JEJUM . (Do lat. jejunu, adj. que tomou o lugar do subst. jejuniu.)
1. Abstinência ou abstenção total ou parcial de alimentação em determinados dias, por penitência ou prescrição religiosa ou médica.
2. Estado de quem não come desde o dia anterior.
3. Fig. Privação ou abstenção de alguma coisa.
O objetivo do
jejum é o desapego material e a conseqüente adoração a Deus.
O desprendimento
material ajuda a elevação espiritual. Para que isto seja
uma realidade, o jejum não tem muito valor se a pessoa
passar o dia todo pensando em comida ou no que está deixando
de comer.
Na hora do jejum
o ideal é que ele seja completo, com todo o seu corpo, sua
alma, e sua atenção voltada para o bem, o bom e o belo da
Luz divina.
O jejum deve ser
feito pelo menos uma vez por semana, assim quebramos o ritmo
do ciclo semanal.
Quebrar o ritmo da
repetição diária da alimentação ou de qualquer outro hábito,
é sempre uma coisa difícil de se fazer, porém, muito
compensador.
Ao criarmos o hábito de jejuar em um dia
específico da semana, dando nossa atenção à Deus em orações,
além da evolução espiritual conquistada, melhoramos em muito
a
nossa saúde física, pois o jejum é conhecido por ajudar na
cura de muitos males físicos.
As pessoas só
entendem o Jejum como sendo de comida, mas o jejum é
valioso para tudo. O jejum de voz por exemplo, é de
grande poder e muito utilizado em escolas de mistério.
Escolhe-se um dia da semana para só falar se for para
Deus, para os anjo ou mestres ascensos. Nestas escolas,
os adeptos chegam a ficar vários dias sem falar com
ninguém. Eles colocam um crachá no peito, com os
dizeres: "estou em jejum de voz", ai todos respeitam e
ninguém fala com a pessoa. Se for necessário se
comunicar, ele o faz por meio da escrita..
O novo hábito
adquirido de fazer um jejum semanal, deve ter sempre um dia específico
para acontecer, assim o corpo habitua-se e não sofre com a
falta do alimento naquele dia escolhido.
Quando não estamos
preparados para fazer um jejum alimentar completo e com
pouca água, podemos fazer um jejum de arroz integral que é
excelente para ajudar na desintoxicação e purificação do
corpo.
No jejum com sucos
de frutas
deve ser escolhido apenas um tipo de fruta para tal. Poderá
ser tomado a vontade, mas o ideal é não exagerar.
A SEMANA E O JEJUM
A Amada Virgem
Maria, nos diz que devemos escolher um dia da semana para
jejuar por completo. Ela afirma que, sem isto, não nos
desligamos da matéria e conseqüentemente não ascensionaremos
à Luz de Deus. Neste dia escolhido para o jejum, devemos
procurar manter a união com o Pai.
Quando fazemos o
Jejum semanal, estamos com isto quebrando o ciclo de 7 dias.
Quando comemos e bebemos, e vemos televisão, e seja lá o que
for que façamos todos os dias, estamos materializando e
fortificando os nossos maus hábitos.
Aqueles que querem
ascender na Luz de Deus em busca da vida eterna, precisam
entender que o único hábito aceitável para se ter todos os
dias da semana, é a comunhão com Deus e seus anjos.
Procure nunca
repetir a mesma coisa por mais de seis dias seguidos. O
jejum não é só de comida. Até a oração do sétimo dia é
diferenciada, neste dia nada pedimos, apenas agradecemos e adoramos à
Deus, buscando a comunicação espiritual com os Mestres e com
os Anjos Mensageiros do Senhor.
O dia ideal para
isto é o Domingo. A semana começa na segunda-feira e termina
no domingo que é o dia do Sol.
Muitas religiões
confirmam esta teoria, mas não a explicam, destinam o sábado
ou o domingo para não fazer nada, apenas comungar com Deus.
Você poderá fazer
jejum de água ou suco de frutas. Quando ficar uma semana
passando um dia somente a água, passe a semana
seguinte, 24 horas só bebendo sucos. Quem não consegue fazer
o jejum com líquidos, pode fazer isto comendo frutas. Procurando
comer o mínimo possível.
O jejum é bom para
a saúde e desintoxicação, é bom para emagrecer, e especialmente para a
libertação da alma do desapego da matéria.
Procure não fazer
de seu jejum um martírio. Se ficar o tempo todo pensando em
comida, ou se enchendo de líquidos, não encontrará a paz
espiritual necessária para a elevação de sua consciência em
busca da Luz divina. Em vez disso, busque ler um bom livro,
ou quem sabe a própria Bíblia Sagrada.
Quebrar o ciclo de
sete dias, é um grande caminho para nos fortalecer contra os
maus hábitos e aumentar nosso relacionamento interior com o
divino.
Uma boa dica: No
dia de seu jejum, diga a si mesmo que está em um deserto
jejuando com Jesus. Nosso Mestre Jesus passou 40 dias no
deserto jejuando. O fato de convencer-se de que está em um
deserto e de que não há comida por perto, ajuda muito.
Gostaríamos de
dizer que nós do site da GFBB, não consideramos o processo
de 21 dias para viver de luz, como sendo saudável. Se
você pretende deixar de comer, entenda que isto é um
processo longo e que exige muita dedicação física, mental,
emocional e espiritual. Caso seja está sua busca indicamos
os ensinamentos do Mestre Yogananda, no "Self Realization".
Paulo Rodrigues
Simões
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Certo
dia, um diretor do hospital naturista de Curitiba
me disse:
"O homem
está sempre com a cabeça quente, o estômago cheio e
os pés frios, quando deveria estar sempre com a
cabeça fresca, o estômago vazio e os pés quentes".
Após
alguns dias nessa clínica onde o tratamento é com
banhos de argila, alimentação muito leve e a última
refeição às 17:30 hs., eu senti uma clareza muito grande
em minha mente; pude assim verificar, como
sobrecarregamos nosso organismo com alimento
incessível e desnecessário e de que forma isso
prejudica a evolução mental e espiritual.
Fraternalmente
Maria
Lúcia Vieira
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ALGUMAS RECOMENDAÇÕES RELACIONADAS AO JEJUM
a - Não
jejue se :
. Estiver grávida ou amamentando.
. Tiver um problemas de saúde, físico ou mental, (consulte seu médico antes de jejuar por mais de três dias).
. Vier a sentir-se aturdido ou desorientado ou ficar doente durante o jejum, pare imediatamente e gradualmente reinicie com os alimentos mais sólidos, dê preferência aos vegetais.
. Estiver grávida ou amamentando.
. Tiver um problemas de saúde, físico ou mental, (consulte seu médico antes de jejuar por mais de três dias).
. Vier a sentir-se aturdido ou desorientado ou ficar doente durante o jejum, pare imediatamente e gradualmente reinicie com os alimentos mais sólidos, dê preferência aos vegetais.
b - Para
ajudar a eliminação de toxinas através da pele, escove a
sua pele com uma escova seca de cerdas naturais.
Isto removerá toxinas e células mortas da pele que
entopem os poros. A escovação também aumenta a ação
do sistema linfático, que carrega detritos das
células para o sangue. O sangue então entrega os
resíduos aos rins, onde são convertidos em urina.
c - Para
aumentar a eliminação das toxinas pelos pulmões, respire profunda e ritmicamente, de preferência ar
fresco ao
ar livre, e sob a luz do sol.
d - Para
auxiliar os rins, beba chá
de calêndula ou chá de folha de dente-de-leão.
e - Evite
exercícios pesados, dê a preferência para as caminhadas e a sauna ou banho de
vapor uma vez ao dia por quinze a vinte minutos
estimulará a mente e purificará o corpo.
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UM JEJUM RACIONAL
1 - NÃO DESJEJUAR
É sabido que durante a noite, depois de feita a
digestão da última refeição, o organismo inicia um
processo de eliminação dos venenos e toxinas.
Assim, prosseguir sem comer ela manhã, contribuirá
para essa limpeza.
Ao levantar tomaremos chá sem açúcar, limonada com
mel, laranjada pura, água pura, ou uma fruta de suco
(abacaxi, laranja, uva, pêra, mamão, melancia,
melão, etc.) e nada mais!
Nada sólido.
O efeito é: permitimos ao corpo jogar as toxinas
alimentares pela pele e pelos rins, durante mais
algum tempo, pois a noite toda, o corpo esteve nesse
esforço de descarregar o entulho do fígado e dos
órgãos em geral.
Muitas doenças crônicas saram só com este modo
suave de jejum. O certo para ficar livre das doenças
teria sido :
NÃO COMER COISAS IMPRÓPRIAS PARA NÃO
TER QUE ELIMINÁ-LAS.
No almoço, prefira frutas, verduras e legumes, e de
a preferência para alimentos crus, em forma de
saladas.
Você começará a sentir-se leve, sem aquela sensação
de cansaço, pois o corpo estará assimilando os
alimentos sem precisar se desgastar com a digestão
de comidas pesadas e difíceis (anti-naturais) para o
organismo.
2 - JEJUM DE 18 HORAS
Este jejum abrange o sistema rigoroso do relógio -
comemos a última refeição digamos às 18 horas. Vamos
dormir, em nosso horário normal. De manhã não
desjejuamos e se possível nem usamos frutas sucosas
nesse horário, ficando com um copo de água.
Só voltamos a comer às 12 horas (meio dia) do dia
seguinte, totalizando 18 horas sem ingerir alimento.
Isso feito sucessivamente por períodos de sete dias
nos dará um ritmo de limpeza sistemática do corpo
que nos restaurará forças, energias nervosas, e
clareará a mente, retirando algumas gorduras
excessivas, etc.
Este jejum é próprio para limpeza de fígado,
devendo ser feito em conjunto com ervas amargas,
verduras de folhas amargas, mas suspendendo os
alimentos gordurosos, as carnes, o leite, ovos e
produtos derivados destes; o açúcar de cana, bebidas
destiladas ou fermentadas, produtos enlatados,
sintéticos, químicos e artificiais, conservas, etc.
Lembremos que o sono e todos os estados de
sonolência são reflexos cerebrais produzidos pela
sobrecarga do laboratório armazém do corpo que
precisa desligar outros circuitos de energia para
usar a carga total no seu processamento de coleta,
seleção e eliminação de venenos alimentares.
Ao fazer este jejum por sete dias ou mais, como já
dissemos, veremos subir todas nossas capacidades,
inclusive com redução das necessidades de sono para
uma ou duas horas a menos do que estávamos
acostumados. Não considere isso como insônia...
3 - JEJUM DE 24 HORAS
Se prolongarmos o jejum das 18 até às 18 horas do dia seguinte, à base de água, teremos os efeitos do jejum de 18 horas em dobro, agora fortalecendo o pâncreas, o baço, o estômago (que ganham férias...), o rim (embora trabalhe com sobrecarga no começo) e o cérebro e sistema nervoso em geral, que se libertam de excitações e entorpecimentos alimentares.
3 - JEJUM DE 24 HORAS
Se prolongarmos o jejum das 18 até às 18 horas do dia seguinte, à base de água, teremos os efeitos do jejum de 18 horas em dobro, agora fortalecendo o pâncreas, o baço, o estômago (que ganham férias...), o rim (embora trabalhe com sobrecarga no começo) e o cérebro e sistema nervoso em geral, que se libertam de excitações e entorpecimentos alimentares.
Este jejum é catalogado como regime alimentar de
uma refeição única por dia, a do anoitecer.
4 - JEJUM DE 2, 3 ou 4 DIAS.
Ao passar das 24 horas sem ingerir alimento (seja com sucos diluídos de uma fruta só, seja só a água) entramos realmente em sistema de jejum.
Ao passar das 24 horas sem ingerir alimento (seja com sucos diluídos de uma fruta só, seja só a água) entramos realmente em sistema de jejum.
O jejum de 24 horas é na realidade um sistema de
cura leve, reforço da vontade, treinamento do tubo
digestivo, que melhor pode ser aproveitado para
diagnosticar nossas enfermidades crônicas e
latentes, indicando qual o ponto do corpo que
apresenta entupimentos, quais os
venenos que temos que eliminar, e que volume deles existe no corpo.
venenos que temos que eliminar, e que volume deles existe no corpo.
Para isto basta observar onde dói, a espessura da urina, a
cor e cheiro do saburro da língua, os gostos
estranhos que vêm ao paladar, as acelerações
cardíacas, sudoreses, quedas de pressão e
temperatura, etc.
Os médicos antigos sabiam disso e acertavam mais...
De dois dias de jejum para frente, é que se obtém a
melhor retificação de diagnóstico possível, e daí em
diante os jejuns são realmente curativos e se obtém os resultados palpáveis.
Jejuns com menos de 48 horas são feitos para
treinamento e para diagnóstico dos pontos fracos de
nossa saúde, ou para desintoxicações parciais e
tratamentos leves e lentos.
Se queremos efeitos curativos, devemos preparar
jejuns de 2, 3, 4 dias, como escalada no caminho da
saúde e repetir o processo mais de uma vez, até
estar com experiência para jejuns mais longos que
estes.
Os efeitos deste jejum mais longo são variadíssimos.
- Obtemos cura de doenças crônicas como: enxaquecas, sinusites, gripes, disenterias, alergias, furúnculos;
- obtemos cicatrização de feridas;
- adquirimos mais clareza mental;
- conseguimos um melhor funcionamento dos órgãos corporais em geral;
- livramo-nos de infecções e viroses;
- melhoramos a agilidade física;
- recuperação de arteriosclerose e afecções de coronárias;
- detemos a queda dos cabelos;
- regredimos neoplasias;
- controlamos obesidades;
- regularizamos distúrbios metabólicos, gástricos, renais, glandulares, etc.
- obtemos dissolução de pedras de vesículas, rins e bexiga;
- acabamos com cirroses, bronquites, asma, taquicardia, etc.
Durante o jejum, deve-se ingerir água que seja de fonte, o mais natural possível. O jejum é uma cirurgia natural e fica mais suave se tomarmos mel, laranjada, limonada, usando se necessário para adoçar, produtos que sejam naturais.
A maioria das enfermidades são a conseqüência de
hábitos de comer equivocados, de alimentos
erroneamente combinados, de alimentos acidulosos e
de preparações comerciais de nossa atual
civilização.
O homem é o ser vivente mais doente da terra;
nenhum outro violou as leis da natureza tanto como o
Homem; nenhum animal come tão erroneamente
como o Homem.
Por Serena Harris
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RECOMPENSAS FÍSICAS E ESPIRITUAIS DO JEJUM
por Yogananda
São maravilhosos os resultados físicos e as experiências
espirituais do jejum.
O espírito interior desliga-se das
exigências do corpo, à medida que o próprio corpo vai se
livrando dos hábitos grosseiros.
Acabo de passar o
trigésimo dia de regime e jejum (30 dias), e me parece tão natural
como se eu nunca houvesse me alimentado. Os que
estiverem em condições deveriam fazer um jejum de três
dias; se possível, um mais prolongado. Começariam a
descobrir que podem viver sem alimento.
Mal-estar ou dores no corpo indicam que há algo errado
em seu funcionamento; reparos são necessários. Considere
o zelo com que mantém seu carro limpo e em bom estado.
Muito mais complexo do que qualquer automóvel é o corpo
humano, e o Senhor deseja que você, embora dependendo
mais D'Ele, também mantenha o corpo limpo e em bom
funcionamento. O segredo da boa saúde não está só nas
substâncias químicas; é preciso confiar ainda mais na
energia interna de Deus.
A
força vital em nossos corpos é, na verdade, a fonte da
vida. É um poder consciente: criador dos órgãos e também
provedor de sua vitalidade. Em geral, a força vital é
continuamente fortalecida pelo alimento e pelo poder
mental, todavia, se houver sido erroneamente usada,
desiste e recusa-se a continuar trabalhando.
Por
exemplo: seu poder pode diminuir nos olhos, e então você
não conseguirá enxergar bem. Nenhum alimento dá vigor,
nenhuma mudança de ar fortifica e nada pode restaurar a
energia do corpo, quando sua força vital começa a
diminuir.
O
jejum dá repouso aos órgãos sobrecarregados, á maquina
corporal, e também a própria força vital, aliviando-a do
trabalho excessivo.
Quando você desobriga a força vital
de depender de fontes externas para existir - comida,
água, oxigênio, luz solar - ela se torna
auto-suficiente, independente.
Comer demais, 365 dias por ano, gera uma grande
variedade de doenças. Uma rotina inalterável nas
refeições, quer o organismo realmente necessite
alimento, quer não, é também uma maldição para o corpo.
Quanto mais você se concentrar no paladar, mais
enfermidades terá.
Está certo saborear a comida, mas ser
seu escravo é arruinar a sua vida. Por que deixar que a
natureza o prejudique? A natureza não pode puni-lo, se
você não for apegado ao corpo nem escravizado pelo
alimento. Você precisa reconhecer que é a força vital
que sustenta o corpo.
Sem ser fanático, dê maior ênfase à mente, visando
tornar seu poder cada vez mais confiável. Se insistir
em torná-la escrava do corpo, a mente se vingará.
Renunciará ao poder que tem, fazendo com que você passe
a depender de alguém ou de algo para ajudá-lo.
Nenhum
médico e nenhum remédio adiantarão, se a mente do
paciente estiver fraca, ao ponto de a doença se tornar
crônica. Três quartos da cura dependem da mente.
Na
Índia, ensinamos a dominar o corpo para que se possa
dispor de maior força mental.
Quem está sempre
recorrendo a meios físicos para garantir saúde e cura,
sempre dependerá deles. O poder mental é superior.
Devemos gradualmente aprender a usar mais a mente.
Agindo assim, compreenderemos que é um instrumento
magnífico.
O que você ordenar, a mente fará. Foi o que
vi em minha própria vida !
Certo dia, quando eu fazia uma palestra em Milwaukee USA,
fazia um calor terrível; o suor escorria pelo meu rosto
e eu não conseguia achar o lenço. Por um momento, não
soube o que fazer. Então, focalizei a consciência no
centro crístico e, interiormente, afirmei: "Senhor, meu
corpo está frio". Imediatamente todo o suor desapareceu
e meu corpo esfriou de verdade! Portanto, é bom tentar
depender mais da mente. Porém não se pode negar
totalmente o corpo; se o fizéssemos, não poderíamos
pensar, comer ou nos movimentar.
Há
quem se interessa pela supremacia da mente sobre o corpo
só para garantir a saúde.
A saúde, porém, não é
o objetivo da vida. A comunhão com Deus é o objetivo da
vida.
Você pode sentir-se bem por algum tempo,
mas chega uma hora em que tudo falha. Quem o ajudará,
então? Deus. O jejum é um dos grandes meios para
aproximar-se de Deus: liberta a força vital da
escravidão ao alimento, mostrando que é Deus quem
realmente sustenta a vida no corpo.
Entretanto, assim que a mente pensa: "comida", a
tentação de satã desperta o desejo de comer. Certa vez
na Índia, quando era pequeno, estava resfriado e quis
comer tamarindo, considerado muito ruim para resfriados.
Minha irmã desaprovou energicamente o desejo, mas como
insisti muito, trouxe, de má vontade, uma fruta. Peguei
um pedaço, mastiguei-o e cuspi-o. Sem engolir o
tamarindo, satisfiz a vontade de sentir seu gosto. Dado
que ser humano em o hábito da gula com demasiada
freqüência, é uma desventura que Deus não nos tenha dado
um corpo que permitisse desfrutar o sentido do paladar,
fazendo com que os alimentos prejudiciais ou excessos
perigosos se desviassem dos órgãos de digestão e
assimilação!
Autocontrole
- O Caminho mais sensato para saúde e a felicidade
A
verdade é que autocontrole é o único caminho para gozar
de saúde e felicidade, além de ser o mais sensato. Ser
senhor de si mesmo e não ser dominado pelos sentidos é
uma das maiores bênçãos que se pode ter. Se há
sobrecarga de eletricidade em uma fiação, ela se
queima. E toda vez que você sobrecarrega o aparelho
digestivo com comida demais, a força vital se esgota.
Quando se evita o excesso de comida e se jejua, a força
vital descansa e se recarrega.
Se
o carro não funciona bem, você o leva a uma oficina. Ele
volta a funcionar por algum tempo, mas logo outra coisa
apresenta defeito e você manda o carro de volta para o
conserto. Deve-se fazer o mesmo com o corpo. Os efeitos
físicos do jejum são notáveis.
Um jejum de três dias com
suco de laranja recuperará o corpo temporariamente, mas
um jejum prolongado proporcionará uma revisão completa.
Seu corpo vai se sentir forte como o aço. Contudo, se
quiser um conserto permanente, deverá também sempre
observar o alimento que você ingere, bem como a
quantidade ingerida.
CONHEÇA O MODO
CORRETO DE JEJUAR
Devemos saber como jejuar. É por isso que precisamos
supervisão adequada para um jejum superior a três dias.
O primeiro jejum que fazemos não deve ser longo, pois
nos sentiremos fracos. Um dia de jejum de frutas,
semanalmente, ou um jejum de três dias com suco de
laranja, mensalmente, são bons meios para habituar-se a
jejuar.
Quem jejua deve estar mentalmente preparado para
lidar com pessoas que logo começarão a se compadecer e
dizer que ficará doente e morrerá se não se alimentar. É
verdade que, em um jejum prolongado, você poderá
sentir-se fraco nos primeiros dias, porque a força vital
acostumou-se a depender do alimento.
Mas gradualmente,
com o passar dos dias, você não sentirá mais fraqueza.
Sua força vital e seu espírito desligam-se do alimento.
Você percebe que o corpo é sustentado unicamente pela
força vital.
Conheço o segredo de jejuar e não perder peso.
Estando sob o controle consciente, a força vital pode
ser usada para perder ou conservar o peso normal do
corpo.
De um modo ou do outro, é eficaz. Aplicando esse
princípio, a temperatura normal do corpo não cai, pouco
importando a duração do jejum. Retirando energia do
bulbo radiquiano, a "boca de Deus",* a força vital
começa a confiar cada vez mais em seu poder regenerador
inato, em vez de depender de fontes externas.
Seres humanos em perfeito estado de animação suspensa
podem ficar enterrados por cinco mil anos ou por toda a
eternidade, permanecendo vivos. A vida é eterna e não
depende de respiração, de alimento, de água ou de luz
solar. Lembre-se sempre de que você é o Espírito
Imperecível. É assim que deve viver.
Nossa consciência sobrevive á morte, mas o homem
comum perde o senso de continuidade e pensa que está
morto. Todos morreremos um dia; assim, não adianta ter
medo da morte. Você não se sente angustiado ante a
perspectiva de perder a consciência do corpo ao dormir:
você aceita o sono, aguardando-o como um estado de
liberdade.
Assim é a morte: um estado de repouso uma
aposentadoria desta vida. Não há nada a temer. Quando a
morte chegar, ria-se dela. A morte é apenas uma
experiência, por meio da qual você está destinado a
aprender uma grande lição: a de que não pode morrer. Por
que esperar pela morte se pode perceber isso agora? A
primeira lição que você precisa aprender é a de que a
vida não depende do alimento. Com o jejum, você pode
prová-lo para você mesmo.
Funcionar bem em todas as circunstâncias
Todos deveriam desenvolver o poder mental, para poder
funcionar bem em todas as circunstâncias - dormindo ou
não, comendo ou não, descansando ou não. A regularidade,
é admirável e necessária; precisamos ter o hábito da
regularidade, para obedecer às leis de Deus. É errado,
porém sentir-se mal por causa de um leve desvio desse
hábito.
Todos os hábitos fundamentais de uma criança
formam-se entre 3 e 7 anos de idade. Um bom ambiente
ajudará a orientar seu desenvolvimento, mas é preciso um
treinamento especial para mudar (se for o caso) as
tendências predominantes de uma criança.
Em minha escola
de Ranchi, na Índia, eu dava aos meninos um treinamento
físico rigoroso. Eles jejuavam constantemente, dormiam
sobre cobertores no chão e nunca usavam travesseiros. Às
vezes, meditavam durante horas.
Ajudar as crianças a
libertarem-se da tirania do corpo pela disciplina
rígida, é conceder-lhes uma bênção para o resto da vida.
Um dos alunos meditava doze horas, sem piscar os olhos.
Se você tivesse esse equilíbrio, seria muito mais feliz!
Teria muito mais paz! O melhor treinamento é a
disciplina cientifica e equilibrada do corpo, da mente
e do espírito. E nela está o núcleo do jejum.
A ciência metafísica por trás do jejum
Existe uma ciência metafísica notável por trás do
jejum. Jesus lembrou-nos esta verdade, quando disse:
"Nem só de pão viverá o homem (...)." Duas coisas nos
mantêm presos à terra: alento e alimento. Enquanto
dorme, porém, você está em paz, inconsciente da
necessidade de respirar ou de alimentar-se; seu espírito
está desligado da consciência do corpo.
O jejum eleva a
mente da mesma maneira. Por meio do jejum, deixe que a
mente dependa de seu próprio poder. Quando esse poder se
manifesta, a força vital do corpo é cada vez mais
reforçada pela energia interna eu flui continuamente
para o cérebro e para a coluna vertebral, proveniente da
energia cósmica que rodeia o corpo e que entra pelo
bulbo radiquiano.
Tornando-se independente de fontes
físicas externas para o sustento corporal, a força
vital constata que está sendo sustentada internamente, e
indaga-se como isso acontece. A mente então diz:
"Os
sólidos de que o corpo dependia não passam de densas
condensações de energia. Você é energia pura. E é
consciência pura", Então seja qual for a ordem que a
mente envia à consciência de força vital, esta obedecerá
fielmente.
Tudo pode ser feito pelo poder mental. Eis por que
Jesus pôde transformar pedras em pão. Portanto, veja
como é injusto, para a mente e para a onipotente força
vital em seu interior, afirmar que não pode viver sem
alimento. Torne sua vida e seu corpo impermeáveis ao
sofrimento. Vença a você mesmo. No jejum prolongado,
perceberá que tudo é mente.
Toda força e todo objeto no universo são produtos da
Mente Divina, assim como todas as coisas que percebe em
sonho são criações de sua própria mente. Também no
plano consciente, se a mente criar o pensamento de que
se enfraquecerá por causa do jejum, ele se debilitará;
ou, se você tem jejuado e momentaneamente pensar que
isto o está enfraquecendo, o corpo realmente se sentirá
fraco.
Entretanto, se decidir que o corpo é forte, não
sentirá qualquer fraqueza; ao contrário, sentirá grande
vigor. A maioria das pessoas desconhece isso porque
nunca experimentou.
A mente não revelará seus milagres
enquanto você não a fizer trabalhar. E não trabalhará
enquanto você continuar a depender cada vez mais de
coisas materiais.
É por isso que suas maravilhas se
escondem visão comum. Quando aprender, porém, a
depender da mente, por meio do jejum, ela funcionará em
tudo, vencendo a doença, criando prosperidade ou
realizando a suprema meta da vida - encontrar Deus.
DO
LIVRO - ETERNA BUSCA DO HOMEM
- PARAMAHANSA YOGANANDA
Sede internacional da Self-Realition Felowship,
Los Angeles, Califórnia, 9 de março de 1939
Sede internacional da Self-Realition Felowship,
Los Angeles, Califórnia, 9 de março de 1939
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JESUS ENSINOU A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO E DO JEJUM
O Livro de Mateus
registra:
Quando Jesus e
seus discípulos chegaram à multidão, então veio a
Jesus um certo homem, ajoelhando-se diante dele e
dizendo:
"Senhor, tem
misericórdia de meu filho; pois ele é um lunático e
dolorosamente atormentado. De tempos em tempos ele
cai no fogo e várias vezes na água. E eu o trouxe
aos vossos discípulos e eles não o puderam curar.”
Jesus exclamou:
"Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei
convosco? Até quando vos darei suporte?
Trazei-me aqui o menino. E Jesus repreendeu o
demônio, e este saiu do menino; e, desde àquela
hora, ficou o menino curado.”
Então, os
discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em
particular:
"Por que motivo
não pudemos nós expulsá-lo?"
E ele lhes
respondeu:
"Por causa da
pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que,
se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a
este monte: "Passa daqui para acolá, e ele passará."
Nada vos será impossível. Mas esta casta não se
expele senão por meio de oração e do jejum."
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Jejuar está na
moda, mas faz bem?
Condenado pelos médicos e nutricionistas, o jejum tem se tornado popular para limpar o corpo e acalmar a mente.
A apresentadora Glória Maria diz que
se desespera durante seus períodos de jejum. Três vezes ao ano, ela
reserva dez dias para ingerir apenas pílulas com nutrientes, xaropes
naturais e chás. Comida mesmo, aquela de encher os olhos, é
rigorosamente proibida. Mas o desespero relatado por ela não vem da
privação. “Eu me sinto tão bem durante o jejum que fico angustiada
quando está para acabar”, diz.
Glória não está sozinha em sua opção
pela fome autoimposta. Como ela, um grupo cada vez maior de pessoas, no
mundo todo, está descobrindo os prazeres e benefícios de fechar a boca
durante alguns dias. É o jejum laico. Em vez de almejar o êxtase
espiritual ou o perdão divino, ele promete uma espécie de pureza que tem
afinidade com o universo místico, mas se expressa na linguagem das
dietas e dos processos metabólicos. “O jejum funciona como uma
desintoxicação: limpa meu organismo de impurezas para me manter
saudável. Tenho mais vontade de trabalhar e meu humor melhora”, diz
Glória.
Condenado por médicos e
nutricionistas, o jejum está ganhando respaldo até de estudos
científicos.
As pesquisas sugerem que jejuar
diminui os riscos de doenças cardiovasculares, como diabetes e
hipertensão. E pode até prolongar a vida. Para os praticantes, a
abstinência alimentar é também um grito de liberdade. Eles deixam de
viver em função do relógio (afinal, as refeições acabam ditando o ritmo
do dia). Prestam mais atenção nos pensamentos do que no estômago.
Voltam-se para si.
SÓ ÁGUA
O ator Licurgo Spinola, de 44 anos, e a professora de ioga Mariana Maya, passam todos os meses, três dias apenas bebendo água, para relaxar a mente. Só tomam água, quase 5 litros por dia. “Desvencilhar-se de situações mundanas, como o horário das refeições, é uma lavagem espiritual”, diz Spinola, que aderiu à prática há três anos, depois de ler a biografia de Mahatma Gandhi. Spinola diz ter descoberto que o líder indiano, que fez do jejum uma arma política, também usava a prática para curar gripes e resfriados.
Velho como a própria fome, o jejum
faz parte do cotidiano de muitas religiões. Os católicos não comem carne
vermelha na Sexta-Feira Santa. Os judeus se abstêm de comer seis dias
por ano. Os muçulmanos jejuam da alvorada ao anoitecer durante todo o
mês do ramadã, o nono mês do calendário islâmico. É uma forma de
intensificar a reflexão e a concentração nas orações e de se sacrificar
pelo perdão dos pecados. É também uma maneira tradicional de demonstrar
devoção.
Os adeptos da nova vertente de jejum,
porém, subverteram a prática histórica de oferenda e sacrifício, sem
eliminar seu caráter de purificação. Apenas a divindade se tornou
interior. “Em meio ao cotidiano caótico, mostrar que somos capazes de
controlar nossa vida em pelo menos um aspecto é a maneira de criar uma
ilha de segurança”, diz o psicanalista Christian Dunker, professor da
Universidade de São Paulo.
Ter poder sobre uma necessidade
imposta pela natureza é a primeira recompensa dos jejuadores. Ele se
manifesta já nas primeiras horas de jejum, quando os praticantes
descobrem a diferença entre fome e vontade de comer (e quão inebriante é
o cheirinho de qualquer prato de comida). “Percebo que não preciso comer
naquele momento, que é só gula”, diz Spinola.
O QUE ACONTECE COM O CORPO?
O corpo manifesta fome duas ou três horas após a última refeição. Nesse momento, já foi usado todo o estoque de glicose, o combustível básico das células, obtido a partir da quebra de carboidratos. Como o organismo precisa de energia, lança mão de reservas: moléculas complexas guardadas no fígado, o glicogênio. Quando até ele acaba, a opção são as gorduras.
O processo de queima de gordura gera substâncias chamadas
corpos cetônicos. Eles ajudam a inibir a sensação de fome, mas produzem
aquele hálito característico de estômago vazio. Os praticantes juram que
essa é a única desvantagem. “Eu fico menos ansiosa”, diz a professora de
ioga Mariana Maya, de 43 anos. Ela diz que começou a fazer jejum porque
se sentia irritada sem motivo. Resolveu passar por um sacrifício. E
descobriu que ele lhe fazia bem.
“Sinto uma paz que nunca havia
experimentado. A mente fica mais leve”, diz Mariana, que jejua desde
2006, pelo menos duas vezes por ano. São três dias à base de água. “O
jejum me dá equilíbrio físico e mental.”
Os benefícios da prática já são
usados com fins medicinais.
Na Alemanha, há pelo menos 11
clínicas que usam o jejum para tratar males que vão de doenças de pele a
estresse. Uma das mais famosas fica na cidade de Bad Pyrmont e é mantida
pela família do médico Otto Buchinger. Ele teria se curado de reumatismo
em 1919 depois de manter uma dieta exclusivamente de sopas e tornou-se o
guru do “jejum terapêutico”.
“Enquanto jejua, o paciente melhora
sua saúde, mas ele terá negligenciado a coisa mais importante se a fome
de alimento espiritual, que se manifesta durante o jejum, não for
satisfeita”, ele escreveu. Hoje, quem cuida da clínica, que recebe 1.500
pacientes por ano, é Andreas, neto de Buchinger.
“O jejum aprimora o funcionamento do
corpo”, diz ele. O tratamento completo dura 21 dias (para quem sofre de
reumatismo são 28 dias). Quando o paciente chega, são feitos exames de
sangue e eletrocardiograma. Depois, médicos preparam um cardápio
personalizado. O primeiro dia costuma ser dos vegetais. No dia seguinte,
é a vez das frutas, seguidas pelo dia do laxante. O jejum começa depois
de os intestinos ficarem vazios. Daí para a frente, só se podem ingerir
água, caldo de vegetais, suco e chá.
A ciência já se interessou pelas
supostas propriedades curativas e purificadoras do jejum (leia o quadro
abaixo). O neurocientista americano Mark Mattson, coordenador do
Laboratório de Neurociências do Instituto Nacional de Envelhecimento, é
uma das principais referências nessa área. Ele quer desvendar as razões
de um fato conhecido há décadas pela ciência. Uma dieta com poucas
calorias ou com jejuns periódicos (em que o paciente toma apenas água)
parece aumentar em até 40% a duração da vida.
Para Mattson, não há nada de estranho
nisso. “O genoma humano adquiriu a capacidade de sobreviver a semanas
sem comida porque nossos ancestrais primatas viviam em locais onde o
alimento era escasso”, diz Mattson. “Nós nos damos ao luxo de fazer três
refeições ao dia há menos de 10 mil anos, algo recente em termos
evolutivos.”
Por que jejuar faz bem a saúde?
O que dizem as pesquisas cientificas que defendem a abstinência alimentar?
Retarda o envelhecimento
A transformação do alimento em energia gera compostos dentro das Células, os radicais livres. Eles se ligam ao DNA e causam erros de funcionamento que levam a doenças. O jejum reduz os radicais livres
Reduz a pressão
Em animais e humanos submetidos a jejuns periódicos, a atividade do sistema nervoso simpático. que controla a pressão arterial, é reduzida. Após exercícios Físicos, ela também volta mais rápido aos índices normais.
Queima gordura
O jejum aumenta a produção do hormônio do crescimento. Ele estimularia o corpo a queimar depósitos de gordura na ausência de glicose. em vez de usar as reservas acumuladas nos músculos. No estudo
com 30 pacientes em jejum durante 24 horas. o nível de hormônio do crescimento aumentou 20 vezes nos homens e 13 vezes nas mulheres.
Reduz o colesterol
Entre religiosos que jejuam uma vez por mês. o risco de desenvolver doenças cardiovasculares é 58% menor porque a abstinência reduz os níveis de colesterol.
Apura o Paladar
0 jejum aumenta a sensibilidade das papilas gustativas a sabores doces e salgados
Em um de seus estudos mais famosos,
publicado em 2003 no jornal da Academia Nacional de Ciências dos Estados
Unidos, Mattson e sua equipe mostraram que ratos de laboratório
submetidos a períodos regulares de jejum (comiam 10% menos do que os
outros) eram mais saudáveis e se recuperavam melhor de danos no cérebro.
Mattson acredita que o jejum tem um efeito protetor sobre as células.
Primeiro, porque diminuir a ingestão de alimentos reduz a produção de
moléculas residuais que podem se ligar ao DNA e causar erros de
funcionamento (doenças).
Outra hipótese para explicar o efeito
protetor é a célula entrar em modo de emergência na falta de alimento.
Ela se prepararia para situações adversas produzindo proteínas. “Essa
defesa seria ativada em células do cérebro, do coração, dos músculos e
do fígado”, diz ele.
Um grupo de pesquisadores do
Instituto do Coração do Centro Médico Intermountain, em Utah, nos
Estados Unidos, já teria constatado o reflexo desse efeito protetor
sobre seres humanos. Em abril, eles apresentaram um estudo que sugere
que jejuar pelo menos uma vez por mês diminui em 58% os riscos de doença
nas artérias coronárias, que irrigam o coração.
Segundo o cardiologista Benjamin D.
Horne, responsável pelo levantamento, os efeitos são resultado da
diminuição dos níveis de gordura no sangue. Ele diz acreditar que um dia
o jejum periódico ainda será recomendado como tratamento para prevenir
doenças coronarianas e o diabetes.
No Brasil, não há entidade médica que
recomende jejum como dieta ou tratamento de doenças. “A ideia de
purificação do organismo pela fome, é errada”, diz Cukier. “Não
precisamos de medidas drásticas porque já eliminamos os excessos no dia
a dia.” Apesar das pesquisas que tentam explicar como o organismo reage
à privação de alimentos – e como isso pode ser bom para a saúde –, ainda
vai demorar anos para que a ciência chegue a alguma espécie de consenso.
Por ora, prestar atenção às quantidades e à qualidade do que ingerimos
parece ser a melhor maneira de manter o organismo em equilíbrio.
Reportagem da Revista Época
Fonte:grandefraternidadebranca.com.br
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