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sexta-feira, 8 de março de 2013

Os Capuchinhos






Um ideal tão elevado como o de São Francisco precisou ser adaptado aos novos tempos e lugares. Os franciscanos foram adotando as formas dos outros institutos religiosos. Quando algum grupo percebia que, com isso podia estar sendo perdido o ideal de São Francisco, principalmente o da pobreza, começava um movimento novo de volta às origens. Foi o fermento de uma vitalidade muito grande para a Ordem.

 O grupo dos frades menores capuchinhos surgiu no século XVI, liderado por Frei Mateus de Báscio, na província italiana das Marcas. O nome veio por usarem um capuz comprido, como achavam que tinha sido o do tempo de São Francisco.O papa Clemente VII deu a primeira autorização para que pudessem existir. 





Quando foram perseguidos, uma sobrinha do Papa, Catarina Cibo, lembrou ao pontífice que os capuchinhos tinham sido beneméritos atendendo com verdadeiro heroísmo os doentes de uma peste que houve em 1523 em sua cidade de Camerino. Em 1525 juntaram-se a Frei Mateus de Báscio os irmãos Frei Ludovico e Frei Rafael de Fossombrone. Ficaram um tempo abrigados com os camaldulenses de Massácio.

 Depois, foram acolhidos pelo ministro geral dos franciscanos conventuais. O Papa Clemente VII aprovou os Capuchinhos pela bula "Religionis Zelus", de 3 de julho de 1528. A bula autorizava a levar vida eremítica, seguindo a Regra de São Francisco, a usar barba e o hábito com capuz comprido e a pregar ao povo. 

Em abril de 1529, em Albacina, um grupo de doze religiosos elegeu os superiores e redigiu as Constituições. A Ordem dos Frades Menores Capuchinhos cresceu muito e, hoje, está presente em todos os continentes, em cerca de noventa países. No mundo inteiro, são mais de dez mil frades.





Os Capuchinhos no Brasil

Os primeiros capuchinhos chegaram ao Brasil ainda no século XVII e eram franceses. Estabeleceram-se no Maranhão. Posteriormente vieram outros, que se estabeleceram na Bahia e no Rio de Janeiro. Até o fim do Império, tinham três conventos (Recife, Salvador e Rio) de onde se irradiavam por todo o país, em missões que ajudaram a formar a Igreja no Brasil. Foram fundadores de muitas cidades. 

Mas o governo colonial e o governo imperial não permitiram que se abrissem noviciados para brasileiros. Todos os frades vinham da Europa. No começo, eram franceses; depois, italianos de diversas províncias. Uma exceção foram os frades franceses que dirigiram o Seminário Diocesano de São Paulo de 1856 até um pouco antes da proclamação da República. Em 1889, chegaram de São Paulo os capuchinhos de Trento, na Itália, com a missão de começarem um noviciado para dos brasileiros. 

Quase ninguém acreditou que isso ia dar certo, mas os frades foram perseverantes e colheram os seus frutos. Nessa época, diversas regiões do Brasil começaram a ser confiadas a Províncias da Europa. Pouco depois dos trentinos em São Paulo, chegaram frades franceses no Rio Grande do Sul, de Veneza no Paraná e Santa Catarina.







 Os de Milão ficaram com Ceará, Piauí, Maranhão e Pará. Frades das Marcas vieram para a Bahia e Sergipe. Os da Úmbria vieram para o Amazonas; de Siracusa para o Rio de Janeiro, Espírito Santo e parte de Minas Gerais. Minas Gerais também acolheu capuchinhos de Messina. Mais tarde vieram de Nápoles para o sul da Bahia. 

Os gaúchos começaram a trabalhar em Mato Grosso e Goiás. Quando falamos em Província, pensamos em um grupo grande de frades que moram e atuam em determinada região, vivendo em diversas fraternidades e com capacidade para manter-se com vocações locais. Quando falamos em Vice-províncias, pensamos em um grupo que está ficando pronto para ser Província. Elas dependem de uma outra Província. Grupos menores, que ainda estão começando a se estabelecer podem ser chamados de Missões ou Delegações.

 Com o tempo, foram tornando-se independentes as Províncias do Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná com Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro com o Espírito Santo, Centro Oeste com o Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul, Bahia com Sergipe, Nordeste, reunindo Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, Ceará com Piauí, Maranhão com Pará e Amapá. Há uma vice-província no Amazonas e, em Rondônia e Mato Grosso, uma missão dos frades do Rio Grande do Sul. Os franciscanos capuchinhos cresceram muito em todo o Brasil, onde já contam com mais de mil e duzentos frades, respondendo por missões, paróquias, pregações e outros trabalhos.

 

 

 

O que fazem os frades

Na realidade, os capuchinhos, como todos os franciscanos, não têm um trabalho específico: prestam ajuda à Igreja em qualquer setor necessário. De fato, não foram fundados para determinados trabalhos mas darem um testemunho, principalmente junto aos mais pobres e excluídos. Por isso, a Ordem tem frades que se destacaram como missionários, pregadores, professores, cientistas ou simples trabalhadores. 

Muitos frades tornaram-se santos canonizados, contando, por exemplo, com um Doutor da Igreja, como São Lourenço de Brindes, um porteiro de convento , como São Conrado de Parzaham, um missionário mártir, como São Fidélis de Sigmaringa, um místico com as chagas de Jesus, como São Pio de Pietralcina. São Francisco aceitava na Ordem tanto nobres quanto plebeus, tanto militares como professores, ou trabalhadores sem nenhuma qualificação.

 Alguns frades também podem tornar-se sacerdotes. Às vezes falamos de frades e de padres. Todos os capuchinhos são frades, palavra que quer dizer Irmãos. Padres, em geral, são os de uma diocese ou de uma ordem ou congregação religiosa que receberam o Sacramento da Ordem e celebram Missas, administram Sacramentos. Alguns frades, ordenados sacerdotes, também são padres.
 Fonte:procasp.org.br

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