Guarda, na mente, que a caridade em teus atos
deve ser a luz que vence a sombra.
Enquanto não compreendas que a caridade é sempre a bênção maior para quem
a realiza, ligando o benfeitor ao necessitado, estarás na fase primária da
virtude por excelência. Poderás repartir moedas, a mãos-cheias; todavia, se não mantiveres o sentimento da amizade em relação ao carente, não terás logrado alcançar a essência da caridade. Repartirás tecidos e agasalhos com os desnudos; no entanto, se lhes não ofertares compreensão e afabilidade, permanecerás na filantropia. Atenderás aos enfermos com medicação valiosa; entretanto, se não adicionares ao gesto a gentileza fraternal, estarás apenas desincumbindo-te de um mister de pequena monta. Ofertarás o pão aos esfaimados; contudo, se os não ergueres com palavras de bondade, não alcançaste o sentido real da caridade. Distribuirás haveres e coisas com os desafortunados do caminho; não obstante, sem o calor do teu envolvimento emocional em relação a eles, não atingiste o fulcro da virtude superior. A caridade é algo maior do que o simples ato de dar. Certamente, a doação de qualquer natureza sempre beneficia aquele que lhe sofre a falta. Todavia, para que a caridade seja alcançada, é necessário que o amor se faça presente, qual combustível que permite o brilho da fé, na ação beneficente. A caridade material preenche os espaços abertos pela miséria sócio-econômica, visíveis em toda parte. Além deles, há todo um universo de necessidades em outros indivíduos que renteiam contigo e esperam pela luz libertadora do teu gesto. A indulgência, em relação aos ingratos e agressivos; a compaixão, diante dos presunçosos e perversos; a tolerância, em favor dos ofensores; a humildade, quando desafiado ao duelo da insensatez; a piedade, dirigida ao opressor e déspota; a oração intercessória, pelo adversário; a paciência enobrecida, face às provocações e à irritabilidade dos outros; a educação, que rompe as algemas da estupidez e da maldade que se agasalham nas furnas da ignorância gerando a delinqüência e a loucura... A caridade moral é desafio para toda hora, no lar, na rua, no trabalho. Exercendo-a, recorda também da caridade em relação a ti mesmo. Jesus, convivendo com os homens, lecionou exemplificando todas as modalidades da caridade, permanecendo até hoje como o protótipo mais perfeito que se conhece, tornando-a a luz do gesto, que vence a sombra do mal, através da ação do amor. Caridade, pois, eis a meta. |
* * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Vigilância. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. |
sábado, 26 de novembro de 2011
Caridade, A Meta
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário