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domingo, 15 de janeiro de 2012

A Origem dos Mantras




Já sabemos a importância das vibrações ou sons na formação do universo. Certos sons produzem diferentes conjuntos de vibrações no éter. Alguns destes, de freqüências baixas produzem reações e formam partículas de matéria, dando origem a formação de elementos. Como o microcosmo é a representação do macrocosmo, desvendando-se os segredos do micro pode-se conhecer os do macro.
Se nós fecharmos nossos olhos e tentarmos concentrar-nos ao nosso redor, o que sentimos? Todo tipo de poluição sonora. Dirigimos-nos a um local ermo, tranqüilo. Suponhamos no mato, lá também nós ouvimos o canto dos passarinhos, das cascatas, a dança das folhas das árvores ao ritmo do vento, etc. Parece quase impossível escapar do som externo.
Mas, fechando-nos num quarto a prova de som, e continuando a nossa experiência, depois de certa concentração, poderemos ouvir gradualmente a nossa respiração, o som do sangue fluindo nas veias, nas artérias, e o som do sistema nervoso.
Milhares de anos atrás os sábios e os yogis meditavam nas cavernas onde reinava o silencio absoluto. Retrairam suas mentes dos sons do corpo físico, focalizando-as nos centros de energia sutil, que chamamos de sete chakras. Estes sábios ouviram 50 diferentes vibrações dos 7 chakras e traduziram-nas através das cordas vocais, em 50 letras, dando origem ao alfabeto da língua Sânscrito.
O som de cada letra tem certa energia que ajuda controlar a performance (rendimento e atividade) dos determinados centros energéticos chamados de Chakras.

Cada uma destas 50 letras do alfabeto representa um –


Rudra - o aspecto masculino da transmutação ou transformação.
Shaktirúp - o aspecto feminino da transmutação ou transformação.
Vishnu - o aspecto masculino da proteção e preservação.
Shakti - o aspecto feminino da proteção e preservação.
Rishi - o nome do sábio que está associado a letra e suas qualidades.
Chanda - o contexto musical que o alfabeto representa.
Bija - semente (como a semente de manga contém uma árvore de manga, assim, as letras contêm em si a entidade que representam, como a letra "ga" é semente do Ganesh ou Ganpati).


Para manter o nosso corpo físico nós dependemos basicamente dos cinco elementos, mas para os outros revestimentos, que nos colocam em posição diferenciada aos outros reinos (animais e vegetais), nós precisamos de energias mais sutis que provem do cosmo. Estas energias estão sempre a nossa disposição mas o seu proveito depende da capacidade de nossa antena, sintonização e processamento. Os centros de controle e processamento que estão no nosso corpo sutil são chamados de Chakras.
Cada aspecto ou manifestação do brahman seja grosseira ou sutil, física ou abstrata tem a sua própria vibração. Os rishis personificaram estas vibrações em deuses e deusas. Por ex.: Brahma, Vishnu, Shiva, Fogo, Terra, Ar, Água, Ganapati, Kártikeya, Laxmí, Kalí, Durgá etc., e combinaram as letras produzindo palavras que têm poder de invocar estas entidades, e estão em total harmonia com a energia que a entidade correspondente representa.
Este conjunto de palavras chama-se MANTRA. 



A emissão do som pelo homem tem quatro estágios – para, pashyanti, madhyama e vaikhari. Nos primeiros três estágios o som não é audível e o processo começa no primeiro chakra – básico. No terceiro estágio o som chega ao quarto chakra – coração, aonde o som está quase formado e no último estágio, o som é ouvido através do Quinto chakra – Laríngeo. Na Índia o Jaimuni foi primeiro a anunciar que o som é eterno e é a matriz da toda criação. O som no estado latente já existiu antes da vibração. Assim, não existe vácuo no universo tudo esta preenchido por este som estático. As propriedades do som mudam conforme a freqüência, amplitude, entonação, volume, harmonia, pronuncia, ritmo etc. A energia do som deve ser organizada e canalizada para produzir certos resultados e isto é feito através dos mantras.
Os mantras são baseados na combinação certa de letras e quando cantados de maneira especifica produzem certos efeitos no nosso organismo, não só no plano físico, mas também no plano mental e espiritual. As letras do mantra são representações das seqüências definidas do som que, para produzir o efeito desejado, devem ser pronunciadas corretamente e seguindo as regras da música – o sur (escala) e ritmo.
Ao pronunciar os mantras, certas vibrações sonoras são geradas e com a prática contínua criam o poder de trazer as energias da respectiva divindade dentro da pessoa. Quando a divindade é realizada ou é atingido o domínio sobre o mantra, o praticante recebe o poder que supostamente reside na divindade.
Para cada mantra existe um rishi (criador) e um Deus (entidade).
A palavra mantra significa: fórmula sagrada. Literalmente Man em sânscrito quer dizer mente (o revestimento da mente), em sentido amplo e Tra significa disciplinar, então, mantra seria disciplinar a mente. 


Os mantras não são fórmulas mágicas nem meras sentenças com ou sem lógica. Eles ligam de maneira muito especial, os aspectos subjetivo e objetivo da realidade. Segue um exemplo para ilustrar esta função:
O rei insiste com o ministro chefe, que é avançado espiritualmente e recita mantras, para ensinar a ele o seu mantra. O ministro hesita e nega, mas o rei insiste. O ministro ordena ao guarda-costas a prender o rei. Depois de várias tentativas, sem resultado, o rei se aborrece e ordena prender o ministro. No momento seguinte, o ministro preso dá risada e explica ao rei que nos dois casos, a ordem era a mesma e quem recebeu também mas, somente em um caso, foi cumprida. Em relação ao mantra, o resultado depende do preparo espiritual de quem o recita.
As palavras e sílabas não têm só o som, mas também têm significados que não são tão aparentes para os que ouvem só o som. As palavras dos mantras recitadas corretamente tornam-se entidades vivas e transcendem o plano mental quando é compreendida a mensagem e a vibração delas.
As mesmas palavras ou sílabas podem ter significados diferentes, dependendo do contexto do mantra ou entidade.
Cada entidade tem vários aspectos, por ex.: Shiva e Vishnu tem 1000 nomes diferentes representando cada aspecto. Shiva tem conotação básica de destruição e transmutação. A destruição se torna necessária nos vários casos, desde o plano físico até no mais elevado plano espiritual, desde afastar a morte ou doenças, até a destruição de certas emoções, que são obstáculos na evolução espiritual, nestes casos ele passa a ser Rudra ou Shankar. O Vishnu tem conotação de bem estar e felicidade, mas ele manifestou-se como Rama e Krishna, para aniquilar o Ravana e Kouravas que eram representantes do mal. 


Assim, mesmo as outras entidades como Durga, Ganesh, Mahakali, Shakti também têm 1000 aspectos e tantos mantras. Principalmente 40 aspectos de cada entidade são mais adorados. O mantra é selecionado baseado no objetivo e sincronicidade entre entidade, mantra e a pessoa. Para qualquer objetivo que a mente humana possa imaginar, existe um mantra próprio.
A idéia básica para trabalhar com mantras é que certos sons, quando articulados produzem efeitos no Akasha, que por sua vez colocam a fonte em comunicação com planos superiores. Quanto maior a articulação, melhor será a qualidade da comunicação. A natureza deste efeito pode ser não explicada pelo atual conhecimento da física mas existe uma relação entre o som e seu efeito no Akasha. Estes sons são conhecidos como as letras do alfabeto sânscrito e os mantras são compostos por estas letras. Como representam diferentes aspectos da energia cósmica, não são destituídos de poder, por isso antes de invocar uma força particular deve-se compreender muito bem a natureza desta força. 
Fonte:reikiyom.blogspot.com

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