Os físicos modernos mostram-nos que o 
movimento e os ritmos são propriedades essências da matéria, que toda 
matéria – tanto na Terra como no Espaço externo – está envolvida numa 
continua dança cósmica. Os mestres orientais possuem uma visão dinâmica 
do universo semelhante à da Física moderna. Quando o ritmo da dança se 
modifica, o som que produz também se modifica. Cada átomo canta 
incessantemente sua canção e o som, a cada momento, cria formas densas e
 sutis. 
A semelhança desta concepção e a da 
Física Moderna torna-se particularmente notável. A metáfora da dança 
cósmica encontrou sua expressão mais bela e profunda no Hinduismo na 
imagem do deus dançarino Shiva – O Rei dos Dançarinos,
 um dos mais antigos e populares deuses indiano.  Segundo o hinduísmo, 
todas as vidas são parte de um grande processo rítmico de criação e 
destruição, de morte e renascimento e a dança de Shiva simboliza esse eterno ritmo de vida-morte que se desdobra em ciclos intermináveis  como base da existência. Shiva dançando,
 envia através da matéria inerte ondas vibratórias do som que desperta 
e,  a matéria também dança. Na plenitude do tempo, Ele  destrói todas as
 formas pelo fogo e lhes concede novo repouso. Isto é poesia e, contudo,
 também é ciência.
Shiva aparece em magníficas 
esculturas de bronze de figuras dançantes com quatro braços, cujos 
gestos equilibrados expressam o ritmo e a unidade da Vida. A mão direita
 superior do deus segura um tambor  que simboliza o som primordial da 
criação: a mão esquerda superior sustenta uma língua de chama, o 
elemento da destruição. 
O equilíbrio das duas mãos representa o 
equilíbrio dinâmico entre criação e a destruição do mundo, e a face 
calma do Dançarino entre as mãos, no qual a polaridade entre criação e 
destruição é dissolvida e transcendida. A segunda mão direita ergue-se 
num gesto de proteção e que dissipa o medo. A mão esquerda aponta para 
baixo para o  pé erguido,que simboliza a libertação da fascinação de maya.
 O deus é representado dançando sobre o corpo de um demônio, símbolo da 
ignorância do homem, que deve ser destruído como conquista da 
libertação.
 A dança de Shiva é o universo 
que dança, o fluxo incessante de energia que permeia uma variedade 
infinita de padrões que se fundem. A Física moderna mostrou que o ritmo 
da criação e destruição não se acha  manisfesto apenas na sucessão das 
estações e no nascimento e morte de todas as criaturas vivas, mas também
 na essência da matéria inorgânica.
De acordo com a Física Quântica de
 campo, todas as interações entre componentes da matéria ocorrem através
 da emissão e absorção de partículas virtuais. Mais do que isto, a dança
 de criação e destruição é a base da própria existência, revelou que 
cada partícula subatômica não apenas executa a dança de energia, mas 
também é uma dança de energia, um processo vibratório de criação e 
destruição.
Para os físicos modernos, a dança de Shiva é,
 pois, a dança da matéria subatômica e como na mitologia hindu trata-se 
de uma contínua dança da criação e destruição, envolvendo a totalidade 
do cosmos e constituindo a base de toda a existência e de todos os 
fenômenos naturais.
Fonte: abyoga.org.br




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