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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Edgard Armond




Edgard Pereira Armond, nasceu no dia 14 de junho de 1894 em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, Estado de São Paulo de família humilde, Armond, aos 21 anos, ingressa na Força Pública de São Paulo, onde inicia a carreira que lhe daria o título, pelo qual é conhecido até hoje: "Comandante".
Filho de Henrique Ferreira Armond (de Barbacena) e de Leonor Pereira de Souza Armond (de Formiga), ambos de Minas Gerais.
Origem do nome de família: Fidalgos franceses huguenotes, expatriados durante as perseguições religiosas movidas por Catarina de Médicis, na França, a partir da Noite de São Bartolomeu, em Paris, em 1519, e que se estenderam por todo o país até 1582. Refugiaram-se em Amsterdã, na Holanda, dedicando-se ao comércio, transferindo-se depois para a Ilha da Madeira e dali para o Brasil, em meados de 1700, fixando-se em uma sesmaria de terras recebidas do governo português, entre Juiz de Fora e Barbacena, onde construíram a primitiva Fazenda dos Moinhos.



Edgard Pereira Armond foi destacado vulto do Espiritismo. A sua mais intensa atividade foi desenvolvida na Federação Espírita do Estado de São Paulo, onde militou durante 27 anos, exercendo o importante cargo de Secretário-Geral. Com inusitado idealismo exerceu esse cargo, tendo sido o principal artífice da implantação das escolas e cursos de cunho espírita, responsável pelo engrandecimento daquela instituição de âmbito estadual que hoje se projeta como uma das mais notáveis expressões do movimento espírita brasileiro. Em 1912 veio para São Paulo e no mesmo ano foi para o Rio de Janeiro, antiga Capital Federal, onde continuou seus estudos e trabalhou no comércio até 1914.
Nesta época eclodiu a primeira guerra mundial e Edgard Armond voltou para São Paulo, onde se alistou na Força Pública do Estado, hoje Polícia Militar. Em 1918, já Aspirante, casou-se com D. Nancy de Menezes, filha do Marechal do Exército Manoel Felix de Menezes. Como militar, comandou destacamentos nas cidades de Santos, São João da Boa Vista e Amparo. Em São Paulo, foi diretor da Biblioteca da Força Pública e professor de História, Geografia e Geometria. Em 1922 participou da revolução do Forte de Copacabana e, em 1926, formou-se na Escola de Farmácia e Odontologia do Estado. Na revolução de 1924, já como Primeiro Tenente, combateu em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina. Como Capitão serviu na revolução de 1930 e lecionou Administração e Legislação Militar na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.



Em 1931 apresentou projeto para construção da estrada de rodagem de Paraibuna a São Sebastião e, com poucos recursos, utilizou a própria tropa na construção da referida estrada que foi concluída em 1934, beneficiando várias cidades daquela região. Em 1932, na Revolução Constitucionalista, Edgar Armond assumiu o comando do litoral, divisa do Rio de Janeiro até Santos onde controlava os navios de guerra na ilha de São Sebastião. No período de transição, após o encerramento da revolução, foi nomeado Chefe de Policia do Estado, passando a colaborar com o Interventor Federal em São Paulo, General Waldomiro Lima. Em 1934, assumiu o subcomando da Escola de Oficiais, organizou a Inspetoria Administrativa da Força Pública, participou de concurso e foi promovido a Tenente-Coronel, onde comandou a chefia do serviço de Intendência e Transporte até 1938 quando sofreu um acidente grave e solicitou reforma, permanecendo nessa chefia até 1939. Nesse período escreveu "Tratado de Topografia Ligeira" e "Guerra Cisplatina"
Lembremos que naquele tempo a literatura espírita era escassa. Existiam os livros da Codificação e além deles um ou outro livrinho de produção independente. A promissora obra de Francisco Cândido Xavier, estava ainda nos seus primeiros degraus. Armond logo constatou isso e começou a escrever uns livrinhos mais simples, próprios para os iniciantes à Doutrina Espírita. Eu diria que a inspiração dos cursos de Espiritismo que até hoje estão em pleno vigor na FEESP nasceu das páginas desses livrinhos do Armond. Cursos esses que estão em todos os quadrantes do movimento espírita brasileiro e quiçá do exterior.



O Comandante Armond chegou, então, à Diretoria da FEESP. E como Secretário Geral organizou a “Escola de Médiuns” e a “Escola de Aprendizes do Evangelho”. Hoje estas escolas acolhem mais de cinco mil alunos. E criou também o passe padronizado que tem causado muita polêmica, porque é um ritual muito distante da prática espontânea, intuitiva que fora exemplificada por Jesus.
Sua bibliografia compõe-se de 25 obras. As que fizeram mais sucesso foram “Passes e Irradiações” e “Os Exilados de Capela”. Foi ele também que trouxe para o nosso meio a “Cromoterapia”, que nada tem a ver com a Doutrina Espírita, mas que hoje está espalhada graças um opúsculo escrito por ele e publicado pela Editora Aliança. Devemos a ele também essa enxertia.



Em maio de 1944, o Comandante Armond fundou o jornal “O Semeador”, órgão doutrinário da FEESP. Apoiado por um grupo de amigos fundou ainda a Instituição Espírita “O Lar do Amor Cristão”, em São Paulo e foi um dos signatários da Ata de Fundação da USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. Além da Cromoterapia e do passe padronizado que ainda hoje causam discussões no meio espírita e certamente serão questionados pelas gerações espíritas do futuro, devo ainda mencionar que suas obras estão carregadas de conceitos orientalistas, pois ele foi um grande estudioso das principais religiões orientais. 


Termos como “chacras” e “carma” e outros de origem oriental foram enxertados por ele no movimento espírita brasileiro.
Há ainda em suas obras um legado místico muito forte que tomou o movimento espírita brasileiro de assalto. Não bastasse o bolor igrejeiro do roustainguismo, o misticismo e o orientalismo do Comandante Armond também trouxeram prejuízos sérios ao movimento espírita brasileiro.
Alegando problemas de saúde, Edgard Armond deixou a FEESP em 1966. E o estrago armondista no movimento espírita brasileiro iria se completar com a criação, por ele próprio, da Aliança Espírita Evangélica que nasceu com vocação um tanto velada, a princípio, federacionista e tornou-se em pouco tempo, em nosso Estado de São Paulo, concorrente da USE e da FEESP.
FONTE: duplavista.com.br

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