Outro aspecto perturbador no comportamento psicológico do individuo é a
presença da amargura, esse agente de transtornos depressivos.
Pode situar-se em reminiscências inconscientes de reencarnações
passadas, a causa da amargura, em forma de melancolia, saudade ou
tristeza, ou pode encontrar-se na atual existência como efeito de
traumas da infância, presença da imagem do pai ou da mãe dominadores,
efeito das castrações pelo medo, da submissão imposta, de outros
conflitos que remanescem como agentes que lhe são propiciadores.
A amargura deve ser racionalizada, a fim de ser diluída e sua vítima
recuperar a beleza, a alegria de ser e de viver, tomando parte ativa nas
realizações do meio social onde se encontra, para fortalecimento de
valores e evolução.
Os exercícios freqüentes de pensamentos otimistas com reflexão,
caminhadas em bosques ou à beira-mar, auxilio fraterno em obras de ajuda
social e moral, entre outros, são de excelente resultado para a
liberação da amargura. Igualmente, a elaboração de programas de
auto-estima, a participação em labores com grupos de apoio, tornam-se
estimulantes para o restabelecimento da saúde emocional do indivíduo,
livrando-o do azedume e das seqüelas da amargura.
A criatura humana existe para amar-se e ser amada. O amor é a vibração
de Deus que perpassa em todas as coisas do universo. Quem não está
disposto a sair do labirinto do ego, que se compraz na amargura,
dificilmente se ama, será amado ou amará, por preferir ser visto pela
piedade e pela compaixão, negando-se, embora inconcientemente, ao amor.
O grande fanal da vida é a auto-realização, é o auto-encontro, através
dos quais se identifica com o seu próximo e Deus. Para se lograr o
cometimento, quem esteja nas sombras da amargura, permita-se uma fresta
por onde entre a luz da esperança, e, ao banhar-se com a sua claridade,
não lhe resistirá ao brilho, sendo vencido pela mensagem de que se faz
portadora.
A
amargura é vapor morbífico que se exterioriza do sentimento doentio e
domina as paisagens da mente, assim como da emoção. Todo o empenho para
diluí-la é a proposta-desafio para quem pensa e anela por felicidade
hoje e no futuro.
Do livro: AUTODESCOBRIMENTO UMA BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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