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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Os ensinamentos de Blavatsky






Os estudos de H.P.B., enquanto esteve no ashram do Mestre, no Tibet, pertencem ao treinamento esotérico, preparando-a para o futuro papel, quando ela voltasse ao mundo exterior. Seu treinamento oculto, a preparação dos seus diversos corpos para atuar como transmissores de comunicações dos Mahatmas para o mundo muito ocupado dos homens, levou anos.

 Os fenômenos que ela produziu e as experiências pelas quais passou enquanto esteve na Rússia entre 1859 e 1863 são prova disso." Quando este treinamento oculto começou está indicado numa citação pelo autor em seu livro Incidentes da Vida de Madame Blavatsky: "Para tomar isto claro e inteligível devo explicar: ela nunca fez segredo de que tenha sido, desde a infância e até mais ou menos 25 anos, uma poderosa médium, embora depois desse período, devido ao regular treinamento psicológico e fisiológico, 

foi levada a perder esses dons perigosos e cada traço de mediunidade fora de sua vontade ou de seu direto controle foi superado." A idade, então, na qual seu definido treinamento nas mãos do Mestre começou foi aos 25 anos e esta é a época de sua segunda visita à Índia, de 1855 a 1857. Quando, sem dúvida, foi intensificado e acelerado. Porém, dessa fase não teremos conhecimento até que, por nossa vez, a experimentemos.
Contudo, temos o próprio testemunho de H. P. B.: 

"Eu estava novamente na casa de M. K., sentada em um canto sobre uma esteira e ele andando no aposento com sua roupa de equitação e M. M. estava falando a alguém à porta. Não posso me lembrar... Pronunciei em resposta à uma sua pergunta a respeito de uma tia falecida. Ele sorriu e disse: Que inglês engraçado você usa!' Então eu me senti envergonhada, ferida em minha vaidade e comecei a pensar (imagine você, em meu sonho ou visão qual seria a exata reprodução do que acontecera, palavra por palavra, há 16 anos). 

Agora que estou aqui e falando nada mais do que inglês em linguagem verbal fonética posso talvez aprender a falar melhor do que Ele. Esclarecendo, como o M. M., eu também usava inglês, que sendo bom ou mau é o mesmo para ele, dado que não o fala, mas entende cada palavra que digo fora de meu cérebro e eu consigo entendê-Lo - como? Nunca poderia dizer ou explicar mesmo que me matassem, mas eu o consigo. Com D.(jwal) K.(ul) eu também falo inglês e ele também fala melhor do que o Mahatma K. H. Voltando, então, ao meu sonho, três meses depois, como me parecia naquela visão, eu estava de pé diante do Mahatma K. H., 

perto do velho edifício demolido para o qual Ele olhava. Como o Mestre não estava em casa eu passei para Ele umas poucas sentenças que eu estava estudando em Senzar no quarto de sua irmã e pedi-lhe que me dissesse se eu as havia traduzido corretamente e lhe dei um pedaço de papel com as referidas sentenças escritas em inglês. Ele o tomou e leu, e corrigindo a interpretação que eu fizera, leu-as do começo ao fim, dizendo: `Agora seu inglês está se tornando melhor.






 TENTE PEGAR FORA DE MINHA CABEÇA O POUCO QUE CONHEÇO DO IDIOMA'. 

"Ele colocou a mão em minha testa na região da memória e, esfregando os dedos nela, senti mesmo a insignificante dor e um calafrio que já tinha experimentado e desde aquele dia ele fez o mesmo com minha cabeça diariamente, por cerca de dois meses".
A respeito desses poderes e em vista de suas cartas a irmã Vera (Mme. Jelihowsky), ela escreveu certa vez: "Não tenha medo que eu esteja louca. 

Tudo o que posso dizer é que "alguém" positivamente me inspira - mais do que isso, alguém entra em mim. Não sou eu quem fala ou escreve. É "algo" dentro de mim, meu elevado e luminoso Ser que pensa e escreve por mim. 

Não me pergunte, minha amiga, o que experimento, porque não lhe poderia explica-lo claramente. Eu mesma não sei. A única coisa que sei, agora quando estou perto de atingir a velhice, é que me tornei uma espécie de depósito para o conhecimento de outra pessoa..

. esse "alguém" vem, me envolve em uma nuvem densa e de repente me separa de mim mesma e então não sou mais eu, Helena Petrovna Blavatsky, mas uma outra pessoa, alguém forte, poderoso, nascido em uma região totalmente diferente do mundo; e quanto a mim mesma, é quase como se estivesse adormecida ou como que inconsciente

 não em meu próprio corpo, mas alo lado, mantida ligada somente por um fio que me conecta a ele.
"De qualquer modo, algumas vezes eu vejo e ouço tudo completamente claro; estou perfeitamente consciente do que meu corpo está dizendo ou fazendo ou, afinal, o seu novo possuidor. Posso entender e recordar tudo tão bem que depois posso repetir e até escrever suas palavras." 









Em uma carta escrita à citada irmã, ela informa que estava aprendendo a sair do seu corpo e ofereceu fazer-lhe uma visita em Tiflis, cidade onde esta residia, "num piscar de olhos". Isso tanto assustou quanto divertiu a irmã que respondeu não -seria necessário, que não se incomodasse, ao que ela replica em outra carta: "Do que você tem medo? Nunca ouviu falar de aparições de "duplos"?

 Eu quero dizer, meu corpo pode estar quieto, dormindo na cama e não importaria mesmo se estivesse esperando o meu retorno já na condição de desperto - o corpo estaria em uma condição de idiota inofensivo. E não há do que se admirar, a luz de Deus estaria ausente dele, voando para você; e, então, retornaria e uma vez mais o templo estaria iluminado pela Divindade. Mas isso, desnecessário dizer, somente no caso de o fio interligante não ser quebrado. Se você gritasse como uma louca o fio ficaria rompido... Amém, então, para a minha existência! Eu morreria instantaneamente..." 

Numa carta a outra pessoa, Mine. Jelihowsky informou: "Na primavera de 1878 aconteceu uma coisa estranha à Helena. Tendo se levantado e começado a trabalhar numa manhã como usualmente, subitamente perdeu a consciência e não a recuperaria senão cinco dias depois. Tão profundo era o seu estado de letargia que poderia ter sido cremada, não fosse a chegada de um telegrama de seu Mestre com a seguinte mensagem: `Nada receie. Ela não está morta, nem doente, mas precisa de um repouso. Ela está com estafa excessiva`. 

O Prof. Rawson, em um artigo chamado "As Duas Mme. Blavatsky", disse: "Não tenho dúvidas de que Mine. Blavatsky teve conhecimento de muitos, senão de todos os ritos, cerimônias e instruções praticados entre os Druzos do Monte Líbano, porque ela me fala de coisas que somente são conhecidas pelos poucos favorecidos que têm sido iniciados." 





Em relação ainda à estada na casa do seu Mestre, há o seguinte episódio: ela havia passado vários anos sem dar notícias suas à família na Rússia e todos estavam até convencidos de que teria morrido. Porém, em 11 de novembro de 1870 sua tia, Mme. Fadeef, assim escreve: "Aconteceu quando minha sobrinha estava do outro lado do mundo e ninguém de fato sabia onde estava. Todas as pesquisas resultaram infrutíferas, causando-nos preocupação. 

Estávamos preparados para aceitar sua morte quando uma carta dele (O Mestre), a quem vocês chamam Koot Humi, foi trazida da mais incompreensível e misteriosa maneira a minha casa por um mensageiro de aparência asiática, que desapareceu ante meus olhos. Esta carta que me solicitava não ter receio e informava que ela estava em segurança, ainda a tenho em Odessa (o original está arquivado em Adyar, na sede internacional da S. T. - nota do tradutor). Ela mostra no canto esquerdo inferior do envelope, escrito em russo: "Recebida em Odessa em 7 de novembro sobre Helinka (apelido familiar de H. P. B.), provavelmente do Tibete. A carta redigida em francês, manuscrita pelo M. K., tem a seguinte tradução: 

"A Honrada e Muito Nobre Senhora Nadyejda Andreewna Fadeef - Odessa. - Os nobres parentes de Mme. H. Blavatsky não devem se afligir por motivo algum. Sua filha e sobrinha não deixou este mundo de modo algum. Está viva e deseja fazer saber àqueles a quem ama que está bem e muito feliz, no desconhecido e distante recanto que ela escolheu para si mesma. Ela esteve muito doente, mas não está mais; sob a proteção do Senhor Sangyas, ela encontrou devotados amigos que a guardam física e espiritualmente. As senhoras de sua casa podem, portanto, permanecer tranqüilas. Antes de 18 luas, ela voltará a sua família". 




A DOUTRINA SECRETA
 
 
Em 1888, foi publicada em Londres a grande obra de H. P. Blavatsky. Ela possui dois temas chave: a) Cosmogênese, b) Antropogênese, tendo como centro teórico as "Estâncias de Dzyan". Estas Estâncias foram traduzidas de um antigo manuscrito chamado "O Livro de Dzyan" e Blavatsky também usou alguns comentários escritos em chinês, tibetano e sânscrito. Estes textos de filosofia esotérica descrevem o surgimento do Universo e o aparecimento do homem, no planeta Terra. 

O "Livro de Dzyan", segundo a escritora (Blavatsky não se considera a autora da obra A Doutrina Secreta), está intimamente relacionado com o Livro dos Preceitos de Ouro (fonte dos textos de A Voz do Silêncio) e com os "livros de Kiu-te", que são uma série de tratados do budismo esotérico conforme nos mostra David Reigle no livro The Books of Kiu-te or the Tibetan Buddhist Tantras (Editora Wizards). Em seu treinamento no Tibet, Blavatsky teve acesso a estes tratados, diretamente ligados à tradição espiritual mais antiga do Oriente e que foram preservados e comentados pelo budismo Mahayana. 

O grande lama Tsong-Kha-pa (1357-1419), ao reformular o budismo Kadampa, reorganizando-o como a escola Gelugpa, fez uma série de compilações e comentários aos principais textos da mais genuína tradição espiritual. Blavatsky dava muita importância às obras de sua autoria, especialmente os "Lam Rim" - amplos tratados onde eram usadas as principais fontes, autores e escolas anteriores, com especial destaque ao pensamento de Nagarjuna, Asanga e Atisha. E foi em mosteiros Gelugpas que Blavatsky memorizou, estudou e recebeu instruções orais que mais tarde serviriam de base para comentários e esclarecimentos. 





A palavra Dzyan, que é um termo tibetano, significa Meditação. Ele está vinculado à palavra sânscrita Dhyana, e tem relações com o termo Zen. Às vezes também é escrita "Dzyn", o que significa Sabedoria. E tem, também, uma identidade com a palavra Jnana (Sabedoria). Assim, A Doutrina Secreta é uma obra que tem no seu contexto e o espírito ¡nana e "meditativo". São idéias para serem meditadas, refletidas, investigadas, pensadas, pesquisadas. 

Foi o resultado de um grande esforço e trabalho de quatro anos de Blavatsky procurando ofertar para os estudantes, especialmente os ocidentais, um instrumento para se buscar uma aproximação à sabedoria oriental e aos significados profundos da simbologia universal. É um desafio para a mente do estudante e possui significados cada vez mais profundos, na medida em que se tenta compreender o espírito dos slokas (sutras) e fazemos uma conexão entre as diferentes tradições filosóficas e simbólicas. 

Em janeiro de 1884, saiu na revista, The Theosophist a notícia de que Blavatsky iria escrever uma outra grande obra, ampliando a anterior Isis sem Véu. Durante os anos de 1884 e 1885 ela dedicou-se a escrever. No início de 1886, escrevendo ao seu colega de estudos Alfred Sinnett, disse-lhe que "a cada manhã" surgia uma nova revelação e um novo cenário. A obra se ampliava em relação ao plano inicial e precisou reescrever várias vezes alguns dos seus capítulos. 


Em setembro de 1886, remeteu da Europa (onde estava escrevendo) para a índia (Madras) o que seria o volume 1. Mas, em 1887 resolveu escrevê-lo novamente, com "acréscimos, retificações, cortes e substituições", pois o material se ampliava. Ela recebia ajuda, tanto dos seus amigos e colegas de estudos da filosofia esotérica, quanto auxílio de seus instrutores orientais. 

Ainda em 1887, Blavatsky esteve bastante doente, à beira da morte, tendo recebido uma visita incomum: um dos seus Instrutores tibetanos esteve com ela e deu-lhe, segundo suas próprias palavras, a seguinte opção: "ou morrer, libertando-me (do corpo doente), ou continuar viva para terminar A Doutrina Secreta...". Tendo se recuperado, manteve seu contínuo esforço descrito como de imensa dedicação na tentativa de concluir esta obra, que ela considerava como a sua grande contribuição a todos os sinceros estudantes da tradição sabedoria. 








Na primavera de 1887, foi residir em Londres, onde tinha um grupo de estudantes que a auxiliava na revisão dos textos e na confirmação das centenas de referências e citações que a obra fazia, pois a biblioteca e os livros pessoais de Blavatsky não passavam de 20 volumes, incluindo dicionários. Após esses perseverantes esforços, a Doutrina Secreta foi publicada, simultaneamente em Londres e Nova Iorque, no final do mês de outubro de 1888. As palavras finais de Blavatsky foram: "esta obra é dedicada a todos os verdadeiros teosofistas". 

A obra mostra a unidade original de todas as religiões, dando bastante destaque ao simbolismo universal - fruto da linguagem comum existente em um passado remoto. A Doutrina Secreta foi a primeira grande tentativa, no Ocidente, de se publicar as chaves para o estudo das diferentes tradições, a partir de fragmentos da filosofia esotérica.

 Segundo suas palavras, o primeiro passo. consistia em "derrubar e arrancar pela raiz as árvores venenosas e letais da superstição, do preconceito e da ignorância presunçosa". O estudante da sabedoria esotérica deve perder inteiramente de vista as personalidades, crenças dogmáticas e as religiões particulares, e investigar o que existe de comum e essencial em todas as tradições.

No prefácio da primeira edição era dito: "esta obra não é a Doutrina Secreta em sua totalidade; contém apenas um número selecionado de fragmentos dos seus princípios fundamentais". Como dissemos anteriormente, o centro da obra são "As Estâncias de Dzyan", que ela comentou, ampliando as relações do simbolismo, fazendo correlações com as diferentes religiões, filosofias e idéias científicas da época. 

Tanto as "estâncias" quanto as ampliações não foram expostas como alguma revelação, mas sim encerram ensinamentos que se podem encontrar nos milhares de volumes que formam as escrituras das antigas religiões asiáticas e das primitivas religiões e filosofias herméticas ocidentais. 

O que Blavatsky procurou fazer foi uma brilhante síntese, mostrando que há uma unidade nessas antigas tradições. Ao mesmo tempo que indicava um horizonte bem mais amplo para as idéias relativas à Cosmologia e sobre a história da raça humana, desde uma imemorial idade até os tempos modernos. 

Vários dos seus alunos deram depoimentos sobre esta magna obra. A seguir destacamos alguns deles, para sugerir o universo desta renomada publicação: Annie Besant - "O valor de A Doutrina Secreta não está em seus materiais considerados isoladamente, mas na incorporação deles em um todo amalgamado e coerente...". 


Bertran Keightley - "Quanto ao valor da obra, competirá a posteridade o juízo final. Pessoalmente, expresso minha convicção de que, estudada com profundidade, A Doutrina Secreta será apreciada como de inestimável valor e oferecerá sugestões, chaves para solução dos problemas e orientação no estudo da Natureza e do Homem, e de tal ordem jamais encontradas em qualquer outra obra".
William Judge - "Ficou claramente estabelecido que o livro deveria ser feito de um tal modo que obrigasse o estudante esforçado a buscar muitas, verdades profundas... Todo estudante zeloso fará bem em não passar superficialmente sobre nenhuma parte do livro".
 

William Kingsland - "O ensinamento deve ser captado intuitivamente, mais que intelectualmente, porém, ao mesmo tempo é dado em uma forma que permite apreciar cada novo avanço no conhecimento científico, como afirmação do mesmo". 


COMO ESTUDAR A DOUTRINA SECRETA

 
Um dos seus alunos, Robert Bowen, fez algumas anotações a partir dos comentários de Blavatsky ao grupo de estudantes do "Grupo Interno" da Loja Blavatsky. Redigiu-os apresentando depois à instrutora para ver se não existia algum erro de compreensão.
A principal sugestão é que não se deve ler este livro como os outros, isto é, do início ao fim seqüencialmente. Mas que existem algumas etapas preliminares: 

a) procurar compreender os Três Princípios Fundamentais apresentados no Proêmio (Vol.I);

b) estudar a Recapitulação numerada que está no Resumo do Vol.I;

c) refletir sobre as Notas Introdutórias do Vol.III (edição em português);

) estudar a Conclusão do Vol.III.



(*)Alfred Percy Sinnett

 Fonte:levir.com.br

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