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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A Dança de Shiva



Os físicos modernos mostram-nos que o movimento e os ritmos são propriedades essências da matéria, que toda matéria – tanto na Terra como no Espaço externo – está envolvida numa continua dança cósmica. Os mestres orientais possuem uma visão dinâmica do universo semelhante à da Física moderna. Quando o ritmo da dança se modifica, o som que produz também se modifica. Cada átomo canta incessantemente sua canção e o som, a cada momento, cria formas densas e sutis. 
    
A semelhança desta concepção e a da Física Moderna torna-se particularmente notável. A metáfora da dança cósmica encontrou sua expressão mais bela e profunda no Hinduismo na imagem do deus dançarino Shiva O Rei dos Dançarinos, um dos mais antigos e populares deuses indiano.  Segundo o hinduísmo, todas as vidas são parte de um grande processo rítmico de criação e destruição, de morte e renascimento e a dança de Shiva simboliza esse eterno ritmo de vida-morte que se desdobra em ciclos intermináveis  como base da existência. Shiva dançando, envia através da matéria inerte ondas vibratórias do som que desperta e,  a matéria também dança. Na plenitude do tempo, Ele  destrói todas as formas pelo fogo e lhes concede novo repouso. Isto é poesia e, contudo, também é ciência.


Shiva aparece em magníficas esculturas de bronze de figuras dançantes com quatro braços, cujos gestos equilibrados expressam o ritmo e a unidade da Vida. A mão direita superior do deus segura um tambor  que simboliza o som primordial da criação: a mão esquerda superior sustenta uma língua de chama, o elemento da destruição. 

O equilíbrio das duas mãos representa o equilíbrio dinâmico entre criação e a destruição do mundo, e a face calma do Dançarino entre as mãos, no qual a polaridade entre criação e destruição é dissolvida e transcendida. A segunda mão direita ergue-se num gesto de proteção e que dissipa o medo. A mão esquerda aponta para baixo para o  pé erguido,que simboliza a libertação da fascinação de maya. O deus é representado dançando sobre o corpo de um demônio, símbolo da ignorância do homem, que deve ser destruído como conquista da libertação.


 A dança de Shiva é o universo que dança, o fluxo incessante de energia que permeia uma variedade infinita de padrões que se fundem. A Física moderna mostrou que o ritmo da criação e destruição não se acha  manisfesto apenas na sucessão das estações e no nascimento e morte de todas as criaturas vivas, mas também na essência da matéria inorgânica.

De acordo com a Física Quântica de campo, todas as interações entre componentes da matéria ocorrem através da emissão e absorção de partículas virtuais. Mais do que isto, a dança de criação e destruição é a base da própria existência, revelou que cada partícula subatômica não apenas executa a dança de energia, mas também é uma dança de energia, um processo vibratório de criação e destruição.

Para os físicos modernos, a dança de Shiva é, pois, a dança da matéria subatômica e como na mitologia hindu trata-se de uma contínua dança da criação e destruição, envolvendo a totalidade do cosmos e constituindo a base de toda a existência e de todos os fenômenos naturais.

Referência bibliográfica: O Tao da Física - Fritjof Capra

Fonte: abyoga.org.br

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