O mar Mediterrâneo é um mar do Atlântico oriental, compreendido entre a Europa meridional, a Ásia ocidental e a África setentrional com aproximadamente 2,5 milhões de km². É o maior mar interior continental do mundo. As águas do mar Mediterrâneo banham as três penínsulas do sul da Europa, Ibérica (apenas a Sul e Sudeste de Espanha), Itálica e a dos península Balcânica).
Suas águas deságuam no oceano Atlântico através do estreito de Gibraltar, e no mar Vermelho (no canal de Suez). As águas do mar Negro também deságuam no Mediterrâneo (pelos estreitos do Bósforo e dos Dardanelos). As águas do Mediterrâneo geralmente são quentes devido ao calor vindo do deserto do Saara, fazendo com que o clima das zonas próximas seja mais temperado (clima mediterrânico).
Origem do nome
O termo Mediterrâneo deriva da palavra latina Mediterraneus, que significa entre as terras.
O mar Mediterrâneo através da história da humanidade tem sido conhecido
por nomes diferentes. O antigos romanos o chamavam, de Mare Nostrum, que significa nosso mar (e de fato os romanos conquistaram todas as regiões, com vista para o Mar Mediterrâneo). Pelos árabes era chamado de al-Bahr al-al-Abyad Mutawassiṭ (árabe البحر الأبيض المتوسط) ou seja, "Mar Branco do Meio", o que inspirou o termo turco Akdeniz que significa Mar Branco.
História
Um dos fatos marcantes da história da região aconteceu em 1453 quando os otomanos tomaram a cidade de Constantinopla (atual cidade turca de Istambul) e fecharam o Mediterrâneo oriental à penetração europeia. Esta teria sido uma das razões que teria impelido os portugueses a se aventurarem pelo Atlântico em busca do caminho das Índias.
Na segunda metade do século XVIII, a Inglaterra e a França
foram ampliando suas influências sobre a região, aproveitando a
gradativa decadência otomana e, ao mesmo tempo, tentando impedir a
expansão da Rússia. A Inglaterra que foi afirmando-se cada vez mais como grande potência marítima, estabeleceu-se em alguns pontos estratégicos (Gibraltar e ilhas de Malta e Chipre), que se transformariam em importantes bases navais.
Em 1869, com a abertura do canal de Suez,
obra construída por um consórcio franco-britânico, o Mediterrâneo
Oriental passou a integrar as grandes rotas do comércio internacional,
passando a ter um papel relevante nas relações políticas e comerciais
das potências da Europa.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial
(1914/18), consolidou-se a supremacia britânica, num momento em que o
Mediterrâneo se transformava numa artéria vital para a Europa em função
de estabelecer uma ligação mais rápida e econômica entre as áreas
consumidoras e produtoras de petróleo, estas últimas situadas no Oriente Médio.
Algumas décadas depois, ao findar-se a Segunda Guerra Mundial
em 1945, o Mediterrâneo, assim como quase todas as áreas do mundo,
encaixou-se imediatamente nos esquemas do jogo de influências e alianças
engendrados pela Guerra Fria. Com a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), os Estados Unidos substituíram gradativamente os britânicos como potência dominante do Mediterrâneo.
Os processo conflituosos de independência de uma série de colônias europeias situadas especialmente no norte da África, a pressão exercida pela crescente expansão da Marinha Soviética, os vários conflitos entre países árabes e Israel
e as tradicionais rivalidades entre países da região, transformaram o
Mediterrâneo numa área de frequentes tensões geopolíticas.
O fim da Guerra Fria,
se de um lado eliminou ou amenizou algumas velhas tensões, por outro
ensejou o surgimento de inúmeros novos desafios para os países da
região.
São dezoito os países que possuem terras banhadas pelo Mediterrâneo.
Eles apresentam grandes diferenças no que se refere ao tamanho, à
evolução histórico-cultural e ao nível de desenvolvimento.
Praticamente todos os países que circundam o Mediterrâneo Oriental
apresentam, ou apresentaram num passado recente, tensões e conflitos
internos ou problemas no relacionamento com nações vizinhas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário