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quarta-feira, 30 de abril de 2014

A Lenda da Cerejeira



Segundo a lenda, vivia há muitos anos em Iyo um samurai muito velho; tão velho que já nem tinha família nem amigos vivos.

 O único ser a que ainda podia dedicar o seu amor era uma velha cerejeira que os seus antepassados tinham plantado e à sombra da qual o velho samurai tinha brincado enquanto criança. 

A mesma árvora em cujos ramos os membros da sua família tinham pendurado, durante gerações e gerações, pequenos pedaços de papel onde haviam escrito belos poemas de louvor à velha árvore. 




Mas um dia, ó tristeza, a velha cerejeira começou a definhar e depois morreu. Os vizinhos do samurai vieram plantar uma nova cerejeira, mas para o velho samurai a morte da árvora era um sinal de que a sua vida também estava a chegar ao fim.

Então, dirigiu-se à cerejeira cujo tronco ainda se erguia altaneiro no meio do jardim familiar e fez um último desejo: a cerejeira deveria florir ainda uma última vez. E o velho samurai prometeu que se o seu desejo fosse realizado, esse seria o momento para ele próprio morrer também.



A velha cerejeira voltou a dar flor, embora fosse Inverno, e ali mesmo sob os seus ramos o velho samurai cometeu harakiri. 

O sangue ensopou o chão e chegou às raízes da velha cerejeira, e ela floriu uma vez mais.
Segundo ainda a lenda, desde esse dia a velha cerejeira dá flor todos os anos pelo aniversário da morte do samurai. Dizem que é no sexto dia do primeiro mês do ano, bem mesmo no coração do Inverno.

Havia uma cerejeira no jardim da antiga casa dos meus pais que dava tanto fruto que tínhamos de pôr suportes para aguentar com o peso dos ramos. Pergunto-me se a árvore ainda existe...

© Dulce Rodrigues
Fonte: dulcerodrigues.info

A Estrada de Damasco



A Nossa Estrada de Damasco

por Claudia Gelernter - claudiagelernter@uol.com.br

Dentre as muitas histórias envolvendo a saga dos primeiros cristãos, existe uma que particularmente toca meu coração.

Trata-se da história de vida e lutas do conhecido Paulo de Tarso - o "São Paulo", na concepção dos católicos.

Conta-se, sob a narrativa do Espírito Emmanuel, através das mãos seguras de Chico Xavier, no romance histórico Paulo e Estevão, que o então Saulo, filho de um romano e de uma judia, nasceu ha 2000 anos, na cidade de Tarso, sob o teto de uma família de posses que, preocupando-se sobremaneira com a formação religiosa de seu rebento, logo que possível o enviou aos estudos religiosos. O pequeno Saulo estava destinado à carreira de rabino e freqüentou a escola anexa à sinagoga, onde aprendeu a síntese da Lei Mosaica, desenvolvendo profundo amor às tradições, baseadas na Torá.

Tornou-se um fariseu fervoroso, defensor da Lei e dos costumes de seu povo.

Naquela época, Jesus fora condenado à cruz e ao mesmo tempo nascia, das sementes amorosas espalhadas pelo Mestre, os primeiros movimentos do cristianismo primitivo.
Quando Jesus partiu para a Pátria Espiritual, após a crucificação de seu corpo, Saulo viu-se com um grande problema a ser resolvido: extinguir aquela seita que surgia, promovedora de perturbações - ameaça à pureza judaica. Como aceitar um messias, filho de humilde carpinteiro, que convivia com cobradores de impostos e prostitutas? Como acatar aquelas idéias perturbadoras que conclamavam o amor aos inimigos? Tomado por idéias aquecidas pelo fogo de sua fé cega, passou a perseguir cristãos, como se estes fossem seus inimigos. Sob a pressão de suas convicções e o apoio de seus pares, mandava apedrejar indivíduos que se negavam a abjurar seu Mestre. Foi assim que, dentre outros, condenou Estevão à morte por lapidação: um homem de profunda sabedoria, que foi conduzido ao apedrejamento carregando espantosa paz íntima.

A cada dia ainda mais rígido, mais dogmático, decide perseguir o cristão Ananias, na cidade de Damasco, que ali trabalhava pregando o Evangelho. Saulo, acompanhado por alguns companheiros, toma o rumo da capital Síria. Parte de Jerusalém, com o coração contraído pelas lembranças difíceis dos últimos tempos. Forte angustia assomara seu espírito. ‘Qual a força misteriosa que move os cristãos, que os faz tão serenos, apesar de nossas buscas? ‘Como conseguem esta paz, diante de tantas provas?

Saulo seguia pela estrada, como muitos de nós nos tempos atuais que, embora fortalecidos pela fé em um Ser Superior, em alguns momentos da existência,  perdemos o "rumo".

 



* * *

Todos fomos criados com uma espécie de chip de perfectibilidade,  com o objetivo maior de chegarmos ao nivel dos Espiritos Puros, e a rota segura para atingirmos este alvo nos chega através das revelações divinas, trazidas pela Espiritualidade ao longo da história humana. Quando derrapamos no caminho, nosso alarme interno soa em forma de dor física ou moral - ou ambas. É como se a angustia fizesse morada em nosso coração [e em alguns momentos sem motivo aparente].

Era o que acontecia com Saulo naqueles tempos. Desejava ardentemente servir a Deus, mas se distanciava de seu objetivo quando perseguia seus irmãos do caminho.

Angustiado, tomou a estrada de Damasco.

Aqui cabe uma pergunta: - Quantos de nós ainda permanecemos na Jerusalém da ilusão material, sem nos incomodarmos com os desvios do caminho? Quantos nos mantemos desconectados de nosso mundo íntimo, por pura comodidade, preguiça, negligenciando aquilo de que realmente precisamos?




 

* * *
 

Saulo, angustiado, seguiu pela árida estrada quando, às portas de Damasco, e,  no auge de seus questionamentos íntimos, viu Jesus à sua frente. A visão era tão bela, tão forte que não conseguiu manter-se sob o cavalo, caindo no chão.

- Saulo!... Saulo!... por que me persegues? Perguntou o Mestre.
O rabino, atônito, sem forças para responder a dolorosa pergunta, questiona:
- Quem sois vós, Senhor?- Eu sou Jesus!...
Então, o poderoso fariseu curvou-se ao solo, aos prantos. Compreendeu a verdade naquele momento. Estêvão estava certo. Os cristãos estavam certos.
De sua conversão instantânea surge, então, apenas uma última pergunta:
- Senhor, o que quer que eu faça?

Nada de desculpas, nada de pedidos e dúvidas. Ele estava ali, pronto para seguir o chamado. Foi como se, de repente, diante de seu Espírito desorientado, aparecesse o roteiro preciso. Eis que a fé tomou, então,  o rumo certo.  Jesus lhe pede que vá para Damasco e que aguarde novas instruções.
 
Saulo, logo após perceber a figura materializada do Mestre, fica cego. Mas isso não lhe impede de ir ao encontro de seu destino, em Damasco. Fechara-se a luz para os olhos do corpo, porém, uma nova luz começava a ser percebida pelos olhos do Espírito.
Seguiu para a cidade e, estando em uma hospedaria, recebeu Ananias, [o mesmo homem que antes perseguia] que, num instante repleto de simbolismo, estendeu as mãos sobre suas vistas, devolvendo ao novo homem, agora lúcido do Espírito, a visão do corpo.

Creio que trilhar a nossa estrada de Damasco é, entre outras coisas, encontrar-se com a fé, com o retorno aos propósitos maiores de nossa existência. É fechar os olhos do corpo para abrir os olhos do Espírito - o voltar-se para dentro de si, fechando-se para os apelos materiais.
É, ainda, e sobretudo, conversar com a dor, com a luz, consigo mesmo, para, então, buscando entender as mensagens que nos chegam, retomar os passos, seguindo adiante, com outras disposições.

Desejo sinceramente que você encontre sua estrada de Damasco e que, estando nela, encontre a paz. E que, estando em paz, possa ser fonte de bênçãos para todos aqueles que cruzarem teu caminho, servindo de exemplo para os viajantes momentaneamente perdidos. 


Fonte: http://somostodosum.ig.com.br

Graças a Deus



Sozinho. No velho “Sítio da Quitéria”, que herdara dos avós, Anselmo Pires, apesar da movimentação dos empregados, sentia-se sozinho.

Desde que a morte lhe arrebatara Antônia, a companheira de muitos anos, estava espiritualmente só na casa grande.

A princípio adoecera. Acamado, pedia que lhe dessem veneno. Queria desertar da existência, abandonar o mundo...

Amigos, porem, chegaram generosos e providenciais. E o velho Pires foi conduzido a um templo espírita, à procura de socorro moral. Embora desarvorado, começou a ouvir as interpretações do Evangelho, em novo sentido, e começou a melhorar. As palavras de fé e amor que escutava, atento, penetravam-no como bálsamo santo. Os livros espíritas, desempenhando o papel de conselheiros silenciosos, imprimiram-lhe novo rumo às meditações. A prece, no ambiente dos companheiros, parecia-lhe agora alimento insubstituível.

E, certa noite, ao pé dos irmãos de fé, sobreviera a grande surpresa. Desabrochou-lhe de súbita a clarividência. Viu Antônia, rediviva, ao seu lado... Chorando, ouvia-a pronunciar as antigas frases de carinho e confiança, a pedir-lhe mais ampla renovação. Desde essa hora, a existência de Pires mudara completamente.

Estava sozinhos mas desfrutando alegria misteriosa.

Não acreditava apenas. Sabia, tinha certeza. Reencontraria a esposa abnegada e inesquecível num mundo melhor. E, por isso, já não era somente o arrendatário das terras que possuía. Fizera-se, de todos os meeiros e assalariados, o amigo e o benfeitor. Reformara os próprios hábitos. Dispunha de horário para visitar os doentes e tinha tempo para conversar com os meninos esfarrapados da vizinhança, fosse para solucionar-lhes as necessidades ou para guiá-los no aproveitamento da escola.

Com a vida transformada, surgira, no entanto, um problema.

Anselmo fora caçador inveterado e possuía vasta coleção de espingardas e lâminas, revólveres e chuços, tudo em madeira primorosamente trabalhada. Verdadeira sala de armas. Amigos, de passagem, visitavam-lhe a coleção, como quem surpreendia valioso setor de museu.

O acervo de preciosidades era avaliado em seiscentos mil cruzeiros, incluindo duas telas notáveis pela, precisão dos traços e das cores, em que se viam grandes cães estraçalhando coelhos inermes.

Anselmo envergonhava-se, agora, de reter semelhante material.

Ele que ensinava, atualmente, princípios de compaixão e caridade, não sentia satisfação em contemplar aquilo. Com o desapontamento de quem pedia perdão à Natureza, recordava o tempo em que se punha a perseguir codornizes e pacas e a experimentar o gatilho em pombos e nhambus assustados.

Nesse dia, parara por muito tempo no paiol velho, a que mandara recolher, descontente consigo próprio, dois grandes alambiques em que fazia a destilação de aguardente.

Ora, ora! Ele, espírita, como incentivar o alcoolismo? Alambiques, no engenho, agora, não tinham razão de ser. Desparafusou as máquinas e colocou-as no galpão de bugigangas.

Em seguida, num ato de bravura moral para consigo mesmo, transferiu para o antigo paiol todas as armas de que se ufanara tanto tempo! Espingardas de suas costumeiras excursões à região do Araguaia, armas que haviam pertencido ao Conde dEu, armas que haviam sido usadas pelo bisavô, em terras do Paraguai, armas que o sogro lhe deixara em recordação de afanosas caçadas ao javali em Mato Grosso... Juntou-as aos dois grandes painéis que lembravam pobres coelhos expondo vísceras sangrentas e comunicou à governanta que a sala de armas teria outro destino...

A seguir, Anselmo pensou, pensou...

Como desvencilhar-se de semelhantes apetrechos? Não mais fabricaria aguardente, não mais caçaria animais indefesos...

Entretanto, o material representava significativa fortuna.

Vendido, resultaria em patrimônio importante para qualquer instituição de beneficência ou conseguiria ajudar a independência econômica de qualquer dos abnegados companheiros de serviço que o cercavam. Mas seria justo – refletiu – entregar aos outros o que se fizera prejudicial a ele mesmo?

 



Dois dias passaram, sem que a solução lhe viesse à pergunta íntima.

Orou, pedindo a inspiração do Alto; contudo, mesmo assim, a idéia-chave não lhe surgiu à cabeça.

Em razão disso, intrigado, resolveu ir à cidade próxima, onde consultaria um benfeitor espiritual, através de um médium amigo. Expor-lhe-ia o caso. No entanto, o instrumento a que recorreria estava ausente. Pires visitou esse e aquele amigo. Trouxe a questão à baila. Mas nenhum deles, após ouvi-la, emitiu opinião em caráter definitivo. Tudo incerto.

É muito dinheiro, quase um milhão...

A resposta vinha reticencioso, de quase todos.

Pires, desalentado, tomou a charrete para a volta e outro assunto não lhe vinha ao pensamento que não fosse o montão de coisas indesejáveis a esperar-lhe a decisão.

Quase ao chegar a casa, porém, não somente avistou o bambual novo a dançar ao vento, como grande parada de bailarinos, mas também o Zé Guindo, antigo servidor da fazenda, montando o alazão de serviço, em plena disparada ao encontro dele mesmo.

– Que teria acontecido?

Mas o inquieto sitiante não teve muito tempo na indagação, porque o Zé, acercando-se do veículo, disse logo:

– “Seu” Anselmo, venha depressa! Depressa!

– Que há, homem de Deus?

– Incêndio no paiol! As crianças começaram a brincar perto e o fogo está lavrando...

– Que paiol?

– O paiol onde o senhor guardou os alambiques...

Foi então que Anselmo, como se alijasse pesada carga, iluminou o semblante de alegria que, a entremostrar-se num sorriso, estourou numa risada franca.

– Que há, patrão? – gritou o moço, aflito.

Anselmo, porém, respondeu alegremente:

– Graças a Deus, Graças a Deus!

Pires encontrara a solução ao problema que tanto o acabrunhava, mas o empregado guardava a convicção de que o velho patrão estava caduco...




pelo Espírito Hilário Silva - Do livro: Almas em Desfile, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Fonte:Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

Acesse o nosso site: www.caminhosluz.com.br
 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ares,o deus da guerra




As crônicas não referem nenhum detalhe maravilhoso ou extravagante a respeito da concepção ou do nascimento do velho Ares grego, senão que era filho de Zeus e Hera. 
Uma versão apócrifa, entretanto, pouquíssima referida, diz que Hera concebeu o turbulento deus de um contato que teve com uma flor cultivada nos campos de Oleno, na Acaia. Flora, a deusa da vegetação, teria sido a inspiradora da terna idéia. 
Mas como conciliar esta concepção lírica e bucólica, em meio aos pássaros e as flores, com o caráter rude deste deus brutal e sanguinário? Quanto ao aspecto físico, todos são unânimes em atribuir a Ares um belo porte marcial, e de ostentar em seu peito uma soberba e reluzente armadura. E afora isto pouco mais de bom há para ser dito a seu respeito.
O fato é que nenhum de seus pares de imortalidade parecia lhe devotar a menor simpatia, nem mesmo seu suposto pai, Zeus, que Ihe teria dito: “Não me venha com seus choramingos, ó inconstante! É para mim o mais detestável dos deuses que habitam o Olimpo, pois ama unicamente a discórdia. a guerra e os combates. 


Tem o espírito intratável e teimoso de sua mãe, Hera, que sé a custo consigo reprimir com palavras. (... ) Se fosse filho de qualquer outro deus, já há muito teria sido rebaixado entre os filhos do céu!” (Ilíada. canto V). Apenas a bela Afrodite, deusa do amor, nutria uma afeição por ele — desconcertante paradoxo.
Ares, pois, na condição de deus da guerra. Anda sempre na companhia de seus dois filhos de tremenda figura, o Medo e o Terror. Quando seu carro ardente surge, precedido por estes pavorosos arautos, anunciando que a fúria das batalhas está prestes a se desencadear, poucos, com efeito, podem reprimir um espasmo de medo e terror. 
A Discórdia, com cabelos de serpentes que estão sempre a verter incessantemente uma baba infecta, vai um pouco mais adiante, espalhando a intriga e a calúnia. Porque tal é a sua vocação: onde houver dois interesses minimamente contrapostos, é sua obrigação torná-los irreconciliáveis.
 Se adiante vai esse perverso conjunto de arautos, fechando o cortejo estão aquelas que recebem o espantoso apelido de “cadelas de Hades”. São as Queres, deusas sanguinárias, antecessoras dos nossos modernos vampiros, que mergulham sobre as vítimas abatidas para dilacerar suas carnes e beber seu sangue, arrastando-as depois para a morada das sombras. Tais são as agradáveis companhias de que desfruta o belicoso deus. 


Paradoxalmente. As histórias das derrotas sofridas por Ares são muito mais abundantes do que os relatos de suas vitórias. O pior dos seus fracassos seria quando Ares viu-se aprisionado durante treze meses dentro de uma jarra de bronze por causa de uma afronta feita aos dois gigantes Aloídas. Durante a Guerra de Tróia, também não se saiu melhor com Diomedes, guerreiro aqueu, que o feriu com uma lança, dirigida pela mão de Atena — talvez o maior dos desafetos que Ares encontrou pela frente. 
Quando se retirou a lança, contudo, Ares não se portou com tanta bravura quanto se poderia esperar, pois lançou aos céus um grito tão alto quanto o de “nove ou dez mil guerreiros”, conforme Homero. 
Compreende-se, contudo, o motivo dessa divina rixa: é que Atena, irmã de Ares e deusa também associada a guerra, representa a tática e a diplomacia, apelando sempre ao instinto nobre do guerreiro, enquanto que seu tresloucado irmão representa unicamente o aspecto sanguinário das contendas, apreciando, simplesmente, a morte pela morte.
Essa rixa culminou com um enfrentamento de ambos, ainda diante das muralhas da disputada Tróia: Ares lançou um dardo contra a irmã, que se desviou dele com facilidade, remetendo em seguida uma pedra sobre o pescoço do agressor que o deixou estendido ao solo, sem sentidos. Como se isto não bastasse, ainda teve de escutar os deboches que Atena vencedora lhe lançou. 


Mas seus fracassos pessoais não acabam aqui: sua coragem naufragou, também, quando, por duas vezes, teve de fugir vergonhosamente da fúria do invencível Héracles; depois, ao pretender vingar a morte da amazona Pentesiléia, morta por Aquiles, recebeu na cabeça o raio irado do próprio pai, Zeus. Esse é Ares, deus menor e privado de qualquer virtude, que só foi verdadeiramente cultuado com fervor pelos romanos.
Mas como esta cruel divindade pôde inspirar amor a Afrodite e dar a ela um filho como Eros? (em algumas versões); Talvez porque sendo o amor também uma batalha, com todos os lances e estratégias de uma guerra, fosse natural que dois deuses tão opostos acabassem por se sentir inevitavelmente atraídos o fato de que, mesmo no amor, o atrapalhado deus não se saiu tão bem quanto esperava, pois apesar de ter conseguido render a sua amada Afrodite, teve que passar pelo dissabor de ser flagrado em pleno leito pelo marido desta, o não menos truculento Hefesto, deus das forjas.
 Aprisionados ambos numa rede indestrutível, confeccionada pelo próprio Hefesto, Ares ardoroso e Afrodite infiel foram expostos a execração pública, diante de todos os deuses do Olimpo.

O Oricalco




O Oricalco é um tipo de metal que teria sido usado em Atlântida, citado em “Crítias”, de Platão. De acordo com Crítias, o oricalco era considerado muito valioso, depois apenas do ouro. Teria sido achado e explorado em muitos lugares da Atlântida em tempos remotos.

 Na época de Crítias no entanto, só era conhecido por nome. Não se sabe ao certo o que era o oricalco. Traduzindo do grego Ορείχαλκος (de όρος, oros que é montanha e χαλκός, chalkos , que é cobre ou bronze), a tradução literal seria “cobre da montanha” ou “metal da montanha”.




É desconhecida também a composição desse metal. Pode ser uma liga de ouro/cobre, cobre/estanho, ou cobre/zinco/latão, ou metal desconhecido.

De acordo com Crítias, as paredes do Templo de Poseidon e Clito (localizado no centro da Atlântida) eram feitas de oricalco, assim como alguns pilares.


 Levando-se em conta interpretações mais plausíveis e racionais acerca da existência ou não de Atlântida, duas hipóteses mostram-se razoáveis: uma é pressupor que a citação do Oricalco é uma referência à prata vinda das minas de Láurion, assim como a própria Atlântida tratar-se-ia de uma alegoria ao estado político de Atenas nos tempos de Platão. 




Outra interpretação diz respeito à Revolução do Bronze ocorrida na suméria, no quarto milênio a.C.

 O bronze é obtido com a mistura de cobre e estanho, como o estanho era de difícil obtenção e localização, até agora não se sabe, ao certo, como se deu a revolução da Era do Bronze na Suméria. 

A tradução da palavra titicaca, segundo Zecharia Sitchin, é ‘montanha de estanho’. Ele sugere que nos Andes havia minas de estanho para, junto com o cobre, fabricar o bronze usado pelos antigos sumérios.

Fonte: espiritualidadefeminina.com.br

A Reencarnação pelo mundo



Ian Stevenson - O caçador de vidas passadas

Onde estão as pessoas que acreditam em reencarnação hoje em dia? O quadro a seguir, baseado em texto de Jim Tucker (o pesquisador que tem dado seqüência ao trabalho de Ian Stevenson na Universidade de Virgínia), fornece uma panorâmica a respeito dessas comunidades e das principais semelhanças e diferenças que seus conceitos de reencarnação apresentam.




HINDUÍSMO

Para os hinduístas, a alma é imortal. Após a morte, passa um tempo variável em outro plano de existência e depois retorna, associada a outro corpo. As condições nas quais o ser humano nasce são derivadas de seu carma, ou o resultado de sua conduta nas suas vidas anteriores. Por isso, é possível reencarnar como vegetal ou animal, ou com sexo diferente do experimentado na encarnação anterior.

A vida na Terra é considerada indesejável, e para não voltar a este plano o ser deve seguir determinados preceitos religiosos. Quando atinge o grau evolutivo em que suas ações só resultam em conseqüências positivas, a pessoa interrompe o ciclo de renascimentos e se une em definitivo ao mundo espiritual (nirvana).

BUDISMO

O conceito de reencarnação budista é derivado do hinduísmo, com algumas diferenças. O budismo theravada (mais comum no sul da Ásia) propõe a doutrina de anatta, pela qual a morte encerra a existência de um ser, mas serve de base para o nascimento de um outro, primeiramente em um plano não-material e depois no reino terrestre. A lei de ação e reação ou carma também interfere nesse ciclo, motivo pelo qual os budistas preferem falar em renascimento, em vez de reencarnação.

As vidas podem se suceder por vastos períodos de tempo, e nelas também pode haver nascimento com troca de sexo ou em forma não-humana (inclusive como deuses, que para Buda têm existência transitória). A ruptura desse ciclo e a conseqüente chegada ao nirvana só vêm quando todos os vícios são dominados.




XIISMO MUÇULMANO

Alguns grupos de muçulmanos da Ásia ocidental, como os drusos (Líbano) e os alevis (Turquia), adotam um conceito de reencarnação que não envolve carma nem a possibilidade de renascimento como um ser do outro sexo. Para essas correntes, Deus estabelece que as almas viverão uma série de existências em circunstâncias diversas, as quais não têm relação de causa e efeito entre si.

No dia do Julgamento Final, Deus analisará as ações realizadas nessas diferentes encarnações e destinará então o indivíduo para o céu ou para o inferno. Para os drusos, não há um estado intermediário entre uma vida e outra. A reencarnação ocorre logo depois da morte do corpo anterior, e sempre no seio da comunidade drusa. Os alevis aceitam a possibilidade de o indivíduo reencarnar em forma não-humana.


JUDAÍSMO E CRISTIANISMO

A reencarnação não é aceita nas correntes majoritárias judaicas e cristãs. Mas a cabala (conjunto de ensinamentos baseados na interpretação esotérica dos textos sagrados hebraicos) abrange esse conceito, partilhado pelos judeus hassídicos. Seitas cristãs primitivas, como os gnósticos, também adotavam a idéia de reencarnação, baseadas em passagens dos Evangelhos de Mateus e de Marcos, nos quais Jesus diria que João Batista era a reencarnação do profeta Elias e no trecho do Evangelho de João em que Jesus conversa com Nicodemos sobre a necessidade de "nascer de novo". Banida do cristianismo no Concílio de Constantinopla, em 553 d.C., a reencarnação só voltaria aos domínios cristãos pelo espiritismo, no século 19.

ESPIRITISMO

Essa corrente nascida no século 19 mostra forte influência oriental e da filosofia grega em seu conceito de reencarnação. Também aqui a alma é imortal e faz sua jornada da ignorância à perfeição espiritual por meio de inúmeras vidas no plano material. A reencarnação não é necessariamente imediata. 

Há um período entre vidas, denominado intermissão, com duração variável. As condições da existência atual são explicadas pelo carma produzido em vidas anteriores. Uma vez atingido o estágio humano, não se volta mais à matéria como animal ou como qualquer outra forma não-humana. A troca de sexos, porém, é possível.





ÁFRICA OCIDENTAL

Vários povos do oeste da África acreditam em reencarnação e, ao contrário dos hindus e budistas, consideram que a vida na matéria é preferível àquela em outro plano de existência. Para eles, os indivíduos geralmente renascem na mesma família e suas almas podem se dividir simultaneamente em vários seres que renascem. 

Muitos desses povos adotam a idéia de "crianças repetidoras", pela qual uma alma perturbaria uma família reencarnando e morrendo sempre como um bebê ou uma criança pequena. Alguns desses grupos aceitam a idéia de reencarnações não-humanas.

ÍNDIOS NORTE-AMERICANOS E INUITS

Os inuits (antes chamados de esquimós) e outras tribos norteamericanas situadas no norte e no noroeste do continente também adotam a reencarnação, embora haja numerosas diferenças de crença entre esses povos. Alguns, por exemplo, aceitam a mudança de sexo. Outros, as reencarnações em forma não-humana. 

Um terceiro grupo, tal como os africanos ocidentais, acredita que a mesma alma pode reencarnar simultaneamente em diversos corpos. Muitos não consideram que todos os indivíduos têm de renascer. Nesse sentido, sua atenção está mais voltada para pessoas que têm morte prematura, como crianças que renascem na mesma família ou guerreiros que reencarnam com marcas de nascença associadas a seus ferimentos.


Fonte: http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/grandes-reportagens-planeta/a-reencarnacao-no-mundo

Auto aplicação do Reiki





Reiki é uma técnica de cura pelo qual o praticante sente a energia bloqueada (Chi) no organismo e promove a circulação de Chi pelos chakras, ou centros de energia.

 Para praticar Reiki em outros com auto-confiança, é aconselhável primeiramente praticar em si mesmo.

 Além de melhorar suas habilidades no Reiki, o auto-Reiki traz o benefício de equilibrar seus próprios chakras e harmonizar a sua saúde física, emocional e espiritual.




Instruções:


    Aplicando auto-Reiki

  1. Comece com os olhos bem fechados e medite. Você deve executar Reiki com atenção e clareza. Limpe seus pensamentos e foque sua atenção na área entre as sobrancelhas. Sentado confortavelmente, inspire suavemente pela boca, pare por um instante e solte a respiração pelo nariz. Ao expirar, sorria e tenha consciência de que você está centrado no momento presente, onde toda a cura ocorre. Continue o processo durante 15 a 20 minutos. Quando os pensamentos aleatórios ocorrerem, permita que eles vêm e vão, mas volte a atenção para sua respiração.

  2. Estimule o seu Chakra Coronário, o da glândula pineal, o governador de seu cérebro superior e do olho direito. Deite-se de costas. Delicadamente, aproxime as pontas dos dedos, com cada polegar descansando ao lado de cada indicador, repouse as mãos nos lados de sua cabeça. Seus dedos devem tocar no meio da parte superior de sua cabeça. A parte inferior da palma de suas mãos deverão descansar em suas maçãs do rosto. Descanse, até você sentir que é hora de mudar de posição.

  3. Ative o Chakra Frontal e a glândula pituitária. Isso vai estimular o cérebro inferior, olho esquerdo, ouvidos, nariz e sistema nervoso central. Coloque suas mãos sobre o rosto, os dedos em sua testa. Não bloqueie o nariz, você quer respirar facilmente.

  4. Passe para o Chakra da Laríngeo, colocando as mãos em torno de sua garganta, com a parte inferior de suas palmas no meio e dedos voltados para trás no pescoço. Esse trata da glândula tireoide, seus pulmões e tubo digestivo.

  5. Descanse as mãos sobre o plexo solar, dedos mal tocando no meio para estimular o Chi no Chakra do Plexo Solar. Você está gerando fluxo de energia para o seu plexo solar e pâncreas, o que promove a saúde em seu estômago, sistema nervoso, vesícula biliar e fígado.

  6. Mova suavemente para baixo, para acima de sua cintura, coloque suas mãos com os dedos descansando sobre cada lado do seu umbigo. Essa é a área do Chacra Sacral, a fonte de energia para o sistema reprodutivo do seu corpo.


  7. Estimule o Chi no Chakra da Base e crie vitalidade. Descanse as mãos, os dedos apontando em ângulos em direção a sua virilha. Esta posição afeta as glândulas supra-renais, rins e coluna vertebral.




    Fonte: ehow.com.br

Adolfo Bezerra de Menezes foi um dos mais importantes líderes que o movimento espírita já conheceu. Dotado de uma cultura invulgar e de uma oratória arrebatadora, curiosamente o traço mais marcante de sua personalidade foi a dedicação apostólica na tarefa de minorar o sofrimento humano, sendo por esse motivo cognominado o ?médico dos pobres?. A bibliografia espírita a respeito de Bezerra de Menezes nos trouxe, até agora, além da própria biografia terrena do insigne ?Kardec brasileiro?, o conhecimento de fatos ocorridos no mundo espiritual pouco anteriores ao seu nascimento ? como é o caso da bela narrativa de Humberto de Campos, em Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho, em que Ismael convoca o antigo discípulo do Cristo para a missão em terras brasileiras ? e posteriores à sua desencarnação ? como o convite que nos narra Ramiro Gama, em Lindos casos de Bezerra de Menezes, tendo Chico Xavier como fonte de informação, feito por Maria, a mãe de Jesus, a que ele ascendesse a novos e mais altos planos, convite que, como sabemos, foi recusado a fim de que Bezerra pudesse continuar a auxilar a humanidade ainda tão persistente no erro. O 13º Apóstolo é uma biografia inteiramente diferente, pois narra, pela primeira vez, as vidas anteriores de Bezerra de Menezes, encarnações em que assumiu tarefas sempre ligadas à divulgação da mensagem do Cristo entre os homens. Zaqueu, Matias, Quinto Varro, Quinto Celso e Parmênio são diversos dos nomes da mesma individualidade que mais tarde iria se chamar Bezerra de Menezes.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Willian Blake,o poeta



Quase cem anos antes da chegada da codificação, o poeta considerado louco dizia escrever inspirado "pelos que já vivem no plano espiritual"
 
William Blake foi genial em sua produção artística como poeta, ilustrador e pintor. Londrino, nascido em 1757, foi também um grande pensador que chegou a ser considerado louco pela sociedade por causa de suas declarações polêmicas que rejeitavam a moral da época, a "igreja institucionalizada".

Foi considerado por muitos críticos como o maior poeta inglês e um dos pensadores mais originais de todos os tempos.

A controvérsia em torno da obra de Blake que oscilava entre a loucura e a genialidade, para a crítica, pode ser resumida nas palavras do poeta William Wordsworth: "não há qualquer dúvida de que este pobre homem é um louco; mas há algo em sua loucura que me interessa mais do que a sanidade de Lord Byron e Walter Scott."






Começou a estudar desenho aos 14 anos e aos 12 a escrever poesias, desenvolvendo o hábito de ilustrá-las. Criou, posteriormente, um método inédito chamado illuminated printing (impressão iluminada), no qual utilizava uma matriz de cobre para imprimir o texto e os desenhos na mesma página.

Em seus trabalhos encontramos uma mistura de visões apocalípticas com fervor político, releituras da teologia cristã e explorações psicológicas.

Muito profundamente envolvido com a questão religiosa, projetou conceitos e valores que o perturbavam, em sua produção repleta de simbologia. Acreditava que havia novos princípios a extraírem-se da sociedade, diferentes dos, então, institucionalizados.

Para ele, o princípio que deveria regular o mundo era a razão, o que o aproximava de conceitos de uma religião que ainda não havia sido decodificada: o Espiritismo.

O poeta não compreendido, em seu tempo, mas que tem obras apreciadas universalmente, teve uma sensibilidade mediúnica influente em sua arte. Ele próprio chegou afirmar ter escrito suas poesias "sob a direção do Espírito Milton", como declarou, "que todas as" suas "obras foram inspiradas pelos que já vivem no plano espiritual".

Na verdade, Blake tinha visões que relatava desde os 8 anos, como a de uma árvore decorada com anjos em todos os galhos como estrelas. Em outro momento, viu figuras angelicais andarem por meio de trabalhadores.




Um exemplo das influências mediúnicas em Blake foi revelado na obra As Forças do Paraíso em que o artista utilizou uma técnica desconhecida de pintura que afirmava haver-lhe sido revelada pelo espírito de seu irmão, Robert, que morreu de tuberculose com apenas 20 anos. Com essa perda, Blake ficou muito perturbado e alguns estudiosos declaram que, nesse momento, a dor e o sofrimento o levaram à verdadeira iniciação espiritual.

Em carta a William Hayley, Blake escreveu: "Eu sei que nossos falecidos amigos estão mais realmente conosco do que quando aparentes no plano mortal. Há treze anos eu perdi um irmão e com ele eu converso diariamente e a toda hora, em espírito. (...). Eu ouço seus conselhos e, até mesmo neste momento, escrevo sob seu ditado."

Dentre suas obras mais expressivas estão The Book of Thel , Songs of Innocence, The Marriage of Heaven and Hell, The French Revolution, America: A Prophecy, The Book of Urizen e The Songs of Experience. 

"Ver um mundo em um grão de areia
e um céu numa flor silvestre,
segurar o infinito na palma da mão
e a eternidade em uma hora"  William Blake
Mariana Sartor 
Jornal Correio Fraterno n.416 – julho/ agosto de 2007, pág.10. 

As Nove Cidades Submersas mais Incríveis do Mundo



Nenhum grande cidade pode existir para sempre. Eventualmente, elas podem cair. Algumas devido à guerra, outras o desastre. Mas as mais pungentes cidades em ruínas são aquelas que foram varridas para debaixo do oceano. Aqui estão algumas das mais belas cidades submersas do mundo. 

Alexandria, Egito, fundada por Alexandre, o Grande, em 331 aC 

Algumas das seções mais interessantes da magnífica cidade, incluindo o Palácio de Cleópatra na Ilha de Antirhodos, ficaram submersas por maremotos e terremotos mais de 1200 anos atrás. 


Heracleion (também conhecida como Thonis), no Egito, fundada no século 8 aC 

Esta ruína foi descoberta em 2000 pela Equipe IEASM (Institut Européen d'Arqueologia Sous-Marine). Antes da fundação de Alexandria, era o porto mais importante do Egito. E foi afundado no século 8. 







Canopus, na periferia leste de Alexandria moderna 

Mencionada pela primeira vez no século 6 aC, Canopus era conhecida pelos santuários de Osíris e Serápis. 


Yonaguni: Místicas estruturas de pedra na costa do Japão, descobertas por um mergulhador local, em 1986 

Port Royal, na Jamaica, fundada em 1518 e destruída por um terremoto, um tsunami e incêndios em 1692 

Era um local popular para os corsários ingleses e holandeses gastarem seu tesouro no século 16, mas depois transformou-se em uma base para piratas. Um terramoto em 1692 liquidificou a areia, e muitos edifícios deslizaram na água ou simplesmente afundaram. 







Cidade de Baiae (também conhecida como Campania) 

Baiae foi saqueada por invasores muçulmanos no século 8, e foi totalmente abandonada por causa de uma epidemia de malária por volta de 1500. A maioria dos edifícios estão agora debaixo da água, devido à atividade vulcânica local


 Pavlopetri, Grécia 



A aldeia neolítica de Atlit-Yam, ao largo da costa de Atlit, em Israel 

Este sítio, que está entre 8 e 12 m abaixo do nível do mar, data de pelo menos 6900 -6300 aC. Existem algumas casas retangulares, poços e uma pedra semicular com sete megalitos. Dez sepultamentos foram descobertos, incluindo uma mulher e uma criança que foram os primeiros casos conhecidos de MTB (tuberculose). 


Shi Cheng, China 

A cidade foi inundada em 1959 para criar um lago artificial para o projeto da barragem do rio Xin. 290.000 pessoas foram deslocadas. Shi Cheng foi construída durante a dinastia Han Oriental (entre o ano 25 e 200). Nos séculos 7 e 8, este lugar era um centro cultural, econômico e político, mas agora ele se encontra a 27 m abaixo da superfície. 


 por Stark25, fonte: Misteriosdomundo

Fonte:gamevicio.com

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Meditação para dormir profundamente e aliviar a insônia

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A Epopeia de Gilgamesh




 A Epopeia de Gilgamesh, composta em doze cantos com cerca de 300 versos cada um, é provavelmente o mais antigo texto literário escrito pelo homem, redigido em sumério, por volta do fim do terceiro milénio antes de Cristo. A Epopeia de Gilgamesh, preservada em placas de argila, com caracteres cuneiformes, foi encontrada numas ruínas na Mesopotâmia, cerca de 1890, altura em que foi decifrada. 

Este poema foi traduzido em diversas línguas, como o hitita, hurrita e semítico-acadiana, sendo a tradução mais completa e conhecida (data do século VII a. C. ), com cerca de 3000 a 3500 versos, a que pertencia à biblioteca de Assurbanipal - o último grande rei do Império Assírio.

Gilgamesh, cujo nome significa "o velho que rejuvenesce", foi rei da Suméria e fundador da cidade de Uruk (antiga cidade que se situava a 270 Km a sul de Bagdade) por volta de 2700 a.C. Segundo a lenda, tinha dois terços de origem divina, dado que era filho da deusa Ninsun e do sacerdote Lugalbanda. 


Distinguiu-se dos demais chefes das cidades da Suméria pela coragem e sucesso nas suas iniciativas. Nascia assim uma lenda que o tornou no protagonista de muitas aventuras maravilhosas que estão na origem desta epopeia, que começa da seguinte maneira:

  "Quero ao país dar a conhecer aquele que tudo viu, que conheceu os mares, que soube todas as coisas, que analisou o conjunto de todos os mistérios, Gilgamesh, o sábio universal que conheceu todas as coisas: ele viu as coisas secretas, trouxe o que estava escondido, e transmitiu-nos o saber mais antigo que o Dilúvio" (Tábua I, 1-6).


 

Chamado "Aquele que descobriu a origem" ou "Aquele que viu tudo", Gilgamesh era tido como sensato, mas também como despótico, cuja luxúria desmedida o fazia tomar qualquer mulher que lhe agradasse, solteira ou casada. O povo, descontente com o seu comportamento, apelou à deusa Aruru para que criasse um homem que o derrotasse em combate, devolvendo a paz à cidade. 


 Aruru criou, a partir da lama, Enkidu que, criado no meio dos animais, se tornou tão temido que Gilgamesh resolveu enviar-lhe uma cortesã para seduzi-lo. Desprovido da sua inocência, Enkidu foi rejeitado pelos animais e convencido pela cortesã a acompanhá-la ao palácio de Gilgamesh. Entretanto o jovem rei tinha sido perturbado por um sonho no qual combatia um homem de grande força e invencível.

Preocupado, Gilgamesh pediu conselho à mãe, a deusa Ninsun, "a que possuía todo o conhecimento", que lhe disse que o sonho significava que Enkidu se tornaria o seu melhor amigo, o que de facto aconteceu. Quando Enkidu chegou ao palácio e após um combate em que não houve vitorioso, Gilgamesh recebeu-o com amizade e Enkidu tornou-se no seu companheiro inseparável em muitas aventuras e batalhas.

Quando os heróis voltaram para Uruk, a deusa Ishtar confessou o seu amor a Gilgamesh, mas este rejeitou-a, provocando a sua ira. Ishtar enviou-lhe o Touro do Céu para matá-lo e destruir a cidade, mas o monstro foi derrotado e morto por Enkidu. Vingativa, Ishtar fez com que Enkidu ficasse doente e morresse ao fim de doze dias de agonia.


 



Desgostoso e confrontado com a angústia da morte, Gilgamesh procurou o sábio Uta-Napishtim para conhecer o segredo da sua imortalidade, pois este sobrevivera ao dilúvio e recebera dos deuses o dom da imortalidade.  

Depois de muitas aventuras e perigos, encontrou o sábio, que o demoveu de tal procura, dizendo-lhe que a morte era uma realidade incontornável. No entanto, desafiou-o a ficar acordado durante seis dias e sete noites, que esse teste lhe daria a imortalidade. Gilgamesh, não conseguindo superar a prova, voltou para a sua terra, mantendo a sua condição de mortal. 

 Antes da partida do jovem, Uta-Napishtim contou-lhe o segredo de uma planta que vivia no fundo do oceano e que devolvia a juventude a quem se picasse nos seus espinhos. Gilgamesh desceu ao fundo do oceano, colheu a planta e guardou-a para experimentar os seus poderes num velho da sua cidade, mas a planta foi-lhe roubada por uma cobra durante o regresso. Gilgamesh voltou a Uruk, onde ainda apavorado pelo medo da morte, evocou Enkidu, que lhe descreveu a sua vida no mundo das trevas. É com essa descrição que termina as aventuras de Gilgamesh.

Esta história épica surpreendeu e intrigou os estudiosos pela sua descrição do dilúvio tão semelhante ao da Bíblia.


Fonte: infopedia.pt
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