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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O Shintoísmo



Surgido na aurora da história japonesa, o xintoísmo é uma religião arcaica que venera os kami, divindades da natureza, dos antepassados e de níveis superiores de existência. A pesar de não ter um fundador, nem escrituras nem dogma fixo, o xintoísmo tem impregnado a vida dos japoneses influindo em sua visão da existência, nos valores, ritos, estética e comportamento.

 O xintoísmo não tem um fundador, nem textos sagrados que ditem seu dogma ou código moral. A sua origem está perdida no passado remoto dos aborígenes das ilhas japonesas, e a sua compreensão é difícil para o ocidental porque tem uma mistura de elementos religiosos e outros de diversa índole.
Xintó significa "Via dos Kami".


 A característica mais distintiva da religião é o convencimento de que os deuses (kami), o homem e a totalidade da natureza têm a mesma origem divina, portanto pertencem à mesma família. Este convencimento tem moldado a experiência e a visão do cosmo japonesa, que se distingue por sentir respeito e afinidade para com tudo o que existe, ter uma consciência de continuidade ininterrupta, um alto sentido do dever além de segurança e confiança, qualidades que posteriormente foram acentuadas pela influência budista e confucionista. 

Atualmente constitui o segundo credo com maior número de fieis do Japão (com cerca de 67 milhões) depois do budismo japonês. Como o xintoísmo não pretende converter, criticar nem entrar em conflito com outras religiões, a sua expansão fora das ilhas do Japão ficou limitada em geral às comunidades nipônicas da emigração.





 


Uma religião particular

O xintoísmo é a expressão, decantada através dos séculos, de uma religiosidade natural, com as lógicas evoluções e acréscimos em sua formulação, ritos, etc. 


Teve um papel importante não somente no referente às atividades religiosas, e sim também em quanto à postura diante dos problemas da vida, tanto de tipo privado como público. Ao surgir junto ao Japão tem tingido todos os aspectos da experiência do país, condicionando suas respostas ante a existência, a morte, a vida comunitária, a organização social, a ideologia política, as festividades e a estética.


 É uma forma de praticar valores e atitudes para os ritos, os antepassados e para a natureza, que eles consideram sagrados. 

  



BREVE HISTORIA DO XINTOÍSMO

O xintoísmo é considerado uma religião primitiva, própria das culturas da mais remota antigüidade, com a peculiaridade de que tem permanecido, incluso com caráter oficial e legal, num povo moderno como o japonês. As suas origens remontam à Idade Antiga, quando ainda era um culto aos fenômenos naturais -às tormentas, às montanhas, ao Sol, à Lua ou aos rios-, que os japoneses identificavam com umas deidades chamadas kami. 


No princípio, o xintoísmo não tinha nome. Quando o confucionismo e sobre tudo o budismo (chamado buppó, «lei de Buda», ou butsudó, «a via de Buda») se introduziram no século VI e começaram a difundir-se no Japão, se chamou de xintó a  religiosidade tradicional, para diferenciá-la de aquelas. Literalmente significa «caminho (tó) dos deuses (shin)». Os japoneses elegeram um nome chinês para sua religião porque naquele tempo (faz mais de um milênio), era a única língua que tinha escritura no Japão, que não tinha ainda desenvolvido a escritura em seu próprio idioma. A frase que significa xinto em japonês é Kami no michi.


A primeira vez que aparece a palavra xintó para designar a religião original dos japoneses é no Nihongi ou Nihonshoki (anais japoneses terminados no ano 720 d.C.). Por exemplo, na crônica do imperador Yó-mei (519-687) não estava designada com um nome especial. 


Desde finais de século XIX até a Segunda Guerra Mundial, o xintoísmo foi considerado a religião nacional do Japão, e o imperador como um kami. Esta tendência começou no princípio do século XVIII, quando o xintoísmo se converteu no eixo de um movimento nacionalista, o Movimento da Aprendizagem Nacional, que pretendia definir as características distintivas da cultura japonesa frente às da China e do Ocidente através das virtudes xintoístas da simplicidade e da pureza de espírito. 


Assim, foi utilizado como ideologia legitimadora da fase militar da história japonesa recente e designada religião do Estado até 1945. Durante a ocupação de pós-guerra foi despojado de seus conteúdos políticos, e a partir de então os templos têm recuperado seu papel como centros de festividades comunitárias e ritos familiares.

  


O SHINTOÍSMO HOJE

Como vimos antes, o xintoísmo é mais uma atitude sagrada do que uma religião, e as diversidades de pensamento e as múltiples variações do ritual confirmam este caráter. Hoje em dia, se apresenta debaixo de quatro aspectos:

• O Jinja-xinto é o xintoísmo de todos os japoneses, aquele dos templos e do culto aos kami;
• O Kóshitu-xinto é o xintoísmo celebrado na casa do imperador;
• O Kyóha-xinto é o xintoísmo de movimentos religiosos criados por certos indivíduos depois de uma experiência pessoal, social ou mística; às vezes,  nestas seitas xintoístas há sinais de confucionismo e de budismo;
• E por fim o Minkan-xinto ou xintoísmo. do povo, que não tem organização nem estrutura dogmática, admitido pelo Jinja-xinto, porém não muito apreciado pelo xinto oficial.

Atualmente a constituição japonesa garante a liberdade religiosa, que é estritamente cumprida. De fato, qualquer forma de ensinamento religioso está proibida nos colégios públicos dado que Japão se considera um estado laico. 


Porém, a relação dos japoneses com os templos xintoístas é muito estreita. Cada templo organiza diversos eventos ao longo do ano com comida, bebida etc. para manter este vínculo. As famílias acostumam ir ao templo no começo do ano para pedir por um bom ano, e a nível individual é comum visitar templos para pedir desejos como passar um exame, saúde, amor, etc. 


Leia mais na Fonte: h2hlatino.org

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