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sexta-feira, 30 de maio de 2014

A Estrela Sírius



Elevado estado de consciência representado no firmamento por uma estrela de beleza e luz incomuns. Literalmente, a palavra Sirius significa ardente, o que traduz em parte o tipo de energia que a humanidade pode receber desse potente núcleo.

 Pela lei da analogia Sirius está para o Sol como Vênus para a Terra e a alma humana para o eu consciente. Canaliza a energia do Segundo Raio. As emanações de Sirius influem sobre o processo iniciático neste planeta e neste sistema solar.




 Sirius é o vórtice que promove a integração dos seus diversos níveis de manifestação. Venerado pelos sábios, de diferentes modos está presente em quase todas as filosofias e mitologias antigas. 

Exerce ascendência marcante no desenvolvimento espiritual da humanidade, o que foi percebido pelo povo egípcio em particular, do qual recebeu a denominação de Sothis.
 



As cerimônias iniciáticas egípcias seguiam ciclos determinados pela posição dessa estrela no céu. Sirius era então tido como entidade protetora das sacerdotisas consagradas ao Sol e acreditava-se que, de uma instância superior, velava pela ligação da essência delas com o núcleo do sistema solar.

 Em todos os tempos, de Sirius provieram os impulsos que elevam e guiam os que observam as leis da evolução.

Fonte: http://despertarmonadico.blogspot.com.br

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Os deuses Nórdicos




Os deuses nórdicos eram divididos em dois clãs: Æsir e Vanir.

A mitologia nórdica é tão rica em personagens como a greco- romana.

Para os vikings, a Terra era formada por um enorme disco liso. Asgard, onde os deuses viviam, se situava no centro do disco e poderia ser alcançado somente atravessando um enorme arco-íris (a ponte de Bifrost). 




Os gigantes viviam em um domicílio equivalente chamado Jotunheim (Casa dos Gigantes). 

Uma enorme ábade no subsolo escuro e frio formava o Niflheim, que era governada pela deusa Hel.

 Este era a moradia eventual da maioria dos mortos. Os grandes guerreiros iam para Valhalla, um castelo em Asgard. 




Situado em algum lugar no sul ficava o reino impetuoso de Musphelhein, repouso dos gigantes do fogo.

 Alfheim, repouso dos elfos luminosos (Ljósálfar), Svartalfheim, repouso dos elfos escuros, e Nidavellir, as minas dos anões.

 Entre Asgard e Niflheim estava Midgard, o mundo dos homens.

sábado, 24 de maio de 2014

A Lenda de Macunaíma




A Lenda de Macunaíma, o índio guerreiro que nasceu do amor entre o Sol e da Lua.
Em Roraima havia uma montanha muito alta onde um lago cristalino era expectador do triste amor entre o Sol e a Lua. Por motivos óbvios, nunca os dois apaixonados conseguiam se encontrar para vivenciar aquele amor. Quando o Sol subia no horizonte, a lua já descia para se pôr. E vice-versa. Por milhões e milhões de anos foi assim. 


Até que um dia, a natureza preparou um eclipse para que os dois se encontrassem finalmente. O plano deu certo. A Lua e o Sol se cruzaram no céu. As franjas de luz do sol ao redor da lua se espelharam nas águas do lago cristalino da montanha e fecundaram suas águas fazendo nascer Macunaíma, o alegre curumim do Monte Roraima.






 Com o passar do tempo, Macunaíma cresceu e se transformou num guerreiro entre os índios Macuxi. Bem próximo do Monte Roraima havia uma árvore chamada de "Árvore de Todos os Frutos" porque dela brotavam ao mesmo tempo bananas, abacaxis, tucumãs, açaís e todas as outras deliciosas frutas que existem. Apenas Macunaíma tinha autoridade para colher as frutas e dividi-las entre os seus de forma igualitária.



   
Mas nem tudo poderia ser tão perfeito. Passadas algumas luas, a ambição e a inveja tomariam conta de alguns corações na tribo. Alguns índios mais afoitos subiram na árvore, derrubaram-lhe todos os frutos e quebraram vários galhos para plantar e fazer nascer mais árvores iguais àquela.

A grande "Árvore de Todos os Frutos" morreu e Macunaíma teve de castigar os culpados. O herói lançou fogo sobre toda a floresta e fez com que as árvores virassem pedra. A tribo entrou em caos e seus habitantes tiveram que fugir. Conta-se que, até hoje, o espírito de Macunaíma vive no Monte Roraima a chorar pela morte da "Árvore de todos os frutos".


Fonte: http://lenda-e-lendas.blogspot.com.br

A Nova Era




Criada há 150 anos pelo professor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, ou Allan Kardec (1804-1869), a doutrina espírita surgiu graças à curiosidade e ao fascínio pela possibilidade de comunicação com os mortos.

Quando chegou ao Brasil, anos depois, o espiritismo encontrou terreno fértil. O sincretismo da mistura entre europeus e africanos acabou impulsionando o movimento. Quem já havia visto um pai-de-santo incorporado em um terreiro não tinha muita dificuldade para crer no depoimento de um médium.

Hoje, quem entra em um centro espírita no Brasil encontra uma mistura de hospital espiritual e centro de estudos. Ali, os tratamentos se resumem ao atendimento com passes (em que o médium repassa ao atendido a energia dos espíritos e a sua), à ingestão de água fluidificada (na qual fluidos medicamentosos são adicionados por espíritos desencarnados), e às desobsessões (nas quais o médium incorpora espíritos que interferem na vida de alguém).

Além disso, há centros onde outras manifestações, como a psicografia, são presenciadas. Quem quiser pode desenvolver sua própria mediunidade. Todos os atendimentos são de graça e tudo é embalado pela divulgação dos livros de Kardec e de autores como Chico Xavier, segundo recomendações da Federação Espírita Brasileira.

Neste começo de século 21, surge um outro tipo de organização que oferece atendimentos nos moldes espíritas. Nelas também é possível receber passes e desobsessões. Mas o que rege o seu trabalho é o chamado movimento New Age. Surgido nos
EUA em meados dos anos 196o, ele se apropria de diversos ensinamentos religiosos e esotéricos para compor um mosaico que pode abrigar de profecias maias à ufologia.






GALILEU visitou várias instituições do tipo em busca da resposta para a pergunta do início deste texto: o que se pratica nesses locais pode ser chamado de espiritismo? Neles há espaço para a cromoterapia — tratamento que usa as cores para curar doenças —, para o tratamento energético com cristais e para o reiki — espécie de “massagem”energética na qual o terapeuta não encosta em seu cliente e transmite vibrações positivas por meio de suas mãos.

“Nossa forma de funcionar é igual à dos centros. Temos tratamentos espirituais e cursos que ensinam o básico. Mas nos abrimos a ensinamentos que não estão na doutrina’ diz o psicanalista e advogado Reinaldo Anieri, presidente da Associação Reencontro,em São Paulo.

“Os espíritas tradicionais dizem que a cromoterapia não deve ser usada, porque Kardec não a mencionou. Mas, naquela época, a luz elétrica ainda dava os primeiros passos. Por que ficar estacionado em 1858?” indaga.

“Não temos nada contra essas terapias, mas, como o próprio Kardec diz, isso tem de ser feito fora da casa espírita”, diz Wladisnei da Costa, membro do conselho da União das Sociedades Espíritas de São Paulo. A instituição reagiu à tendência de forma oficial, em junho deste ano, por meio de um comunicado a seus associados, batizado de “Orientação ao centro espírita”.

O documento, que não tem valor impositivo, começa por dizer que “o trabalho de unificação do movimento espírita (...) é fundamental para o crescimento das instituições espíritas e para a correção de eventuais desvios da adequada prática doutrinária e administrativa”. A seguir enumera práticas cujo uso foi detectado em centros ligados ao movimento, tais como “astrologia, piramidologia, quiromancia, radiestesia, tarô, numerologia, apometria, reiki e cristalterapia”.

O texto também diz que “livros de auto-ajuda e outras literaturas que estão em desacordo com a doutrina não são recomendados para serem oferecidos ou expostos ao alcance do público”. Por fim recomenda “convidar para proferir palestras apenas pessoas reconhecidamente espíritas” e “atentar para o conteúdo dos programas líteromusicais oferecidos às instituições espíritas”. É importante salientar que esse documento não é parte de uma inquisição, apenas uma orientação.

 



Marilda Machini é um exemplo marcante de ex-espírita que se diz levada aos grupos independentes graças à intolerância dos tradicionalistas. Ela se tornou adepta em 1992 e, anos depois, se interessou pelo reiki para tratar da saúde de seu filho. Marilda diz que ouviu críticas a respeito da terapia energética, a qual já havia experimentado, nos cursos que fez na Federação Espírita de São Paulo. E isso a deixou muito incomodada. “Sabia que havia pessoas interessadas pelo tema lá dentro, mas não podíamos conversar a respeito. Achei que era uma atitude dogmática e resolvi sair”, afirma.

Hoje, ela diz que aplica o reiki em seus filhos e amigos. A forma dos atendimentos nas novas instituições também pode fugir aos padrões. Em um centro espírita, uma desobsessão é realizada à distância, depois que o atendido recebe passes. A seguir, a equipe de médiuns do centro reúne-se para incorporar e doutrinar o espírito problemático. Certas vezes, quem procurou ajuda nem sabe quando está sendo assistido.

Já em grupos alternativos como a Fraternidade Espiritualista Calunga, em São Paulo, os métodos são bem diferentes. Liderado desde 1988 pelos terapeutas Marcello Cotrim e Fátima de Carvalho, o grupo põe em prática outra variante da combinação entre elementos do espiritismo e da new age. Muitas das práticas em que se baseiam seu trabalho têm origem em escolas esotéricas, como a teosofia — corrente que nasceu em paralelo ao espiritismo e que se baseia na mistura de ciência e misticismo — e o rosa-crucianismo — doutrina nascida na Europa da Renascença, próxima da alquimia.

GALILEU assistiu a um exercício de desobsessão durante o curso de mediunidade da Fraternidade Calunga em que as pessoas dançavam e cantavam ao som da canção “Amor Perfeito”, do grupo de axé Babado Novo. No telão, imagens de Jesus Cristo eram projetadas. “O trabalho com música popular é uma estratégia para que as pessoas possam evocar aquele mesmo sentimento de bem-estar em outros momentos”, diz Cotrim.

A alegria entre os presentes passa longe da sobriedade que se encontra nos centros espíritas tradicionais. “O espiritismo herdou do catolicismo uma visão moral muito calcada na culpa. Queremos quebrar esse preconceito”, diz Cotrim. Aos olhos de quem assiste à cena pela primeira vez, ela pode lembrar os momentos de louvor em igrejas evangélicas como a Renascer em Cristo e a Bola de Neve.

Expandindo ainda mais o foco da discussão, não apenas a desobsessão, mas a mediunidade em si, é vista de outra forma pelos novos grupos. Para o espiritismo, ela é uma faculdade que todo ser humano possui e que deve ser desenvolvida para a prática da caridade. “Entendemos a mediunidade segundo o conceito de Kardec. Ela contribui para a melhora moral e o aprimoramento do ser humano’: diz César Perri, diretor da Federação Espírita Brasileira.

 



Médium formada pela federação, da qual foi membro durante seis anos, Marilda Machini encontrou uma visão diferente da mediunidade nos grupos independentes. “Aprendi que você é médium não apenas na hora de aplicar o passe”, diz Marilda. Para ela, a mediunidade pode ajudar em todos os aspectos da vida, como os relacionamentos afetivos e familiares. Segundo Marcello Cotrim, da Fraternidade Calunga, “o objetivo é mostrar que o tempo em que a mediunidade servia para comprovar a vida após a morte já passou. Na nova era, o conhecimento deve ser canalizado para acelerar a evolução pessoal”, diz.

A discussão sobre o papel da mediunidade talvez seja a mais importante de todas, já que a própria doutrina nasceu a partir dela. No Brasil, o padrão de trabalho em parte foi estabelecido por Chico Xavier, que nunca cobrou por seus serviços e doou todo o dinheiro arrecadado com seus livros ao longo dos anos.


Hoje, o mais célebre médium de cura do Brasil segue seu ensinamento. Acompanhando o exemplo de Zé Arigó, que ganhou notoriedade a partir da década de 1950, João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus, está transformando a pequena Abadiânia, no interior de Goiás, em centro de peregrinação. O médium atende, gratuitamente, gente de todo o planeta em busca de curas espirituais — sejam elas físicas ou emocionais —, realizando, inclusive, cirurgias visíveis e sem anestesia. Apesar de ter convivido com líderes como Chico Xavier, João faz questão de afirmar que não é espírita.

Já a família Gasparetto, mais popular defensora da ruptura com a moralidade do espiritismo tradicional, adiciona o aspecto financeiro à equação. E não acha que está cometendo nenhum sacrilégio. O clã de médiuns começou a militar no movimento espírita nos anos 1950 e dele se afastou na década de 1990. A matriarca Zíbia é a escritora espírita mais popular do País, com mais de 5 milhões de exemplares vendidos. Seu filho Luiz conquistou projeção internacional com demonstrações públicas de pintura mediúnica, nas quais supostamente incorpora mestres como Renoir e Modigliani, e construiu uma carreira de comunicador que o levou ao rádio e à TV, onde teve um programa até junho deste ano. E há Irineu, médium que apresenta um programa de rádio e faz shows nos quais incorpora grandes músicos brasileiros e internacionais.

Os Gasparetto não são mais considerados espíritas pela vertente tradicional da doutrina. Diferentemente de Chico Xavier, Zíbia fica com os direitos autorais dos livros e Luiz cobra pelos cursos e palestras que ministra em transe mediúnico. “Nossa base ética é espírita, mas temos outra visão. Nosso trabalho tem pinceladas de auto-ajuda”, afirma Irineu Gasparetto.

 




A trajetória de sua família é analisada em “Espiritismo à Brasileira”, livro escrito por Sandra Stoll, pesquisadora da Universidade Federal do Paraná. “Acho que eles continuam espíritas, pois seguem lidando com a mediunidade segundo o mesmo modelo”, diz a autora. O que mudou foi a ética associada a ela. Após as viagens ao exterior que realizou nos anos 1970 e 1980, Luiz viu que, fora do Brasil, não havia problemas em associar o dinheiro ao sagrado. “Gasparetto critica Cinco Xavier por ter vivido uma vida de penúria e humildade. Pelo contrário, defende uma visão de prosperidade, de que as pessoas estão vivas para serem felizes e viverem bem’: afirma Sandra.

Galileu assistiu a um espetáculo de Irineu Gasparetto realizado em um espaço não-espírita, o Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas, em São Paulo. Cerca de 80 pessoas estavam no local, acompanhando quatro horas de palestras. Gasparetto foi o último. Acompanhado de uma banda, entrou em transe mediúnico e passou 1h20 cantando supostas músicas inéditas de artistas mortos.


 A lista incluiu nomes como Cartola, Raul Seixas, Clara Nunes, Elvis Presley e John Lennon. O público, a princípio meio tímido, demorou a se soltar, mas no final já estava cantando e dançando com o médium. Em sua apresentação, Irineu Gasparetto recitou um poema com rimas pobres e disse: “Um abraço do amigo Vinícius”.

No meio da multidão estava o catarinense André Luiz Monezi Andrade, 24 anos. Psicólogo e mestrando em neurociências pela Unifesp, ele vem de uma família espírita e freqüentou centros regularmente até 2007. No início deste ano, mudou-se para São Paulo, a fim de cursar a pós-graduação. Na capital paulista, começou a freqüentar grupos alternativos e deixou de ir aos centros.


 “Estudar os conceitos hindus de carma [que diz que os indivíduos carregam os erros e acertos de urna vida pregressa para a seguinte] e darma [que trata da missão individual e das ações virtuosas de cada um na Terra] esclarece mais coisas sobre a reencarnação, por exemplo. E o reiki trata daquilo que os espíritas chamam de passe. Acho que esses estudos proporcionam uma forma mais abrangente de se ver o espiritismo”, diz Andrade. “Se, um ano atrás, você perguntasse qual é a minha religião, diria que era espírita. Hoje, não tenho nenhuma”, afirma.

O jovem diz que começou a freqüentar grupos alternativos para conhecer a religiosidade de outros povos. “O espiritismo fala muito em Jesus, mas sempre ouvi que Buda e Krishna também eram iluminados”, diz. Andrade resume a atitude de muitos quando conta que passou a abrir espaço para “novas coisas”.

Quando questionado a respeito da performance de Irineu Gasparetto, o psicólogo foi direto: “Eu acredito que John Lennon se apresentou aqui hoje. Acho que os shows de Irineu são uma forma sadia de lidar com a mediunidade”, afirma. Para o repórter, as reações do público frente ao médium pareceram diversas. Havia rostos nos quais era possível perceber um enorme ponto de interrogação, típico de quem está à frente de uma experiência fora do normal. Mas também era possível ver adeptos em sintonia com o médium. 


As paredes do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas, onde Gasparetto incorporou gênios da música, são enfeitadas por imagens esotéricas de todo tipo — ETs inclusive. Ali são oferecidos cursos que abordam toda sorte de conhecimento espiritualista, do desenvolvimento da mediunidade à arte de tocar tambores celtas. Wagner Borges, diretor do instituto, foi médium de um centro espírita no subúrbio carioca por sete anos. Também trabalhou com Waldo Vieira, co-autor de 17 livros com Chico Xavier. 


Para Borges, as apresentações de Irineu Gasparetto são uma forma moderna de divulgar o espiritismo. “Se eu convidar um jovem para ir a um culto, é difícil que ele vá. Mas, se eu chamá-lo para ir a um show de música gospel, ele pode gostar e, depois, decidir ir ao culto. O show do Irineu não é religioso, mas faz pensar sobre a vida e a morte”, afirma Borges. De novo, a comparação com os cultos de evangélicos que usam do mesmo expediente é inevitável.




Os tradicionalistas vêem performances como as dos irmãos Gasparetto com reservas. “Ninguém vê espíritos anônimos em apresentações mediúnicas. Todos querem comprar um quadro recém-pintado por Renoir. O valor é muito maior”, diz Wladisnei da Costa, da União das Sociedades Espíritas de São Paulo.

Talvez a crítica mais importante feita pelos grupos independentes seja aquela que se baseia no exemplo de Allan Kardec. Para eles, o movimento institucionalizado restringiu-se apenas àquilo citado pelo criador da doutrina, sem assimilar seu exemplo. Eles dizem que Kardec sempre foi considerado um revolucionário, para quem o movimento deveria acompanhar o avanço da ciência. E as regras do espiritismo tradicional por vezes emperrariam essa evolução. Isso teria feito com que o movimento institucionalizado se tornasse rígido e, por vezes, dogmático. Há líderes independentes que o comparam com a Igreja Católica, lembrando a proibição do uso de métodos contraceptivos pelo Vaticano.

César Perri defende a posição do movimento espírita. “É verdade que ele tem uma característica religiosa, que foi definida pelo próprio Kardec. Ele já falava em seus livros que o espiritismo é uma religião natural, do coração. Mas sempre há indivíduos [ou grupos paralelos] que gostariam de conduzi-lo segundo suas opiniões pessoais e que fazem acusações precipitadas”, diz.

Aqui cabe uma reflexão. No passado o espiritismo foi objeto de perseguições da Igreja e das autoridades brasileiras. Nos anos 1890, nossos legisladores incluíram artigos a respeito de curandeirismo e charlatanismo no Código Penal, motivados pelo atendimento realizado pelos espíritas. A ditadura Vargas chegou a ordenar o fechamento de todos os centros do Rio de Janeiro, então capital federal. De forma intencional ou não, a ênfase no caráter cristão (que, diga-se, já existia desde os tempos de Kardec) permitiu a sobrevivência e o crescimento do espiritismo no País. Como o catolicismo era dominante na classe média, muitos de seus valores foram absorvidos pelos espíritas. Basta lembrar o trabalho de Chíco Xavier, que enfatizava a importância da caridade e da misericórdia, sempre remetendo suas obras a Jesus Cristo.

De forma geral, essa dimensão religiosa parece estar no centro do questionamento dos novos grupos. Com o enfraquecimento da Igreja Católica como referência, não seria natural que o espiritismo se abrisse a novas influências? “É lógico e inevitável”, diz a antropóloga Sandra Stoll. Já segundo a visão institucionalizada de Perri, os espíritas estão dialogando com a diversidade ao participar de eventos ecumênicos. E, de acordo com ele, até as influências católicas do passado estão sendo revistas. “Kardec diz que o nosso compromisso é com o ensino moral de Jesus Cristo. E isso não está tão presente nesses novos grupos”, afirma Perri.

Seja como for, os 6 mil títulos de livros espíritas, que acumularam cerca de 10 milhões de exemplares vendidos em 2007, deixam clara a força da doutrina. E uma rápida busca no Orkut revela que a renovação dos fiéis também é um dado crucial. Até meados de novembro, o site de relacionamentos mais popular entre os brasileiros tinha 790 comunidades com a palavra “espiritismo” no título. Se o termo buscado for “espírita”, o total passa do milhar. O próximo capítulo dessa história parece estar assegurado.


Autor: Pablo Nogueira

Fonte: Galileu, Dezembro de 2008 /iasdemfoco.net

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Talidomida



Na tela cinematográfica, junto da qual sentíamos a realidade sem distorção, o professor do Plano Espiritual exibiu dois pequenos documentários sobre o assunto que nos fora motivo a longo debate.

1939 – 1943 – Surgiu à cena agitada metrópole européia. Em tudo, o clima de guerra. Desfiles militares de pomposa expressão. Na crista dos edifícios mais altos, bocas de fogo levantavam-se em desafio. Nas ruas, destacavam-se milhares de jovens em formações de tropa, ao rufar de tambores, ostentando símbolos e bandeiras. O povo, triste e apreensivo nas filas de suprimento, parecia desvairar-se de júbilo, nas paradas políticas, ovacionando oradores nas praças públicas. De vez em vez, sirenas sibilavam gritaria de alarme. Aviões sobrevoavam, incessantemente, o casario enorme, lembrando águias metálicas, de atalaia nos céus, para desfechar ataques defensivos contra inimigos que lhes quisessem pilhar o ninho.

Através de informações precisas, registrávamos os mínimos tópicos de cada conversação.

De súbito, vimo-nos mentalmente jungidos a dilatado recinto, onde centenas de policiais e civis cochichavam na sombra.

Articulam-se avisos. Ramifica-se a trama.

Camionetas deslizam dentro da noite.

Outros agrupamentos se constituem.

Mais algum tempo e magotes de transeuntes se agregam num ponto só, formando vasta legião popular em operoso bairro de ascendência israelita.

São paisanos decididos à rapinagem.

Homens e mulheres de raciocínio maduro combinam o assalto em mira. Madrugada adiante, quando a soldadesca selecionada desce dos veículos com a ordem de apressar famílias inermes, ei-los que invadem as residências judias, agravando o tumulto.

Para nós que assistíamos ao espetáculo, transidos de dor, era como se fitássemos corsários da terra, no burburinho do saque.

 


Mãos que retivessem anéis, pulsos que ostentassem adornos, orelhas ornamentadas de brincos e bustos revestidos de jóias sofriam golpes rápidos, muitos deles tombando decepados em torrentes sanguíneas. Alguém que aparecesse com bastante coragem de investir contra os malfeitores, cuja impunidade se garantia com a indiferença de quantos lhes compartilhavam a copiosa presa, caía para logo de pernas mutiladas, para que não avançasse em socorro das vítimas.

E os quadros vivos se repetiam em outros lugares e em outras noites, com personagens diversas, nos mesmos delírios de violência.

1949 – 1953 – A tela passa a mostrar escuro vale no Espaço. Examinamos, confrangidos, milhares de seres humanos em condições deploráveis. Arrastam-se em desgoverno. Há quem chore a ausência dos braços, quem lastime a perda dos pés. Possível, no entanto, identificar muitos deles. São os mesmos infelizes de 1939 a 1943, participantes das empresas de furto e morte, à margem da guerra. Desencarnados, supliciam-se no remorso que se lhes incrusta nas consciências. Carregando a mente vincada pelas atrocidades de que foram autores, plasmaram em si, nos órgãos e membros profundamente sensíveis do corpo espiritual, as deformidades que infligiram aos irmãos israelitas indefesos. Ainda assim, almas heróicas atravessam o nevoeiro e distribuem consolações. Para que se refaçam, é preciso que reencarnem de novo, em breves períodos de imersão nos fluidos anestesiantes do plano físico. Necessário retomem a organização carnal, à maneira de doentes complicados que exigem regime carcerário para tratamento preciso.

Ensinamentos prosseguem ao redor do filme.

Sofrerão, sim, mais tarde, as provas regenerativas de que se revelam carecedores, mas, por enquanto, são albergados por braços afetuosos de amigos, que se prontificam a sustenta-los, piedosamente, ou entregues a casais necessitados de filhinhos-problemas, a fim de ressarcirem dívidas do pretérito.

A maioria dos implicados renasce no país em que se verificou o assombro delito, e muitos deles, em vários pontos outros do mundo, ressurgem alentados por famílias hospitaleiras ou endividadas, que se aconchegam, para a benemerência do reajuste.

Certamente – comentou o instrutor, ao término da película - certamente que nem todos os casos de malformação congênita podem ser debitados à influência da talidomida sobre a vida fetal. Em todos os tempos, consoante os princípios de causa e efeito, despontam crianças desfiguradas nos berços terrestres. O estudo, porém, que realizamos pela imagem esclarece com segurança o fenômeno das ocorrências de má-formação que repontaram em massa, entre os homens, nos últimos tempos.

Achávamo-nos suficientemente elucidados; no entanto, meu velho amigo Luís Vilas indagou:

- Isso quer dizer então, professor, que a talidomida e a provação funcionaram em obediência à justiça, mas não será lícito esquecer que o lar e a ciência vigilante dos homens também funcionaram em obediência à Misericórdia Divina, que a tudo previu, a fim de que a administração daquele medicamento não ultrapassasse os limites justos. Compreenderam?

Sim, recebêramos a chave para entender o assunto que envolvia dolorosa disciplina expiatória, e, à face da emoção que nos impunha silêncio, a lição foi encerrada.



pelo Espírito Irmão X - Do livro: Contos desta e Doutra Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Fonte: Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil


Acesse o nosso site: www.caminhosluz.com.br

Um lindo mantra com ensinamentos de amor e Paz.

Alma das Andorinhas - Musica Espírita

A Cada Flor - Perseverança - Música Espírita

William Scott-Elliot



William Scott-Elliot foi um escritor Teosófico, um banqueiro e antropologista amador, que viveu na Inglaterra na virada do século XIX. Seguindo a senda que se popularizou graças a Madame Blavatsky, Scott-Elliot se dedicou a escrever histórias que elucidassem a origem da humanidade desvendando os mistérios de nossos antepassados Atlantes e Lemurianos.

 Scott afirmou que seu conhecimento histórico foi conseguido através da arte da divinação astral. Muito de seu texto é muito semelhante ao material pesquisado e escrito pelo Bispo teosófico Charles Webster Leadbeater, a pessoa que com certeza forneceu os mapas usados por Elliot nesta publicação. 



 
Originalmente este livro foi publicado em 1896 com o título A História de Atlântida e foi seguido em 1904 pelo livro Lemúria Perdida. Estes dois textos teosóficos foram distribuídos de forma independente na Grã Bretanha e nos Estados Unidos até que em 1925 foram unidos em um único livro intitulado 

A História de Atlântida e a Lemúria Perdida. Graças a inúmeras reimpressões os títulos foram recebendo alterações sutis e o livro acabou chegando ao Brasil com o nome de Atlântida e Lemúria, Continentes Perdidos.

 



O objetivo de Scott ao escrever este tratado foi o de estabelecer, através de empirismo e dados científicos, os fatos mencionados por Madame Blavatsky em sua Doutrina Secreta que possuíssem conexão com os continentes perdidos e seus habitantes.

 Uma das obras mais clássicas da teosofia que deu origem a inúmeros outros textos e tratados sobre os continentes perdidos e sobre a origem das raças que fazem parte hoje do nosso planeta.

Fonte: mortesubita.org

segunda-feira, 12 de maio de 2014

A Importancia da Biodiversidade



Nós, seres humanos, atravessamos um longo caminho para ganhar nossa independência dos caprichos da Mãe Natureza. Aprendemos como construir abrigos e como nos vestir. Através da agricultura e da irrigação, podemos controlar nosso próprio suprimento de alimentos. Construímos escolas, hospitais, computadores, automóveis, aviões e ônibus espaciais. Então, qual o grande problema se algumas plantas, animais e organismos simples deixarem de existir?

Eis o problema com a perda da biodiversidade: a Terra funciona como uma máquina incrivelmente complexa e não parece haver partes desnecessárias. Cada espécie - do mais simples micróbio aos seres humanos - desempenha uma parte em manter o planeta funcionando normalmente. Neste sentido, cada parte está relacionada. Se muitas destas partes, de repente, desaparecerem, então, a máquina - que é a Terra - não conseguirá funcionar da maneira devida.

Por exemplo, as colheitas que cultivamos através de nosso uso inteligente da agricultura são possibilitadas pelo nitrogênio que está presente no solo. Este nitrogênio nutre e fortalece nossas colheitas. Mas, de onde ele vem? Larvas, bactérias e outras formas de vida encontradas no solo amam decompor a vegetação. Quando se alimentam, estes organismos produzem nitrogênio como produto residual, algo que as colheitas realmente amam. Assim é também a maneira como a compostagem rica em nutrientes é feita. Caso estas espécies de bactérias fossem extintas, então, nossas colheitas não cresceriam da forma correta.





 Isso é verdade também em relação aos ecossistemas do oceano. O oceano - juntamente com a vegetação com base terrestre - desempenha um papel importante na absorção de dióxido de carbono - um gás que os seres humanos não podem respirar. O oceano não absorve este CO2 por si só. Ele depende de organismos como os fitoplânctons - vidas aquáticas microscópicas - para que absorvam o CO2. Perda de fitoplâncton quer dizer que perdemos níveis adequados de ar respirável. 

Até mesmo alguns de nossos avanços modernos, em termos de tecnologia dependem da natureza. A medicina moderna deve muito às propriedades encontradas naturalmente em plantas e nas bactérias. Medicamentos como os analgésicos, a penicilina e as inoculações têm como base os organismos naturais. A estrutura destes seres vivos foi analisada e sintetizada para produzir alguns medicamentos, entretanto, outros - como os antibióticos - ainda utilizam os organismos de verdade. No total, isso conta como um quarto das drogas prescritas que utilizamos [fonte: Fundação David Suzuki]. Além do mais, caso a Terra, de repente, perdesse sua biodiversidade substancial, as drogas que ainda estamos por descobrir ficariam perdidas.




Até mesmo se nós, seres humanos, pudéssemos encontrar uma maneira de sobrepujar uma catastrófica perda de biodiversidade, nossa existência na Terra certamente seria mudada. Há um importante aspecto econômico também na questão da biodiversidade. Em 1997, cientistas da Cornell University registraram o valor em dólar de todos os serviços fornecidos para a humanidade pela vida na Terra. Tudo, desde ecoturismo e polinização à formação do solo e produtos farmacêuticos foi levado em conta. O total para os serviços fornecidos à humanidade pela Mãe Natureza chegou a US$ 2,9 trilhões por ano (um outro estudo concluiu que o total era de US$ 33 trilhões) [fonte: Science Daily].

Estes serviços ainda seriam necessários, com ou sem um ecossistema global diverso. Visto que se os recursos que provêm estes serviços (como o nitrogênio produzido pelas larvas) diminuíssem, os seres humanos teriam de substituí-los para sobreviver. Suprimentos de coisas como o nitrogênio para o solo e remédios para os doentes aumentariam em valor rápida e significativamente. A competição por estes recursos que estariam desaparecendo seria desenvolvida, com países mais ricos e mais bem armados inevitavelmente vencendo. A vida, de fato, mudaria para a humanidade, como resultado da perda da biodiversidade. Rapidamente, ficaria pior.

Por Josh Clark
Fonte:http://ciencia.hsw.uol.com.br/extincao-em-massa1.htm

A Pluralidade dos Mundos Habitados


 

1 – O Espiritismo admite a existência de vida fora da Terra?

Antes que a ciência humana e as religiões tradicionais admitissem essa possibilidade, revelam os Espíritos, na questão 88, de O Livro dos Espíritos, que são habitados todos os mundos que giram no espaço e que a Terra está muito longe de ser o único planeta que asila vida inteligente.



2 – Não há exagero na afirmativa de que todos os mundos são habitados?

 Está demonstrado que já no nosso sistema planetário, somente a Terra guarda condições para a vida.
Sim, sob o ponto de vista biológico. Há que se considerar, entretanto, a vida espiritual. Todos os mundos são habitados por Espíritos, na dimensão espiritual, constituindo populações situadas em variados estágios de evolução.





3 – Diríamos, então, que Marte, Júpiter, Saturno e os demais planetas de nosso sistema, são habitados por Espíritos?

Pode parecer estranha essa idéia, mas verdadeiramente estranho seria imaginar que Deus houvesse criado miríades de mundos, apenas para infeitar o Universo ou para contemplação do Homem, como imaginavam os teólogos na Antiguidade.



4 – Há, na Terra, Espíritos originários de outros planetas do sistema solar?

Certamente. Há migrações envolvendo Espíritos que chegam e que partem, atendendo à dinâmica da evolução. Na medida em que a população terrestre evolui pode abrigar espíritos de planetas que guardam compatibilidade, da mesma forma que saem daqui Espíritos para estágios em planetas superiores ou inferiores, sob orientação dos poderes que nos governam.



5 – As obras de ficção científica abordam com freqüência a possibilidade de a Terra ser invadida um dia por alienígenas. Isso poderia acontecer?

Se um dia recebermos a visita de seres extraterrestres, de planeta localizado à distância de nosso sistema solar, certamente suas intenções não serão belicosas. A tecnologia necessária para vencer as grandes distancias e os problemas decorrentes, somente será alcançada por civilizações em alto estágio de desenvolvimento intelectual que fatalmente se fará acompanhar pelo desenvolvimento moral. Banida estará dessas civilizações a ambição de poder e domínio que caracterizam a inferioridade humana.





6 – E quanto à aparência. Seriam monstruosos, como costuma situar a ficção científica?

A beleza obedece a padrões de simetria que são universais. Seres mais evoluídos fatalmente terão uma harmonia de formas, belos, ao olhar humano, ainda que diferentes. Temos um exemplo típico na comparação entre os hominídeos que viveram a 200 mil anos e o homem de hoje.



7 – Há um grande movimento científico, na atualidade, envolvendo vários países, no sentido de se estabelecer contato com seres de outros mundos através da radioastronomia, que capta as ondas hertezianas. Acontecerá?

Sem dúvida. Mais cedo ou mais tarde, os grandes radiotelecópois captarão mensagens de outros mundos. Mas não pensemos em troca de mensagens ou diálogos. Considerando que a velocidade limite do unvierso é trezentos mil quilômetros por segundo, e que supostos planetas com vida inteligente situam-se a milhares de anos-luz, teríamos diálogos entremeados por pausas de milhares de anos.



8 – O Espiritismo teria uma contribuição a respeito do assunto, favorecendo contatos extraterrestre.

Segundo Emmanuel, no livro A Caminho da Luz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, há um planeta do sistema capela, na constelação de cocheiro, a 42 anos-luz da Terra, habitado por uma civilização capaz de nos enviar mensagens, via rádio. O difícil é convence os cientistas de que não se trata de mera fantasia e que deveriam acentar seus radiotelescópios na direção daquele planeta.


Fonte: http://www.richardsimonetti.com.br/pingafogo/exibir/140

Orações Magicas dos Essênios





Uma oração dos essênios: O que querem que eu seja?

por: Moacyr Martims

Pai do Céu, Mãe Terra
O que querem que eu seja?

Onde querem que eu vá?
A quem querem que eu encontre?
Que o Anjo da Terra guie meus pés!

O que querem que eu ouça?
O que querem que eu veja?
O que me revelam suas cores e sons!

O que querem que eu aprenda?
O que querem que eu saiba?
Que o Anjo da Sabedoria mostre-me a Lei!

O que querem que eu faça?
O que querem que eu diga?
Que o Anjo do Poder guie meu caminho!

Como querem que eu brinque?
O que querem que eu cante?
Que o Anjo da Alegria seja as minhas asas!

O que querem que eu pense?
O que querem que eu sinta?
Que o Anjo do Amor me mostre a realidade!

Pai do Céu, Mãe Terra
O que querem que eu seja?





Fonte:http://radiomundial.com.br/

domingo, 4 de maio de 2014

As Cidades perdidas da Amazonia



 Quando o Brasil criou o Parque Indígena do Xingu em 1961, a reserva estava longe da civilização moderna, aninhada bem no limite ao sul da enorme floresta amazônica. Em 1992, na primeira vez em que fui morar com os cuicuro, uma das principais tribos indígenas da reserva, as fronteiras do parque ainda ficavam dentro da mata densa, pouco mais que linhas sobre um mapa.

 Hoje o parque está cercado de retalhos de terras cultivadas, com as fronteiras frequentemente delimitadas por um muro de árvores. Para muitos forasteiros, essa barreira de torres verdes é um portal como os enormes portões do Parque Jurássico, separando o presente: o dinâmico mundo moderno de áreas cultivadas com soja, sistemas de irrigação e enormes caminhões de carga; do passado: um mundo atemporal da Natureza e de sociedade primordiais.

 



Muito antes de se tornar o palco central na crise mundial do meio ambiente como a gigantesca joia verde da ecologia global, a Amazônia mantinha um lugar especial no imaginário ocidental. A mera menção de seu nome evoca imagens de selva repleta de vegetação respingando água, de vida silvestre misteriosa, colorida e com frequência perigosa, de um entremeado de rios com infinitos meandros e de tribos da Idade da Pedra. 

Para os ocidentais, os povos da Amazônia são sociedades extremamente simples, pequenas tribos que mal sobrevivem com o que a Natureza lhes oferece. Têm conhecimento complexo sobre o mundo natural, mas lhes faltam os atributos da civilização: o governo centralizado, os agrupamentos urbanos e a produção econômica além da subsistência.




Em 1690, John Locke proclamou as famosas palavras: “No início todo o mundo era a América”. Mais de três séculos depois, a Amazônia ainda arrebata o imaginário popular como a Natureza em sua forma mais pura, e como lar de povos aborígines que, nas palavras de Sean Woods, editor da revista Rolling Stone, em outubro de 2007, preservam “um estilo de vida inalterado desde o primórdio dos tempos”.

 A aparência pode ser enganosa. Escondidos sob as copas das árvores da floresta estão os resquícios de uma complexa sociedade pré-colombiana. Trabalhando com os cuicuro, escavei uma rede de cidades, aldeias e estradas ancestrais que já sustentou uma população talvez 20 vezes maior em tamanho que a atual. 




Áreas enormes de floresta cobriam os povoados antigos, seus jardins, campos cultivados e pomares que caíram em desuso quando as epidemias trazidas pelos exploradores e colonizadores europeus dizimaram as populações nativas. 

A rica biodiversidade da região refl ete a intervenção humana do passado. Ao desenvolverem uma variedade de técnicas de uso da terra, de enriquecimento do solo e de longos ciclos de rotatividade de culturas, os ancestrais dos cuicuro proliferaram na Amazônia, apesar de seu solo natural infértil. Suas conquistas poderiam atestar esforços para reconciliar as metas ambientais e de desenvolvimento dessa região e de outras partes da Amazônia. 

Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/as_cidades_perdidas_da_amazonia.html

A Evolução do Cristianismo




A história da evolução do Cristianismo é a saga do processo redentor da criatura humana.

A Constantino, imperador do Oriente, deve-se o ato gentil da liberação da prática da doutrina de Jesus em todo o império, eliminando qualquer tipo de perseguição ou limite.

Não havendo ele próprio conseguido lograr a convicção profunda dos conteúdos do Evangelho, tornou-se responsável pelos desmandos que surgiram, pelas interpolações e interpretações errôneas, bem como pela adoção de alguns cultos pagãos introduzidos na mensagem singela e pulcra do Homem de Nazaré.

Adorador de Mitra, o Deus-Sol do Zoroastrismo, mas também com outras interpretações, contribuiu grandemente para a idolatria, permitiu que os adeptos do Cristianismo em formulação, acautelados pela fortuna e outros bens materiais, perseguissem os antigos politeístas, transformassem os seus templos em catedrais faustosas.

Demolindo as antigas construções, mandavam erguer sobre elas, com nova indumentária arquitetônica, os santuários, nos quais os adeptos de Jesus deveriam reunir-se, com o olvido das pregações diante do altar sublime da natureza: nas praias, nas estradas, nas montanhas de Israel...

Logo contribuíram para que o imperador se transformasse no responsável pelo voto de Minerva, nos concílios, reuniões e discussões que se multiplicavam em abundância, em atendimento às paixões dos líderes denominados bispos, presunçosos uns, ignorantes outros, que se acusavam reciprocamente de heresias, em adulteração desrespeitosa aos ensinos de Jesus.

Constantino também se tornou responsável pela substituição dos mártires, tornados santos nos altares de ouro e de mármore dos antigos templos, em lugar dos ídolos pagãos.

Sua genitora, Helena, em viagem à terra santa, tornou-se responsável pela identificação da cruz em que morreu o Mestre, dos lugares em que Ele e os Seus apóstolos viveram, mandando erguer catedrais majestosas, iniciando o culto a relíquias, às quais atribuía poderes miraculosos e curativos, criando, pela rica imaginação, identificações, algumas delas muito longe da legitimidade...

 



Ainda no século IV, o papa Dâmaso convidou São Jerônimo para selecionar os textos considerados verdadeiros, canônicos, a cujo mister o patrístico aplicou vinte e cinco anos na gruta de Belém, comparando-os cuidadosamente com outros conceitos bíblicos, o que resultou na elaboração da Vulgata Latina. A essa coletânea deu-se o nome de estudos canônicos, legítimos, reconhecidos como verdadeiros pela Igreja de então.

As demais anotações, mais tarde introduzidas por outros estudiosos em O Novo Testamento, os deuterocanônicos, vêm sendo avaliadas através dos séculos, nos sucessivos concílios que trouxeram mais danos que esclarecimentos em torno da palavra do Senhor.

Nesse mesmo século IV, disputavam entre si as autoridades imperiais e eclesiásticas, enquanto o bispo de Roma, Dâmaso, permitia-se o luxo e a extravagância que o cargo lhe concedia, semelhando-se aos grandes generais e governantes das imensas metrópoles, muitíssimo distante do Rabi galileu...

Roma exigia ser a capital cristã do mundo, sob a justificativa de que os apóstolos do mestre, Pedro e, a seguir, Paulo, elegeram-na para o holocausto das próprias vidas, e as missas, que então eram celebradas, sofreram a introdução dos cultos do Oriente, transformando o hábito singelo de orar em complicadas fórmulas, ora em grego, depois em latim, que as massas não podiam entender.

Posteriormente, surgiram os grandes dissídios, tais como os ortodoxos gregos, russos, que realizavam os seus cultos dentro das tradições dos respectivos países, os coptas e outros mais complicados...

Milão, que se tornara tão importante quanto Roma, tinha em Ambrósio o seu líder máximo, que, apaixonado, desviara-se completamente, logo depois do culto ao Senhor para o das imagens e para a venda de tudo quanto representasse a herança dos abençoados mártires, dando prosseguimento às alucinações da genitora de Constantino, que se atribuía o privilégio de haver encontrado, como já referido, a cruz em que Jesus morrera, com as palavras que lhe foram colocadas ironicamente pelos romanos, em refinada zombaria ao Sinédrio.

Logo depois, a mesma Helena atreveu-se a transformar alguns dos seus cravos em objeto de extravagância na coroa do filho, atribuindo-lhe proteção divina, o que dava lugar a superstições e desmandos acompanhados de falsificações e injúrias.

Cristãos, nessa época, passaram a matar pagãos, e quando Teodósio, mais tarde imperador de Roma, apresentou-se como cristão e desejou aplicar punições àqueles que cometeram hediondos crimes, Ambrósio exigiu-lhe retratação pública e humilhante para conceder-lhe o perdão.

A doutrina do amor e da compaixão, da misericórdia e da bondade estava crucificada!

Esse mesmo Ambrósio, que conseguira converter Agostinho de Hipona, em Milão, preocupava-se mais com detalhes e insignificâncias, considerando a virgindade feminina e masculina, como fundamental, como a conduta pulcra e sublime para a entrega a Deus, não havendo qualquer preocupação com o tormento mental e emocional dos clérigos e sacerdotes, assim como das viúvas, das jovens e dos rapazes que se dedicavam ao Senhor, e, para bem consagrar o novo impositivo que se tornaria dogma da religião nascente, introduziu o uso de indumentárias brancas e reluzentes, que significavam pureza, mesmo que o mundo interior fosse o sepulcro onde o cadáver das ansiedades pessoais descompunha-se.

Jerônimo, por sua vez, deixou-se também arrebatar pela loucura do mesmo século e tornou-se terrível adversário da palavra de Jesus, ao adulterá-la, fazendo-o com intercalações nefastas, intromissões que não se justificam, e mistura dos conceitos pagãos com os cristãos para o logro da dominação imperial.
O avanço do poder temporal deságua nas Cruzadas de rudes e perversas memórias, com os desastres e mortes de centenas de milhares de vidas de ambos os lados, cristãos e mulçumanos durante alguns séculos de horror, para a defesa da sepultura vazia que Ele deixara em Jerusalém...

Até o século XVI o tormento medieval, estabelecido pelos denominados Pais da Igreja (Patrística), corrompeu, desvitalizou e transformou a revolução sublime do Evangelho em cruz e fogueira, em morte e degradação, em poder temporal e mentira...

Novos tempos surgiram, porém, com Martinho Lutero e outros que não se submeteram às injunções poderosas do culto pagão.

A Reforma abriu espaços no estreito cubículo mental no qual foi encarcerada a doutrina do Mestre e ventos novos sopraram para retirar o mofo acumulado e derrubar algumas muralhas segregacionistas...

Logo depois, no entanto, surgiram as divisões e as controvérsias entre os discípulos de Lutero, ante a sua própria defecção, e apareceram as mais variadas denominações cada uma delas, como a verdadeira.

Nesse ínterim, quando a esperança não mais brilhava nas almas aflitas, chegou à humanidade o Consolador, e os imortais conclamaram os novos discípulos do Evangelho a voltarem às praias formosas do Genesaré, à natureza encantadora, aos abençoados fenômenos da compaixão e da misericórdia em que Jesus permanece como a figura máxima de humildade e sacrifício pessoal.

Investidas terríveis das hordas do mal novamente dão-se amiúde para prejudicar a reabilitação da criatura humana e a renovação da sociedade como um todo.
Começam a surgiu os primeiros disparates, os desrespeitos e impositivos egotistas de alguns profitentes, que elaboram e apresentam necessidades falsas para adaptações do pensamento espírita às paixões em predomínio, e surgem correntes de dissídio, as acusações recíprocas de lideranças, de médiuns, de Instituições, iguais ao mesmo fenômeno do passado que se repete...

 



Espíritas-cristãos, tende cuidado!

O mundo, o século são sedutores, fascinantes. As suas falácias sutis e declaradas são perversas, enganosas.

Tende tento! Não sois diferentes daqueles homens e mulheres que, num momento, se dedicavam a Jesus e, logo depois, corrompiam a Sua palavra.

Assumistes o compromisso, antes do berço, de restaurardes a paz íntima perdida, as lições sublimes que vós mesmos deturpastes no passado, quando contribuístes em favor do naufrágio da fé pura e racional...

O Centro Espírita merece respeito, fidelidade ao compromisso nele estabelecido: iluminar consciências e consolar sentimentos.

Obreiros invisíveis laboram incessantemente em vosso benefício. Como vedes somente o exterior, não tendes a dimensão do que se passa nele além das vibrações materiais.

Considerai-o, oferecei a esse núcleo de oração, a essa oficina que é um educandário, um templo, um hospital transcendental, o respeito e a dedicação indispensáveis que são exigidos para o fiel cumprimento das responsabilidades abraçadas.

A modesta estrebaria onde Jesus nasceu, a vergonhosa cruz em que Ele foi levado a holocausto, ou a radiosa manhã da ressurreição, devem, permanecer vivas em nossa memória, a fim de serem preservadas a Sua vida e o Seu amor pela humanidade.

Sois as mãos, a voz, o sentimento dEle no mundo moderno.

Vivei por definitivo conforme Ele o fez e ensinou a fazer, mantende cuidado com as ilusões tão rápidas como luminosas bolhas de sabão que explodem ao contato do ar ou de encontro a qualquer objeto perfurante.

O Consolador triunfará, porque é o próprio Jesus de volta ao mundo para iluminá-lo e conduzi-lo no rumo da sua próxima regeneração.




pelo EspíritoVianna de Carvalho. Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica de 20 de janeiro de 2014, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, BA Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=359.

Fonte:Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

Acesse o nosso site: www.caminhosluz.com.br

Hidromel,a bebida dos deuses



O Hidromel é, certamente, a bebida alcoólica mais antiga da humanidade. Feito originalmente de água e mel fermentados, sua descrição mais antiga pode ser encontrada no Rig-Veda, o Livro dos Hinos dos hindus, datando de cerca de 1.700 a 1.100 a.C.. Chamado de “bebida dos deuses”, o Hidromel está presente em mitologias por todo o mundo.

Comumente, aqueles que conhecem o Hidromel imediatamente se lembram dos vikings. Mas, ao contrário do que muitos pensam, eles não foram os criadores, nem os principais consumidores desta bebida. Acredita-se que o Hidromel tenha sido fabricado inicialmente nas savanas africanas, de forma acidental, quando colméias eram inundadas e a fermentação acontecia naturalmente. Com a constante migração de pessoas indo da África para outros continentes, o conhecimento sobre o Hidromel se espalhou pelo mundo.

Mas o processo de fermentação não veio a ser entendido até o século XIX. Por causa disto, este processo tomou qualidades místicas e religiosas, aumentadas pelos efeitos do álcool.




Os gregos antigos chamavam o hidromel de Ambrosia ou Nectar. Eles acreditavam que esta era a bebida dos deuses, que caía dos céus como orvalho e era recolhida pelas abelhas. O Hidromel teria propriedades mágicas e prolongaria a vida, além de conferir saúde, força, virilidade, poderes recreativos, humor e poesia a quem bebesse. Os celtas acreditavam que um rio de Hidromel atravessava o paraíso, enquanto os anglo-saxões consideravam o Hidromel como a bebida que daria imortalidade, poesia e conhecimento. 

Dizem as lendas que o t’ej, Hidromel típico da região da Etiópia, teria sido a bebida preferida da rainha Sheba e do rei Salomão. O Enuma Elish, um mito de criação babilônico, menciona o Hidromel como sendo a bebida dos deuses. Os mouros serviam Hidromel em casamentos, e acreditavam que a bebida fosse um “estimulante de amor”. Os maias fabricavam um tipo de Hidromel chamado balache, de flores de campainha e casca da árvore balache. Dizia-se que quem bebia deste Hidromel recebia poderes dos deuses que lhes permitiam ter visões.

Mas são os povos escandinavos que possuem mais histórias sobre o Hidromel. A bebida é mencionada diversas vezes no clássico Beowulf, além de estar associada à cultura viking. É dito que Odin não consumia nada além de Hidromel, que para ele seria comida e bebida. Em Valhalla, o paraíso nórdico, os heróis teriam um banquete de carne de javali que se renovaria toda noite, e receberiam um suprimento abundante de Hidromel de Heidrum. A mitologia nórdica também fala de Kvasir, um sábio morto por dois anões, que ao misturarem seu sangue ao mel criaram o Hidromel da poesia. Este Hidromel daria sabedoria e a habilidade poética a quem o bebesse.




 Dois fatores contribuíram para o declínio na produção do Hidromel. O primeiro foi a descoberta da fermentação da uva, mais fácil e barata. Assim, o vinho tomou o lugar do Hidromel em todos os lugares onde esta fruta podia ser facilmente cultivada. O segundo foi a urbanização, que fez com que o preço do mel subisse. 

Com a introdução da cana como um meio mais barato de conseguir açúcar, a produção de mel caiu drasticamente. A fabricação do Hidromel foi mantida principalmente em monastérios, que precisavam das abelhas por causa de sua cera, usada para a fabricação de velas. O mel que sobrava era fermentado, e a bebida era aproveitada pelos monges nos seus momentos mais seculares.

Hoje em dia, o Hidromel se faz presente no nosso cotidiano com a expressão “lua-de-mel”. A origem deste termo está na tradição antiga de dar aos recém casados Hidromel o suficiente para durar uma lua, equivalente a um mês, que era o período em que iriam se recolher presumidamente para criar um herdeiro de seu nome. O pagamento do fabricante de Hidromel costumava até mesmo ser mais alto, dependendo da rapidez com que a mulher engravidava.

Existem diversas variações de Hidromel. Algumas destas variações são o melomel, hidromel com adição de frutas; metheglin, hidromel com adição de ervas e/ou especiarias; e o capsicumel, hidromel com adição de pimenta.

Fonte: http://avalonhidromeis.com.br
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