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sexta-feira, 29 de março de 2013

A Miniaturização





Miniaturização do Perispírito

Ao nos referirmos a esse fenômeno, cumpre-nos lembrar que a nossa percepção de encarnados está adstrita à vida tridimensional do nosso Planeta. Nossos raciocínios também se limitam, salvo ocasionais laivos de percepção maior, às dimensões que podemos compreender.

O reencarnar significa acima de tudo, como fenômeno, mergulhar em nossa dimensão física. Estabelecendo um parâmetro referencial conhecido, dizemos que os espíritos em seu corpo espiritual possuem uma altura semelhante àquela atribuída ao homem encarnado, digamos: 1,70 m. Para não polemizar, vamos nos reportar aos espíritos materializados nas sessões ectoplasmáticas e observar que suas alturas são as esperadas para um ser humano.

No exemplo anteriormente citado a respeito da água, dizíamos que - em vapor, líquido ou em gelo - continua sendo molécula de água.


 



0 que ocorre nesses três estados físicos é uma maior ou menor concentração das moléculas, que não perdem a sua característica básica, isto é, continuam sendo água.

Sabemos que um espírito reencarnante terá que se fixar em um ovo, embrião e depois em um recém-nascido de aproximadamente cinquenta centímetros. Em termos relativos e de nossa percepção dimensional, diremos que ele em seu corpo espiritual de 170 cm terá de sofrer uma redução volumétrica.

 Seu perispírito passará por um processo de miniaturização, mas permanecendo com todas as suas características essenciais e registros das vidas passadas.

No singelo exemplo das moléculas de água em três estados físicos, temos a figuração da conservação de identidade, apesar do maior ou menor volume com que se apresenta a substância mencionada.

Como fonte bibliográfica, lembramos Missionários da Luz (Xavier, 1945) em que o autor espiritual que edita a obra ao médium Chico Xavier detalha o processo reencarnatório de Segismundo. Em E A vida Continua, André Luiz, no capítulo 16, faz também referência ao fenômeno da miniaturização.

 




O embrião, à medida que vai se desenvolvendo, multiplica o número de células e aumenta a área de fixação do corpo espiritual, o qual se prende às moléculas do corpo físico em formação. Ao concluir a gestação, teremos um recém-nato constituído de um grande número de células que comporão as malhas da rede que retém o corpo espiritual.

No processo de redução volumétrica ou miniaturização, as moléculas perispirituais se aproximam, reduzindo os espaços intermoleculares. A perda de atividade vibratória, e a redução da energia cinética, determinam a aproximação molecular, como do vapor d'água ao se esfriar, condensando-se em água líquida.

 A redução volumétrica acompanha-se de progressiva perda de consciência do espírito, variando o grau dessa perda de acordo com o nível evolutivo da entidade reencarnante. Há espíritos que mantêm sua consciência até adiantadas fases de gestação, enquanto outros a perdem logo no início do processo.

Existe um mecanismo de atração recíproca - de um lado o corpo espiritual e o espírito como polo penetrante ou positivo, do outro lado a matéria receptora como polo negativo. O polo positivo assim é denominado por ser o elemento diretor, embora influenciado pela matéria. O princípio espiritual automaticamente coordena, molda e domina completamente toda a cadeia de reações que se desenvolvem no processo reencarnatório.

Durante a miniaturização, parte das vibrações mais periféricas do espírito são absorvidas pelas zonas mais profundas, que passam a reter essas potencialidades energéticas.

 




O conjunto espiritual fica então reduzido ao tamanho do útero, e nas zonas mais periféricas do perispírito passa a sofrer também modificações durante todo o período da gravidez.
A Reencarnação, como fenômeno renovador, sempre se dará em posições mais avançadas que as anteriores, expressando o espírito a herança dos caracteres anteriormente adquiridos.

Nos espíritos que vivem ainda nos limites da animalidade, a redução do conjunto espiritual atinge o seu máximo, não se limitando, em espaço, ao tamanho do útero, e sim às dimensões microscópicas da célula-ovo. 

Esses espíritos, quando desencarnados, apresentam-se com uma postura fixa mental ou monoideísmo auto-hipnotizante de voltar à vida física. Sua idéia fixa neutraliza outras emoções, determinando a diminuição das energias espirituais até ao ponto das moléculas se condensarem em nível microscópico de um núcleo de célula-ovo.

A redução volumétrica do corpo espiritual tem um papel muito importante na facilitação das tarefas do espírito na nova encarnação. Além de propiciar a integração ao novo corpo biológico, determina a perda de consciência progressiva com a importante consequência do esclarecimento do passado.

Quando mencionamos o esquecimento ou perda da consciência do passado esse conceito tem sido confundido com o de perda das informações. Contudo, essas não se perdem, apenas são arquivadas e bloqueadas na sua expressão.

O esquecimento temporário é imprescindível à estabilização psicológica frente às situações cármicas de reencontro familiar e outras necessárias à evolução do espírito.
Assim, passam a conviver no mesmo lar espíritos afins e espíritos antagonistas buscando a aproximação, o perdão e o amor.

Ricardo Di BernardiFonte:http://www.acasadoespiritismo.com.br

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