O que é o Tarô?
O
Tarô é uma coleção de 78 figuras apresentadas na forma de um baralho de
cartas. Ele é dividido em três seções: Os Arcanos Maiores, Os Arcanos
Menores e as Cartas da Realeza.
Por
muito tempo, muitas pessoas não tinham certeza do que as figuras
representavam. Havia muitas teorias, e opiniões abundantes, mais em
matéria de evidência tangível ou qualquer tipo de consenso, o
significado do tarô, exceto para alguns poucos iniciados, permanecia
evasivo. O que estava claro, no entanto, mesmo desde o começo, é que de
alguma forma o tarô era uma compilação de figuras do imaginário e da
simbologia universais. Ele contém símbolos encontrados em todas as
civilizações - antigas e modernas - na forma de pinturas, esculturas,
desenhos, ícones, lendas, mitos, religiões e, em resumo, em todas as
formas física, mental, emocional e espiritual que as pessoas sempre
foram capazes de formar, sonhar, imaginar, expressar ou enquadrar. O
Tarô é cosmogônico. É uma coleção de símbolos que cruzam todas as
fronteiras da cultura, do tempo e do espaço; uma compilação do
imaginário inexorável que existe há anos, e permanece no inconsciente
coletivo de todos os seres humanos. Ninguém sabe exatamente qual a idade
do Tarô, também não sabemos com certeza quem o criou. É possível que
seja originário do Egito ou da China. Ele foi associado aos ciganos -
descendentes dos egípcios - que há anos migraram para a Europa, logo a
derivação do nome, ciganos. Há também provas de que ele pode ser
associado à antiga filosofia taoísta da China. Tão significa "a via" ou
"caminho" que é o que o Tarô também significa, e há paralelos entre os
escritos antigos, as práticas meditativas e os ensinamentos do Tao e do
Tarô. Entretanto, não sabemos com certeza onde, por que, ou como o tarô
teve origem, e a única coisa que podemos dizer positivamente é que ele
é, sem dúvida, bastante antigo. Oficialmente, o primeiro baralho de tarô
surgiu no século XIV e extra-oficialmente, no Egito pré-dinástico.
Além dos dois fatores de simbologia universal e antiguidade duradoura,
outro fator significativo sobre o tarô é que os arcanos Menores e as
Cartas da Realeza são basicamente os mesmos que as cartas de um baralho
moderno comum. Ninguém sabe como ou onde as cartas de jogar se
originaram também, tampouco por que são desenhadas e dispostas de uma
forma determinada. Muito embora em um momento, seja quem for que tenha
criado o Tarô e o baralho, obviamente, sabia o que estava fazendo, não
foi senão até o século XX que um consenso foi alcançado sobre o que as
figuras de fato representam. Se Aceita em geral hoje que tanto o Taro
quanto o baralho de jogo, cada um a seu modo, sejam representações dos
arquétipos. Os arquétipos, da forma como são encontrados no tarô e na
religião, são divididos em uma trindade.
Perceber que o tarô é a representação de 78 arquétipos não nos
esclarece, no entanto, a respeito do que constitui precisamente um
arquétipo. Os psicólogos, esotéricos e teólogos falam sobre arquétipos
sem fornecer-nos definições claras. Os arquétipos formam espinha dorsal
da psicologia moderna. Eles são as imagens de onde derivam os anjos e
demônios de todas as religiões. Os heróis e vilões dos contos de fadas,
mitos, romances modernos e dos filmes, o mocinho com o chapéu branco e o
malvado com o preto, o corcel confiável do primeiro e a heroína
desprotegida a espera do resgate são todos arquétipos. Os arquétipos são
pintados nos muros das catedrais e nos templos sagrados, e as
corporações inconscientemente estruturam sua hierarquia nessas imagens.
Elas aparecem nos trabalhos de Leonardo da Vinci, Michelangelo, Salvador
Dali e todos os artistas e músicos de todos os lugares. Os arquétipos
formam a base de todos os livros escritos, todos os filmes filmados e
todas as canções cantadas. Os arquétipos são encontrados ao nosso redor
em todas as formas e movimentos.
Para descrever o que os arquétipos são na verdade, talvez seja útil
examinar algumas das várias formas em que os diferentes estudiosos têm
tentado defini-los esses anos. Começando nos primórdios da sabedoria
popular antiga. Hermes Thoth Trismegisto, o famoso
sábio-mágico-estudioso do Egito, definiu os arquétipos de maneira
bastante parecida à do primeiro livro do Gênesis da Bíblia. Sobre os
arquétipos, Hermes escreveu:
"Antes de o universo visível ser formado seu molde foi feito. Esse molde
foi chamado de Arquétipo, e esse Arquétipo se encontrava na Mente
Suprema muito antes do processo de criação começar. Contemplando os
Arquétipos, a Mente Suprema se apaixonou pelos próprios pensamentos,
portanto, tomando a Palavra como um martelo poderoso, ela escavou
cavernas no espaço primordial e moldou a forma das esferas no molde
Arquetípico, semeando ao mesmo
tempo, nos corpos recém-modelados, as sementes das coisas vivas. A
escuridão abaixo ao receber o martelo da Palavra, foi modelada em um
universo ordenado. Os elementos se separaram em camadas e cada um
produziu novas criaturas vivas. O Ser Supremo - A Mente - masculina e
feminina - produziu a Palavra. Dessa forma foi realizado, Ó Hermes: A
Palavra que se move como um sopro pelo espaço chamou o Fogo devido ao
atrito causado pelo seu
movimento ..."
Por mais bela e poética que essa descrição seja, quando pretendemos
explicar o que constitui de fato um arquétipo, ela pode ainda deixar
alguns rastros de nós sentindo como se nossos indicadores estivessem
abaixo do nível normal.
E é por estes e outros motivos que o tarot é um dos oráculos mais
consultados no mundo. Você pode saber mais sobre esta técnica, inclusive
obter atendimento acessando o site www.nisthai.com.
Por Flávio Pedro dos S. Pita
Terapeuta Holístico (CRT nº 35906)
GMI 1958 2/04 (AHHA) - RMT, IARP
www.nisthai.com / f.pedro@nisthai.com
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