A cruz constitui um capítulo à parte da simbologia gráfica.
Símbolo extremamente antigo e de caráter universal, a cruz pode ser
encontrada em um número muito grande de variações sobre seu tema. Mas o
modelo básico é sempre a interseção de dois segmentos retos, um vertical
e o outro horizontal.
O significado arquetipal do símbolo da cruz é sempre
o da conjunção dos opostos: o eixo vertical (masculino) com o eixo
horizontal (feminino); o positivo com o negativo; o homem com a mulher;
o superior com o inferior; o tempo com o espaço; o ativo com o passivo;
o Sol com a Lua; a vida com a morte; Espírito e matéria, etc.
A união dos opostos é a idéia central contida na simbologia
da crucificação de Cristo, e a razão pela qual a cruz foi
escolhida como
emblema magno do cristianismo. O sentido básico da crucificação é o de
experienciar a essência do antagonismo, uma idéia que reside na própria
raiz da existência, já que tudo no universo (e no homem) nasce e se
desenvolve a partir do choque doloroso de forças antagônicas.
A cruz tem um significado religioso e esotérico para
povos tão distintos e tão distantes como os fenícios, persas, etruscos,
romanos, egípcios, celtas, peruanos, mexicanos e os indígenas da América
Central e do Norte.
A
teosofia explica o sentido místico da cruz como sendo
originário do dualismo andrógino presente em todas as manifestações da
natureza. A cruz significa, assim, a idéia do homem regenerado, aquele
que conseguiu integrar harmoniosamente as suas duas partes e que,
"crucificado" como mortal, como homem de carne com suas paixões, renasce
como imortal.
Na simbologia
rosacruz,
cruz ocupa posição proeminente. Aqui ela simboliza os quatro reinos da
natureza. O reino mineral anima a todas as substâncias químicas, de
maneira que a cruz feita de qualquer material é símbolo desse reino. O
madeiro inferior da cruz representa o reino vegetal, porque,
esotericamente, as correntes dos espíritos-grupos que dão vida às
plantas provêm do centro da Terra. O madeiro superior simboliza o homem,
porque as correntes vitais que animam o ser humano descem do Sol e
impregnam o planeta Terra. O madeiro horizontal simboliza o reino
animal, que se encontra entre os reinos vegetal e humano, com a sua
coluna vertebral na posição horizontal.
O estudioso Cirlot, uma das maiores autoridades
mundiais em símbolos, explica também que a cruz, como o símbolo da "Árvore
da Vida", funciona como emblema do "eixo do mundo". Situada
no centro ou coração místico do cosmos, a cruz transforma-se,
simbolicamente, na ponte ou escada através da qual a alma pode chegar a
Deus. A cruz afirma assim a relação básica entre o mundo celestial e o
terreno. Em outras palavras, é através da experiência da crucificação (o
conhecimento vivenciado dos opostos) que se chega ao centro de si mesmo
(a iluminação).
Carl Jung
comenta também que, em algumas tradições, a cruz é símbolo do fogo e dos
sofrimentos da vida. Tal concepção parece ter origem no fato de que os
dois eixos da cruz estão associados com os dois bastões de madeira que o
homem primitivo usava para produzir o fogo, esfregando um
no outro até produzir combustão. Um dos bastões era considerado
masculino, e o outro, feminino.
CRUZ DE SANTO ANDRÉ:
Símbolo da união do mundo superior com o
mundo inferior. Tem esse nome porque segundo a história Santo André foi
martirizado numa cruz dessa forma.
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CRUZ DE SANTO ANTONIO (TAU):
Reproduz o desenho da letra grega Tau,
para os gauleses representa o martelo de Thor. Também com representação
de um martelo com duas cabeças (símbolo daquele que se faz comprir( e
também símbolo de São Francisco de Assis
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CRUZ CRISTÃ:
Também chamado de Cruz Latina, é o mais
exaltado dos emblemas da fé cristã. Os romanos utilizavam a cruz feita
de duas madeiras como meio de execução de criminosos e inimigos do
estado romano. Pela martirização de Jesus Cristo, ela se tornou o
símbolo do Cristianismo no mundo religioso. Origem: Foram
encontrados bem antes da era Cristã, sinais em formas de cruz, de
diferentes formatos, em quase todas as partes do Velho Mundo. Índia,
Síria, Pérsia, Egito, em todos foram encontrados inúmeros exemplos .O
uso da cruz como símbolo religioso em tempos pré-cristãos e entre povos
não-cristãos pode provavelmente ser tido como universal, e em muitos
casos estava ligado com alguma forma de culto à natureza.
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CRUZ DE ANU:
Os assírios e Caldeus esta cruz representa
o céu de seu Deus Anu, para eles esse símbolo sugere a irradiação no
espaço de sua poderosa energia em todas as direções.
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CRUZ ANSATA:
Importantíssimo símbolo solar egípcio,
trata-se da união de dois símbolos, a cruz Tau com um círculo, a cruz
ansada na realidade é um hieróglifo, significando VIDA ou ATO DE VIVER e
formando parte das palavras SAÚDE e FELICIDADE. Como símbolo gráfico, a
cruz ansata expressa uma profunda idéia, o círculo como a vida (o
espírito) colocando-se na superfície da matéria inerte para vivifica-lo.
Também interpretada como O sol, céu e a terra (horizonte - Representado
como o traço transversal). Também interpretada como o homem de
braços aberto.
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CRUZ SUÁSTICA (CRUZ
GAMADA):
Um dos mais antigos símbolos da
humanidade, a suástica representa a energia criativa do cosmos em
movimento. Por isso ela pode ter dois sentidos: DESTRÓGIRO (Seus braços
giram no sentido do relógio - para a direita) e SINISTRÓGIRO, no sentido
inverso dos ponteiros do relógio - Para a esquerda. A destrógiro indica
o sentido evolutivo do universo, do tempo. O inverso significa a
dinâmica contrário, involutiva, o passado. A suástica adquiriu má
reputação, devido ao uso simbólico do nazismo, escolhendo-o como símbolo
político-ideológico.
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CRUZ DE MALTA:
Também conhecida como cruz de São João,
tem oito pontas, como símbolo místico significa as forças centrípetas do
espírito, emblema da Ordem dos Cavaleiros de São João da Ilha de Malta.
Também muito usada nas condecorações militares.
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CRUZ PATRIARCAL:
Conhecida como Cruz que representava
os Bispos, príncipes da igreja primitiva cristã.
De acordo com a cultura popular e influências diversas, a Cruz de Caravaca pode adquirir outros nomes: Santíssima Vera Cruz de Caravaca, Cruz das Missões, Cruz de Lorena, Cruz de Borgonha, Cruz de São Miguel, Cruz Missioneira, Wishing Cross (cultura afro-americana). O significado é de proteção e devoção, ela é usada em forma de relíquia peitoral ou pedestal. Os dois braços representam a distinção arquiepiscopal ou patriarcal. Popularmente os dois braços significam fé redobrada. |
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CRUZ TEMPLÁRIA:
Um círculo com cortes, representando os
machados, como símbolo de força, em defesa da fé cristã.
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CRUZ DE JERUSALÉM:
Formada por um conjunto de cruzes, possui
uma cruz principal ao centro, representando a lei do antigo testamento,
e quatro menores dispostas em cantos distintos, representando o
cumprimento desta lei no evangelho de cristo. Tal cruz foi adotada pelos
cruzados graças a Godofredo de Bulhão, primeiro rei cristão a pisar em
Jerusalém, representando a expansão do evangelho pelos quatro cantos da
terra.
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CRUZ DA PÁSCOA:
Chamada por alguns de Cruz Eslava, possui
um "braço" superior representando a inscrição colocada durante a
crucificação de cristo, e outro inferior e inclinado, que traz um
significado dúbio, dos quais se destaca a crença de que um terremoto
ocorrido durante a crucificação causou sua inclinação.
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ROSACRUZ:
A cruz o corpo físico, a rosa o eu
interior, o espírito. O homem com os braços abertos, saudando o sol,
neste caso o Sol representa a LUZ MAIOR. A rosa bem no centro representa
a unidade do homem com sua missão cósmica (mundo material e espiritual).
Outra interpretação é que a cruz significa
a sabedoria do Salvador, o conhecimento perfeito. A rosa a purificação,
o ascetismo que destrói os desejos carnais. A cruz simboliza a força
masculina, a rosa a força feminina.
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Fonte: Revista Planeta Especial -
Símbolos Esotéricos - Junho 1983 - Editora Três
/espiritualismo.hostmach.com.br
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