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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Conhecendo o Budismo


O budismo é um dos fenómenos mais antigos do mundo. É a quarta religião depois do Cristianismo, do Judaísmo e do Hinduísmo. O Budismo não é propriamente uma religião mas mais uma filosofia de vida, visto que, no centro da sua mensagem está o homem; Deus fica numa enigmática penumbra.
    O objectivo do Budismo – não é a fusão em Brama (o Absoluto), nem a união com Deus, mas chegar ao Nirvana que significa apagar os fogos da saudade e do apego (este pode ser atingido nesta vida). Ensina a via para fugir ao sofrimento e à dor.   

            "Há uma esfera que não é certa, nem água, nem fogo, nem ar: a esfera do nada. é só aí o fim do sofrimento"
Buda

    Um dos princípios fundamentais do budismo é o desenvolvimento de uma atitude de compaixão ou benevolência, de amor, e de comunidade com todos os seres vivos, sem ferir, ofender ou depreciar nenhum deles.


 A História

O verdadeiro nome de Buda (= iluminado) foi Siddharta Gotama. Nasceu no Nepal, Nordeste da Índia, entre o séc. VI e IV a.C.) (segundo a tradição por volta do ano 566 a. C.), numa família real do clã Xáquia. O pai, temendo que pudesse ser abalado por desagradáveis, manteve-o na área do palácio. Todavia, aos 29 anos, Gotama viu o sofrimento humano, pela primeira vez, sob a forma de um velho, um doente e um morto. Ao deparar com um asceta (monge), resolveu seguir essa antiga via e fugir de casa, de noite, deixando a mulher e a família. Após seis anos de severa austeridade, atingiu o seu objectivo. Mas não escapara ainda ao sofrimento. Sentado debaixo de uma árvore Bodhi, a da iluminação, passou por todas as fases de meditação e atingiu a iluminação, compreendendo a verdadeira natureza do sofrimento. A partir daí foi conhecido por Buda, literalmente "o acordado", e, durante cerca de 40 anos, até morrer, dedicou-se a ensinar a outros o caminho para chegar à iluminação.





A Doutrina

O credo budista consiste nas «quatro verdades santas»:
1- Toda a existência é insatisfatória e cheia de sofrimento;
2- Este sofrimento é causado pela ignorância, pelo desejo ardente ou apego – esforço constante para encontrar algo de eterno e estável num mundo transitório;
3- O sofrimento ou insatisfação pode-se superar na totalidade – é o Nirvana;
4- Consegue-se alcançar a nirvana seguindo o nobre cominho das Oito Vias: (estas oito vias não têm de ser seguidas por um ordem estabelecida)
- compreensão certa (ou fé pura)
- pensamento dirigido certo (ou vontade pura)
- discurso certo (ou linguagem pura)
- conduta certa (ou acção pura)
- esforço certo (ou aplicação pura)
- vida certa (ou meios de subsistência puros)
- atenção certa (ou memória pura)
- concentração certa (ou meditação pura)
    Par alcançar a purificação absoluta e, por conseguinte, a iluminação, o Budismo propõe numerosos exercícios. O «Yoga» é o principal.
    O budismo acredita que um ser humano antes de atingir o Nirvana, lugar de absoluta tranquilidade, onde o sofrimento não existe, passa por diversos renascimentos. No interior de roda da vida jazem as seis esferas de existência onde os seres podem ser obrigados a renascer:
            o reino dos deuses
            o dos asuras ou deuses rebeldes e ciumentos;
            a dos famintos (pretas);
            o dos infernos
            o dos animais
            o dos seres humanos, caracterizado pelo nascimento, velhice, doença, mal - estar e morte

    No Budismo não existe a alma. Há somente a sequência de um momento de aparecimento que dá origem ao seguinte, de forma que a morte representa simplesmente uma nova forma de aparecimento, como ser humano ou animal, no céu ou no inferno.

    Os três pecados principais do Budismo:

            - a ganância (representada pelo porco)
            - o ódio (representado pela serpente)
            - a ilusão (representada pelo galo)

            "Consumido pelo desejo ardente, enraivecido pelo ódio, cego pela ilusão, esmagado e desesperado, o homem contempla a sua própria queda, a dos outros e ambos em conjunto"
Buda

 

 

Os símbolos do budismo

-A roda da vida – É a roda simbólica do renascimento.
-O templo ou santuário budista – lugar de culto
-O Bonzo – É o nome dado aos monges budistas.


Vida Religiosa
Para o Budismo há duas categorias de fiéis: os monges e os leigos.
 Os monges possuem apenas uma túnica amarelada ou alaranjada, e vive em comunidades ou junto aos templos e santuários. O seu dia começa com as orações, os monges saem pelas ruas com a tigela do arroz a pedir esmola. Depois, retira-se para a sua cela, onde come a refeição que lhe foi dada. O monge, de facto, não deve distrair-se com coisas terrenas. A sua pobreza é absoluta, caminha sempre descalço, dorme numa esteira. À tarde, os monges dedicam-se a actividades várias, conforme o gosto ou a iniciativa do abade. Ao cair da noite, reúnem-se de novo para recitar os louvores a Buda. As crianças, embora se vistam como bonzos, não serão obrigatoriamente monges para toda a vida. No mosteiro recebem a formação e são iniciadas à vida espiritual.

 Acções meritórias para os leigos budistas (deste modo o budista laico certifica-se de um futuro nascimento favorável).

            Dar dinheiro aos monges e pobres;
            Dar roupa e alojamento aos monges e pobres;
            Dar medicamentos aos monges e pobres;
            Praticar ritos e devoções através de textos sagrados e cânticos;


 A religião budista exige como comportamento que não se mate, não se roube, não se minta, não tenha ligações amorosas com homem e mulher fora do casamento, e não se tome bebidas alcoólicas.



 

 

As Festividades

  Os leigos participam em variados actos de culto que revelam uma religiosidade muito viva e profunda. A oferta de flores, velas e pauzinhos de incenso é muito difundida. As estátuas de Buda são honradas de modo particular. Nas de madeira, os fiéis colocam folhinhas de ouro, pronunciando a típica oração budista: "Refugio-me no Buda, nos seus ensinamentos (Dharma) e na comunidade de monges (Sangha) – preserva e transmite o que o sábio ensinou.
  Assim, as orações dos budistas, leigos e monges, não são dirigidas a um Deus pessoal, mas ao Buda que está dentro de cada um de nós. Muitas vezes, essas mesmas orações são gravadas em rolos que os fiéis fazem girar. Julgam que, enquanto os rolos giram com as orações que contêm estas são repetidas centena de vezes.

O Budismo Tibetano

 Os monges tibetanos têm o nome de Lama e gozam de um grande influência na população. São vistos como reincarnação dos santos budistas. Quando um deles morre, procura-se a criança em que a sua alma se reincarnou. É examinado e aceite como um novo Lama. Apenas o Budismo do Tibete está estruturado de forma hierárquica. A máxima autoridade é o Dalai Lama. O actual, chamado Tenzin Gytso, vive exilado desde 1959, porque a sua pátria foi invadida pelos chineses.
 Fonte:religioes.home.sapo.pt

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