A Rosacruz é uma Fraternidade que foi publicamente conhecida no século XVII através de três manifestos e insere-se na tradição esotérica ocidental. Esta Fraternidade hermética é vista por muitos Rosacrucianistas antigos e modernos como um "Colégio de Invisíveis" nos mundos internos, formado por grandes Adeptos, com o intuito de prestar auxílio à evolução espiritual da humanidade.
Por um lado, alguns metafísicos consideram que a Fraternidade
Rosacruz pode ser compreendida, de um ponto de vista mais amplo, como
parte, ou inclusive a fonte, da corrente de pensamento hermético-cristã patente no período dos tratados ocidentais de alquimia que se segue à publicação de A Divina Comédia de Dante (1308-1321).
Por outro lado, alguns historiadores sugerem a sua origem num grupo de protestantes alemães, entre os anos de 1607 e 1616, quando três textos anónimos foram elaborados e lançados na Europa: Fama Fraternitatis R.C., Confessio Fraternitatis Rosae Crucis e Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz Ano 1459.
A influência desses textos foi tão grande que a historiadora Frances
Yates denominou este período do século XVII como o período do Iluminismo Rosacruz.
Lenda e história
Segundo a lenda, exposta no documento "Fama Fraternitatis" (1614), essa fraternidade teria suas origens em Christian Rosenkreuz (de início apenas designado por "Irmão C.R.C."), nascido em 1378 na Alemanha,
junto ao rio Reno. Os seus pais teriam sido pessoas ilustres, mas sem
grandes posses materiais. Sua educação começou aos quatro anos numa
abadia onde aprendeu grego, latim, hebraico e magia. Em 1393, acompanhado de um monge, visitou Damasco, Egito e Marrocos, onde estudou com mestres das artes ocultas, depois do falecimento de seu mestre, em Chipre. Após seu retorno a Alemanha, em 1407,
teria fundado a "Fraternidade da Rosa Cruz", de acordo com os
ensinamentos obtidos pelos seus mestres árabes, que o teriam curado de
uma doença e iniciado no conhecimento de práticas do ocultismo. Teria passado, ainda, cinco anos na Espanha
onde três discípulos redigiram os textos que teriam sido os iniciadores
da sociedade. Depois, teriam formado a "Casa Sancti Spiritus" (a Casa
do Espírito Santo) onde, através da cura de doenças e do amparo daqueles
que necessitavam de ajuda, foram desenvolvendo os trabalhos da
fraternidade, que pretendia, no futuro, guiar os monarcas na boa
condução dos destinos da humanidade. Segundo o texto "Fama Fraternitatis", C.R.C. morreu em 1484, e a localização da sua tumba permaneceu desconhecida durante 120 anos até 1604, quando teria sido, secretamente, redescoberta.
Segundo a lenda constante nos referidos manifestos, a Ordem teria sido fundada por Christian Rosenkreuz, peregrino do século XV;
no entanto, a assunção desta datação é discutível devido ao simbolismo e
hermetismo do conteúdo dos manifestos, principalmente nos aspectos
numéricos e nas concepções geométricas apresentadas.
Porém, Christian Rosenkreuz
é apenas um nome simbólico, que guarda alguns segredos, mistérios em
sua etimologia. Seu nome tem paralelo com Cristo ou Christos ou
Khrestos, Rosen ou Rosa, e Kreuz, ou Cruz. De fato, em textos de outras
grandes religiões, seu nome é um enigma, um mistério, um segredo que
apenas "quem tem olhos para ver e ouvidos para entender" é capaz de
captar.
Uma outra lenda menos conhecida, veiculada na literatura maçónica — e
originada por uma sociedade secreta e altamente hierarquizada do século
dezoito na europa central e de leste, ao contrário dos ideais da
Fraternidade que se encontra exposta nos manifestos originais,
denominada "Gold und Rosenkreuzer" (Rosacruz de Ouro), que tentou
realizar, sem sucesso, a submissão da Maçonaria ao seu poder — dispõe
que a Ordem Rosa-cruz teria sido criada no ano 46, quando um sábio gnóstico de Alexandria, de nome Ormus e seis discípulos seus foram convertidos por Marcos, o evangelista. A Ordem teria nascido, portanto, da fusão do cristianismo primitivo com os mistérios da mitologia egípcia. Rosenkreuz teria sido, segundo esta ordem de ideias, apenas um Iniciado e, depois, Grande Mestre - não o fundador.
De acordo com Maurice Magre (1877–1941) no seu livro Magicians, Seers, and Mystics Rosenkreutz terá sido o último descendente da família Germelschausen, uma família alemã do século XIII. O seu castelo encontrava-se na Floresta Turíngia na fronteira de Hesse, e eles abraçavam as doutrinas Albigenses. Toda a família teria sido condenada à morte pelo Landgrave
Conrad de Turingia, excepto o filho mais novo, com cinco anos de idade.
Ele teria sido levado secretamente por um monge, um adepto Albigense de
Languedoc e colocado num mosteiro sob influência dos Albigences, onde
teria sido educado e onde viria a conhecer os quatro Irmãos que mais
tarde estariam a ele associados na fundação da Irmandade Rosacruz. A
história de Magre deriva supostamente da tradição oral local.
A existência real de Christian Rosenkreuz divide certos grupos de
Rosacrucianos, alguns dos que se intitulam de Rosacruzes. Alguns a
aceitam, outros o vêem como um pseudónimo usado por personagens
realmente históricos (Francis Bacon, por exemplo).
A primeira informação conhecida publicamente, acerca desta
Fraternidade, encontra-se nos três documentos denominados "Manifestos
Rosacruz", o primeiro dos quais (Fama Fraternitatis R. C., ou "Chamado da Fraternidade da Rosacruz") foi publicado em Kassel (Alemanha) em 1614 -- ainda que cópias manuscritas do mesmo já circulassem desde 1611. Os outros dois documentos foram: Confessio Fraternitatis ("Confissões da Fraternidade Rosacruz") (1615), publicado também em Cassel, e Chymische Hockeit Christiani Rosenkreuz ("Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz") (1616), publicado na então cidade independente de Estrasburgo (posteriormente anexada por França, em 1681).
Deve-se notar que no segundo manifesto, Confessio Fraternitatis
em 1615, é feita a defesa da Fraternidade, exposta no primeiro
manifesto em 1614, contra vozes que se levantavam da sociedade colocando
em causa a autenticidade e os reais motivos da Ordem Rosacruz.
Neste manifesto pode-se encontrar as seguintes passagens que demonstram
a linha condutora do pensamento da Fraternidade: que o requisito
fundamental para alcançar o conhecimento secreto, de que a Ordem se faz
conhecer possuidora, é que "sejamos honestos para obter a compreensão e conhecimento da filosofia"; descrevendo-se simultaneamente como Cristãos, "Que
pensam vocês, queridas pessoas, e como parecem afetados, vendo que
agora compreendem e sabem, que nós nos reconhecemos como professando
verdadeira e sinceramente Cristo", não de um modo exotérico, "condenamos o Papa", e sim no verdadero sentido esotérico do Cristianismo: "viciamo-nos na verdadeira Filosofia, levamos uma vida Cristã".
O modo como são expostos os temas nos manifestos originais e a
descrição dos mesmos aponta para grande similaridade com o que é
conhecido atualmente acerca da filosofia Pitagórica, principalmente na transmissão de conhecimentos e idéias através de aspectos numéricos e concepções geométricas.
A publicação destes textos provocou imensa excitação por toda a Europa,
provocando inúmeras reedições e a circulação de diversos panfletos
relacionados com os textos, embora os divulgadores de tais panfletos
pouco ou nada soubessem sobre as reais intenções do(s) autor(es)
original(ais) dos textos, cuja identidade foi desconhecida durante muito
tempo. Na sua biografia no final de sua vida, o teólogo Johannes Valentinus Andreae, ou Johann Valentin Andreae (1586-1654),
insere o terceiro manifesto Rosacruz publicado anonimamente, "Núpcias
Químicas", no rol de escritos de sua autoria. É convicção de alguns
autores que Andreae o teria escrito como se fosse o contraponto da Companhia de Jesus. No entanto, esta teoria foi posteriormente contestada por historiadores, principalmente pelos Católicos,
que consideravam os documentos como simples propaganda ocultista, de
inspiração protestante, contra a influência do bispo de Roma.
Os textos mostravam a necessidade de reforma da sociedade humana, a
nível religioso e sócio-cultural, e sobre a forma de atingir esse
objetivo através de uma sociedade secreta
que promoveria essa mudança no mundo. O texto "Núpcias Químicas de
Christian Rosenkreutz", contudo, foi escrito em forma de um romance
pleno de simbolismo, e descreve um episódio iniciático na vida de
Christian Rosenkreuz, quando já tinha 81 anos.
Em Paris, em 1622 ou 1623,
foram colocados posters misteriosos nas paredes, mas não se sabe ao
certo quem foram os responsáveis por esse feito. Estes posters incluiam o
texto: "Nós, os Deputados do Alto Colégio da Rosa-Cruz, fazemos a
nossa estada, visível e invisível, nesta cidade (…)" e "Os pensamentos
ligados ao desejo real daquele que busca irá guiar-nos a ele e ele a nós".
A sociedade européia da época, dilacerada por guerras, tantas vezes
originadas por causa da religião, favoreceu a propagação destas idéias
que chegaram, em pouco tempo, até a Inglaterra e a Itália…
Tradições e influências
Os primeiros seguidores são, geralmente, identificados como médicos, alquimistas, naturalistas, boticários, adivinhos, filósofos e homens das artes acusados muitas vezes de charlatanice e heresia pelos seus opositores.
Aparentemente sem um corpo dirigente central, assumem-se como um grupo de "Irmãos" (Fraternidade).
Tradicionalmente, os Rosacruzes se dizem herdeiros de tradições antigas que remontam à alquimia medieval, ao gnosticismo, ao ocultismo, ao hermetismo no antigo Egito, à cabala e ao neoplatonismo.
Em The Muses' Threnodies por H. Adamson (Perth, 1638) encontram-se as linhas "Pois o que pressagiamos são tumultos em grande, pois nós somos irmandade da Rosa Cruz; Nós temos a Palavra Maçónica e a segunda visão, Coisas por acontecer nós podemos prever acertadamente.". O texto se refere ao conhecimento esotérico que é tradicionalmente atribuído aos rosacruzes.
A Fraternidade Rosacruz pode ser compreendida, de um ponto de vista mais amplo, como parte da corrente de pensamento hermético-cristã. Nesse contexto, é clara a influência do Corpus Hermeticum que, após 1000 anos de esquecimento, foi traduzido por Marcílio Ficino, a figura central da Academia Platónica de Florença, em 1460, por encomenda de Cosimo de Médici. Nas Núpcias Químicas de Christian Rozenkreuz, é dito que "Hermes é a fonte primordial".
Verifica-se também a influência do pensamento de Paracelsus, citado na Fama Fraternitatis RC:
"Teofrasto (Paracelso), por vocação, foi também um desses heróis.
Apesar de não haver entrado em nossa Fraternidade, não obstante, ele leu
diligentemente o Livro M."
A grande maioria dos personagens relacionados com o lançamento dos
"Manifestos Rosacruzes" se originaram do meio luterano alemão. É de se
notar que o próprio Lutero foi um dos primeiros a utilizar uma
"rosa-cruz" (o "selo de Lutero", ou "rosa de Lutero") como símbolo de
sua teologia. Abaixo de muitas rosas de Lutero está a frase: “O coração
do cristão permanece em rosas, quando ele permanece sob a cruz.”
É amplamente discutível se os chamados "reformadores radicais" teriam
exercido uma forte influência sobre os rosacruzes, ou, como algumas
evidências parecem sugerir, se teriam sido os Rosacruzes a influenciar
esses reformadores. Esses pensadores e teólogos luteranos
acreditavam que a Reforma de Lutero deveria ser ampliada, que a
doutrina ortodoxa não era suficiente e que o Cristão devia realizar a
comunhão mística com Deus. Entre outros, é possível citar os nomes de
Caspar Schwenckfeld, Sebastian Franck e Valentin Weigel. Johann Arndt,
teólogo luterano alemão cujos escritos místicos circularam amplamente na
Europa no século XVII, amigo e mentor espiritual de Johann Valentinus Andreae
e amigo muito próximo de Christoph Besold, também é uma influência
conhecida. Arndt foi muito influenciado pelas idéias de Valentin Weigel,
e é considerado o “pai” do movimento pietista alemão.
O místico e teósofo luterano alemão Jacob Boehme e o educador Jan Amos Comenius foram contemporâneos do movimento rosacruz original do século XVII e também davam testemunho de uma mesma sabedoria. Comenius
chegou a denominar a Unidade dos Irmãos da Boêmia-Morávia, da qual ele
foi um dos líderes principais antes de seu desaparecimento, como
"Fraternitas Rosae Crucis". Além disso, ele tinha em Johann Valentin Andreae
sua primeira fonte de inspiração, considerando-o “um homem de espírito
ígneo e de inteligência pura”, tendo-o contactado e recebido deste o
archote para dar continuidade à tarefa iniciada. Muitos dos que
responderam ao chamado dos manifestos rosacruzes, como Michael Meier e Robert Fludd, também se ligavam à mesma fonte de força espiritual.
O historiador francês Paul Arnold foi o primeiro a considerar os três
manifestos como a obra comum do "Círculo de Tübingen", ou seja, o grupo
que se reuniu ao redor do (futuro) teólogo Johann Valentinus Andreae e dos juristas Tobias Hess e Christoph Besold, na Universidade de Tübingen (Alemanha).
Frances Yates, no entanto, relacionou o rosacrucianismo "clássico" do
século XVII unicamente a Frederico do Palatinado e sua corte inglesa em
Heidelberg.
Apesar do sucesso da tese de Yates, os historiadores Richard van
Dülmen, Martin Brecht e Roland Edighoffer reconstituíam os fatos graças a
uma pesquisa histórica aprofundada, que aconteceu a partir de 1977.
Brecht e Edighoffer estudaram, ao mesmo tempo e independentemente um do
outro, e finalmente provaram a autoria dos manifestos. Andreae se fez
conhecer como o autor dos textos (sua “obra pessoal”) e Tobias Hess,
defensor do milenarismo e partidário de Paracelso (que, como afirma o
historiador Carlos Gilly, "Andreae honrou e defendeu após sua morte,
como pai, irmão, mestre, amigo e companheiro"), teria sido o mestre e
iniciador do grupo de onde saíram os manifestos da Rosa-Cruz.
Muitos procuraram responder ao "chamado" emitido pelos rosacruzes no
século XVII, não apenas naquele séculos, mas também nos seguintes,
quando várias organizações com o nome Rosacruz surgiram. Também
no século XX surgiram muitas organizações com este nome, todas elas de
certa forma co-herdeiras do tesouro espiritual da Rosacruz do século
XVII.
Princípios e objetivos
De um modo geral os rosacrucianos defendem a fraternidade universal
entre todos os homens. Para os rosacrucianos, os homens podem
desenvolver suas potencialidades para tornarem-se melhores, mais sadios e
felizes. O rosacrucianismo tem por objetivo primordial levar o homem ao
autoconhecimento e à manifestação de sua real natureza espiritual, a
fim de contribuir para a evolução de toda a humanidade.
Estes objetivos, segundo os rosacrucianos, podem ser atingidos por
meio de uma mudança pessoal, de hábitos, pensamentos e sentimentos.
Segundo eles, isto só é possível ao dissipar o véu de ignorância que
cobre os olhos dos homens.
A recompensa daqueles que atingem este objetivo, que é de natureza
espiritual, é uma paz profunda consigo próprio; estado este que se
irradia do indivíduo e atinge todos em volta, produzindo em todos um
reflexo positivo.
O que os rosacruzes querem de fato é a libertação da humanidade do
mundo onde hoje ela se encontra, onde pode ser de fato apontado o
gnosticismo que significa a crença em outra natureza. O rosacruz tem a
consciência de que o homem tem outra proveniência, por isso é necessário
que tenhamos fraternidade como base, pois a humanidade faz parte da
mesma coisa, no pensamento da rosa cruz.
O processo em si, creem os rosacruzes, que passa pelas etapas
internas às externas, se resume em uma mudança de hábitos e é regido
pela trindade sentir, pensar e agir. O processo é considerado de
faculdades internas pois começa, segundo os rosacruzes, no coração ao
contrário de qualquer outro movimento.
Simbolismo
O Emblema Rosacruz,
embora com variações, apresenta-se sempre como uma cruz envolvida por
uma coroa de rosas, ou com uma rosa ao centro. A rosa representa a
espiritualidade, enquanto a cruz representa a matéria.
Outra faceta da Rosa-cruz mais conhecida é o 18º Grau
(representando simbolicamente a 9ª Iniciação Menor), o grau de
"Cavaleiro Rosa-Cruz", do "Capítulo da Rosa-Cruz" do "Rito Escocês Antigo e Aceito" da Franco-Maçonaria, que tem como símbolos principais o Pelicano, a Rosa e a Cruz.
Diversos livres pensadores defendem que o Rosacrucianismo não é mais
do que uma Ordem constituída mas, uma corrente de pensamento, cuja
filiação ocorre pela adoção de certas posturas de vida.
Organizações modernas
A Fraternidade Rosacruz passou a ser conhecida pelo público no século XVII,
mas no séculos passados surgiram organizações inspiradas na Tradição da
Rosacruz. Existem atualmente diversas e distintas ramificações
Rosacrucianas. Apresenta-se de seguida uma breve descrição acerca das
mais divulgadas:
- A Fraternidade Rosacruz, no Brasil e em Portugal (inglês, The Rosicrucian Fellowship), foi fundada por Max Heindel entre 1909 e 1911, nos Estados Unidos. Não reivindica o título de "Ordem Rosacruz", considerando-se apenas uma escola de exposição de suas doutrinas e de preparação para o indivíduo para ingresso em caminhos mais profundos na Ordem espiritual. Segundo eles, a verdadeira Ordem Rosacruz funciona apenas nos planos espirituais. Ao contrário da maioria das demais organizações rosacruzes, as escolas de Max Heindel se consideram indissociáveis do Cristianismo. Outras organizações rosacruzes também se consideram cristãs, mas não com esta ênfase.
- Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis (AMORC), com sede mundial em São José na Califórnia, EUA, diz ter sido fundada no Antigo Egito, e organizada pelo Faraó Amenhotep IV (também conhecido como Akhenaton), por volta de 1500 a.C.. O que se confirma historicamente é que a Ordem foi fundada em 1915 por Harvey Spencer Lewis, nos Estados Unidos. Tal como está expresso no site oficial da Ordem: "A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização internacional de caráter místico-filosófico, que tem por missão despertar o potencial interior do ser humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura Rosacruz.". A Antiga e Mística Ordem Rosacruz (sem hífen) é hoje a maior fraternidade rosacruz no mundo, abrangendo dezenas de países, em diversos idiomas, além de acolher a Tradicional Ordem Martinista (T.O.M.), uma ordem martinista fundada pelo renomado médico e ocultista francês Papus (Dr. Gerard Anaclet Vincent Encausse). A sede para os falantes da língua portuguesa localiza-se na na cidade de Curitiba.
- Fraternitas Rosae Crucis (FRC), também com sede mundial nos EUA, que se reivindica a autêntica Ordem Rosa-Cruz fundada em 1614 na Alemanha, mas na verdade foi fundada por Reuben Swinburne Clymer por volta de 1920 e se diz representante de um movimento originalmente fundado por Pascal Beverly Randolph em 1856.
- Fraternitas Rosicruciana Antiqua (FRA) foi fundada pelo esoterista alemão Arnold Krumm-Heller por volta de 1927, e tem sede no Rio de Janeiro (está presente também nos países de língua hispânica).
- Lectorium Rosicrucianum (ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea) é uma organização rosacruz que começou a se estruturar em Haarlem, Holanda, em 1924, através do trabalho de J. van Rijckenborgh (pseudónimo de Jan Leene) e Z.W. Leene, quando esses dois irmãos entraram para a Sociedade Rosacruz (Het Rozekruisers Genootschap), divisão holandesa do grupo americano Rosicrucian Fellowship. Este grupo se tornaria independente da Rosicrucian Fellowship em 1935 e, com o final da guerra em 1945 (quando seu trabalho foi proibido pelas forças de ocupação nazista), o trabalho exterior foi retomado e passou a adotar o nome Lectorium Rosicrucianum, ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea, apresentando-se cada vez mais como uma escola gnóstica, "Gnosis" significando aqui o conhecimento direto de Deus, resultado de um caminho de desenvolvimento espiritual. Desde 1945, o grupo se expandiu por vários países da Europa, América, Oceania e África, além de publicar inúmeros livros, muitos dos quais com comentários sobre antigos textos da sabedoria universal, como os Manifestos Rosacruzes do Século XVII, o Corpus Hermeticum (textos atribuídos a Hermes Trismegistus), o Evangelho Gnóstico da Pistis Sophia, o Tao Te Ching, entre outros.
- Confraternidade da Rosa+Cruz (CR+C) preserva e perpetua a Tradição Rosacruz sob a linhagem e autoridade espiritual do Imperator Gary L. Stewart, oferecendo os Ensinamentos Rosacruzes originais preparados nas décadas de 1920 e 1930 por Harvey Spencer Lewis. Preservando a Tradição conforme especificamente estabelecida no início do século XX e também conforme o Movimento Rosacruz em geral dos séculos passados. Para executar essa tarefa com êxito, há necessidade de se manter sempre o equilíbrio entre a Tradição e o Movimento com adesão estrita às leis que governam a sua operação e a sua existência. A manutenção desse equilíbrio é confiada a um Imperator do Movimento, que, sob muitos aspectos, serve como um guardião do mesmo.
- OKRC (Ordem Kabbalística da Rosa-Cruz) - A OKRC foi fundada em 1888, pelo Marquês Stanislas de Guaita (seu primeiro Grão-Mestre). Ela agrega em si de uma forma equilibrada a herança do Martinismo da Rosa-Cruz, da Kabbala e do Hermetismo. Ela tem uma estrutura internacional mista. Longe de não ser apenas uma escola filosófica ou simbólica, ela tem por objetivo desde sua criação formar e iniciar os Seres de Desejo. Presente hoje como outrora, a sua herança conservou este vigor e esta riqueza, que sempre lhe permitiu adaptar-se à sua época, fazendo irradiar a chama da sua iniciação. Tendo ressurgido no século XIX, as correntes Rosa+Cruzes do Sudoeste da França permitiram o reencontro entre a tradição mística e simbólica alemã e suas correntes herméticas mediterrâneas. Por este intercâmbio, a Rosa+Cruz da qual falamos concentrou seus trabalhos sob o ritual, a alquimia, a astrologia e uma certa forma de teurgia.
Fonte:wikipedia
Bom dia Dalva, belo post, bem elaborado, gosto de ler suas postagens, mas preciso voltar mais vezes para poder estudar, pois simplesmente ler é pouco!
ResponderExcluirAqui é um lindo espaço, gosto muito!
Beijos
Ivone