Nascido em Eisleben, Alemanha, a 10 de novembro de 1483, Lutero era filho de camponeses católicos alemães.
Como era comum na época, foi alvo de uma disciplina rígida. O menino Lutero aprendeu, entre outras coisas, a orar aos santos, realizar boas obras e reverenciar o papa e a igreja.
Cedo, aos 5 anos, Lutero começou a
estudar latim em uma escola local. Já aos 12 anos, foi aluno de uma
escola de uma irmandade religiosa em Magdeburgo. Em 1505 recebeu grau de
Mestre em Artes da Universidade de Erfurt, e em 1505 e começou a
estudar Direito.
Pouco tempo após iniciar seus
estudos de Direito, Lutero resolveu tornar-se monge e entrou no Mosteiro
Agostiniano de Erfurt. A sua ordenação foi em 1507. Em seguida, deixou o
Mosteiro para ensinar filosofia moral na Universidade de Wittenberg.
Continuando seus estudos, Lutero
obteve o título de Doutor em Teologia. De 1513 a 1518, ensinou Teologia
Bíblica na Universidade de Wittenberg. Nessa época, começou a tornar-se
bastante conhecido. Após certa idade, Lutero começou a ser afligido por
uma angústia que pode ser sintetizada em uma pergunta: se o coração da
pessoa é governado pelo pecado, como pode esperar salvação diante de
Deus?
Por causa do que havia aprendido, procurou resposta – e paz –
através de boas obras, incluindo jejuns e autoflagelação. Contudo, seu
sentimento de incapacidade para sentir paz diante de Deus continuou,
levando-o às portas do desespero.
A aflição de Lutero somente
encontrou resposta no dia em que encontrou na Bíblia a certeza de que
não há como alguém merecer o favor de Deus por causa de alguma coisa que
faz; que a única forma de alguém obter o favor Deus é através da fé em
Jesus Cristo; que é através da fé em Jesus que os pecados são perdoados
por Deus.
Este entendimento, conhecido como a doutrina da justificação
pela fé, tornou-se um dos pilares do pensamento religioso de Lutero.
A Igreja Romana da época costumava
dizer que algumas pessoas possuíam mais méritos do que tinham
necessidade para serem salvas. Por isso, o “mérito extra” dessas pessoas
poderia ser transferido – especialmente através de pagamento – para
pessoas cuja salvação era duvidosa.
Lutero protestou contra esta
prática, chamada de indulgência. Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou
uma série de críticas – que se tornaram conhecidas como 95 Teses – na
porta da Igreja do Castelo de Wittenberg.
As Teses eram um protesto
contra o abuso da autoridade do Papa, especialmente no sentido de
desafiar o Papa a esvaziar de graça o purgatório, já que diz
controlá-lo. Lutero também negou o ensino do “mérito extra” que estava
por trás das indulgências.
Segundo Lutero, o verdadeiro tesouro da
Igreja é o Evangelho – a proclamação do amor de Deus. A Igreja Romana
ordenou que Lutero se apresentasse em Roma para responder às acusações
de heresia. Sabendo do caso, o Príncipe da Saxônia, Frederico o Sábio,
interveio e insistiu que a audiência de Lutero fosse realizada em solo
alemão.
Como resultado, uma Dieta Imperial foi realizada na cidade de
Augsburgo, em 1518. Lutero se recusou a mudar de opinião. Temendo ser
preso, fugiu de Augsburgo. As idéias de Lutero logo encontraram adeptos
em todas as regiões da Alemanha, e mesmo fora dela.
A resposta do Papa à
situação foi uma bula (ordem papal), ameaçando Lutero de excomunhão,
caso não se retratasse. Em protesto, ele queimou publicamente a Bula e
foi excomungado em janeiro de 1521.
Em junho de 1525, Lutero casou-se
com Catarina de Bora, uma ex-freira. Os dois tiveram seis filhos e
abrigaram onze órfãos. Lutero publicou cerca de 400 obras durante a sua
vida, incluindo comentários bíblicos, catecismos, sermões e tratados.
Também escreveu hinos para a Igreja. Parte de suas obras estão
publicadas em diversas línguas modernas.
Lutero faleceu de derrame cerebral
em 1546, aos 63 anos de idade, em sua cidade Natal, Eisleben. Seu corpo
foi sepultado na Igreja do Castelo de Wittenberg, onde, cerca de 30 anos
antes, havia afixado suas 95 Teses.
Fonte: site da IELB/.horaluterana.org.br
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