No
livro “Chico, Diálogos e Recordações”, o autor Carlos Alberto Braga
realiza um trabalho sério e dedicado por quatro anos com Arnaldo Rocha,
que teve quase 50 anos de convivência com Chico Xavier. Arnaldo revelou
uma série de reencarnações de si mesmo e de “Nossa Alma Querida”, como
se refere a Chico. Arnaldo Rocha foi o doutrinador de um grupo de
desobsessão que Chico Xavier participava.
O nome era “Grupo Coração
Aberto”, onde muitas revelações sobre vidas passadas na história
planetária foram reveladas.
O
resultado do trabalho pode ser parcialmente visto nos livros
“Instruções Psicofônicas” e “Vozes do Grande Além”. Dentre várias
encarnações de Francisco Cândido Xavier, algumas já foram elucidadas:
Hatshepsut (Egito) (aproximadamente de 1490 AC a 1450 AC)
Era
uma farani – feminino de faraó – que herdou o trono egípcio em função
da morte do irmão. A regência dela foi muito importante para o Egito, já
que suspendeu os processos bélicos e de expansão territorial. Trouxe ao
povo um pensamento intrínseco e mais religioso. Viveu numa época em que
surgiram as escritas nos papiros, o livro dos mortos. Hatshepsut foi
muito respeitada e admirada pelo povo egípcio. Obesa e diabética, com
câncer nos ossos, desencarnou em torno dos 40 anos, por causa de uma
infecção generalizada. Hatshepsut foi a primeira faraó (mulher) da
história. Governou o Egito sozinha por 22 anos, na época o Estado era um
dos mais ricos.
Chams (Egito) (por volta de 800 AC)
Rainha
do Egito durante o império babilônico de Cemirames. Vários amigos de
Chico Xavier também estavam encarnados na época, como Camilo Chaves, o
próprio Arnaldo Rocha e Emmanuel, que era sacerdote e professor de
Chams.
Sacerdotisa (Delphos-Grécia) (cerca de 600 AC)
Não
se tem registros de qual o nome Chico Xavier recebeu nesta encarnação.
Ela se tornou sacerdotisa por causa do tio (Emmanuel reencarnado), que a
encaminhou para a sacerdotisação.
Lucina (Roma-Itália) (aproximadamente 60 AC)
Lucina
era casada com o general romano chamado Tito Livonio (Arnaldo Rocha
reencarnado), nos tempos da revolução de Catilina. Nesta jornada, Lucina
teve como pai Publius Cornelius Lentulus Sura, senador romano, avô de
Publius Cornelius Lentulus (Emmanuel).
Flavia Cornélia (Roma-Itália) (de 26 DC a 79 DC)
Nesta
encarnação, Chico Xavier era filha do senador romano Publius Cornelius
Lentulus (Emmanuel). Arnaldo Rocha confidenciou que quando Chico se
lembrava da reencarnação de Flavia sentia muitas dores, porque ela teve
hanseníase. Também se percebia um forte odor que se exalava.
Lívia (Ciprus, Massilia, Lugdunm e Neapolis) (de 233 DC a 256 DC)
Foi
abandonada numa estrada e achada por um escravo, que trabalhava como
afinador de instrumento, e tinha o nome de Basílio (Emmanuel
reencarnado). Ele a adota e coloca o nome de Lívia – ler Ave Cristo.
Nesta ocasião, Arnaldo Rocha era Taciano, um homem casado que tinha uma
filha chamada Blandina (Meimei reencarnada).
Certa vez, os três se encontraram e Taciano chegou a propor uma relação conjugal com Lívia, que era casada com Marcelo Volusian.
Quando
a proposta foi feita, Lívia alertou que todos tinham um compromisso
assumido, tanto Taciano com sua esposa, quanto ela com o seu marido.
Na
oportunidade, Lívia disse: “Além de tudo, nós temos que dar exemplo a
essa criança. Imagina ela ter uma referência de pais que abandonam esses
compromissos.
Confiemos
na providência divina porque nos encontraremos em Blandina num futuro
distante”, numa clara alusão ao primeiro encontro entre Arnaldo Rocha e
Chico Xavier, na Rua Santos Dumont, em Belo Horizonte, em 1946, quando o
médium revelou as mensagens de Meimei do Plano Espiritual.
Clara (França) (por volta de 1150 DC)
Chico
Xavier, quando esteve na França, foi nas ruínas dos Cátaros e se
lembrou quando, em nome da 1ª Cruzada, toda uma cidade foi às chamas.
Essa lembrança foi dolorosa para Chico. No século seguinte, a 2ª Cruzada
foi coordenada por Godofredo de Buillon (Rômulo Joviano encarnado –
patrão de Chico Xavier na Fazenda Modelo em Pedro Leopoldo), que tinha
um irmão chamado Luis de Buillon (Arnaldo Rocha reencarnado), casado com
Cecile (Meimei ou Blandina reencarnada). Godofredo e Luis tinham mais
um irmão, com o nome de Carlos, casado com Clara (Chico Xavier,
reencarnado).
Meimei,
no livro “Meimei Vida e Mensagem”, de Wallace Leal Rodrigues, descreve
todos esses nomes, sem falar das reencarnações, e se refere a Chico como
quem tem o afeto das mães, numa clara citação das várias encarnações
femininas que teve o médium: “… Meu afeto ao Carlos, Dorothy, Lucilla,
Cleone e a todos os que se encontram mencionados em nossa história, sem
me esquecer do Chico, a quem peço continue velando por nós com o afeto
das mães, cuja ternura é o orvalho bendito, alertando-nos para viver,
lutar e redimir” (mensagem psicofônica de Meimei pelo médium Chico
Xavier, em 13 de agosto de 1950).
Lucrezja di Colonna (Itália) (Século XIII)
Nesta
encarnação, Chico Xavier nasceu na família de Colonna, assim como
Arnaldo Rocha, que era Pepino de Colonna, e Clóvis Tavares, na época
Pierino de Colonna. Os três viveram na época de Francisco de Assis e
tiveram contatos, encarnados, com este espírito iluminado.
Joanne D’Arencourt (Arras-França) (Século XVIII)
Joanne
D’Arencourt fugiu da perseguição durante a Revolução Francesa sob a
proteção de Camile Desmoulins (Luciano dos Anjos, reencarnado). Veio
desencarnar tuberculosa em Barcelona em 1789.
Joana de Castela (Espanha) (1479 a 1556)
Joana
de Castela era filha de reis católicos – Fernando de Aragão (Rômulo
Joviano, encarnado) e Isabel de Castela. Casou-se com Felipe El Hermoso,
neto de Maximiliano I, da Áustria, da família dos Habsburgos. O
casamento foi político, mas apressado pelo grande amor que existia.
Desde criança, Joana via espíritos e, por viver numa sociedade católica,
era considerada como louca. Com a desencarnação dos pais de Joana, o
marido Felipe e, o pai dele, Felipe I (Arnaldo Rocha reencarnado)
disputavam o trono.
Para
evitar que Joana de Castela assumisse, acusaram ela de louca, porque
via e falava com os espíritos. Depois que Felipe desencarnou, Joana foi
enclausurada por 45 anos em Tordesilhas, na Espanha. A dor era muito
grande, mas o que a consolava era o contato com os espíritos. A clausura
tem muita relação com a vida de Chico Xavier. Foi uma espécie
de
preparação para o que viria. Chico sempre foi muito popular, mas fazia
questão de sair do foco para que a Doutrina Espírita fosse ressaltada.
Ruth Céline Japhet (Paris-França) Encarnação anterior à de Chico
Xavier (1837/1885)
Sua
infância lembra os infortúnios de Chico Xavier, tal a luta que
empreendeu pela saúde combalida. Era médium desde pequena, mas só por
volta dos 12 anos começou a distinguir a realidade entre este mundo e o
espiritual. Na infância, confundia os dois. Acamada por mais de dois
anos, foi um magnetizador chamado Ricard quem constatou que ela era
médium (sonâmbula, na designação da época), colocando-a em transe pela
primeira vez. Filha de judeu, Ruth Céline Japhet contribuiu com Allan
Kardec para trabalhar na revisão de “O Livro dos Espíritos” e do
“Evangelho Segundo o Espiritismo”, durante as reuniões nas casas dos
Srs. Roustan e Japhet. Isso pode explicar por que Chico sabia, desde
pequeno, todo o Evangelho. Em palestra proferida em Niterói no dia 23 de
abril, o médium Geraldo Lemos Neto citou este fato: “Desde quando ele
tinha cinco anos de idade, Chico guardava integralmente na memória as
páginas de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. A história de Chico
Xavier todos nós sabemos. Ele somente veio ter contato com a Doutrina
Espírita aos 17 anos de idade”, finalizou.
Para
contrariar o pressuposto de que Chico Xavier foi Allan Kardec, o
próprio médium mineiro relatou a admiração pelo codificador em carta
publicada no livro “Para Sempre Chico Xavier”, de Nena Galves: “Allan
Kardec vive. Esta é uma afirmativa que eu quisera pronunciar com uma voz
que no momento não tenho, mas com todo o meu coração repito: Deus
engrandeça o nosso codificador, o codificador da nossa Doutrina. Que ele
se sinta cada vez mais feliz em observar que as suas idéias e as suas
lições permanecem acima do tempo, auxiliando-nos a viver. É o que eu
pobremente posso dizer na saudação que Allan Kardec merece de todos nós.
Sei
que cada um de nós, na intimidade doméstica, torná-lo á lembrado e cada
vez mais honrado não só pelos espíritas do Brasil, mas de todo o mundo.
Kardec vive”.
PUBLICADO NO JORNAL CORREIO ESPÍRITA EM JUNHO DE 2010
FONTE: http://chico-xavier.com/2010/09/18/as-diversas-reencarnacoes-de-chico-xavier/
http://grupodeestudojb10.blogspot.com.br/
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