"Não
ireis pelos caminhos dos Gentios, nem entreis nas cidades dos Samaritanos,
mas ide antes às ovelhas perdidas da Casa de Israel". - (Mateus, 10:5-6)
mas ide antes às ovelhas perdidas da Casa de Israel". - (Mateus, 10:5-6)
Após
a morte do rei Salomão, houve profunda divergência no seio das
12 tribos de Israel. Apenas duas delas — as de Judá e de Benjamim,
mantiveram-se fiéis a Roboão, filho de Salomão, que havia
herdado o trono. As outras dez formaram em Samaria o Reino Dissidente de Israel,
sob o domínio de Jeroboão, um homem que estivera exilado no Egito.
A
capital da Samaria passou a chamar-se Augusta, em grego Sebaste, em homenagem
ao imperador romano.
A Samaria passou a ser, assim, uma das quatro divisões da Palestina. Após essa cisão, os Samaritanos estiveram sempre em luta contra os reis de Judá e passaram a considerar apenas o Pentateuco (os cinco livros de Moisés), rejeitando todos os outros livros do Antigo Testamento.
A Samaria passou a ser, assim, uma das quatro divisões da Palestina. Após essa cisão, os Samaritanos estiveram sempre em luta contra os reis de Judá e passaram a considerar apenas o Pentateuco (os cinco livros de Moisés), rejeitando todos os outros livros do Antigo Testamento.
Para
não precisarem mais ir a Jerusalém em dias de festa, adotaram
várias reformas estruturais, passando a adoração a Deus
a ser feita no monte Gerizim.
Para
os judeus ortodoxos, os Samaritanos eram considerados heréticos, desprezados,
anatematizados e perseguidos, embora a origem das crenças de ambas as
facções fosse a mesma. Eles eram os Protestantes da época.
Os Samaritanos eram mais aferrados aos tradicionalismos que os judeus ortodoxos.
Por isso, Jesus Cristo, levando em conta que a sua missão na Terra duraria
pouco tempo, recomendou aos Apóstolos:
"Não ireis pêlos caminhos dos gentios, nem entreis nas
cidades dos Samaritanos, mas ide antes às ovelhas perdidas da Casa
de Israel." (Mateus, 10:5-6). O Evangelho de Lucas (9:51-56) afirma que,
certa vez, passando pela Samaria, Jesus e os seus Apóstolos não
foram bem-recebidos, porque foram identificados como judeus ortodoxos. Por conseguinte,
tiveram que procurar outro pouso fora do território dos Samaritanos.
Possivelmente, o Mestre achava que não era de bom alvitre apregoar os Evangelhos aos Gentios e aos Samaritanos naquela época. Os primeiros, porque eram politeístas e, como decorrência, a tarefa seria muito mais difícil; os outros, porque, embora fossem monoteístas, não aceitavam os ensinamentos contidos nos livros dos profetas, mas somente os de Moisés.
Possivelmente, o Mestre achava que não era de bom alvitre apregoar os Evangelhos aos Gentios e aos Samaritanos naquela época. Os primeiros, porque eram politeístas e, como decorrência, a tarefa seria muito mais difícil; os outros, porque, embora fossem monoteístas, não aceitavam os ensinamentos contidos nos livros dos profetas, mas somente os de Moisés.
Em consequência, Jesus recomendou aos Apóstolos e discípulos
que procurassem antes as ovelhas desgarradas da Casa de Israel, pois muito restava
fazer entre os judeus ortodoxos. Isso não representava nenhuma espécie
de menosprezo de Jesus pelos Gentios e pelos Samaritanos, dada a sua Doutrina
possuir cunho universal.
A
missão de converter Gentios e Samaritanos ficaria a cargo de Paulo de
Tarso e outros companheiros, que iniciariam novo apostolado, logo após
a crucificação de Jesus Cristo.
Na verdade, com o objetivo de demonstrar aos judeus ortodoxos que os Samaritanos
eram muito mais caridosos do que eles, o Mestre deixou bem claro, na "Parábola
do Bom Samaritano", que, enquanto o Sacerdote e o Levita passaram pelo
moribundo sem lhe prestar nenhuma assistência, o Samaritano, que ia por
ali, assistiu o enfermo do modo mais completo possível; curou suas chagas,
e levou-o até uma estalagem, pagando as despesas e comprometendo-se a
ressarcir o dono da estalagem de qualquer outro gasto que tivesse, o que faria
em nova visita à cidade. (Lucas, 10:33-37)
Na cura dos dez leprosos, narrada em (Lucas, 17:11-19) observamos que, dentre os dez que foram curados, um deles, apenas, um Samaritano, voltou para agradecer a Jesus a cura operada e erguer os pensamentos a Deus, rendendo-lhe graças pelo benefício recebido.
Uma das mais belas páginas dos Evangelhos foi o colóquio de Jesus com uma Mulher Samaritana, nas proximidades do poço de Jacó. (João, 4:1-24).
Na cura dos dez leprosos, narrada em (Lucas, 17:11-19) observamos que, dentre os dez que foram curados, um deles, apenas, um Samaritano, voltou para agradecer a Jesus a cura operada e erguer os pensamentos a Deus, rendendo-lhe graças pelo benefício recebido.
Uma das mais belas páginas dos Evangelhos foi o colóquio de Jesus com uma Mulher Samaritana, nas proximidades do poço de Jacó. (João, 4:1-24).
Ali, Jesus esclareceu à Samaritana que Deus é Espírito
e deseja ser adorado pelos verdadeiros adoradores, acrescentando que chegaria
um dia em que Deus não seria mais adorado em Jerusalém (como faziam
os judeus ortodoxos), nem no monte Gerizim (como faziam os Samaritanos), mas
seria adorado em Espírito e Verdade, sem nenhuma postura, sem nenhum
formalismo.
Paulo
A. Godoy
Fonte:comunidadeespirita.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário