Tema
simbólico mais rico e mais difundido. Símbolo da vida, em
perpétua evolução e em ascensão para o céu, ela evoca todo o simbolismo
da verticalidade.
Árvore põe igualmente em comunicação os três níveis do cosmo: o
subterrâneo, através de suas raízes sempre a explorar as profundezas
onde se enterram; a superfície da terra, através de seu tronco e de seus
galhos inferiores; as alturas, por meio de seus galhos superiores e de
seu cimo, atraídos pela luz do céu.
Simbólica: raízes (terra); galhos (céu) — universalmente considerada
como símbolo das relações que se estabelecem entre a Terra e o Céu.
FIGUEIRA
Assim como a oliveira e a videira, é uma das árvores que simbolizam a
abundância. Também ela, porém, tem seu aspecto negativo: quando seca,
torna-se a árvore do mal e, na simbólica cristã, representa a Sinagoga
que, por não ter reconhecido o Messias da Nova Aliança, já não tem
frutos; do mesmo modo representará particularmente as Igrejas cujos
ramos tiverem sido dessecados pela heresia.
A
figueira simboliza a ciência religiosa.
Jesus amaldiçoa a figueira. Deve-se notar que Jesus se dirige à
figueira, ou seja, à ciência que essa árvore representa.
CARVALHO
O
Carvalho, em todos os tempos e por toda a parte, é sinônimo de força:
e essa é claramente a impressão que dá a árvore na idade adulta. Aliás,
carvalho e força exprimem-se pela mesma palavra latina: robur,
que simboliza tanto a força moral como a força física.
De
acordo com certa passagem da obra de Plínio, o Velho, que se apóia sobre
a analogia do grego (drus), o nome dos druídas está em relação
etimológica com o nome de carvalho; daí resulta a tradução homens de
carvalho, que conseguiu se introduzir até mesmo nas obras eruditas
modernas.
O
nome druida é, etimologicamente, o da ciência (dru [u] id — os
muitos sábios) e há uma primeira equivalência semântica com o nome
do bosque e da árvore (-vid). Mas a árvore é,
também, um símbolo de força, e os druidas celtas têm direito à
sabedoria e à força.
VIDEIRA
Nas
religiões que cercavam a antiga Israel, a videira passava por ser uma
árvore sagrada, até mesmo divina, e seu produto, o vinho, como bebida
dos deuses. Encontramos um vago eco dessas crenças no Antigo Testamento
(Juízes, 9, 13; Deuteronômio, 32, 37 s.).
Desde a sua origem o simbolismo da videira adquire um aspecto
eminentemente positivo.
A
videira é, antes de tudo, a propriedade e, assim, a garantia da vida e o
que lhe dá o seu valor: um dos bens mais preciosos do homem (1
Reis, 21, 1 s.). Uma boa esposa é para o marido como uma videira
fecunda (Salmos, 128, 3).
Jesus proclama que ele é a verdadeira cepa e que os homens não podem
pretender ser a videira de Deus se não permanecerem nele. De outra
forma, não passam de galhos secos que só servem para ser lançados ao
fogo (João, 15, 1).
Em
Mateus, 21, 28-46 a videira, na parábola dos vinhateiros
homicidas, designa o reino de Deus que, inicialmente confiado aos
judeus, será passado a outros.
O
simbolismo da videira estende-se a cada alma humana. Deus é o vinhateiro
que pede a seu filho que visita a vinha (Marcos, 12, 6). E,
substituindo Israel, o Cristo tornar-se-á, por sua vez, comparável a uma
videira, sendo o seu sangue o vinho da Nova Aliança.
Fonte:espiritualismo.hostmach.com.br
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