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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A Estrela de Belém



Muitos fatores complicam a versão sobre a Estrela de Belém, incluindo a incerteza da data exata do nascimento de Cristo e a terminologia usada para descrever eventos astrológicos há cerca de 20 séculos. 

Por exemplo, qualquer objeto que atraísse atenção suficiente era chamado de “estrela”. Meteoros eram “estrelas cadentes”; cometas eram “estrelas ‘cabeludas’” e os planetas eram “estrelas caminhantes”. 

 A Bíblia nos oferece algumas referências históricas, como o Rei Herodes. Estudos modernos sugerem que ele morreu entre os anos quatro e um antes de Cristo, pelo nosso calendário presente. Conta-se que os Magos visitaram o rei pouco antes de ele morrer, e o nascimento de Cristo e o aparecimento da famosa estrela aconteceram logo depois disso.

E é muito difícil que Jesus tenha nascido no fim de dezembro. Uma passagem bíblica, de São Lucas, diz: “Naquela região havia pastores que estavam passando a noite nos campos, tomando conta dos rebanhos de ovelhas”. Isso indica que era primavera, época em que os pastores da Judeia cuidavam dos novos animais.

Em tempos antigos, 25 de dezembro era a data do famoso festival romano de Saturnália. Presentes eram trocados; casas, ruas e prédios decorados; pessoas iam para casa e todos ficavam em clima de festa.




Já foi dito que os primeiros cristãos escolheram a época desse festival para evitar atenção e escapar das perseguições. Quando o imperador romano Constantino adotou oficialmente o Cristianismo, no século quatro, a data do Natal permaneceu no dia 25.
E é quase certeza que o nascimento de Cristo não aconteceu há 2011 anos. Nossa atual cronologia, com anos a.C e d.C, foi adotada pelo abade romano Dionysius Exiguus em 523 d.C. Infelizmente, ele fez dois erros grandes nos cálculos.

O primeiro foi colocar o ano “um” depois de Cristo imediatamente depois do ano “um” antes de Cristo, esquecendo completamente do zero. Na época, o “zero” não era considerado um número. Então, o ano três, por exemplo, matematicamente falando é o dois.
O segundo foi aceitar a declaração de Clemente de Alexandria de que Jesus nasceu no ano 28 do reinado do imperador romano César Augusto.

 Mas Dionysius não levou em conta que durante os quatro primeiros anos desse reinado, o imperador era conhecido pelo seu nome original, Otaviano, até que o senado o proclamasse “Augusto”.

Então apenas aqui já temos um erro de quatro anos, mas agora nossa cronologia está muito avançada para ser modificada.

Para os anos do aparecimento da Estrela, muitos astrônomos e estudiosos da Bíblia acreditam que deve ter ocorrido entre os anos sete e dois a.C. Então esse é o período que devemos explorar para determinar se algo estranho aconteceu no céu.




O que foi a Estrela?

Pelo menos quatro teorias já foram divulgadas, de um ponto de vista astronômico.
A primeira diz que a Estrela foi um incomum meteoro de fogo avistado no horizonte. Mas como sabemos, um objeto como esse passa pelo céu em uma questão de segundo – muito pouco para guiar os Magos até a cidade de Belém. Então podemos deixar essa para trás.
Não tão simples assim é a possibilidade de que a Estrela era um cometa brilhante. Objetos como esse ficam visíveis a olho nu por semanas, a partir do anoitecer. 

O famoso cometa Halley, que passou pela última vez no começo de 1986, ficou brilhando no céu entre agosto e setembro do ano 11 a.C. Mas muitas autoridades não concordam com essa teoria, devido às falhas de tempo. E parece estranho que outro cometa com tamanha duração tenha passado despercebido.

Além disso, comentas eram vistos como presságios ruins, indicando fome e enchentes, assim como a morte – não o nascimento – dos reis e monarcas. Os romanos, para marcar a morte do General Agrippa, por exemplo, usaram a aparição do cometa Halley como marco. Com esse ponto de visão, a aparição de um cometa não seria um aviso do nascimento de um novo rei.

Talvez a reposta mais simples seja uma nova, ou supernova. As primeiras são estrelas que aumentam muito seu brilho por um período curto de tempo, e acontecem mais frequentemente. Já as supernovas, mais raras, são as famosas explosões estelares.
Esse tipo pode ser avistado mesmo durante o dia. Em nossa galáxia, no último milênio, quatro supernovas brilhantes ocorreram: em 1006, 1054, 1572 e 1604.

Apesar de essa ser a explicação mais satisfatória para a Estrela de Belém, há um grande problema: de que não há nenhum registo de uma nova brilhante durante o período apontado para a viagem dos Reis Magos. Apenas um registro aparece para uma nova, no ano 5 a.C. Mas os chineses, que a notaram, não afirmam ter sido um grande evento, com muito brilho. 



Peregrinações planetárias?

A última possibilidade é de outros planetas visíveis a olho nu. É pouco provável que os Magos tenham confundido um ou mais planetas familiares com uma estrela. Entretanto, algumas conjunções às vezes acontecem. 


Talvez um agrupamento de dois ou três planetas tenha criado uma figura geométrica atraente, entre os anos sete e dois a.C. Vale dizer que tal evento seria bem raro.
Um evento parecido que temos conhecimento é o agrupamento de Marte, Júpiter e Saturno, na constelação de Peixes, no ano seis a.C.

Outra explicação possível para a Estrela de Belém é a conjunção tripla de Júpiter e Saturno, entre maio e dezembro no ano sete a.C. 

Não há dúvida da visibilidade desses eventos, geralmente opostos ao sol durante a noite. Com certeza os Magos teriam notado que os planetas são se separaram muito durante as três conjunções. De fato, por oito meses consecutivos – o tempo estimado para uma viagem de 800 quilômetros entre a Babilônia e a Judeia – Júpiter e Saturno ficaram com três graus de separação, entre o fim de abril do ano sete a.C. e começo de janeiro do ano seis. 


Mas talvez nenhum agrupamento planetário se iguale ao dos dois planetas mais brilhantes, Vênus e Júpiter. E se levarmos em conta o único comentário sobre a Estrela, em São Mateus, a aparência era de duas estrelas.

Talvez o sinal dos Magos veio da constelação de Leão.

Para os antigos israelitas, essa constelação era considerada significativa e sagrada. Uma conjunção muito próxima entre Vênus e Júpiter teria sido visível no céu do Oriente Médio em 12 de agosto do ano três a.C.

E esse evento teria sido avistado tanto no leste, pelos persas, quanto no oeste, explicando a frase ambígua de São Mateus.

Vênus acabou sumindo com o sol, mas Júpiter e Leão continuaram no céu noturno durante dez meses. Nesse tempo, outras conjunções planetárias ocorreram, todas de grande importância para a época.

Durante algum tempo, na primavera do ano dois a.C., os Magos tiveram sua audiência com o Rei Herodes, que os questionou sobre o que haviam visto. É claro que nem ele nem seus conselheiros viram algo, já que ela apareceu entre quatro e cinco da manhã, hora em que estavam dormindo. Assim, o Rei enviou os Magos em sua busca por Cristo.

Então, durante o mês de julho do ano dois a.C., Vênus retornou para a mesma região do céu, com ainda mais brilho. Os Magos com certeza perceberam isso, e no dia 17, Júpiter e Vênus pareceram ainda mais juntos do que em agosto passado.
A astronomia pode nos dizer se essas conjunções ocorreram. Mas se alguém as observou, e se os Magos realmente fizeram sua jornada, já é outra questão.

Fonte: http://hypescience.com

O Eneagrama


O Eneagrama é uma ferramenta sagrada, utilizada por místicos que já aplicavam os referidos conhecimentos há mais de 4.000 anos, pelos sumérios, pela fraternidade Sarmaun, por Zoroastro, Pitágoras, e outros.



 Na atualidade, destacam-se três indivíduos que prestaram contribuições significativas quanto ao uso do símbolo do eneagrama: o filósofo armênio G. I. Gurdjieff (falecido da década de 50); o filósofo boliviano Oscar Ichazo (Instituto Arica); e o psiquiatra chileno Cláudio Naranjo (Instituto SAT).


 Esta ferramenta facilita o estudo da personalidade, numa perspectiva de autoconhecimento, ao contemplar as várias faces de cada um e a sua evolução, tendo como parâmetro os nove aspectos possíveis de traços arquetípicos; permite ainda ser uma base de apoio para a busca de nosso progresso psicológico e do aperfeiçoamento espiritual, através da investigação sobre a repetição de padrões, bem como das suas causas primárias.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Catharose de Petri


Servidora da Gnosis e orientadora realista dos buscadores: essa sentença característica de Catharose de Petri era para ela uma prática de vida diária em seu trabalho a serviço da Escola Espiritual da Rosacruz Áurea, assim como também era sua divisa: “auto-esquecimento no serviço ao próximo é o caminho mais seguro e alegre para Deus”. Esse lema não era somente válido para sua própria vida, porém ela sempre o repetia como conselho aos alunos que lhe eram confiados.

Catharose de Petri nasceu em 1902 em Roterdã, como Henriette Stok-Huyser. Pouco se conhece dos primeiros anos de sua vida, pois ela era extremamente discreta e pouco relatava ou compartilhava sobre si mesma, porém o que se sabe com segurança é que desde muito jovem estava consciente de ter uma missão espiritual importante em sua vida. 

 Portanto, não é de surpreender que, em 1930, aos 28 anos, ela tenha-se dedicado integralmente à sua missão, juntamente com o senhor Jan van Rijckenborgh, de quem foi a mais importante colaboradora espiritual.

Juntamente com o senhor Jan van Rijckenborgh, ela dedicou toda a sua vida à construção da Escola Espiritual da Rosacruz Áurea “a partir do nada”, como dizia. Como parte desse trabalho eles escreveram livros, em conjunto e individualmente. Entre outras obras, explicaram para o homem de nosso tempo antigos textos herméticos e gnósticos, como o Corpus Hermeticum e os manifestos rosa-cruzes clássicos.




 Ambos os autores, em seus ensinamentos filosóficos, não deixavam de consultar um ao outro, e seu trabalho era considerado como o resultado de uma única e harmoniosa colaboração. Dessa forma, A Gnosis Chinesa, escrita por ambos, é um brilhante comentário do antigo texto hermético chinês: o Tao Te King, adaptado para nosso tempo.

Além disso, Catharose de Petri também acrescentou sete publicações individuais ao legado gnóstico da escola espiritual transfigurística. Essas obras também estão totalmente sintonizadas com a Gnosis hermética e os ensinamentos da Rosacruz moderna, e por meio delas o leitor poderá receber muitos conselhos do ponto de vista espiritual para uma prática de vida cotidiana na senda.

A associação com o senhor Antonin Gadal em 1956, em Ussat, no sul da França, foi crucial para o desenvolvimento interior de Catharose de Petri e de Jan van Rijckenborgh e, portanto, da Escola Espiritual e de seus alunos.


Catharose de Petri era também extremamente ligada à Fraternidade dos Cátaros. Foi de modo muito terno que ela escreveu alocuções para a comunidade de alunos da Escola Internacional da Rosacruz Áurea, na qual esclarece o trabalho espiritual dos cátaros e seu legado material e imaterial. A autora sempre aponta para o antigo método da total autonegação, mediante o que os cátaros chamavam de “endura”, como condição indispensável para o caminho de desenvolvimento espiritual. 

 Esta também é a condição dos alunos da Rosacruz mediante o contínuo aprendizado da necessidade de ter um “coração puro”. E essa é de fato “a pomba branca”, símbolo cátaro para o Espírito Santo, símbolo que também representa Catharose de Petri, enquanto que Jan van Rijckenborgh é representado pela “águia”.

Após o falecimento de Jan van Rijckenborgh em 1968, Catharose de Petri organizou um grupo para assisti-la. Um grande trabalho espiritual em unidade desenvolveu-se, e, desse modo, a Escola Espiritual estendeu seus núcleos para inúmeros países, onde a renovação de vida interior é colocada em prática do modo que Catharose de Petri esperava e como tão amplamente é descrito e esclarecido em suas obras. Portanto, quando faleceu, em 1990, ela tinha certeza de que seu trabalho continuaria.

Fonte: pentagrama.org.br

O Espiritismo Científico



Denomina-se Espiritismo científico a uma corrente ideológica que existiu dentro do movimento espírita brasileiro no final do século XIX.

Após a morte de Allan Kardec (1869) formaram-se duas tendências no movimento espírita, e, em particular no Brasil: o chamado "espiritismo científico" e o chamado "místico" ou "religioso". 

A primeira corrente sustentava a experimentação e pesquisa dos fenómenos mediúnicos, enquanto que a segunda privilegiava a mediunidade receitista e curativa (física e espiritual), o que lhe granjeava amplo prestígio junto às camadas populares, aumentando-lhe a visibilidade.


 Os primeiros organizaram-se em torno do Centro da União Espírita do Brasil enquanto que os últimos organizaram-se em torno da Federação Espírita Brasileira.

 Visando conciliar as duas correntes, Bezerra de Menezes presidiu a FEB no período de 1895 a 1900, vindo a confirmar o caráter religioso do movimento brasileiro, compreendido como um aprofundamento do cristianismo

 Embora a FEB tenha se mantido aberta a todas as tendências do movimento, o caráter científico acabou restrito a um reduzido grupo, o que pode ser explicado pela raridade de médiuns de efeitos físicos e pelas polémicas ocorridas no exterior com relação a fraudes.


 Uma outra vertente dessa questão passa pela adoção e estudo, pelos pioneiros do espiritismo no Brasil, da obra Os Quatro Evangelhos de Jean-Baptiste Roustaing.

 Assim, o conceito do "corpo fluídico" de Jesus seria uma das raízes das divergências históricas entre os que preconizavam um espiritismo "científico" e os que sustentavam um espiritismo "místico".

 A quase totalidade dos "místicos" defendiam a obra de Roustaing, enquanto que a maioria dos "científicos" repudiavam-na.

Fonte:wikipedia

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Os Ventos


O vento consiste no deslocamento de massas de ar, sendo que esse fenômeno é consequência do movimento do ar de um ponto no qual a pressão atmosférica é mais alta em direção a um ponto onde ela é mais baixa.

 Os principais elementos que interferem na pressão atmosférica são a temperatura e a altitude: zonas de baixa altitude = zona de alta pressão atmosférica; zona de elevada altitude = zona de baixa pressão atmosférica.


A distribuição de radiação solar sobre a superfície terrestre ocorre de forma desigual, criando diferentes zonas térmicas e regiões de alta e baixa pressão atmosférica.

 A variação da pressão atmosférica é responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante ascensão, podendo atingir até 10 mil metros de altitude.

Os ventos são de fundamental importância na dinâmica terrestre, visto que eles são modeladores do relevo, transportam umidade dos oceanos para as porções continentais, amenizam o calor das zonas de baixa pressão atmosférica, entre outros fatores.



De acordo com os movimentos, os ventos podem ser:

Ventos de oeste: deslocam-se dos trópicos em direção aos polos do planeta.

Ventos polares de leste: são ventos que se deslocam dos polos em direção aos trópicos.

Ventos alísios: se direcionam dos trópicos para as regiões próximas à linha do Equador.

 Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A Cura pela Água


Quando estiver doente, encontre um regato de água corrente limpa, clara e rasa.
 Dispa - se (use um traje de banho se desejar) e caminhe pelo regato. 
Abaixe-se até que a água cubra todo o seu corpo. 

Se o problema estiver na cabeça, mergulhe na água por alguns segundos antes de passar para a próxima parte. 

Sinta o frescor da água em sua pele; sinta-a enquanto ela o purifica, removendo a sujeira, o pó e a doença.

 

Comece a então, numa voz suave, as seguintes palavras, visualizando a "doença" como "vermes negros" que abandonam seu corpo, caindo na água do riacho e fluindo para longe de você, rumo ao mais primitivo onde serão purificados. 

A doença flui para fora de mim, Para o rio, rumo ao mar! Repita estas palavras por alguns minutos, até que julgue ser a hora de parar. Saia da água, seque seu corpo e está feito.

 Naturalmente isto não deve ser tentado num rio de correnteza forte, se estiver muito doente para se mover ou em substituição a um tratamento médico qualificado. Mas pode ser um auxílio para o processo de cura do corpo. 

Fonte: emporioesoterico.com.br

Para Elisa, de Beethoven

VALSA DAS FLORES # TCHAIKOVSKY

• LA MER ( Beyond The Sea ) FRANCK POURCEL •

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Acácia,arvore sagrada da antiguidade


Acácia, em grego, akakia, significa inocência ou pureza. Além de ser símbolo da iniciação para uma vida nova, simboliza a imortalidade da alma.

 Na antiguidade, a acácia era considerada o símbolo do sol, tanto pelas suas folhas, que ao amanhecer se abrem à luz solar, como pelas suas flores, em forma de bolas de ouro.




No Egito dos faraós,  a madeira das acácias, pela sua dureza e incorruptibilidade, não sofrendo ataque de insetos, era usada para a produção de sarcófagos e artigos sagrados. A cola dos ramos e tronco, conhecida pelo nome de goma-arábica, era usada nas cerimónias de mumificação.  

 Entre os judeus, a acácia ou madeira de setim, como refere a Bíblia, tinha usos sagrados, antes de ser substituída pelo cedro e pelo cipreste. Foi com a sua madeira, por ser resistente à putrefação, provocada pela humidade, que os hebreus fizeram o Tabernáculo, a Arca da Aliança, a mesa dos pães propiciais e o altar dos holocaustos. 


De acordo com uma tradição iniciática, a acácia está associada à lenda de  Hiram Abif, arquiteto do Templo de Salomão, assassinado por três companheiros. Uma das versões da lenda diz que a acácia simboliza a ressurreição do mestre, porque do seu corpo, enterrado no Monte Moriah, brotou um ramo dessa planta.

 Outra lenda, no cristianismo, diz que a madeira de acácia foi usada na confeção da cruz em que Jesus foi executado. Especula-se que a coroa de espinhos seria feita de um ramo de acácia do Egito, variedade espinhosa. 

  Há centenas de variedades de acácias em todo o mundo. 

Fonte: ferradodecabroes.blogspot.com.br

O Rapto de Europa


Há muito tempo atrás, havia no reino de Tiro um rei, Agenor, cuja filha era muito bela. O nome dela era Europa, e Zeus apaixonou-se perdidamente por sua beleza.
— Que linda mulher! — exclamava o deus dos deuses, cuidando, no entanto, para não ser ouvido por Hera, sua ciumenta esposa. — Tenho de possuí-la, a qualquer preço.
Movido por essa determinação, Zeus decidiu utilizar-se de seu estratagema principal, ou seja, o de se metamorfosear em algum ser ou coisa. Por alguma razão, Zeus jamais aparecia diante das suas eleitas na sua forma pessoal, preferindo assumir sempre outra aparência qualquer. Assim, depois de muito pensar, decidiu transformar-se num grande touro, branco como a neve. Completada a transformação, Zeus desceu a Terra envolto numa grande nuvem. 
  
Em uma das praias do rei de Tiro e pai de Europa, um rebanho dócil de touros pastava num relvado próximo ao mar sem que ninguém percebesse, uma grande nuvem foi se aproximando, ate que dela desceu o grande touro, indo colocar-se em meio aos demais. Os seus novos colegas de rebanho, a princípio assustados com aquela súbita aparição, abriram um espaço assim que ele pousou sobre a grama. No entanto, como o alvo touro se mostrasse manso e dócil, teve logo sua presença admitida, sem maiores contestações.
Ali esteve misturado aos demais, contrastando em relação ao pêlo escuro dos outros touros, ate que de repente a bela Europa surgiu com suas amigas, rindo e cantando por entre as areias da praia. As suas companheiras eram belas, também, mas assim como Zeus destacava-se em seu rebanho, a filha de Agenor destacava-se em meio ao seu encantador e animado grupo. Era uma manhã luminosa, o sol brilhava sem ferir os olhos, e o céu tinha um tom manso e azulado como os olhos do touro, que observavam, atentos, a aproximação de sua amada.
— Vejam só que belo rebanho! — exclamou Europa, ao ver os bois ajuntados. — Mas o que será aquela mancha branca em meio a eles?
A jovem, destacando-se do grupo, avançou correndo, levantando a barra da sua túnica rendada, que lhe descia ate um pouco abaixo dos joelhos. Quando chegou perto de Zeus, seus seios arfavam sob a fina gaze de suas vestes. Os grandes olhos azuis do touro branco pousaram sobre a face corada de Europa, de tal modo que a moça não pode deixar de observar o seu intenso brilho.
— Um touro branco! — disse a moça, encantada. — E que lindos olhos ele tem! 

Todas as amigas ajuntaram-se em torno ao animal, que, no entanto, tinha seus grandes olhos azuis postos somente sobre a bela filha do rei. A moça, postando-se ao lado dele, começou a alisar o pelo sedoso de seu dorso branco, enquanto admirava os seus pequenos e delicados cornos, que tinham o brilho cristalino das melhores pérolas. Embora o aspecto do animal fosse suave, a sua musculatura era rija, o que Europa pôde comprovar ao alisar o seu pescoço. 
 Alguns espasmos musculares percorriam o pêlo do touro a cada vez que Europa o acariciava. De vez em quando o animal inclinava a cabeça, fazendo-a deslizar discretamente pelo flanco de Europa, erguendo com suavidade suas vestes. A filha de Agenor, contudo, permitia tais liberdades por julgá-las apenas um brinquedo inocente do magnífico animal.
Retirando-o do grupo, Europa levou-o para passear nas areias da praia, dando-lhe com as mãos algumas flores, que o touro comeu alegremente. Depois, ele pôs-se a correr ao redor da moça, enquanto as outras o perseguiam, fazendo-lhe festas e agrados.
Como o sol começasse a se tornar quente demais — pois era o auge do verão —, as moças, cansadas momentaneamente da brincadeira, despiram-se para dar um breve mergulho no mar. Europa, entretanto, preferiu ficar na areia, a brincar com seu touro branco. 

Assim, enquanto suas amigas banhavam-se, Europa colhia outras flores, compondo com elas uma bela grinalda que depositou em seguida sobre os chifres do animal. Depois, montada sobre as suas costas, foi conduzida por ele num trote manso. Enquanto o animal a levava, emitia um pequeno mugido, em sinal de orgulho e satisfação.
As amigas de Europa, entretanto, ao verem a nova diversão que a filha do rei inventara, saíram todas correndo do mar, num passo rápido que fazia balançar seus pequenos seios molhados. Zeus, porém, ao vê-las avançarem para si, temeu que fossem desalojar Europa das suas costas. Realmente, logo uma delas tocou a cabeça do touro, com a mão coberta de sal: — Vamos, Europa, deixe-nos andar um pouco! — disse a moça, impaciente.
Zeus, porém, aproveitando a relutância que Europa manifestava em descer, lançou-se para a frente, num salto ágil, tomando o rumo do mar.
— Ei, esperem, aonde vão?... — exclamou uma das amigas de Europa, com as mãos pousadas na cintura.
Zeus, surdo aos gritos, arremeteu em meio às mulheres que avançavam pela água, obrigando-as a se afastarem, assustadas, para todos os lados.
— Socorro! — gritava Europa, estendendo-Ihes as mãos, apavorada com o Ímpeto repentino do animal. O touro, entretanto, avançava mar adentro, deixando atrás de si as mulheres pela praia, a sacudir os braços, impotentes. Imaginando que o touro enlouquecera, temeram que tanto Europa quanto o animal terminariam afogados, logo que ultrapassassem a rebentação. Surpreendentemente, porém, o touro rompeu as ondas, lançando-se num trote ainda mais ágil do que aquele que usara nas areias fofas da praia. E assim se afastou cada vez mais da praia, enquanto Europa procurava manter-se agarrada aos chifres de seu seqüestrador.
 

— Pare!... Para onde está me levando? — perguntava Europa enquanto o touro permanecia firme no seu galope, saltando sobre as ondas com a mesma destreza de um golfinho. Vendo, porém, que o animal parecia determinado a conduzi-la para algum lugar, Europa começou a clamar por socorro, invocando a proteção de Netuno:
— O deus dos mares, veja em que aflição me encontro! — disse a moça, recebendo em seu corpo o vento e as ondas geladas.
De repente, porém, tendo já avançado imensamente pelo oceano, o touro voltou para trás a cabeça e começou a conversar com a assustada Europa.
— Nada tema, bela Europa! — disse o animal. — Eu sou Zeus e a levo comigo para a ilha de Creta, onde casaremos e você será honrada com uma ilustre descendência.
Europa, mais calma, manteve-se agarrada aos chifres de seu futuro marido. Dentro em pouco chegaram ambos a ilha que o deus dos deuses anunciara. Tão logo teve os pés postos sobre o chão outra vez, Europa viu o touro branco assumir a forma esplendorosa de Zeus. Impaciente, o deus supremo carregou-a para dentro da ilha, enquanto Europa ainda tentava ensaiar alguma reação. Das núpcias deste casal surgiriam três lindos filhos, dentre os quais Minos, futuro rei de Creta.

A Prece Refratada


A prece é uma invocação mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com Deus ou seus prepostos. A prece é um ato de caridade, é um arroubo do coração. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou uma glorificação. As preces feitas a Deus são escutadas pelos Espíritos incumbidos da execução de suas vontades. As que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. 

Quando dirigimos o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som, porquanto o fluido universal é o veículo do pensamento. É desse modo que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida e é assim que eles se comunicam entre si e nos transmitem suas ideias e inspirações. 

 
Pela prece – ensina o Espiritismo – o homem obtém o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs, adquirindo, dessa forma, a força moral necessária para vencer as dificuldades e volver ao caminho reto, se deste se afastou. 

Jesus definiu claramente as qualidades da prece. 
 
Eis, de forma resumida, o que o Mestre ensinou: 
 
– Quando orardes, disse ele, não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto. Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas. Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade. Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades, e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau.  

 

 
No tocante à prece refratada, é interessante consultar o livro Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, em que o assunto é tratado. Nessa obra o ministro Clarêncio explica: "A prece refratada é aquela cujo impulso luminoso teve a sua direção desviada, passando a outro objetivo". 

A título de exemplo, o livro relata o caso de Evelina, uma jovem que orou à mãe desencarnada rogando proteção para o seu lar. Como a mãe não tinha condições de atender a semelhante pedido, a prece foi recebida e anotada por outra pessoa e, de imediato, encaminhada à administração da colônia Nosso Lar. Eis, portanto, um exemplo típico do que chamamos de prece refratada. 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Jeronimo de Praga


Em 2 de novembro de 1882, dia de Finados, um evento de capital importância produziu-se em sua vida: a manifestação, pela primeira vez, daquele espírito que, durante meio século, havia de ser o seu guia, o seu melhor amigo, o seu pai espiritual. Era o espírito Jerónimo de Praga, que lhe disse: "Vai meu filho, pela estrada aberta diante de ti. Caminharei atrás de ti para te sustentar".

E como Léon Denis indagasse se o seu estado de saúde o permitiria estar à altura da tarefa, recebeu esta outra afirmativa: "Coragem, a recompensa será mais bela".

A partir de 1884, achou conveniente fazer palestras visando à maior difusão das idéias espíritas. Escreveu, em 1885, o trabalho O Porquê da Vida, no qual explica, com nitidez e simplicidade, o que é o Espiritismo.


Em 1892, recebeu um convite da duquesa de Pomar para falar de Espiritismo na sua residência, numa dessas manhãs célebres em que se reunia quase toda Paris. Ele ficou indeciso e temeroso. Depois de muito meditar as responsabilidades, aceitou o convite. Le Journal, de Paris, publicou, acerca da reunião na casa da duquesa, a seguinte notícia: "A reunião de ontem, para ouvir a conferência de Léon Denis sobre a doutrina espírita, foi uma das mais elegantes. 
De uma eloqüência muito literária, o orador soube encantar o numeroso auditório, falando-lhe do destino da alma, que pode, diz ele, reencarnar até à sua perfeita depuração. Ele possui a alma de um Bossuet e soube criar um entusiasmo espiritualista".
 Jacques-Benigne Bossuet foi um célebre bispo francês, da Companhia de Jesus – jesuíta, portanto – grande orador nos púlpitos, de fervorosa e impecável eloqüência católica, nascido em 27 de setembro de 1627. Ardoroso estudante também, realmente a comparação é, sobretudo, um elogio respeitável.


*JERÔNIMO DE PRAGA (1379-1416) foi um Tcheco, sacerdote católico apostólico romano e protestante que ilustrava Martinho Lutero contra as heresias de Roma. Foi perseguido, preso e também queimado vivo numa fogueira armada na praça central de Praga (Tchecoslováquia), pelo papa Gregório XII.

Fonte: Revista Cristã de Espiritismo./http://manancialdeluz.blogspot.com.br/

O Maniqueísmo



Maniqueísmo (em Persa Moderno آیین مانی Āyin e Māni) foi uma das maiores religiões antigas de origem Iraniana. Embora sua forma organizada esteja mais extinta nos dias de hoje, um reavivamento foi tentato sob o nome de Neo-Maniqueísmo. Entretanto, a maioria dos escritos do fundador, o profeta Sírio Mani ܡܐܢܝ, foram perdidos. Alguns especialistas argumentam que sua sutil influência continua no pensamento Cristão Ocidental via Santo Augostinho de Hippo, que converteu-se ao Cristianismo do Maniqueismo que era veementemente denunciado de seus escritos. Esse escritos continuam a ser de grande influência entre os teólogos Católicos e Protestantes. 

O Maniqueismo originou-se no 3º século na Babilônia (uma província da Persia naquele tempo), e alcançou, ao longo dos dez séculos seguintes, da África do Norte no oeste à China no Leste. Os textos originais do Maniqueismo foram compostos em Síro-Aramaico. Conforme se espalharam a leste, os escritos da religião passaram por tradução Persa, Parthiano, Sogdiano e finalmente pelo Turca Uyghur e Chinês. Conforme se espalhavam ao oeste, foram traduzidos em Grego, Coptic e Latim. Conforme os Maniqueísmo se movia no tempo, posição e língua, também incorporou novas deidades religiosas das religiões circunvizinhas nas escrituras Maniqueístas. 


 Assim, enquanto os textos Aramaicos originais moviam-se para oriente e foram traduzidos em línguas Iranianas, os nomes das deidades Maniqueistas (ou anjos) foram transformados nos nomes dos yazatas Zoroastrinos. Assim o Abbā dəRabbūṯā (“O Pai do Grandioso” - a mais elevada deidade de Luz do Maniqueismo), nos textos Persas Médios pôde ser traduzido literalmente como o pīd ī wuzurgīh, ou ser substituído pelo nome da deidade Zurwān. Do mesmo modo, a figura Maniqueista primal Nāšā Qaḏmāyā “o homem original” foi feita “Ohrmazd Bay”, após o deus Zoroastrino Ahura Mazda. 

Este desenvolvimento continuou até o derradeiro encontro com o Budismo Chinês, onde, por exemplo, o Aramaico original “karia” (a “chamada” do mundo da Luz àqueles que buscam salvar-se do mundo da Escuridão), se torna identificado nas escrituras Chinesas com Guan Yin (觀音, literalmente, “aquele que ouve sons [do mundo]”, o Bodhisattva da Compaixão no Budismo Chinês).
Por causa do Maniqueismo ser uma fé que ensina o dualismo, no português a palavra “maniqueísta” veio a significar coisas dualísticas, apresentando ou vendo de as coisas “preto no branco”. 


Estrutura

Maniqueísmo, filosofia religiosa sincrética e dualística ensinada pelo profeta persa Mani (ou Manes) combinando elementos do zoroastrismo, cristianismo e gnosticismo, condenado pelo governo do império romano, filósofos neoplatonistas e cristãos ortodoxos.
Filosofia dualística que divide o mundo entre bem, ou Deus, e mal, ou o Diabo. A matéria é intrinsicamente má e o espírito intrinsicamente bom. Com a popularização do termo, maniqueista passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do bem e do mal. 

A igreja cristã de Mani era estruturada a partir dos diversos graus do desenvolvimento interior. Ele mesmo a encabeçava como apóstolo de Jesus Cristo. Junto a ele eram mantidos doze instrutores ou filhos da misericórdia. Seis filhos iluminados pelo sol do conhecimento assistiam a cada um deles. Esses "epíscopos" (bispos) eram auxiliados por seis presbíteros ou filhos da inteligencia. O quarto círculo compreendia inúmeros eleitos chamados de filhos e filhas da verdade ou dos mistérios, sua tarefa era pregar, cantar, escrever e traduzir. O quinto círculo era formado pelos auditores ou filhos e filhas da compreensão. Para esse ultimo grupo as exigencias eram menores, eles deviam seguir sobretudo, os dez mandamentos seguintes como fio condutor da sua vida cotidiana: 


1. Não adorar nenhum ìdolo. 
 
2. Purificar o que sai da boca: Não jurar, não mentir, não levantar falso testemunho ou caluniar. 
 
3. Purificar o que entra pela boca: Não comer carne, nem ingerir alcool. 
 
4. Venerar as mensagens divinas. 
 
5. Ser fiel ao seu cônjuge e manter a continencia sexual durante os jejuns. 
 
6. Auxiliar e consolar aqueles que sofrem. 
 
7. Evitar os falsos profetas. 
 
8. Não assustar, ferir, atormentar ou matar animais.
 
9. Não roubar nem fraudar. 
 
10. Não praticar nenhuma magia ou feitiçaria. 
 
Fonte: ocultura.org.br
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