, trocando idéias com outras entidades da vida superior. Não mais os sapatos velhos, nem o rosto suarento, mas singular aprumo, aliado a expressão simpática e bela, cheia de bondade e compreensão.

Aproximei-me, envergonhado. Quis dizer qualquer coisa que me revelasse a angústia, mas, obedecendo a impulso que eu jamais soube explicar, apenas pude repetir as antigas palavras dele:

— “Olá, meu irmão! Meus parabéns!”

Longe, todavia, de imitar-me o gesto grosseiro e tolo de outro tempo, o generoso tintureiro de Jacarepaguá abriu-me os braços, contente, e exclamou com sincera alegria:

— Ó meu amigo, que satisfação! Venha daí, vou conduzi-lo ao seu filho!

Aquela bondade espontânea, aquele fraternal esquecimento de minha falta eram por demais eloqüentes e não pude evitar as lágrimas copiosas!...

Nossa pequena assembléia de desencarnados achava-se igualmente comovida. Cipriano calou-se, enxugou os olhos úmidos e terminou:

— A experiência parece demasiadamente humilde; entretanto, para mim, representou lição das mais expressivas. Através dela, fiquei sabendo que a afabilidade é mais que um dever social, é alguma coisa de Deus que não subtrairemos ao próximo, sem prejudicar a nós mesmos.





pelo Espírito Irmão X - Do livro: Pontos e Contos, Médium: Francisco Cândido Xavier


Fonte:Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

A Lei dos Destinos


Dada a prova das vidas sucessivas, o caminho da existência acha-se desimpedido e traçado com firmeza e segurança. A alma vê claramente seu destino, que é a ascensão para a mais alta sabedoria, para a luz mais viva. 

A eqüidade governa o mundo; nossa felicidade está em nossas mãos; deixa de haver falhas no Universo, sendo seu alvo a Beleza, seus meios a Justiça e o Amor. Dissipa-se, portanto, todo o temor quimérico, todo o terror do Além. Em vez de recear o futuro, o homem saboreia a alegria das certezas eternas.

 Confiado no dia seguinte, multiplicam-se-lhe as forças; seu esforço para o bem será centuplicado.
     Entretanto, levanta-se outra pergunta: Quais são as molas secretas por cuja via se exerce a ação da justiça no encadeamento de nossas existências?

     Notemos, primeiro que tudo, que o funcionamento da justiça humana nada nos oferece que se possa comparar com a lei divina dos destinos. Esta se executa por si mesma, sem intervenção alheia, tanto para os indivíduos como para as coletividades. O que chamamos mal, ofensa, traição, homicídio, determinam nos culpados um estado de alma que os entrega aos golpes da sorte na medida proporcionada à gravidade de seus atos.


  Esta lei imutável é, antes de mais nada, uma lei de equilíbrio. Estabelece a ordem no mundo moral, da mesma forma que as leis de gravitação e da gravidade asseguram a ordem e o equilíbrio no mundo físico. Seu mecanismo é, ao mesmo tempo, simples e grande. Todo mal se resgata pela dor. O que o homem faz de acordo com a lei do bem, proporciona-lhe tranqüilidade e contribui para sua elevação; toda violação provoca sofrimento. Este prossegue a sua obra interior; cava as profundidades do ser; traz para a luz os tesouros de sabedoria e beleza que ele contém e, ao mesmo tempo, elimina os germens malsãos. 

Prolongará sua ação e voltará à carga por tanto tempo quanto for necessário até que ele se expanda no bem e vibre uníssono com as forças divinas; mas, na prossecução dessa ordem grandiosa, compensações estarão reservadas à alma. Alegrias, afeições, períodos de descanso e felicidade alternarão, no rosário das vidas, com as existências de luta, resgate e reparação. Assim, tudo é regulado, disposto com uma arte, uma ciência, uma bondade infinitas na Obra Providencial. 
 
     No princípio de sua carreira, em sua ignorância e fraqueza, o homem desconhece e transgride muitas vezes a Lei. Daí as provações, as enfermidades, as servidões materiais, mas, desde que se instrui, desde que aprende a pôr os atos de sua vida em harmonia com a Regra Universal, “ipso facto”  é cada vez menos presa da adversidade.

     Os nossos atos e pensamentos traduzem-se em movimentos vibratórios, e seu foco de emissão, pela repetição freqüente dos mesmos atos e pensamentos, transforma-se, pouco a pouco, em poderoso gerador do bem ou do mal.

     O ser classifica-se assim a si mesmo pela natureza das energias de que se torna o centro irradiador, mas, ao passo que as forças do bem se multiplicam por si mesmas e aumentam incessantemente, as forças do mal destroem-se por seus próprios efeitos, porque esses efeitos voltam para sua causa, para seu centro de emissão e traduzem-se sempre em conseqüências dolorosas. Estando o mau, como todos os seres, sujeito a impulsão evolutiva, vê por isso aumentar-se forçosamente sua sensibilidade.

     As vibrações de seus atos, de seus pensamentos maus, depois de haverem efetuado sua trajetória, volvem a ele, mais cedo ou mais tarde, e o oprimem, o apertam no necessidade de reformar-se.

     Este fenômeno pode explicar-se cientificamente pela correlação das forças, pela espécie de sincronismo vibratório que faz voltar sempre o efeito à sua causa.


  Temos demonstração disso no fato bem conhecido de, em tempo de epidemia, de contágio, serem principalmente as pessoas, cujas forças vitais se harmonizam com as causas mórbidas em ação, as atacadas, ao passo que os indivíduos dotados de vontade firme e isentos de receio ficam geralmente indenes.

     Sucede o mesmo na ordem moral. Os pensamentos de ódio e vingança, os desejos de prejudicar, provenientes do exterior, só podem agir sobre nós e influenciar-nos desde que encontrem elementos que vibrem uníssonos com eles. Se nada existir em nós de similar, estas forças ruins resvalam sem nos penetrarem, volvem para aquele que as projetou para, por sua vez, o ferirem, quer no presente quer no futuro, quando circunstâncias particulares as fizerem entrar na corrente do seu destino.

     Há, pois, na lei de repercussão dos atos, alguma coisa mecânica, automática na aparência. Entretanto, quando implica acerbas expiações, reparações dolorosas, grandes Espíritos intervêm para regular-lhe o exercício e acelerar a marcha das almas em via de evolução. Sua influência faz-se principalmente sentir na hora da reencarnação, a fim de guiar estas almas em suas escolhas, determinando as condições e os meios favoráveis à cura de suas enfermidades morais e ao resgate das faltas anteriores.

     Sabemos que não há educação completa sem a dor. Colocando-nos neste ponto de vista, é necessário livrarmos-nos de ver, nas provações e dores da Humanidade, a conseqüência exclusiva de faltas passadas.

 Todos aqueles que sofrem não são forçosamente culpados em via de expiação. Muitos são simplesmente Espíritos ávidos de progresso, que escolheram vidas penosas e de labor para colherem o benefício moral que anda ligado a toda pena sofrida.

     Contudo, em tese geral, é do choque, é do conflito do ser inferior, que não se conhece ainda, com a lei da Harmonia, que nasce o mal, o sofrimento. É pelo regresso gradual e voluntário do mesmo ser a esta Harmonia que se restabelece o bem, isto é, o equilíbrio moral. Em todo pensamento, em toda obra há ação e reação e esta é sempre proporcional em intensidade à ação realizada. Por isso podemos dizer: o ser colhe exatamente o que semeou.

     Colhe-o, efetivamente, pois que, por sua ação contínua, modifica sua própria natureza, depura ou materializa o seu invólucro fluídico, o veículo da alma, o instrumento que serve para todas as suas manifestações e no qual é calcado, modelado o corpo físico em cada renascimento.

     Nossa situação no Além resulta, como vimos precedentemente, das ações repetidas que nossos pensamentos e nossa vontade exercem constantemente sobre o perispírito. Segundo sua natureza e objetivo, vão-no transformando pouco a pouco num organismo sutil e radiante, aberto às mais altas percepções, às sensações mais delicadas da vida do Espaço, capaz de vibrar de forma harmoniosa com Espíritos elevados e de participar das alegrias e impressões do Infinito. No sentido inverso, farão dele uma forma grosseira, opaca, acorrentada à Terra por sua própria materialidade e condenada a ficar encerrada nas baixas regiões.

     Esta ação contínua do pensamento e da vontade, exercida no decorrer dos séculos e das existências sobre o perispírito, faz-nos compreender como se criam e desenvolvem nossas aptidões físicas, assim como as faculdades intelectuais e as qualidades morais.


     Nossas aptidões para cada gênero de trabalho, a habilidade, a destreza em todas as coisas são o resultado de inumeráveis ações mecânicas acumuladas e registradas pelo corpo sutil, do mesmo modo que todas as recordações e aquisições mentais estão gravadas na consciência profunda. Ao renascer, estas aptidões são transmitidas, por uma nova educação, da consciência externa aos órgãos materiais. Assim se explica a habilidade consumada e quase nativa de certos músicos e, em geral, de todos aqueles que mostram, em um domínio qualquer, uma superioridade de execução que surpreende à primeira vista.

     Sucede o mesmo com as faculdades e virtudes, com todas as riquezas da alma adquiridas no decurso dos tempos. O gênio é um longo e imenso esforço na ordem intelectual e a santidade foi conquistada à custa de uma luta secular contra as paixões e as atrações inferiores.

     Com alguma atenção poderíamos estudar e seguir em nós o processo da evolução moral. De cada vez que praticamos uma boa ação, um ato generoso, uma obra de caridade, de dedicação, a cada sacrifício do “eu”, não sentimos uma espécie de dilatação interior? Alguma coisa parece expandir-se em nós; uma chama acende-se ou aviva-se nas profundezas do ser.

     Esta sensação não é ilusória. O Espírito ilumina-se a cada pensamento altruísta, a cada impulso de solidariedade e de amor puro. Se estes pensamentos e atos se repetem, se multiplicam, se acumulam, o homem acha-se como que transformado ao sair de sua existência terrestre; a alma e seu invólucro fluídico terão adquirido um poder de radiação mais intenso.

     No sentido contrário, todo pensamento ruim, todo ato criminoso, todo hábito pernicioso provoca um estreitamento, uma contração do ser psíquico, cujos elementos se condensam, entenebrecem, carregam de fluidos grosseiros.


  Os atos violentos, a crueldade, o homicídio e o suicídio produzem no culpado um abalo prolongado, que se repercute, de renascimento em renascimento, no corpo material, e traduz-se em doenças nervosas, tiques, convulsões e até deformidades, enfermidades ou casos de loucura, consoante a gravidade das causas e o poder das forças em ação. Toda transgressão da lei implica diminuição, mal-estar, privação de liberdade.

     As vidas impuras, a luxúria, a embriaguez e a devassidão conduzem-nos a corpos débeis, sem vigor, sem saúde, sem beleza. O ser humano que abusa de suas forças vitais, por si mesmo se condena a um futuro miserável, a enfermidades mais ou menos cruéis.

     Às vezes a reparação se efetua numa longa vida de sofrimentos, necessária para destruir em nós as causas do mal, ou, então, numa existência curta e difícil, terminada por morte trágica. Uma atração misteriosa reúne às vezes os criminosos de lugares muito afastados num dado ponto para feri-los em comum. Daí as catástrofes célebres, os naufrágios, os grandes sinistros, as mortes coletivas, tais como o desastre de Saint-Gervais, o incêndio do Bazar de Caridade, a explosão de Courrières, a do “Iena”, o naufrágio do “Titanic”, do “Ireland”, etc.
 
     Explicam-se assim as existências curtas; são o complemento de vidas precedentes, terminadas muito cedo, abreviadas prematuramente por excessos, abusos ou por qualquer outra causa moral, e que, normalmente, deveriam ter durado mais.

     Não devem ser incluídas em tais casos as mortes de crianças em tenra idade. A vida curta de uma criança pode ser uma provação para os pais, assim como para o Espírito que quer encarnar. Em geral, é simplesmente uma entrada falsa no teatro da vida, quer por causas físicas, quer por falta de adaptação dos fluidos. Em tal caso, a tentativa de encarnação renova-se, pouco depois, no mesmo meio; reproduz-se até completo êxito, ou, então, se as dificuldades são insuperáveis, se efetua num meio mais favorável. 
(Léon Denis).

Os Druídas e o Espiritismo



por:Sérgio Biagi Gregório
 

1. INTRODUÇÃO
 

Todas as vezes que nos atemos à biografia de Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, lembramo-nos de suas duas encarnações passadas: 1ª) Como sacerdote druida, na época de Júlio César, cujo nome era Allan Kardec; 2ª) Como João Huss, sacerdote checo da Idade Média.

Nosso objetivo é discorrer sobre o Druidismo e não especificamente a respeito da linha psicológica de Allan Kardec. Sendo assim, analisaremos o conceito de Druidismo, o contexto histórico, a teologia tríade dos druidas e a analogia com o Espiritismo.


2. CONCEITO

Druida - nome pelo qual era identificado, entre os Celtas, importante grupo social que desempenhava variadas funções, sendo os responsáveis por manutenção e guarda dos valores da civilização céltica. Modernamente, a preferência etimológica faz o nome derivar de dru-wid, que significa "sábio". (Azevedo, 1990)

Druidismo - é religião dos druidas, sacerdotes pagãos dos povos celtas que habitavam a Gália e a Bretanha no período anterior ao Cristianismo, mais especificamente entre o século II a.C. e o século II, d.C. (Castanho, s. d. p.

 3. HISTÓRICO

O druidismo ocorreu entre o século II a.C. e o século II d. C. Sobreviveu apenas em algumas regiões das Ilhas Britânicas, que não sofreram a invasão romana. Foi, mais tarde, suplantado pelo Cristianismo. A influência do Cristianismo, não do Cristianismo que se dogmatizou mas do Cristianismo primitivo, foi extremamente valiosa para a organização desta religião. É que a alma cristã, sendo mais amante, fornecia os elementos básicos para equilibrar espiritualmente a alma céltica, por natureza mais viril.


O nome, bem como sua origem, tem sido objeto de várias interpretações, cronológica ou etimologicamente. A sua existência não foi conhecida dos Gregos senão duzentos anos a. C. César descreve o centro do druidismo nas ilhas britânicas, donde teria irradiado para as regiões vizinhas da Gália. Plínio, ao contrário, dá o druidismo como originário da Gália e só depois levado para as ilhas. Finalmente, há quem pretenda que o druidismo foi encontrado já pelos Celtas entre os aborígenes da Irlanda e da Grã-Bretanha.


 "Camille Jullian, por exemplo, do Colégio de França, na sua obra mais recente sobre a Histoire de la Gaule contenta-se em fixar como de 600 a 800 a.C. a chegada dos químricos à Gália, o ramo mais moderno dos celtas. Eles vinham, crê-se, da foz do Rio Elba e das costas da Jutlândia, enxotados por maremotos, o que os obrigou a emigrar em direção do sul". (Denis, 1995, p. 27) 


Não sendo reconhecidos como magistrados legalmente constituídos, os druidas exerciam funções religiosas, jurídicas, políticas e pedagógicas. Os sacerdotes realizavam seus cultos nos bosques, reverenciando, principalmente, o carvalho. Possuíam escrita própria e o aprendizado da doutrina druidica compreendia vinte anos de exercícios.

Os sacerdotes exerciam cinco funções específicas, dividindo em cinco classes:


1 - os vacios que se encarregavam dos sacrifícios;


2 - os saronidos, encarregados da educação e do cultivo das ciências;


3 - os bardos, poetas, oradores e músicos, que exortavam o povo à prática das virtudes e treinavam os guerreiros;


4 - os advinhos, que previam o futuro;


5 - os causídicos que administravam a justiça. (Castanho, s. d. p.)


O druidismo se aplicava sobretudo a desenvolver a personalidade humana, em vista da evolução que lhe é destinada. Ele cultivava as qualidades ativas, o espírito de iniciativa, a energia, a coragem; tudo o que permitia afrontar as provas, a adversidade e a morte com uma incrível segurança.


Mais recentemente formaram-se confrarias druidicas como as ordens dos Bardos e dos Merlin, em 940. Em 1781 foi fundada a ordem dos druidas de Londres, sociedade secreta que se propunha a fomentar a moral, o patriotismo, o filantropismo e a fraternidade; em 1903, ordens druidicas também apareceram em Gales e na Alemanha. Caráter folclórico. (Castanho, s. d. p.) 


4. TEOLOGIA DRUIDICA
 
4.1. O SISTEMA TEOLÓGICO

É pouco conhecido o sistema teológico dos druidas, pois os autores gregos e romanos quando falam dos mitos druídicos os referem às suas próprias teogonias. Para alguns o druidismo fundava-se num panteísmo material cheio de mistérios; para outros, o conhecimento da divindade manifestado pelos druidas não muito diferente na perfeição do conhecimento judaico. (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira) 

4.2. EXOTÉRICO X ESOTÉRICO

No Druidismo, como em toda a religião, havia traços exotéricos e esotéricos. Os que não se aprofundaram na análise esotérica, ficaram com a impressão de que o druidismo é uma religião primitiva, principalmente por causa dos sacrifícios que impunha. Porém, ao penetrarem no âmago, no âmbito esotérico, mudaram de opinião, porque vislumbraram uma doutrina reveladora das altas verdades e das leis superiores do Espírito. (Denis, 1995, p. 115)


4.3. AS TRÍADES
 
Léon Denis, no capítulo VII de O Gênio Céltico e o Mundo Invisível, faz uma descrição pormenorizada das Tríades. Resumamo-la. O corpo da teologia druídica era baseado nas tríades. As Tríades eram formadas, utilizando-se de três tipos de ensinamentos, em que cada um completava os outros dois. Seria como o filho numa família constituída de pai e mãe. Quer dizer, para que o filho exista deve existir antes um pai e uma mãe. Faltando o pai ou a mãe, o filho não pode vir à luz. Nesse sentido, os ensinamentos são transmitidos de forma lógica, em que se atrelando um ao outro, tem-se todo o sistema organizado.


Conforme as "Tríades" druídicas há três fases ou círculos de vida: no annoufn, ou círculo da necessidade, o ser começa sob a forma mais simples; no Abred ele se desenvolve, vida após vida, no seio da humanidade e adquire a consciência e o livre-arbítrio; finalmente, no Gwynfyd, ele desfruta a plenitude da existência e de todos os seus atributos, libertado das formas materiais e da morte, ele evolui para a perfeição superior e atinge o círculo da felicidade.  


Síntese das tríades: passar do abismo Annoufn para as alturas sublimes do Gwynfyd.
Desta série de tríades, as onze primeiras são consagradas à exposição dos atributos de Deus, como vemos a seguir:


DEUS E O UNIVERSO

I - Deus, verdade e ponto de liberdade;


II - Três coisas procedem de Deus: toda vida, todo bem e todo poder;


III - Deus é necessariamente três coisas: vida, ciência e poder;


IV - Três coisas Deus não pode deixar de ser: o que deve constituir, querer e realizar o bem perfeito;


V - Três garantias do que Deus faz e fará: poder, sabedoria e amor infinito;


VI - Três fins principais da obra de Deus: diminuir o mal, reforçar o bem e esclarecer toda a diferença;


VII - Três coisas Deus não pode deixar de conceder: vantajoso, necessário e belo;


VIII - Três forças da existência: não poder ser de outro modo, não ser necessariamente outra e não poder ser melhor pela concepção;


IX - Três coisas prevalecerão necessariamente: o supremo poder, a suprema inteligência e o supremo amor de Deus;


X - As três grandezas de Deus: vida perfeita, ciência perfeita, poder perfeito;


XI - Três causas originais dos seres vivos: amor, sabedoria e poder divino.
  

 OS TRÊS CÍRCULOS

XII - Há três círculos de existência: o círculo da região vazia (cegant) onde - exceto Deus - não há nada vivo nem morto e nenhum ser que Deus não possa atravessar; o círculo da migração (abred) onde todo ser animado procede da morte, que o homem atravessou; o círculo da felicidade (gwynfyd), onde todo ser animado procede da vida, que o homem atravessará no céu.


XIV - Três fases necessárias de toda a existência em relação à vida: começo em annoufn, a transmigração em abred e a plenitude em gwynfyd; e sem estas três coisas nada pode existir, exceto Deus.


Em resumo: a doutrina dos druidas se baseia em três princípios fundamentais: a eternidade de Deus, a perpetuidade do Universo e a imortalidade das almas.




5. DRUIDISMO E ESPIRITISMO

Allan Kardec, no capítulo I do livro segundo de O Livro dos Espíritos, descreve a classificação dos Espíritos quanto ao grau de desenvolvimento, de acordo com as qualidades adquiridas pelos Espíritos como também pelas imperfeições de que ainda não se livraram. A analogia com a teologia druidica pode ser feita, bastando acrescentar à escala espírita, abaixo da terceira ordem, o círculo de anufn, que caracteriza o abismo ou a origem desconhecida das almas e, acima da primeira ordem, o círculo cegant, morada de Deus, inacessível às criaturas. 

O quadro abaixo mostra esta analogia: 

 
ESCALA ESPÍRITA ESCALA DRUIDA
  Cegant. Sede de Deus
1.ª ordem 1.ª classe Espíritos puros. Não mais reencarnação Gwynfyd. Sede dos bem- aventurados. Vida Eterna
2.ª ordem (Bons Espíritos) 2.ª classe Espíritos Superiores* Abred. Círculo das migrações ou das diversas existências corpóreas, que as almas percorrem para chegar de anufn a gwynfyd.
3.ª classe Espíritos Prudentes*
4.ª classe Espíritos Sábios*
5.ª classe Espíritos Benévolos*
3.ª ordem (Espíritos Imperfeitos) 6.ª classe Espíritos Batedores*
7.ª classe Espíritos Neutros*
8.ª classe Espíritos Pseudo-sábios*
9.ª classe Espíritos Levianos*
10.ª classe Espíritos Impuros*
  Anufn. Abismo; ponto de partida das almas.


* Depurando-se e elevando-se pelas provas da reencarnação.
Fonte de Consulta: Revista Espírita de 1858, p. 111.

 

6. CONCLUSÃO

Sintetizando as pesquisas realizadas, deduzimos que o druidismo é fonte de muita sabedoria, e que deveria ser motivo de estudo dos espíritas, a fim de melhor dimensionar o alcance de suas palavras, quer em tribuna ou nas conversas ao pé de ouvido. A absorção destes ensinamentos serviu-nos para enfatizar que o Espiritismo sempre existiu. Nesse sentido, a missão primordial de Kardec nada mais foi do que juntar o que estava espalhado, de maneira esparsa por toda a face do planeta.


Hoje estamos no século XX, considerado mais evoluído do que na Antigüidade. Porém nada nos impede de supor Espíritos, já naquela época, mais evoluídos do que nós, uma vez que as verdades são eternas e estão disseminadas no espaço sideral. 

Fonte: http://www.ceismael.com.br

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Os Centauros Gandharva




Mitologia Hindu...

Os centauros Gandharva vigiavam o sumo sagrado do Soma, que era, além disso, outro deus de importância nas cerimônias sagradas. 

Estes centauros Gandharva eram também divindades tutelares das almas emigrantes na metempsicose e estavam unidos às mais belas divindades, as perturbadoras Apsara, ninfas da água e concubinas dos deuses maiores.



 Um Gandharva, Visvavat, foi o pai do primeiro mortal. 

Visvavat era casado com Saranya, a filha do ferreiro dos deuses, Tvachtar e deste casamento nasceram Yama e a sua irmã gêmea, e esposa, Yami.


Os Gandharva ainda se ocupavam da escolta do deva Kama, deus do amor e esposo de Rati, deusa da paixão amorosa.

Fonte: http://cantinhodosdeuses.blogspot.com.br

A Lenda de Paititi




Paititi é uma lendária cidade perdida localizada no leste do Andes, escondida em algum lugar remoto das florestas tropicais do sudeste do Peru, norte da Bolívia e sudoeste Brasil. No Peru a lenda de Paititi gira em torno da história do herói cultural Inkarrí que, depois que ele fundou Q'ero e Cuzco, ele recuou para a selva de Pantiacolla, para viver o resto de seus dias na sua cidade de refúgio de Paititi. Outras variantes da lenda dizem que Paititi era um refúgio Inca na zona fronteiriça entre a Bolívia e o Brasil.

A Lenda de Paititi

Segundo algumas lenda locais, Paititi (ou Eldorado), teria como capital uma cidade chamada Manoa - (também conhecida como "a cidade dos telhados resplandecentes"). Uma história passada pelos nativos aos conquistadores espanhóis, dizia que Paititi seria um reino encantado, perdido em meio às selvas, outrora habitado por uma estranha raça de seres, adoradores do Sol, cujo nome seria Ewaipanomas - desprovidos de pescoço e cujos rostos ficariam situados à altura dos seus peitos. E os seus templos e imponentes palácios seriam ornados do mais puro ouro. Dizem as lendas que o chefe supremo dessa civilização seria um homem conhecido como "Príncipe Dourado", dotado de aparência resplandecente, cujas vestes e até mesmo o próprio corpo seriam recobertos de ouro, ornados ainda pelas mais belas e valiosas jóias - segundo descrito pelo historiador Fernandes de Oviedo, em 1535.


Paititi e o Vaticano

Em 2001, o arqueólogo italiano Mario Polia descobre o relatório do padre Andrea Lopez nos arquivos dos jesuítas em Roma. Este relatório falava acerca da misteriosa cidade de Paititi - um reino perdido situado nos lados inexplorados das florestas peruanas, na região abrangida pelas densas e hostis Selvas Amazônicas. Segundo esse relatório, os missionários Jesuítas daqueles tempos, liderados pelo Padre Andrea Lopez, teriam encontrado Paititi (segundo descreveram uma cidade adornado pelo ouro, prata e pedras preciosas) e pediram, então, a devida permissão ao Papa para evangelizar os seus habitantes, o que foi de pronto negado e abafado pela Igreja Católica, escondendo ainda a sua localização, de modo a "evitar uma corrida do ouro ao local e, ainda, a eventual ocorrência de uma histeria em massa".
 

Descobertas mais atuais a respeito do assunto


No ano de 2011 durante as comemorações do centenário da descoberta de Machu Picchu no Perú,o historiador e geógrafo francês Thierry Jamin garante estar perto de desvendar o mistério sobre Paititi. Segundo ele, o Vale de Lacco, porta de entrada para a Amazônia peruana, guarda "cidades ancestrais complexas unidas por caminhos incas", assim como o que há no Vale Sagrado, nos arredores de Cuzco.

Jamin explora a região do Lacco há 13 anos e acredita que em breve poderá anunciar ao mundo uma grande descoberta na área do Santuário Natural Megantoni. Ele está convicto de que o "Eldorado Inca", cuja referência aparece em texto do jesuíta Andrea López escrito no século 17, vai deixar de ser lenda para se transformar em realidade. Um antigo mapa guardado num museu de Cuzco registra: "Coração do coração, terra índia do Paititi, a cujas gentes se chamam índios: todos os reinos limitam com ele, mas ele não limita com nenhum".
 
 
"Há muitos anos vêm sendo encontrados indícios arqueológicos que sinalizam a existência do "Eldorado Inca"", diz Felipe Varela, especialista em cultura andina que há 15 anos percorre o Qhapaq Ñan, a extensa rede de caminhos incas composta por mais de 23 mil quilômetros. "Atualmente, afloram ainda mais evidências que falam do Paititi."

Fonte de vida. Varela conduziu recentemente uma série de TV para o History Channel em que conta a história inca em quatro episódios de uma hora cada. Um deles foi dedicado ao Paititi, e ele teve a oportunidade de sobrevoar a região onde as buscas avançam. "Compreendi que existe na Amazônia muito mais riqueza que o ouro: as plantas medicinais, os animais e toda a matéria-prima ainda desconhecida. Enfim, uma rica fonte de vida."

Para o pesquisador peruano, seus ancestrais souberam interpretar tais riquezas e, de quebra, ainda teriam escondido, literalmente, o ouro dos espanhóis. "Os incas eram astutos e podem ter inventado o Eldorado para os europeus, que, obcecados pelo ouro, vendiam até suas mães para obtê-lo", diz. "Conhecendo as dificuldades de se adentrar na Floresta Amazônica, incentivaram os invasores a seguir um caminho de morte."
 

Estrela Esperança



Contam as lendas que, quando foi concluída a criação, as estrelas vieram visitar a Terra.
 
A estrela amarela, simbolizando as riquezas, visitou todos os recantos e voltou ao veludo escuro da noite, tomando seu lugar no firmamento.
 
A estrela azul, simbolizando os rios e os mares, igualmente deu um giro em todas as profundezas e retornou.

As demais estrelas simbolizando o restante da natureza, fizeram o mesmo, e todas se engastaram nos lugares definitivos onde deveriam permanecer para sempre. 


Todas voltaram, menos uma, por discreta determinação do rei do firmamento.
 
E quando perceberam a sua ausência, os demais astros buscaram-na aflitos, de longe. Então perceberam, entre os sofredores e necessitados do mundo, a sua luz faiscando em tom verde.

Por isso, é que a esperança nunca abandona a vida.

Através de uma lenda, os poetas encontraram uma maneira de falar da esperança.  


 Quando a noite escura do desalento invadir a nossa vida, lembremos a suave luz da esperança que não nos deixa a sós, e recobremos o passo, no compasso da harmonia.

Quando sentirmos os ferimentos da cruz de espinhos a vergastar nossos ombros, permitamos que o brilho inapagável da esperança nos console.

Se o véu escuro da morte se estender sobre os olhos físicos dos seres amados, lembremos que a imortalidade, mensageira da esperança, vem lhes descortinar horizontes novos, no além túmulo.

Ainda que os dias de sofrimento pareçam não ter fim...

Ainda que a enfermidade anuncie que veio para ficar...

Ainda que os amigos abandonem os nossos passos, deixando-nos caminhar a sós... 


 Ainda que tenhamos a impressão de que o Pai Divino nos esqueceu, lembremos da sublime lâmpada da esperança, e permitamos que ela ilumine a nossa alma, plenificando-a com suave claridade, anunciando um novo alvorecer.

Lembremos sempre que, por mais escura e longa que seja a noite, o sol sempre volta a brilhar, e com ele, novas oportunidades de construirmos a nossa felicidade.

Para tanto, devemos permitir que a esperança siga conosco como portadora da chave que abre a aurora e vence o crepúsculo.

***
 


 
A esperança se apresenta em nossas vidas de várias maneiras:

Pode estar presente num sorriso...

Num olhar de ternura...

Num aperto de mão...
 
Num afago...

Podemos encontrá-la, ainda, na suave brisa de uma manhã de sol...

Na serenidade das gotas de chuva, caindo devagar...
 

No cinza escuro da paisagem crestada pela neve a anunciar que, em breves dias, tudo estará reverdecido novamente, sob os diversos matizes de cores e perfumes, mostrando que a esperança está presente, e jamais nos abandona.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

A Princesa Isabel


O momento de iniciar o cumprimento do que estava estabelecido no plano espiritual, partiu do próprio Mestre Jesus, segundo Humberto de Campos, no livro "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", psicografado por Francisco Cândido Xavier:
- Ismael, o sonho da liberdade de todos os cativos deverá concretizar-se agora, sem perda de tempo. Prepararás todos os corações, a fim de que as nuvens sanguinolentas não marchem o solo abençoado da região do Cruzeiro.
 Todos os emissários celestes deverão conjugar esforços nesse propósito e, em breve, teremos a emancipação de todos os que sofrem os duros trabalhos do cativeiro na terra bendita do Brasil. Disse o Mestre Jesus.
A articulação de Ismael
Com a concordância de Jesus, Ismael começou a articular o que viria ser o fim da escravidão no Brasil. Sob a influência dos mentores invisíveis da pátria, D. Pedro II foi afastado do trono nos primeiros anos de 1888. Com isso a Princesa Isabel, que já havia sancionado a Lei do Ventre Livre em 1871 - lei que garantia a liberdade aos filhos dos escravos - assumia a Regência. 
Sob a inspiração de Jesus, Isabel escolhe o Senador João Alfredo para organizar o novo ministério, que seria formado por notáveis espíritos ali encarnados. Em 13 de maio de 1888, os abolicionistas apresentam à regente a proposta de lei que Isabel, cercada de entidades angelicais e misericordiosas, sancionou sem hesitar.


Espíritos festejam a Redenção
O Livro "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", Humberto de Campos, através das mãos límpidas de Chico Xavier, relata a comemoração do Plano Espiritual naquela noite de domingo.
- Nesse dia inesquecível, toda uma onda de claridades compassivas descia dos céus sobre as vastidões do norte e sul da Pátria do Evangelho. Ao Rio de Janeiro afluem multidões de seres invisíveis, que se associam às grandiosas solenidades da abolição. Junto ao espírito magnânimo da princesa, permanecia Ismael com a bênção da sua generosa e tocante alegria. 
Enquanto se entoavam hosanas de amor no Grupo Ismael e a Princesa Imperial sentia, na sua grande alma, as comoções mais ternas e mais doces, os pobres e os sofredores, recebendo a generosa dádiva do céu, iam reunir-se, nas asas cariciosas do sono, aos seus companheiros da imensidade, levando às alturas o preito do seu reconhecimento a Jesus que, com a sua misericórdia infinita, lhes outorgara a carta de alforria, incorporando-se, para sempre, ao organismo social da pátria generosa dos seus sublimes ensinamentos.


 Mil Tronos daria pela Liberdade dos Escravos do Brasil
XXA Abolição da Escravatura ocorreu através da Lei Áurea, assinada em 13 de maio de 1888. A Princesa Isabel usou uma pena de ouro especialmente confeccionada para a ocasião e recebeu a aclamação do povo do Rio de Janeiro. Mas a elite cafeeira não aceitava a abolição. Em 28 de setembro de 1888, a Redentora foi congratulada com a comenda "Rosa de Ouro", oferecida pelo Papa Leão XIII. João Maurício Vanderley (1815-1889), o Barão de Cotegipe, ao cumprimentar a princesa alfinetou: "Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono".
 Pouco mais de um ano depois, Isabel veria a monarquia no Brasil ser extinta. Lembrando-se da profecia de Cotegipe, declarou: "Mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil". A complacência da Princesa era tão grande que documentos recentemente descobertos revelam que a princesa estudou indenizar os ex-escravos com recursos do Banco Mauá.

Não me chamem de Princesa
Isabel nunca escondeu a humildade enquanto esteve encarnada. Agora desencarnada, ela continua o seu trabalho de resgate dos escravos que ainda estão presos e amordaçados espiritualmente. Mas em uma psicofonia recebida no dia 3 de dezembro de 2001, por um grupo de estudos formado por médiuns diversos, inclusive do GEIR, Grupo Espírita Izabel e Redentora em um local específico - Rua Guandu, 146, Teresópolis, RJ - Isabel pede para que não a chamem mais de Princesa:
"Onde houver um ser humilhado ele é meu filho onde estiver, para aconchegá-lo. Junto com irmãos maior esperança na tarefa aprendo a amar, ajudar a reerguer. Estamos também na guerra porque a escravidão não tem limites: a escravidão econômica, política, ideológica. Pedimos que parem as indústrias da guerra. Pedimos que invistam em remédios e vacinas. Parem de enviar dinheiro para financiar mentes doentes com o mal. Parem com as humilhações. Não humilhem a mais ninguém. Que o senhor os abençoe. Não me chamem de Princesa no Lar de Isabel."

A Magoa - Chico Xavier.AVI

mensagem de Chico Xavier "TUDO PASSA" (Emmanuel)

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

As Cores das Velas


  Descubra alem das cores das Velas,os seus significados e usos!

COMBINAÇÃO DAS CORES
 
VERDE E DOURADA – Promove o sucesso pessoal e financeiro.
BRANCA E PRETA – Equilibra todos os aspectos da vida.
AZUL E BRANCA – Combate os estados nervosos e de depressão.
AMARELA E VERMELHA – Restitui a alegria de viver.
CASTANHA E ROXA – Aumenta a quantidade de trabalho.
VERMELHA E BRANCA – Aumenta o encanto pessoal.
ROXA E CINZENTA – Afasta os males.
LARANJA E VERMELHA – Pedidos de cura.
LARANJA E VERDE – Protege em viagens.
ROXA E BRANCA – Aumenta o romantismo.
ÍNDIGO E PRETA – Afasta rivais e inimigos.
VELA BRANCA – Funciona geralmente como um espelho sobre outra cor qualquer, ou seja reflecte e duplica o seu poder.  
 
 
DIAS MAIS FAVORÁVEIS PARA ACENDER VELAS  
 
VELAS ROXAS –
 
 São usadas em curas relacionadas com o idealismo, o progresso, manifestações psíquicas e as quebras de má sorte. A sua chama afasta o mal, favorece a adivinhação e o contacto com as energias astrais.
Dia da semana: Segunda-feira
 
VELAS BRANCAS –
 
 O branco é a mistura de todas as cores. As velas desta cor têm o poder de fazer um alinhamento perfeito. Por isso são usadas para meditação, adivinhação, exorcismo, e em rituais que envolvam cura. Estão relacionadas com a paz, pureza, alto astral, clarividência, força espiritual, limpeza, saúde e poderes psíquicos. Em geral, fazem-se pedidos acendendo uma vela branca, especialmente em rituais religiosos
Dia da semana: Quarta-feira
 
VELAS VERDES – 
 
São usadas em rituais para incrementar a fertilidade, para atrair o amor e desenvolver as relações sociais. Têm o poder de rejuvenescer, trazer abundância, equilíbrio, harmonia e casamento feliz. Também se acendem para formular pedidos de cura e sorte. Desenvolvem ainda a ambição e anulam os ciúmes e a cobiça.
Dia da semana: Quarta-feira
 
 
VELAS CASTANHAS – 
 
Usam-se em rituais para localizar objectos perdidos, para melhorar a telepatia e o poder de concentração. Também se acendem nos rituais para protecção de familiares. A sua chama elimina as indecisões e atrai o sucesso financeiro em profissões de alto risco.
Dia da semana: Quinta-feira
 
VELAS AZUL-CLARO –
 
 Usam-se em rituais que envolvem harmonia, paz, sonhos, saúde, honra, bondade, conhecimento, protecção e estabilidade. Também permitem a projecção astral, sonhos proféticos, calma, criatividade, paciência e estabilidade no emprego. Favorecem a fidelidade e a harmonia doméstica.
Dia da semana: Quinta-feira
 
VELAS COR DE LARANJA – 
 
Normalmente são utilizadas para estimular a energia física, alcançar metas profissionais, fazer justiça e aumentar a popularidade em trabalhos cujo sucesso depende da criatividade.
Dia da semana: Quinta-feira
 
VELAS VERMELHAS – 
 
A chama das velas vermelhas acende a paixão, a força, a coragem e o magnetismo pessoal. Usam-se em rituais cuja finalidade é atingir objectivos, vencer os medos, anular a preguiça e os desejos de vingança.
Dia da semana: Sexta-feira
 
VELAS DOURADAS – 
 
Esta cor é usada em rituais para atrair as boas influências cósmicas, removendo o negativismo e desenvolvendo as habilidades psíquicas. Atrai as energias da Grande Mãe.
Dia da semana: Sexta-feira
 
 
VELAS PRETAS –
 
 Tem o poder de afastar o “mau-olhado”, limpar as energias negativas e abrir os níveis secretos do inconsciente. Simbolizam a libertação, a reversão, repelem a magia negra e as forças mentais negativas. As velas pretas atraem a energia de Saturno.
Dia da semana: Sábado
 
VELAS ÍNDIGO –
 
 Esta é a cor da inércia, que tem o poder de fazer parar as pessoas ou situações. As velas índigo são utilizadas em rituais que exijam elevado estado de meditação. Têm o poder de neutralizar a magia lançada por alguém, quebrando maldições, mentiras ou competições indesejáveis. Equilibram o “ karma “ e as memórias mais remotas,
Dia da semana: Sábado
 
VELAS AMARELAS – 
 
Servem para desenvolver o intelecto, a criatividade, a unidade o poder de concentração e a imaginação. Usam-se para rituais que envolvem confidências, atracção, charme, persuasão, aprendizagem e muitas vezes quebram bloqueios mentais. Simbolizam ainda a energia solar, a inspiração e mudanças súbitas. Em geral acendem-se velas desta cor para favorecer os estudos.
Dia da semana: Domingo
 
VELAS CINZENTAS – 
 
Sendo uma cor neutra, ajuda a meditação, neutraliza as forças negativas e gera a confusão na mente de pessoas com quem se torna difícil lidar, afastando-as naturalmente.
Dia da semana: Domingo
 
 
MEDITAÇÃO COM VELAS

- Sente-se duma forma confortável no chão
- Acenda a vela e coloque-a a cerca de 1 metro de distância
- Com os braços estendidos segure a vela com ambas as mãos e eleve-a à altura dos olhos
- Contemple a chama durante alguns minutos
- Feche os olhos, e imagine-se envolvido por uma luz ( da mesma cor da vela )
- Pense no problema que o afecta
- Respire fundo e imagine que está a flutuar
- Levante-se e deixe a vela arder até ao fim.
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